RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Montenegro não cede às pressões de Ribau Esteves e Luís Souto de Miranda é o candidato do PSD à CMA

A notícia foi avançada pelo Diário de Aveiro, ao longo do dia, e confirmada à Ria por várias fontes ligadas à distrital e nacional do Partido Social Democrata (PSD). Luís Montenegro, líder do PSD-Nacional, terminou com o impasse e decidiu lançar Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal, como candidato do PSD à Câmara Municipal de Aveiro, contrariando a vontade do atual presidente da autarquia aveirense, José Ribau Esteves.

Montenegro não cede às pressões de Ribau Esteves e Luís Souto de Miranda é o candidato do PSD à CMA
Redação

Redação

02 fev 2025, 23:06

A decisão apanhou muitos de supresa, mas Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e professor no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, vai mesmo ser o candidato do PSD ao Município de Aveiro nas próximas eleições autárquicas.

Recorde-se que Luís Souto de Miranda, apontado pela Ria como um dos quatro nomes mais falados como candidato do PSD à CMA, já tinha mostrado disponibilidade para avançar como uma candidatura à autarquia aveirense numa entrevista dada à Rádio Terra Nova, em maio de 2024. Contudo, o anúncio de Alberto Souto de Miranda, seu irmão, como candidato à CMA pelo Partido Socialista (PS) fez com que muitas pessoas considerassem a sua candidatura como improvável.

A Ria sabe que esta decisão está a provocar grande instabilidade no seio do PSD-Aveiro, pois muitos dos dirigentes da concelhia local não conseguem entender como é que tomaram conhecimento do candidato escolhido pelo partido através da comunicação social, sem qualquer aviso prévio do atual presidente da concelhia Simão Santana.

Simão Santana, que tinha garantido à Ria que a decisão do candidato do PSD à CMA seria devidamente articulada entre a estrutura local, a distrital e a nacional, marcou uma reunião com carácter de urgência para amanhã, às 21h30, na sede local do PSD-Aveiro.

Fontes próximas do PSD-Aveiro afirmam mesmo que Simão Santana e José Ribau Esteves “foram ignorados pela nacional” do partido e que Luís Montenegro “não gostou de ver os dirigentes da estrutura local a pressionarem a escolha de Rogério Carlos [atual vice-presidente da CMA] como candidato” à autarquia aveirense.

Recorde-se que Ribau Esteves ainda recentemente, em entrevista ao JN, afirmou que a solução como candidato do PSD à autarquia aveirense estava na sua "equipa de vereadores" e de "membros do seu gabinete", colocando de fora Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal.

Nas últimas semanas Luís Souto de Miranda, na sua página na rede social Facebook, afirmou que “decida quem tem que decidir e sem pressões que isso não faço eu”, numa aparente resposta ao facto de estar a ser afastado da corrida por Ribau Esteves.

Até ao momento não foi possível recolher reações de Alberto Souto de Miranda e do PS-Aveiro relativamente à escolha do PSD para candidato à CMA, mas já muitas pessoas apontam como uma caso “inédito” a disputa eleitoral entre dois irmãos numa eleição autárquica.

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Hospital de Aveiro com constrangimentos na realização de ecografias a grávidas
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Hospital de Aveiro com constrangimentos na realização de ecografias a grávidas

