RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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IL propõe “novo centro de vida urbana” na antiga lota e recusa mais “luxo à beira-ria”

A Iniciativa Liberal (IL) apresentou uma proposta para o futuro do terreno da antiga lota de Aveiro, defendendo a criação de um “novo centro de vida urbana”, em alternativa à construção de “mais condomínios de luxo”. O partido propõe a criação do “LOTA – Lugar de Oportunidades, Turismo e Ambiente”.

IL propõe “novo centro de vida urbana” na antiga lota e recusa mais “luxo à beira-ria”
Redação

Redação

21 jul 2025, 08:33

“Aveiro não precisa de mais condomínios de luxo à beira-ria. Precisa de espaços vivos, abertos, que sirvam todos os aveirenses — e não apenas uma elite”, afirma a IL, numa nota enviada à Ria, no passado sábado, 19 de julho. O partido considera o terreno da antiga lota, em pleno centro da cidade, como “a frente lagunar mais subvalorizada de Portugal”, sublinhando que se trata de uma área com “luz, espaço e história — tudo por aproveitar”.

A proposta da IL rejeita expressamente a privatização do espaço para fins habitacionais de luxo. “Não será mais um conjunto de apartamentos fechados a quem cá vive. Não será mais uma oportunidade entregue à especulação imobiliária”, garante a nota. Em vez disso, o partido defende um projeto “útil, acessível e vivo — pensado para todos”.

A visão apresentada inclui a criação de esplanadas, bares e restaurantes junto à água, zonas verdes amplas com ciclovias, parques infantis e áreas para desportos náuticos. Está também prevista a construção de um pavilhão multiusos moderno, destinado a concertos, congressos e eventos culturais, bem como espaços de apoio à criação artística e associativa. A animação noturna seria regulada, mas com horários alargados.

“Este é o momento de dar um novo significado à antiga lota”, lê-se ainda na nota, onde a IL apela a uma requalificação com “visão, transparência e impacto real”. “Porque LOTA-Lugar de Oportunidades, Turismo e Ambiente não deve ser privatizada em luxo. Deve ser devolvida à cidade como lugar de encontro, partilha e futuro”, finaliza.

Recorde-se que a antiga lota também já foi tema central da iniciativa “Rota das Oportunidades”, promovida por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro. Na ocasião, Alberto Souto descreveu o local como “o maior impasse e o maior buraco urbanístico” da cidade. “São cerca de 11 hectares a 300 metros do centro da cidade e há mais de 20 anos que o impasse persiste. Há cerca de 40 anos que não há aqui atividade piscatória e portuária que o justifique”, afirmou, lembrando que foi ainda durante o seu mandato que deixou o plano da Polis para requalificar toda aquela área. “20 anos passados nada aconteceu”, criticou.

O candidato socialista sublinhou, no entanto, que “finalmente foi possível chegar a um acordo entre o Porto de Aveiro e a Câmara Municipal”, mas lamentou que a zona continue por concretizar. Para Alberto Souto de Miranda, este é um espaço com potencial para “criar futuro, não para fazer mais do mesmo”. Defende uma abordagem diferente da anunciada pelo atual executivo, que considera centrada em “muita construção e poucas árvores”. Em alternativa, propõe “muitas árvores e alguns imóveis de qualidade, que sejam uma referência da arquitetura nacional e de que nos possamos orgulhar”.

Em resposta às críticas lançadas pelo socialista, José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, afirmou à Ria que já há “um projeto em curso” para a antiga lota. “Estamos a formalizar o projeto de execução e temos um fundo comunitário aprovado, do ITI [Instrumentos Territoriais Integrados] das Redes Urbanas, no caso das Cidades Azuis, que vai comparticipar uma primeira fase das obras de urbanização e infraestruturação daquele terreno”, disse.

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Festival dos Canais em Aveiro regista maior afluência “de sempre” na 10ª edição
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Festival dos Canais em Aveiro regista maior afluência “de sempre” na 10ª edição

