Montenegro não cede às pressões de Ribau Esteves e Luís Souto de Miranda é o candidato do PSD à CMA
A notícia foi avançada pelo Diário de Aveiro, ao longo do dia, e confirmada à Ria por várias fontes ligadas à distrital e nacional do Partido Social Democrata (PSD). Luís Montenegro, líder do PSD-Nacional, terminou com o impasse e decidiu lançar Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal, como candidato do PSD à Câmara Municipal de Aveiro, contrariando a vontade do atual presidente da autarquia aveirense, José Ribau Esteves.
Redação
A decisão apanhou muitos de supresa, mas Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e professor no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, vai mesmo ser o candidato do PSD ao Município de Aveiro nas próximas eleições autárquicas.
Recorde-se que Luís Souto de Miranda, apontado pela Ria como um dos quatro nomes mais falados como candidato do PSD à CMA, já tinha mostrado disponibilidade para avançar como uma candidatura à autarquia aveirense numa entrevista dada à Rádio Terra Nova, em maio de 2024. Contudo, o anúncio de Alberto Souto de Miranda, seu irmão, como candidato à CMA pelo Partido Socialista (PS) fez com que muitas pessoas considerassem a sua candidatura como improvável.
A Ria sabe que esta decisão está a provocar grande instabilidade no seio do PSD-Aveiro, pois muitos dos dirigentes da concelhia local não conseguem entender como é que tomaram conhecimento do candidato escolhido pelo partido através da comunicação social, sem qualquer aviso prévio do atual presidente da concelhia Simão Santana.
Simão Santana, que tinha garantido à Ria que a decisão do candidato do PSD à CMA seria devidamente articulada entre a estrutura local, a distrital e a nacional, marcou uma reunião com carácter de urgência para amanhã, às 21h30, na sede local do PSD-Aveiro.
Fontes próximas do PSD-Aveiro afirmam mesmo que Simão Santana e José Ribau Esteves “foram ignorados pela nacional” do partido e que Luís Montenegro “não gostou de ver os dirigentes da estrutura local a pressionarem a escolha de Rogério Carlos [atual vice-presidente da CMA] como candidato” à autarquia aveirense.
Recorde-se que Ribau Esteves ainda recentemente, em entrevista ao JN, afirmou que a solução como candidato do PSD à autarquia aveirense estava na sua "equipa de vereadores" e de "membros do seu gabinete", colocando de fora Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal.
Nas últimas semanas Luís Souto de Miranda, na sua página na rede social Facebook, afirmou que “decida quem tem que decidir e sem pressões que isso não faço eu”, numa aparente resposta ao facto de estar a ser afastado da corrida por Ribau Esteves.
Até ao momento não foi possível recolher reações de Alberto Souto de Miranda e do PS-Aveiro relativamente à escolha do PSD para candidato à CMA, mas já muitas pessoas apontam como uma caso “inédito” a disputa eleitoral entre dois irmãos numa eleição autárquica.
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Autárquicas: Ana Catarina Alves é a candidata do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Aveiro
Licenciada em Línguas e Relações Empresariais pela Universidade de Aveiro, com especialização em Gestão, Ana Catarina Alves trabalha atualmente como escritora técnica na área da educação do produto. Para além do seu percurso profissional, integrou a formação musical do conservatório e participou em diversos espetáculos musicais, mantendo uma ligação ativa à comunidade de Cacia. Entre as prioridades da candidatura bloquista estão a habitação e a mobilidade. A candidata denuncia o que considera ser o “legado” do centrão — "a alienação de património imobiliário público a investidores privados, assim como a persistente degradação dos serviços públicos”. “Não há casas para habitar, nem transportes que nos levem aonde precisamos de ir”, denuncia. Ana Catarina Alves defende uma aposta firme na habitação pública, sublinhando que esta deve ser encarada “como um direito de todos, não um negócio para alguns”. Já no que toca à mobilidade, propõe “uma rede de transportes robusta, com horários e rotas que permitam deslocações periurbanas”. “É essencial para a qualidade de vida, para o ambiente e para salvaguardar os rendimentos de quem vive, trabalha ou estuda em Aveiro", insiste. "Esta é uma candidatura aberta que quer contar com a força de todas e todos para transformar a vida em Aveiro — na habitação, na mobilidade, nos serviços públicos, na resposta às alterações climáticas e no respeito pelo trabalho. Temos as portas abertas, junta-te", conclui a nota.