“A ULSRA reconhece que na presente data existem constrangimentos, mas apenas na realização da ecografia obstétrica do primeiro trimestre, atendendo à ausência não programada de médicos obstetras que, efetivamente, condiciona a realização destas ecografias em tempo útil”, refere uma nota deste organismo enviada à Lusa. A informação surgiu após Nuno Teixeira, deputado do PCP na Assembleia Municipal de Aveiro, ter denunciado na noite de quarta-feira, a existência de constrangimentos no acesso das mulheres grávidas aos cuidados de saúde maternos no Hospital de Aveiro. Durante o período antes da ordem do dia, na Assembleia Municipal, Nuno Teixeira deu conta que o Hospital de Aveiro não consegue garantir a realização da ecografia obstétrica do primeiro trimestre (um exame de ultrassons que se realiza entre as 11 e as 14 semanas de gravidez) nem tão pouco a primeira consulta pré-natal. O deputado comunista referiu ainda que a ULSRA terá enviado uma orientação aos centros de saúde para que seja passada uma credencial para as utentes grávidas realizarem a ecografia obstétrica do primeiro trimestre no privado. No entanto, segundo Nuno Teixeira, a única clínica com convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) situa-se em Coimbra e tem uma enorme lista de espera. “As utentes não conseguem encontrar ali vaga e terão de pagar 140 euros para a realização daquela ecografia”, disse o deputado comunista. Na resposta enviada à Lusa, a ULSRA reconhece que a resposta dos convencionados com o SNS na área da ecografia obstétrica é escassa não somente na região de Aveiro, mas a nível nacional, atendendo à reduzida oferta do setor privado nesta área de diagnóstico tão especializada. “Porém, a ULSRA tem procurado obviar este problema, envidando todos os esforços na procura de alternativas para a realização de ecografias obstétricas, seja com recurso à prestação de serviços, seja com recurso ao setor privado, de forma a complementar a resposta dos convencionados, esperando-se que seja possível minimizar estes constrangimentos a curto prazo”, adianta a mesma nota. Relativamente às consultas pré-natal, a ULSRA esclarece que foi procurada uma solução articulada com os médicos dos cuidados de saúde primários que mantêm, sem qualquer alteração, o acompanhamento da mulher durante todo o seu período de gravidez, conforme as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS). O deputado comunista recordou ainda que no passado fim de semana ocorreu o nascimento de um bebe numa ambulância dos bombeiros de Ílhavo a caminho da maternidade de Coimbra porque a maternidade do Hospital de Aveiro se encontrava encerrada. A ULSRA confirma o encerramento da urgência de Ginecologia/Obstetrícia/Bloco de partos no dia 13 de abril, mas esclarece que esta medida foi devida e atempadamente reportado às entidades de direito, nomeadamente, entre outros, aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, corporações de Bombeiros e DGS.

Pavilhão Municipal incentiva segunda alteração ao orçamento municipal
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Pavilhão Municipal incentiva segunda alteração ao orçamento municipal