O Festival dos Canais decorreu de 16 a 20 de julho e contou com mais de 30 espetáculos oriundos de 14 países, totalizando 157 apresentações em 18 palcos, espalhados por vários pontos da cidade. Houve ainda 15 estreias absolutas apresentadas ao longo dos cinco dias de programação. Segundo a autarquia, a 10ª edição foi a “maior de sempre, com forte afluência em todos os espaços e horários do festival”. A programação abrangeu várias expressões artísticas, como teatro de rua, novo circo, dança, música, performance e artes visuais. Citado na nota, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, destacou “o envolvimento da comunidade local, com uma participação recorde, não só do público, mas também de organizações, artistas e cidadãos aveirenses que se envolveram diretamente na criação de várias propostas artísticas, dando um cunho muito local a esta edição”. “Levámos o festival a espaços onde nunca tinha estado, reforçando o objetivo de aproximar ainda mais os aveirenses e os visitantes da cidade e dos seus espaços públicos”, justificou. Para o autarca esta foi ainda a “melhor edição de sempre”. Também José Pina, programador da iniciativa, destacou o alcance artístico e o envolvimento comunitário. “A resposta do público foi magnífica, e a programação teve impacto real na comunidade. Fizemos história, sem desviar o rumo que o festival sempre seguiu. Agradeço ao público, aos artistas e à comunidade artística local, com um reconhecimento especial à equipa do Teatro Aveirense, pela entrega excecional em todas as fases do processo”, exprimiu. O festival contou com um orçamento de cerca de 850 mil euros e, conforme noticiado pela Ria, foi amplamente bem recebido pela população. Ainda assim, muitos aveirenses manifestam o desejo de uma programação cultural mais contínua ao longo do ano, apelando a um maior equilíbrio entre a promoção turística da cidade e a resposta às necessidades culturais da comunidade local.

Obras do metro afetam ligação ferroviária entre Porto e Aveiro até ao final do ano
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Obras do metro afetam ligação ferroviária entre Porto e Aveiro até ao final do ano

Em comunicado, a Metro do Porto referiu que a construção de uma passagem inferior na estação Gaia-Devesas, no âmbito da empreitada da Linha Rubi, implica condicionamentos na circulação ferroviária entre Porto-Campanhã e Aveiro, sobretudo durante a noite e aos fins de semana, “de forma a minimizar impactos para os passageiros”. “Para assegurar o serviço e reduzir os transtornos causados por estes condicionamentos”, a Metro do Porto vai assegurar “transbordo rodoviário aos passageiros da CP, com paragens junto às seguintes estações ferroviárias: Porto-São Bento, Porto-Campanhã, General Torres, Gaia-Devesas, Coimbrões, Madalena, Valadares, Francelos, Miramar, Aguda, Granja, Espinho, Ovar e Aveiro (para serviços de longo curso)”, acrescentou. Assim, aos fins de semana a partir de sábado e até 10 de agosto, bem como de 20 a 28 de setembro, haverá condicionamentos na circulação ferroviária das 23:50 às 07:50. Já nos fins de semana de 17 a 31 de agosto e de 05 de outubro a 02 de dezembro, os condicionamentos decorrerão entre as 22:00 e as 10:00. Nos dias úteis, de 11 de agosto a 25 de setembro (inclui o feriado de 15 de agosto) e de 26 de novembro a 12 de dezembro (incluindo os feriados de 01 e 08 de dezembro), os trabalhos obrigarão a condicionar a circulação ferroviária naquele troço entre as 23:00 e as 05:00. O início da construção de uma passagem inferior na estação Gaia-Devesas, que obriga a estes condicionamentos, foi articulado com a Infraestruturas de Portugal e a CP – Comboios de Portugal, assegura a Metro do Porto. A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas. Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música. A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026, mas fonte do Metro do Porto já admitiu à Lusa que a ponte só deverá estar concluída em 2027, estando em causa sobretudo acabamentos. Inicialmente, o projeto tinha um custo de 435 milhões de euros. Em 16 de abril, o presidente da transportadora admitiu que o custo total da Linha Rubi, atualmente em construção entre Casa da Música e Santo Ovídio, vai subir em 50 milhões de euros e o preço ainda pode aumentar.

Autárquicas: Luísa Teixeira é a candidata do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia de Oliveirinha
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Autárquicas: Luísa Teixeira é a candidata do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia de Oliveirinha

Luísa Teixeira tem 72 anos e é reformada. Numa nota enviada às redações, esta segunda-feira, 21 de julho, o BE destaca a “forte ligação” da candidata a Oliveirinha, “onde reside há mais de 40 anos” e “teve, desde sempre, um papel ativo na comunidade”. “Durante vários anos, foi membro da Associação de Pais da Escola EB 2, 3 Castro Matoso, contribuindo para a educação e bem-estar de crianças, adolescentes e das suas famílias”, realça. A candidata dedicou ainda “mais de duas décadas à Casa do Povo de Oliveirinha, como membro da direção” e é “juiz social”. Face à experiência, o BE refere que Luísa Teixeira pretende “continuar a trabalhar por uma Oliveirinha mais justa, participativa e solidária, representando os interesses de todos os seus habitantes”. “Estará sempre do lado dos mais desfavorecidos”, afirma a nota. Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu com 61,71% dos votos na freguesia, elegendo seis mandatos contra dois do PS/PAN e um do BE. Recorde-se ainda que este domingo decorreu nas piscinas da freguesia a apresentação da candidata à Junta de Freguesia de Oliveirinha, Carolina Santos, pela ‘Aliança’. 