Incêndios: PJ deteve presumível autor de fogo em Cacia
Em comunicado, a PJ esclareceu que o suspeito foi detido fora de flagrante delito, com a colaboração da GNR, não tendo sido possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação. Segundo a Judiciária, o homem terá ateado um incêndio no dia 14, ao final da tarde, numa zona de vegetação rasteira e seca, junto a mancha florestal, existindo ainda nas imediações uma elevada quantidade de madeira já cortada, bem como diversa maquinaria pesada. "O incêndio só não assumiu proporções de maior gravidade porque foi detetado perto do seu início por um popular que procedeu de imediato à sua extinção quando o mesmo ainda estava confinado à área de vegetação rasteira", refere a mesma nota. Ainda segundo a PJ, o detido, sem qualquer ocupação profissional conhecida, será presente às autoridades judiciárias, na comarca de Aveiro, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido.
Gilberto Ferreira recandidata-se à Junta de Aradas pelo movimento independente “Sentir Aradas”
Em declarações à Ria, Gilberto Ferreira explicou que a decisão de se recandidatar partiu do próprio grupo. “Este desafio foi um bocadinho proposto pelo grupo. Nós, paralelamente ao trabalho das eleições, reunimos com alguma frequência. Ao longo destes quatro anos, reunimos (…) uma vez por mês. Temos o cuidado de nos encontrar e discutir os problemas da freguesia”, afirmou, opinando que a decisão de avançar está hoje mais sustentada do que há quatro anos. “Já temos uma noção mais real do que era a Junta de Freguesia, da forma como está a ser gerida. Hoje estamos mais disponíveis que nunca e com mais vontade que nunca de sermos poder em Aradas”, frisou. À Ria adiantou ainda que o movimento manterá a designação “Sentir Aradas”. “É um nome que já está consolidado na freguesia. As pessoas têm a noção de que o ‘Sentir Aradas’, além de ter sido o segundo mais votado, tem sido quem tem feito oposição ao atual Executivo”, exprimiu. Questionado sobre uma eventual coligação com o Partido Socialista (PS) que unisse as principais forças da oposição na freguesia, o candidato rejeita essa hipótese. “Temos boa relação com os partidos da oposição e com pessoas do Executivo Municipal e da Assembleia de Freguesia pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, mas muitas vezes a soma das partes não dá o bolo total. Achamos que a melhor solução é continuar como movimento independente. Cada partido tem a sua matriz e compreendemos que o PS também queira apresentar uma lista em Aradas - é legítimo”, assegurou. Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, Gilberto Ferreira, à frente do movimento “Sentir Aradas”, conquistou “19,13%” dos votos, superando a coligação PS-PAN, que obteve “17,87%”. A vitória pertenceu à coligação “Aliança com Aveiro”, liderada por Catarina Barreto, que alcançou “46,28%” dos votos e assegurou a presidência da Junta. Apesar deste resultado, Gilberto Ferreira acredita que é possível romper com a “Aliança com Aveiro”. “Hoje, muitas pessoas do movimento são figuras muito reconhecidas na freguesia, ligadas ao associativismo ou a outras áreas da vida local. São pessoas profissionalmente realizadas, que não precisam da Junta, e que se disponibilizam por um bem comum: criar melhores condições para a freguesia”, sustentou, acrescentando ainda acreditar que haja militantes “de outros partidos” a votar no movimento. “Recebo com frequência mensagens de apoio, inclusive do PSD e do PS. Mas isso nem sempre é determinante, porque as pessoas dizem uma coisa e às vezes fazem outra”, continuou. Questionado sobre a disponibilidade do movimento para acordos que permitam a