Foi aprovada ontem em sede de Assembleia Municipal a segunda alteração ao orçamento devido à obra do novo pavilhão municipal. Na sua intervenção, José Ribau Esteves explicou que “ao terceiro concurso termos várias propostas para adjudicar o pavilhão oficina”, tal como já tinha sido noticiado pela Ria. “Estamos a ajustar os famosos plurianuais (…) para em princípio, se tudo correr bem, ou na próxima reunião de câmara, dia 24 de abril ou (…) na reunião de dia 8 de maio, podermos adjudicar esta obra já com os plurianuais certinhos (…) para quando o processo depois for a tribunal de contas estar tudo devidamente compatibilizado e não termos questões a este nível, pelo menos na relação de tramitação de visto com o tribunal de contas”, deu nota o presidente da Câmara. O ajustamento teve em vista também o ajustamento de verbas de “operações que estão a ser ultimadas para lançamento de concurso público de obra nas próximas reuniões de câmara”, apontou o edil. É o caso das escolas de São Bernardo e das escolas e jardins-de-infância da Alumieira, das Leirinhas e de Sarrazola, bem como da “profunda qualificação” do edifício da piscina e do “novo edifício de mercado/recinto de feiras de Cacia”. A proposta somou votos contra do PS, BE e PCP, e com PAN e Chega a absterem-se. João Moniz, do Bloco de Esquerda, justifica o sentido de voto por considerar que a “revisão orçamental (…) não muda praticamente nada daquilo que são as prioridades desse orçamento [original]”. O deputado municipal ressalva, no entanto, que caso a votação “fosse a votação peça a peça de cada uma das requalificações das escolas (…) os espaços em Cacia, etc., certamente teria unanimidade aqui na votação”. Também o Partido Socialista votou contra, numa atitude que afirmam ser em coerência com aquela que foi a sua votação orçamental inicial. Os deputados apontaram como preocupação o comprometimento deixado pelo empréstimo pedido para a realização do novo pavilhão. “Há um vastíssimo programa plurianual e na realidade a concretização deste plano vai para anos 2026 e 2027, (…) ao apresentar esta revisão, na verdade, (…) vai comprometer o programa e as legitimas ideias de um futuro executivo”, aponta Jorge Gonçalves, deputado municipal do PS. “Por este não respeito por possíveis e legitimas opções políticas, nós temos de votar contra”, sublinha ainda. O autarca considerou as afirmações do socialista como “absurdo”. “Estão a ver o que era o presidente da câmara estar condicionado à opinião de um candidato (…) estão a ver a minha vida se agora tivesse reuniões com os sete ou oito [candidatos] para perguntar o que acham de fazermos isto ou aquilo, com a certeza absoluta que nunca conseguia dos sete ou oito uma resposta consonante; conclusão: o mandato não servia para nada porque tinha de andar a ouvir candidatos e a fazer-lhe a sua vontade”, aponta José Ribau Esteves. Também em resposta Manuel Prior, deputado municipal pela bancada do Partido Social Democrata, dá nota de que as obras se vão estender para lá do mandato de Ribau Esteves, mas considera ser “muito diferente, agora vão obras para lá de outubro com financiamento garantido, no passado (…) tivemos obras que iam lá para a frente que levavam dívidas atrás e que somavam mais dividas porque não tinham nenhum plano de financiamento”. “Vão ficar obras. Umas começadas, outras lançadas, mas todas com financiamento garantido”, reforça. O presidente da CMA apontou ainda que “às vezes há aí socialistas que dizem ‘a câmara está muito bem financeiramente, mas o Ribau vai deixá-la uma tragédia’. Vocês vão vendo, ato formal a ato formal, que tudo isso é a mais redonda ou quadrada mentira porque obviamente estamos a garantir isso mesmo, é a sustentabilidade absoluta”. A sessão abordou ainda as temáticas do hospital de Aveiro e dos pórticos da A25, a propósito das declarações do passado domingo, dia 13, de Luís Montenegro, tal como anteriormente noticiado pela Ria. Foi também abordada a temática do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda e dada nota da inclusão de uma nova linha férrea de Aveiro a Vilar Formoso no Plano Ferroviário Nacional. Os dois últimos pontos que constam a discussão na Assembleia – a aprovação e votação do Relatório de Gestão e uma Proposta de Recomendação – vão ainda ser discutidos na próxima terça-feira, dia 22, data em que a Assembleia volta a reunir para dar fim à ordem de trabalhos ontem iniciada.

Luís Barbosa, diretor-geral do PCI, veio para ficar e quer levar o parque “além-fronteiras”
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Luís Barbosa, diretor-geral do PCI, veio para ficar e quer levar o parque “além-fronteiras”