Aliança Mais Aveiro lança candidata em Oliveirinha com surpresa de Rosário Carvalho e críticas ao PS
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Aliança Mais Aveiro lança candidata em Oliveirinha com surpresa de Rosário Carvalho e críticas ao PS

A coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ apresentou este domingo, publicamente, mais um candidato e a sua respetiva equipa às próximas eleições autárquicas. Desta vez, foi anunciada a candidatura à Junta de Freguesia de Oliveirinha, que será liderada por Carolina Santos. Atual secretária da Assembleia de Freguesia de Oliveirinha, Carolina Santos foi escolhida para suceder a Firmino Ferreira, presidente em funções, que não se pode recandidatar devido à limitação de mandatos. Firmino Ferreira marcou presença no evento e fez questão de dirigir algumas palavras aos presentes, num gesto de apoio à sua sucessora. Também Armando Vieira, atual presidente da Assembleia de Freguesia e mandatário da candidatura, interveio durante o evento. Contudo, uma das surpresas da tarde foi a presença de Rosário Carvalho, atual provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e antiga vereadora de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021. Inicialmente anunciada por Luís Souto como uma das coordenadoras do grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Rosário Carvalho acabaria por desmentir publicamente essa informação. Em declarações posteriores à Ria, sublinhou a sua posição institucional: “A instituição está acima de qualquer partido. Neste momento, sou a maior representante da Misericórdia, e, por isso, não posso tomar partido, para o bem da própria Misericórdia. A instituição está acima de tudo.” Depois de toda a polémica, Rosário Carvalho dá um passo atrás e declara assim o seu apoio ao projeto da ‘Aliança Mais Aveiro’. A sua presença não passou despercebida a Firmino Ferreira, que lhe dirigiu uma saudação especial, estendendo-a também a Francisco Ferreira, vice-provedor da Misericórdia: “Quero, de facto, cumprimentar a nossa provedora da Santa Casa da Misericórdia, que está cá presente. Bem-vinda e obrigada por teres vindo”. Já no seu discurso, Luís Souto de Miranda começou por saudar “todas as mulheres de Oliveirinha e de Aveiro”, enaltecendo o papel das que, “sem hesitações”, aceitaram integrar as listas da coligação. Aproveitando o momento para tecer críticas à oposição, o candidato sublinhou: “As esquerdas preocupam-se muito com as quotas. Nós, na ‘Aliança Mais Aveiro’, vamos muito além das quotas”. E acrescentou: “Nas dez freguesias onde apresentamos candidatura, cinco são lideradas por mulheres escolhidas pelo seu mérito e pelas suas qualidades”, apontou. Dirigindo-se diretamente à candidata, Luís Souto explicou que a escolha de Carolina Santos, “tal como a dos restantes candidatos”, resultou de um processo participado que envolveu os “atuais presidentes de junta, autarcas e forças vivas de cada freguesia”. “O nome de Carolina Santos surgiu com toda a naturalidade - pela sua serenidade, pelo envolvimento na vida autárquica e comunitária e pelo seu brio profissional”, justificou, manifestando ainda confiança de que a candidata “trará a esta freguesia uma nova energia, novos projetos, contando com a experiência, o conselho e a lealdade dos antigos presidentes”. O candidato aproveitou ainda o momento para deixar uma palavra de agradecimento a Armando Vieira, pelo “apoio firme e sem hesitações”, e a Firmino Ferreira, agora também deputado pelo PSD na Assembleia da República (AR) eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro. “Faço votos de um grande mandato ao senhor deputado e conto muito com a sua ajuda para fazer mais por Aveiro”, expressou. Dirigindo críticas diretas ao PS, Luís Souto de Miranda garantiu que, em Oliveirinha, “nunca haverá lugar para experiências socialistas”. “Oliveirinha foi sempre uma freguesia governada pelo espaço político da AD e vai continuar a sê-lo”, assegurou, apontando como exemplo a “área desportiva” e os “equipamentos de qualidade” existentes na freguesia, que, segundo disse, “estão aí para provar o que tem sido a história de sucesso do poder local em Portugal”. Abordando, desta vez, o futuro, o candidato começou por garantir aos presentes que “na ‘Aliança Mais Aveiro’ sabemos o caminho que estamos a trilhar e o que queremos para Oliveirinha, para cada freguesia e para o Município de Aveiro”. “Sempre dissemos que iriamos construir um projeto político com as pessoas e é isso que temos feito ao longo dos últimos três meses e continuaremos a fazer a campanha”, lembrou. Como exemplo desse compromisso, destacou o trabalho de auscultação que têm vindo a desenvolver junto de empresas, associações e da comunidade local. “O nosso projeto é de equipa com os nossos candidatos”, reforçou, prometendo que, “uma vez eleitos”, continuarão a trabalhar “a bem da coesão do município valorizando como nunca as freguesias com especial atenção às periferias”. “Connosco nenhum lugar ficará para trás”, atirou Luís Souto de Miranda. Falando sobre a “cooperação estratégica”, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ afirmou que a “governação participada” se alarga às Instituições de Solidariedade Social (IPSS), bem como às “associações desportivas, culturais e recreativas”. No caso concreto de Oliveirinha, comprometeu-se a melhorar o espaço desportivo da Associação Recreativa e Cultural de Oliveirinha (ARCO) e a “valorizar” o Clube de Ténis de Mesa de Oliveirinha, que é “o único clube do município a competir na primeira divisão”. Voltando a dirigir críticas ao PS, Luís Souto de Miranda recordou os anos de governação de Alberto Souto de Miranda [entre 1997 e 2005] na Câmara Municipal, afirmando: “Não esquecemos os anos de governação socialista da Câmara Municipal que como alguém dizia ‘nos deixaram de tanga’”. Reforçou ainda que a governação municipal da Aliança Mais Aveiro será pautada pelo “rigor. Recorde-se que apesar de já ter sido apresentado como candidato à Câmara de Aveiro, Luís Souto de Miranda é, até ao momento, o único nome conhecido da lista da coligação ao executivo municipal. Fez ainda questão de citar a frase de José Régio, escritor: “Não sei para onde vou. Não sei para onde vou. Sei que não vou por aí” para sublinhar que a coligação da ‘Aliança’ sabe “bem” para onde vai. “Não vamos parar o progresso, não vamos prometer utopias, não vamos deixar por terra os esforços de recuperação da credibilidade institucional e financeira da Câmara levados a cabo pela equipa liderada por José Ribau Esteves, [presidente da autarquia]”, afirmou. Enquanto atual presidente da Assembleia Municipal, Luís Souto de Miranda frisou que a sua candidatura “nunca poderia ser de rutura”. “Assumimos a continuidade, mas também a inovação - para um tempo novo, para um novo ciclo, tanto no Município como aqui em Oliveirinha”, concluiu. Para a freguesia de Oliveirinha, o candidato apontou um conjunto de propostas concretas. Entre elas, propôs criar um “parque público” com uma “linda praça pública”; “promover o crescimento da zona industrial Aveiro-Centro que integra Oliveirinha”; “construir uma nova via, paralela à A17 que permite ligar a zona industrial (…) ao futuro nó de ligação do eixo Aveiro-Águeda” e a “qualificação do parque escolar”. Dirigindo-se diretamente a Firmino Ferreira, agora deputado, apelou ao seu contributo parlamentar para que o projeto do eixo Aveiro-Águeda “seja uma realidade”. No domínio da educação, Luís Souto de Miranda estabeleceu como prioridade a revisão da carta educativa, sublinhando a necessidade de adequar a rede de equipamentos escolares às “novas realidades demográficas”. Na área da saúde, reforçou o compromisso com a “melhoria contínua” dos cuidados de saúde primários prestados à população. “Temos aqui em Oliveirinha excelentes recursos humanos no centro de saúde, vamos ter que trabalhar para melhorar as condições de trabalho”, atentou. Numa nota à parte disse ainda: “Não estamos aqui para prometer tudo a todos. Estamos aqui para continuar a servir para inovar com responsabilidade, com verdade e compromisso”. Prestes a terminar a sua intervenção, Luís Souto de Miranda falou ainda sobre dois “temas transversais” a todo o concelho: os transportes públicos e a habitação. Sobre o serviço de transportes alertou que o mesmo precisa de ser “melhorado”, através da “otimização de rotas, horários, ligações e até tarifários”. Relativamente à habitação reconheceu que é um “desafio nacional, estrutural e complexo”, mas admitiu que “isso não serve de desculpa para não agir”. Prometeu, nesse sentido, ter “propostas concretas, soluções no quadro legislativo em vigor e políticas amigas do investimento”. “Este é um compromisso que assumimos com seriedade. A habitação será uma prioridade com empenho, ação e dedicação desde o primeiro dia e aqui em Oliveirinha também é preciso criar condições para haver oferta habitacional”, vincou. No seguimento da apresentação, Carolina Santos usou da palavra para recordar a sua ligação profunda à freguesia. “Tenho 46 anos, sou filha desta freguesia e com muito orgulho posso dizer que nasci, cresci, resido e trabalho nela ao serviço da comunidade”, referiu. A candidata destacou ainda algumas das propostas que pretende concretizar, como a construção de um armazém para a Junta de Freguesia, considerando-o “imperativo” para guardar equipamentos e materiais e garantir aos trabalhadores “melhores condições sanitárias e de trabalho”. Entre outras prioridades, sublinhou a “conservação e melhoria da rede viária”, que classificou como “fundamental”, e a “dinamização do espaço sénior”. “Acredito que só com trabalho, transparência, escuta ativa e diálogo permanente será possível construir uma freguesia mais justa, mais unida e mais desenvolvida”, resumiu, comprometendo-se que será uma presidente “próxima, acessível, presente- uma verdadeira servidora pública”. Sobre a equipa que a acompanha, caracterizou-a como “forte, unida e competente”, composta por “pessoas que as gentes da nossa terra conhecem e com quem se identificam”. Em jeito de conclusão salientou ainda que “juntos e em equipa somos mais fortes”, reforçando que as “dificuldades transformar-se-ão em oportunidades”. “Faremos desta freguesia um lugar ainda melhor para viver, crescentemente atrativo”, desejou. Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação venceu com 61,71% dos votos na freguesia, elegendo seis mandatos contra dois do PS/PAN e um do Bloco de Esquerda.