viabilização do Executivo, no caso de nenhuma candidatura alcançar a maioria absoluta de mandatos, Gilberto Ferreira respondeu com cautela: “Cada caso é um caso”. “O Sentir Aradas parte para estas eleições com aspirações de ganhar a Junta de Freguesia. Essa é uma questão que neste momento não se coloca. À posteriori poderá vir-se a colocar e nessa altura validaremos se estamos disponíveis a colaborar com o Executivo dessa política”, realçou. No entanto, deixou a sua opinião pessoal: “Sou contra a ligação com a Aliança Mais Aveiro”. “São princípios. Atendendo ao estado de gestão do atual Executivo não acredito que haja melhorias no futuro”, explicou. Neste seguimento, Gilberto Ferreira apontou vários exemplos concretos de falhas que, no seu entender, ilustram o estado de abandono da freguesia. “É só andar por Aradas e ver o estado lastimável em que muitas ruas se encontram. Os passeios e algumas obras estruturais ficaram por fazer. A zona do Carocho, as piscinas, o caso do Eirô... são situações gritantes”, destacou. À Ria, apontou ainda a falta de planeamento em áreas de expansão habitacional da freguesia. “Temos aqui uma zona de desenvolvimento junto à Quinta da Pinheira, atrás da Extrusal, com um projeto de habitação a custos controlados promovido pela Câmara Municipal e pelo empreiteiro. Mas, por outro lado, nem sequer temos acessos condignos. A rua não tem passeios, mal tem iluminação e em alguns dias a luz nem sequer funciona. A relva - ou erva, como se quiser chamar - invade a via. Ainda ontem vi uma senhora com um carrinho de bebé a andar pelo meio da estrada, porque não conseguia circular nas bermas em terra batida”, relatou. O candidato criticou ainda a ausência de ciclovias e de condições nas imediações escolares. “Aradas nem sequer tem uma ciclovia, quando há quatro anos a senhora presidente andou a distribuir bicicletas às crianças. Os acessos à EB de Aradas são lastimáveis”, continuou. Por fim, acusou ainda o atual Executivo de desinvestimento estrutural na freguesia em comparação com a cidade de Aveiro. “Há uma série de obras que precisam ser feitas - algumas da responsabilidade da Junta, outras onde esta deveria ter a coragem de pressionar o Executivo Municipal. (…) Para lá da N109, ou Avenida da Europa, como lhe queiram chamar, existem pessoas. (…) Mas continua a haver uma discrepância muito grande entre o que é a zona urbana da cidade e a zona para lá da N109. Continuamos a ter aqui um muro em que o acompanhamento não é o mesmo, nem pouco mais ou menos”, insistiu. Relembre-se ainda que Gilberto Ferreira tem um passado ligado ao PSD. Partido onde foi militante “entre 1990 e julho de 2021” e onde desempenhou vários cargos, incluindo “presidente da JSD local” e “dirigente da concelhia”. Integrou ainda a equipa próxima de Élio Maia (2005–2009), tendo sido um dos diretores da sua campanha à Câmara Municipal de Aveiro, na candidatura que acabou por vencer as eleições a Alberto Souto de Miranda [ex-presidente da Câmara de Aveiro entre 1997 e 2005]. Atualmente, é ainda gestor comercial.
Aveiro perde final da Supertaça de Futebol ao fim de 5 anos consecutivos de organização
A decisão interrompe uma longa tradição: desde 2009, Aveiro foi palco da Supertaça em 14 ocasiões, tornando-se sinónimo da competição. A última vez que o Estádio Algarve recebeu o troféu foi em 2019, numa final que opôs Benfica e Sporting. Este ano, o clássico repete-se, mas volta ao sul do país. A escolha do Estádio do Algarve não é justificada na nota de imprensa da Federação Portuguesa de Futebol, mas deixa Aveiro fora do mapa das grandes finais, depois de ter sido elogiada pela organização das últimas edições.