O ditado popular diz que o “bom filho a casa torna”. Assim aconteceu com Luís Barbosa. Depois de passar pelos “quatro continentes” do mundo e por algumas das maiores empresas de projeção internacional, em julho do ano passado, o atual diretor-geral do PCI, decidiu regressar às suas origens para “partilhar”, agora na região de Aveiro, aquilo que adquiriu de “experiência e realidade por esse mundo”. “Eu vim para ficar [no PCI]. Temos um projeto, temos uma estratégia até 2030 e aquilo que é o nosso objetivo é de torná-la uma realidade e além-fronteiras também”, afirmou Luís Barbosa à Ria. Apesar de não ter acompanhado o início do PCI, o atual diretor-geral diz que tem como missão “assumir a continuidade do projeto”, ainda que reconheça que a realidade do ecossistema de inovação “é totalmente diferente” quando comparada há sete anos. “O percurso foi efetuado, a realidade do ecossistema alterou, o contexto de inovação e de empreendedorismo alterou bastante (…) e, hoje em dia, executar inovação é por si uma atividade que deve ser bem controlada, bem suportada, não necessariamente só em fundos públicos, mas também em fundos privados e em inovação [com], por exemplo, projetos tecnológicos. Eu penso que o PCI, por si, é uma realidade, é atual e tem tudo para ser futuro”, opinou. Para Luís Barbosa esse “futuro” passa por um plano estratégico até 2030 que tem como pilares base a inovação, a sustentabilidade e a transformação digital, conforme vincou no sétimo aniversário do parque. “Nós entendemos que, sendo uma entidade, uma sociedade anónima (…), o PCI deve também gerir as suas atividades, não como se fosse uma empresa, (…) mas para resultados. Baseado nesse princípio temos de ser sustentáveis”, relembrou. “A sustentabilidade, consideramos que não é suportada por fundos públicos. É suportada pela sua atividade, que deve ter (...) juntamente com fundos públicos, mas também executada para fundos e resultados privados. Temos de ter uma estratégia, que é aquilo que está a ser efetuado, de expertise técnico, em inovação, e partindo de um ponto (…) que é a criatividade”, sustentou. Atualmente, a Universidade de Aveiro (UA) é a acionista do PCI que detém a maior percentagem, neste momento “42%” do parque. Para o diretor-geral a relação da UA com o PCI é “fundamental”, já que para si esta relação representa o “total complementar” da “cadeia de inovação”. “Porquê? Uma startup, antes de ser uma empresa, é uma ideia e, antes de ser uma ideia, é um estudo científico ou tecnológico, é um projeto de doutoramento, etc (…). Esta horizontalidade e verticalidade e (…) o seu approach [aproximar] ao ecossistema empresarial, através da UA, é fundamental (…). Todo o projeto que tem capacidade para ser uma empresa inovadora de sucesso, deve ter uma componente científico-tecnológica (…) e quem o executa é a nossa Universidade de Aveiro”, atentou. Ainda sobre as conquistas do futuro, Luís Barbosa avançou que um outro objetivo estratégico do PCI passa pela edificação de “centros de excelência”. “A ideia e o objetivo fundamental desta unidade de negócio (…) é de reter os casos de sucesso que passam no nosso parque. Reter como? Reter no sentido de uma empresa que escala e cresce no PCI é, simultaneamente, uma entidade que pode inspirar e que pode mesmo suportar outras startups daquele setor, em particular que podem efetivamente ser casos de sucesso de novo (…). Nós temos lotes em todo o parque [e o objetivo] é ter esses lotes [edificados como] Centros de Excelência físicos”, esclareceu. Neste momento, há já “várias manifestações de interesse”, nomeadamente, do “Norte da Europa”. “Temos neste momento quatro processos em negociação, em diversos setores (…). Temos o setor agroalimentar, o setor daquilo que se chama API connectivity (…) e os setores da mobilidade (…). Contamos, durante o exercício 2025, ter decisões tomadas para começar efetivamente a instalar estes projetos”, expôs. O diretor-geral mostrou-se ainda com “grandes” expectativas com a aprovação da Zona Livre Tecnológica (ZLT), em Aveiro, defendendo que esta “é um dos veículos privilegiados e fundamentais para aquilo que é a tecnologia de inovação e para o ecossistema de inovação e empreendedorismo”. “É um veículo importante que nós temos na região de Aveiro, que permite que entidades internacionais e nacionais se deslocalizem para cá, se instalem para cá, objetivamente no parque, como é evidente, e que possam desenvolver todo este processo de desenvolvimento tecnológico, de certificação e pré-homologação”, explorou. Já com um olhar crítico, relativamente, à altura de construção do PCI [entre 2014 e 2015] em que moradores e ambientalistas expressaram preocupação pela sua construção por atravessar uma área de reserva agrícola nacional, Luís Barbosa não tem dúvidas de que “foi uma boa decisão”. “Pela sua localização, pelo seu enquadramento no ecossistema de inovação, nomeadamente próximo à UA, pelo seu enquadramento junto de zonas aéreas, marítima e terrestre (…) e, sobretudo, com a atratividade de todo o ecossistema de Aveiro pode ser e é um veículo atrativo e uma entidade atrativa para investimento externo (…). Temos agora (…) a nossa missão de gerar resultados e criar resultados para que o nosso ecossistema, as nossas autarquias e a nossa comunidade usufruam destes resultados diretamente e é esta a nossa missão que nos move”, exprimiu. Confrontado ainda com os estudos [na fase de planeamento do PCI] que previam a criação de cinco mil postos de trabalho direto em dez anos, o diretor-geral admitiu que a “meta é alcançável”, mas não “neste período de tempo”. “A constituição dos postos de trabalho que estavam equacionados poderão ser diretos ou indiretos. É importante considerar isso. No entanto, considero que é uma realidade e que há uma visão que é executável no tempo e é isso que é a nossa estratégia para 2030”, reforçou.

CMA espera lançar concurso do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda nas próximas semanas
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CMA espera lançar concurso do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda nas próximas semanas

“Dentro de pouco tempo - espero que nos corram bem as últimas diligências que estão em desenvolvimento – poderemos estar a lançar um concurso de uma importantíssima obra (…) que é o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda”, disse na quarta-feira à noite Ribau Esteves, durante a sessão da Assembleia Municipal. O autarca informou ainda que já está assegurada a sustentabilidade financeira total da obra, devido a uma decisão recente do Conselho de Ministros que garante a cobertura do Orçamento do Estado da componente que não for possível financiar pelo contrato assinado com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “É nessa antecâmara que estamos e espero que, com uma convicção muito alta de que as coisas correrão bem, nas próximas semanas se acabem de reunir as condições para que as duas câmaras municipais possam lançar esse concurso”, afirmou o autarca. O Conselho de Ministros, por resolução publicada em 20 de março no Diário da República, determinou à Infraestruturas de Portugal (IP) o estudo e concretização da estrada Aveiro-Águeda, com caráter prioritário. No âmbito dos projetos rodoviários prioritários, o Governo determina que seja estabelecido como “projeto de infraestrutura rodoviária prioritário o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, que integra o âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”. Pela mesma resolução, determina ainda que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em colaboração com a IP, “prossiga com os estudos tendo em vista a sua implementação”. Uma vez construído, o novo eixo rodoviário passará “a constituir-se, após a construção, como Estrada Nacional 235”, acrescenta o diploma. Segundo fonte autárquica, a futura via rápida permitirá reduzir custos e tempos de deslocação entre as duas cidades, já que, nos seus 14 quilómetros, prevê reduzir em cerca de 40% a extensão do percurso e em 65% o tempo de viagem. O traçado previsto, em perfil de autoestrada, com duas vias em cada sentido, tem o seu início, do lado de Águeda, na chamada “rotunda do Millennium”, seguindo por Travassô, passando por Eirol, cruzando a A1 e a A17 e terminando na rotunda do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.

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Agitação marítima coloca Aveiro sob aviso laranja até às 6h de domingo, dia 20
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Agitação marítima coloca Aveiro sob aviso laranja até às 6h de domingo, dia 20

O aviso laranja nestes distritos estará em vigor até às 06:00 de domingo, de acordo com informação disponível no 'site' oficial do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Aveiro encontra-se ainda sob aviso amarelo devido às previsões de precipitação a partir das 00h de hoje, dia 19 e até às 12h de domingo, dia 20. O IPMA prevê para hoje, em Portugal Continental, períodos de chuva ou aguaceiros mais intensos e frequentes no Norte e Centro, bem como queda de neve acima de 1.000 metros de altitude. O vento soprará por vezes forte no litoral oeste e nas terras altas. Também para hoje está prevista uma descida da temperatura, com a mínima a variar entre os dois graus centígrados na Guarda e os 13 graus em Sagres e as máximas a variarem entre os sete graus na Guarda e os 19 em Faro. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

UA: A um ano da eleição do novo reitor estes são os nomes mais falados
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UA: A um ano da eleição do novo reitor estes são os nomes mais falados