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O acórdão, datado de 15 de julho e consultado hoje pela Lusa, julgou parcialmente procedente, por provada, a acusação do Ministério Público (MP). O arguido foi condenado na pena única de 12 anos e nove meses de prisão, em cúmulo jurídico, por 90 crimes de violação. Foi ainda condenado nas penas acessórias de proibição de assumir a confiança de menor e de exercer profissão que envolva o contacto regular com menores por um período de 12 anos. Além da pena de prisão, o arguido vai ter de pagar uma indemnização de 40 mil euros à filha. O coletivo de juízes decidiu ainda manter o arguido em prisão preventiva até esgotar o prazo para recorrer da sentença. O arguido foi detido, fora de flagrante delito, pela Polícia Judiciária (PJ) em Ílhavo, em setembro de 2024, por suspeita da autoria de crime de violação, na forma mais agravada. Na altura da detenção, a PJ referiu que os crimes foram denunciados pela vítima. "A vítima, filha do detido, ao atingir recentemente os 14 anos de idade e aproveitando condições mais propícias à denúncia, comunicou à mãe a ocorrência reiterada dos atos criminosos, praticados na habitação, o que motivou a intervenção imediata desta Polícia”, referiu a PJ. Segundo a Judiciária, o arguido apresenta antecedentes que apontam para um comportamento sexual compulsivo por menores do sexo feminino.

Licenças para construção e reabilitação habitacional sobem 15,7% até maio
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De acordo com a mais recente Síntese Estatística da Habitação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) hoje divulgada, o número de licenças para construção e reabilitação de edifícios habitacionais emitidas totalizou 8.641, o que reflete um aumento de 15,7%, em termos homólogos. Já o número de fogos licenciados em construções novas cresceu 36,3% para um total de 17.120 novas habitações. Segundo os dados da AICCOPN, o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 1.654 milhares de toneladas, o que traduz uma quebra de 2% face ao mesmo período do ano anterior. Relativamente ao montante do novo crédito à habitação concedido pela banca, excluindo renegociações, aumentou 39,6% entre janeiro e maio, para 9.124 milhões de euros. Já a taxa de juro do crédito à habitação fixou-se nos 3,57% no mês de maio, uma redução de 99 pontos base em comparação com o período homólogo. No mês de maio, o valor mediano da habitação, apurado para efeitos de avaliação bancária, registou uma valorização homóloga de 17,1%, decorrente de acréscimos de 21,1% no segmento dos apartamentos e de 10,4% no das moradias. Detalhadamente, na região do Algarve, nos 12 meses terminados em maio de 2025 foram licenciados 1.713 fogos em construções novas, o que representa um aumento de 5% face aos 1.639 alojamentos licenciados no período homólogo. Do total de fogos licenciados, 24% correspondiam a tipologias T0 ou T1, 37% a T2, 27% a T3 e 12% a T4 ou superior.