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Investigadores da UA criam nova tecnologia que alia diagnóstico à terapêutica tumoral
A nova tecnologia foi desenvolvida por um grupo de investigação multidisciplinar da Universidade de Aveiro (UA), em colaboração com o Instituto Politécnico do Porto. O projeto resultou na criação de um conjunto de moléculas “que melhoram a imagiologia médica, com menor toxicidade, e permitem também a terapia fotodinâmica de tumores”, segundo uma nota de imprensa da Universidade de Aveiro. As novas moléculas integram, numa única estrutura, a capacidade de detetar tumores mais eficientemente em tomografia computorizada (TC) e ressonância magnética nuclear (RMN), e, ao mesmo tempo, atuam terapeuticamente sobre o tumor. “Isto significa que as moléculas já patenteadas possuem características de agentes de contraste para diagnóstico e propriedades terapêuticas, permitindo tratar diretamente o tecido tumoral, um avanço que pode melhorar o prognóstico de pacientes com cancro”, explica. De acordo com a nota, “os compostos preparados apresentam menor toxicidade em comparação com os produtos de contraste usados clinicamente”, o que se deve “à natureza dos compostos, à menor quantidade necessária e à sua distribuição preferencial no tecido tumoral”. Integraram a equipa de investigação Amparo Faustino e Graça Neves (LAQV-REQUIMTE), Rui Pereira (ESSUA - Escola Superior de Saúde), Adelaide Almeida (CESAM - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar) e Rúben Fernandes (Politécnico do Porto). A tecnologia, intitulada "Porfirinas Iodadas, seus métodos de produção, formulação, composição farmacêutica e usos", faz parte de uma patente nacional recentemente concedida, adianta a nota universitária.
Autárquicas: Ana Catarina Alves é a candidata do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Aveiro
Licenciada em Línguas e Relações Empresariais pela Universidade de Aveiro, com especialização em Gestão, Ana Catarina Alves trabalha atualmente como escritora técnica na área da educação do produto. Para além do seu percurso profissional, integrou a formação musical do conservatório e participou em diversos espetáculos musicais, mantendo uma ligação ativa à comunidade de Cacia. Entre as prioridades da candidatura bloquista estão a habitação e a mobilidade. A candidata denuncia o que considera ser o “legado” do centrão — "a alienação de património imobiliário público a investidores privados, assim como a persistente degradação dos serviços públicos”. “Não há casas para habitar, nem transportes que nos levem aonde precisamos de ir”, denuncia. Ana Catarina Alves defende uma aposta firme na habitação pública, sublinhando que esta deve ser encarada “como um direito de todos, não um negócio para alguns”. Já no que toca à mobilidade, propõe “uma rede de transportes robusta, com horários e rotas que permitam deslocações periurbanas”. “É essencial para a qualidade de vida, para o ambiente e para salvaguardar os rendimentos de quem vive, trabalha ou estuda em Aveiro", insiste. "Esta é uma candidatura aberta que quer contar com a força de todas e todos para transformar a vida em Aveiro — na habitação, na mobilidade, nos serviços públicos, na resposta às alterações climáticas e no respeito pelo trabalho. Temos as portas abertas, junta-te", conclui a nota.
Mais de 2.500 mulheres residentes em Portugal abortaram em Espanha entre 2019 e 2023
Os dados constam de um estudo da representação da Amnistia Internacional (AI) em Portugal, que será apresentado hoje em Lisboa e que identificou “várias barreiras no acesso à interrupção voluntária da gravidez (IVG) no país”. O documento salienta que, de acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde espanhol, “2.525 pessoas residentes em Portugal tiveram a sua gravidez interrompida em Espanha” no período entre 2019 e 2023, ou seja, uma média anual de cerca de 500 mulheres. Nos últimos dois anos deste período, “das 1.327 grávidas que abortaram do outro lado da fronteira, 613 abortaram até às 14 semanas”, o limite gestacional permitido em Espanha, adianta ainda o relatório. “Se olharmos para as semanas em que o procedimento foi efetuado, em dois terços dos casos a interrupção da gravidez ocorreu após as 10 semanas, o limite legal para uma IVG em Portugal”, avança o estudo. De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos, que cita dados da Direção-Geral da Política de Justiça, entre 2007 – quando entrou em vigor a lei que legalizou a IVG até às 10 semanas de gestação – e 