Desde segunda-feira, 14 de abril, que se encontra publicado no site da Universidade de Aveiro (UA) o despacho que determina a “fixação da data de eleição dos membros do Conselho Geral”. No calendário eleitoral disponível, verifica-se que a apresentação das candidaturas decorre de 6 a 7 de maio e a votação no dia 3 de junho. O Conselho Geral é o órgão do governo da universidade responsável por tomar decisões estratégicas de alto nível. Está previsto nos estatutos da UA e resulta do modelo de governação das universidades públicas portuguesas, introduzido pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), em vigor deste 2007. Entre as principais funções do Conselho Geral estão: eleger o reitor, aprovar o plano de atividade e o relatório de contas, aprovar o plano estratégico, aprovar alterações aos estatutos e apreciar os atos do reitor e do Conselho de Gestão. Desde o ano da sua criação, em 2009, o Conselho Geral da UA é composto por 19 membros: dez professores e investigadores, três estudantes, um técnico, administrativo e de gestão (TAG) e cinco personalidades externas de reconhecido mérito que são, posteriormente, cooptadas pelos membros anteriormente enunciados. Não desvalorizando a importância do órgão nas diferentes funções já referidas, é na altura da eleição do reitor que, inevitavelmente, o Conselho Geral acaba por ter maior visibilidade e projeção no seio da comunidade académica. Com a aproximação da eleição do Conselho Geral, é habitual que surjam na comunidade vozes a apelar à independência dos membros do conselho e à separação dos dois momentos, isto é, uma separação entre a eleição do órgão e a eleição do reitor. Mas a verdade é que, tal como nas restantes Instituições de Ensino Superior (IES), é muito frequente que os membros da comunidade se organizem previamente, no momento da eleição do Conselho Geral, no apoio a eventuais candidatos a reitor. Uma forma de contornar esta ‘monopolização’ do Conselho Geral, pelos eventuais candidatos a reitor, seria a realização de uma eleição direta para o responsável máximo da instituição. Uma ideia que merece a concordância do atual reitor que ainda em janeiro defendia, em declarações à Ria, que uma eleição direta “é um ato que tende a melhorar e a motivar mais os membros da academia a participarem na sua gestão”. “Eu vejo isso com muitos bons olhos”, acrescentou. Recentemente, o Governo submeteu à Assembleia da República uma proposta de revisão do RJIES. Apesar da proposta inicial sugerir o modelo de eleição direta do reitor, o documento final acaba por propor, entre outras alterações, um modelo misto para a eleição do reitor: o Conselho Geral tem a responsabilidade de escolher os seus dois candidatos preferidos e a comunidade académica elege, dentro destes, o reitor. Contudo, o Governo caiu e o parlamento foi dissolvido, não sendo de esperar que uma futura revisão do RJIES tenha impacto na eleição do próximo reitor da UA. Desta forma, o novo Conselho Geral da UA será eleito no dia 3 de junho e a sua composição final será determinante na escolha da novo reitor. Embora as eleições para o reitor na UA só aconteçam em 2026 a Ria sabe que, atualmente, há cinco nomes que começam a ser falados para assumir a liderança da instituição: Amadeu Soares, Artur Silva, Carlos Costa, Nuno Borges Carvalho e Rute Ferreira. A Ria procurou falar com cada um deles e preparou-te um resumo. Tendo em conta o historial das eleições para o Conselho Geral da UA, em que apenas em 2013 surgiu uma única lista de professores e investigadores, é provável que nas próximas semanas se intensifiquem os contactos com vista à criação de listas. Amadeu Soares é professor catedrático no Departamento de Biologia da UA, tendo sido o diretor deste departamento durante vários anos. Formou-se em Biologia pela Universidade de Coimbra e doutorou-se na Universidade de Sheffield, no Reino Unido. Atualmente é o diretor do CESAM. Em declarações à Ria assegurou que, apesar do seu nome ser falado, não pondera “de todo” ser reitor. “Brevemente serei reeleito diretor do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), que é a maior unidade de investigação da UA e essa é a minha prioridade”, afirmou. Apesar disso, Amadeu Soares quis deixar claro que a UA precisa de uma “grande mudança do plano estratégico” e que concorda com a “eleição direta do reitor” numa futura revisão do RJIES, não querendo avançar com nenhum nome “preferido” para o lugar. Recorde-se que Amadeu Soares já foi candidato a reitor da UA, em 2010, mas na altura não alcançou o voto de qualquer elemento do Conselho Geral e acabou por falhar a eleição. Tal como reforçou, é um dos docentes mais críticos da estratégia que a universidade tem seguido. Além de vice-reitor, Artur Silva é professor catedrático no Departamento de Química da UA e presidente do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance. Licenciou-se em Física e Química Via Ensino e doutorou-se em Química Orgânica pela UA. Em declarações à Ria, Artur Silva mostrou-se “disponível” para ocupar o lugar de reitor até pelo “longo percurso” que tem na UA. “Eu fui aluno desta casa e continuei a minha carreira sempre aqui. Eu cheguei aqui em 1982. (…) Estive sempre disponível perante os cargos que desenvolvi e perante a forma com que sempre me dediquei a esta casa. Coloquei a UA a ser parte da minha família e a ser a minha casa, onde estou mais tempo do que na minha própria família”, reconheceu. O atual vice-reitor recordou também à Ria que “há vários anos” já chegou a estar envolvido numa candidatura. “Há oito anos estive com o senhor reitor e ele escolheu-me como vice-reitor. Nessa altura também disse que estaria disponível e estou a cumprir o segundo mandato como vice-reitor. Se a UA quiser que nos próximos anos seja eu o reitor, estarei disponível”, vincou. A Ria sabe que Artur Silva tem o apoio do atual reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, apesar deste pretender manter-se equidistante do processo eleitoral, cumprindo o seu papel institucional. Relativamente ao método atual de eleição do reitor, Artur Silva deu nota que este “é o que é, com as regras que nós temos”. “Se me perguntar se a proposta do RJIES era aquela que eu mais apoiava, eu diria que tem traços interessantes na forma de eleger. Há alguns que teria mais dúvidas e as percentagens que foram postas eu acho que deviam ser mais equilibradas”. Carlos Costa, tal como Artur Silva, é alumni da UA. Licenciou-se em Planeamento Regional e Urbano e é mestre e doutor em Turismo pela Universidade de Surrey, no Reino Unido. Durante vários anos foi diretor do DEGEIT e atualmente é o diretor do programa doutoral em Turismo na UA. Contactado pela Ria frisou não ter nada a comentar “sobre o assunto”, mas a Ria sabe que Carlos Costa tem participado em conversas sobre o futuro da UA e sobre a eleição do próximo Conselho Geral. Nuno Borges Carvalho doutorou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela UA e é, atualmente, professor catedrático no DETI e investigador principal do Instituto de Telecomunicações (IT). Em declarações à Ria, Borges Carvalho descartou tal possibilidade e referiu que, neste momento, não é candidato a “nada”. “No passado, os reitores costumavam vir sempre de um departamento e o último reitor foi aqui [do Departamento] de Eletrónica. Agora, se calhar, tem de vir um reitor de outro lado, com outras visões e depois, quem sabe no futuro, voltar a Eletrónica. Não me corto, no futuro. Nesta eleição e neste momento, não”, frisou. Na opinião do diretor do DETI, o Conselho Geral devia de ser “independente da eleição do reitor”. “A eleição do reitor devia de ser por sufrágio universal e o Conselho Geral fazer a sua missão principal de monitorizar e avaliar o funcionamento adequado de todos os órgãos da universidade, nomeadamente, da reitoria como já o fez no passado”, relembrou. Rute Ferreira é ainda professora catedrática no Departamento Física da UA. Licenciou-se em Engenharia Física e doutorou-se em Física pela UA. Atualmente, integra o Conselho Geral, eleita em 2021 pelo movimento “Melhor UA: Projetar os Próximos 50 anos”. Este movimento, elegeu 3 dos 10 mandatos atribuídos aos professores e investigadores no Conselho Geral. A Ria tentou entrar em contacto com Rute Ferreira, mas até ao momento ainda não foi possível obter qualquer declaração. Apesar disso, a Ria sabe que Rute Ferreira é das vozes mais críticas dentro do atual Conselho Geral.

AAUAv/UA: Basquetebol feminino traz título de hexacampeã nacional universitária para Aveiro
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AAUAv/UA: Basquetebol feminino traz título de hexacampeã nacional universitária para Aveiro

A expectativa para a final do Campeonato Nacional Universitário (CNU) de basquetebol feminino era alta e as estudantes-atletas de Aveiro corresponderam. As previsões de um “jogo renhido” feitas ontempor Mariana Seixo, estudante-atleta da equipa de basquetebol feminino, acabaram por se concretizar com a confiança e união da equipa aveirense a falarem mais alto. O frente a frente com a AEFEUP terminou com uma diferença de seis pontos a favor de Aveiro (68-62). Em declarações à Ria, José Costa, treinador de basquetebol profissional e da equipa universitária de Aveiro destaca que a final “foi um jogo muito duro”. “Já estávamos à espera, a outra equipa tem boas armas, são muito físicas e deram-nos muito problemas”, frisa o técnico, que aponta ainda que “o mais importante é que as miúdas estão super felizes”. “Merecem isso porque são estudantes extraordinárias, são boas atletas e fazem imensos esforços durante o ano todo”, sublinha José Costa. A equipa segue agora para o Campeonato Europeu Universitário, que se realiza em Bolonha, Itália, no mês de julho. Inês Neto, estudante-atleta da equipa, sublinha que “os europeus são sempre uma experiência” e frisa que “as expectativas são continuar a trabalhar e tentar alcançar a melhor classificação que pudermos”. “Quantos mais [títulos] temos, mais responsabilidade sentimos para o próximo (…) e quando concretizamos é um sentimento de orgulho”, afirma a atleta. A presença de Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro e de Artur Silva, vice-reitor, nas bancadas não passou despercebida pelas estudantes-atletas. A estudante de Fisioterapia aponta mesmo que as presenças funcionam como um lembrete para aquilo que estão a representar. “Adiciona pressão, mas ajuda-nos porque sabemos que aquilo que representamos em campo – que é a Universidade – há quem represente também fora dele e nas bancadas e para nós é muito importante”, frisa Inês. De lembrar que as equipas universitárias aveirenses conseguiram nas fases finais dos CNU da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) arrecadar duas medalhas de ouro (basquetebol feminino e masculino) e dois bronzes (voleibol e andebol feminino). No total, a AAUAv/UA conta com 42 medalhas, ocupando a 4ª posição na luta pelo Troféu Universitário de Clubes e a 6ª no medalheiro. A equipa da AAUAv/UA volta a competir nos CNU de Atletismo Pista Ar Livre, nos dias 3 e 4 de maio.

Trabalhadores de museus e monumentos nacionais em greve aos feriados a partir de hoje
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Trabalhadores de museus e monumentos nacionais em greve aos feriados a partir de hoje

A reunião de um piquete de greve, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, entre 09:30 e as 10:00 de hoje, assinala o início da jornada, segundo os representantes sindicais. Em comunicado divulgado na passada segunda-feira, a federação sindical revela que os trabalhadores voltam a fazer greve “para exigir uma justa compensação pelo trabalho prestado nestes dias” e que a paralisação prologar-se-á até 31 de dezembro, “afetando todos os feriados até lá”. Contactado pela agência Lusa, Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS, disse que a federação se reuniu em março passado com a ministra da Cultura e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal e que “não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer” por parte da tutela. “Não houve rigorosamente nada. Estamos abertos a que se possa negociar, mas com algo de concreto”, disse o sindicalista. Segundo Orlando Almeida, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, o que representa “metade de um dia normal”, e são-lhes pagas até duas horas suplementares. “Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriados nos museus, monumentos e sítios classificado”, sublinhou a federação em comunicado. Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa) e o Convento de Cristo (Tomar), trabalham atualmente cerca de mil funcionários, estimou Orlando Almeida. A agência Lusa contactou a Museus e Monumentos de Portugal sobre a greve e a possibilidade de abertura de negociações com trabalhadores, no início da semana, e aguarda resposta.