2024, foram registadas 159 denúncias por alegados “crimes de aborto” pelas autoridades policiais. Até 2023, 58 arguidos responderam em tribunal, dos quais 33 foram condenados no final do julgamento em primeira instância e 20 absolvidos sem provas, salienta ainda o relatório. O documento alerta que estes números não permitem saber se os arguidos eram grávidas que procuraram, tentaram ou efetuaram uma interrupção da gravidez, profissionais de saúde ou pessoas que possam ter assistido, tentado ou efetuado estes procedimentos e em que condições. A AI defende a descriminalização total do aborto para garantir que “ninguém, incluindo pessoas grávidas, prestadores de cuidados de saúde ou outros, seja sujeito a sanções penais ou punitivas” relacionadas com a IVG. “As evidências mostram que a criminalização não afeta a decisão de abortar nem impede as mulheres de abortar. Pelo contrário, simplesmente limita o acesso ao aborto seguro e legal e aumenta o recurso ao aborto ilegal e inseguro”, realça a organização de defesa dos direitos humanos. Segundo o documento, os dados indicam ainda que quando há processos judiciais eles são “desproporcionalmente movidos contra populações marginalizadas, incluindo indivíduos jovens, com baixa escolaridade, solteiros ou pobres”. A Amnistia Internacional alerta também que Portugal, juntamente com a Croácia, a Irlanda, o Montenegro, a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina, a Eslovénia e a Turquia, tem atualmente o limite mais curto da Europa para a realização de uma IVG - 10 semanas - enquanto maioria dos países permite este tipo de interrupção até às 12 semanas. “Embora em 2023, a idade gestacional média em que as IVG foram realizadas em Portugal tenha sido de 7,4 semanas e em 77% dos casos os procedimentos tenham ocorrido quando a gravidez estava abaixo das oito semanas, o limite gestacional de 10 semanas impossibilita que muitas pessoas em Portugal tenham acesso aos cuidados de que necessitam dentro do prazo legal”, refere o relatório. Ainda ao nível do acesso, a AI avança que em 2023 apenas foram feitas 14 interrupções da gravidez até às 10 semanas nos Açores, todos no Hospital da Horta, o que significa que 144 mulheres tiveram de se deslocar ao continente para fazer uma IVG. "No entanto, de acordo com informações recolhidas pela Amnistia Internacional Portugal, em maio de 2025 a situação tinha-se alterado para pior devido ao facto de terem deixado de existir no Hospital da Horta e no Hospital da Terceira médicos que realizem estes procedimentos”, refere o estudo. A situação no Alentejo “também era grave em 2023”, salienta a AI, ao adiantar que de 696 interrupções da gravidez solicitadas por residentes na região, apenas 190 (27%) foram efetuadas em hospitais alentejanos. O relatório adianta que em 38 das unidades de saúde públicas, 533 médicos “manifestaram expressamente” recusa em efetuar abortos por motivos de consciência, o que representaria cerca de 71,3% dos especialistas de ginecologia e obstetrícia do SNS. Entre as recomendações que a AI faz às autoridades portugueses consta a necessidade de uma garantia de acesso à realização de IVG em todo o território nacional e numa distância geográfica razoável, o fim do limite gestacional legal ou, pelo menos, o alargamento do atual limite de dez semanas e a revogação do período de reflexão obrigatório de três dias. Dados divulgados no início do mês pela Entidade Reguladora da Saúde indicam que o número de mulheres que optaram por interromper a gravidez nas primeiras 10 semanas de gestação aumentou 5,5%, para quase 18 mil em 2024.
Incêndios: PJ deteve presumível autor de fogo em Cacia
Em comunicado, a PJ esclareceu que o suspeito foi detido fora de flagrante delito, com a colaboração da GNR, não tendo sido possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação. Segundo a Judiciária, o homem terá ateado um incêndio no dia 14, ao final da tarde, numa zona de vegetação rasteira e seca, junto a mancha florestal, existindo ainda nas imediações uma elevada quantidade de madeira já cortada, bem como diversa maquinaria pesada. "O incêndio só não assumiu proporções de maior gravidade porque foi detetado perto do seu início por um popular que procedeu de imediato à sua extinção quando o mesmo ainda estava confinado à área de vegetação rasteira", refere a mesma nota. Ainda segundo a PJ, o detido, sem qualquer ocupação profissional conhecida, será presente às autoridades judiciárias, na comarca de Aveiro, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido.