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PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto

A escolha de João Matos Silva como candidato do Partido Socialista (PS) à Junta de Freguesia de Cacia tem gerado contestação interna. Rui Soares Carneiro, atual vereador do PS, tem sido apontado como possível candidato independente na freguesia. Contactado pela Ria, o socialista garante que não está a considerar essa hipótese “de momento”, embora admita que, na política, “nunca se pode dizer nunca”. O antigo candidato à Junta de Cacia, em 2017, pelo PS, confirma ter sido sondado pelo partido para assumir nova candidatura e evita, para já, declarar apoio a Alberto Souto nestas autárquicas.

PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto
Redação

Redação

12 jun 2025, 09:38

A Ria sabe que, desde que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) de Aveiro aprovou, em reunião interna realizada no passado dia 26 de maio, os nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do município para as eleições autárquicas de 2025, a escolha de João Matos Silva como candidato à Junta de Freguesia de Cacia tem sido contestada por alguns dos militantes socialistas desta freguesia.

Fontes próximas do processo adiantam que está a ser equacionada uma candidatura independente em resposta a esta decisão, sendo Rui Soares Carneiro, atual vereador da oposição, um dos nomes mais falados como possível cabeça de lista.

Interpelado pela Ria sobre esta possibilidade, Rui Carneiro descartou essa opção, afirmando que “de momento, não está nas minhas cogitações”. “Se me perguntam muitas vezes se eu devia ser candidato [em Cacia]? Essas perguntas já me fazem há largos meses… Nem é bem uma pergunta, é mais uma afirmação ou uma vontade das pessoas. Agora não mais do que isso”, afirmou. Rui Carneiro confirmou ainda estar a par do descontentamento em torno da escolha do candidato do PS para Cacia, mas fez questão de sublinhar que isso não implica qualquer decisão da sua parte. “Automaticamente não se assume que a partir daí eu diga que sim ao que quer que seja, nem que esteja a planear o que quer que seja”, sintetizou.

O vereador admitiu ter sido “sondado” pelo PS para assumir a candidatura à Junta de Cacia. “Sei que houve muitas pessoas sondadas durantes os últimos meses para esse processo e eu terei sido mais uma delas”, admitiu, não querendo adiantar mais detalhes do processo. “Sinceramente não quero estar a falar de processos internos (…) e não quero estar neste momento a ter uma discussão pública sobre isso. Para mim, tranquilo da vida, fui sondado - tal como outras pessoas foram – e, no fim, o partido considerou que devia fazer a opção que fez - e tudo muito bem. Agora não quero mesmo estar a contribuir para estar a desviar atenções para um debate que acho que não se justifica”, justificou.

Recorde-se que Rui Carneiro foi o candidato socialista à Junta de Freguesia de Cacia nas eleições autárquicas de 2017, tendo então perdido com 35,66% dos votos, face à coligação PSD/CDS-PP/PPM, que obteve 46,31%.

Apesar de, neste momento, afastar uma eventual candidatura independente, Rui Carneiro não fechou a porta a essa possibilidade no futuro. “Muito menos na política dizemos que nem não, nem nunca, porque de um momento para o outro há coisas que podem surgir e que podem mudar. (…) Não quer dizer que essa possibilidade ou outras possibilidades (…) não possam voltar atrás e possam acontecer. Isto na política é tudo muito mutável de um momento para o outro. Portanto, nunca direi nunca que não. Agora não estou a trabalhar nesse sentido. Continuo simplesmente a trabalhar como vereador, até ao momento em que eu deixarei de ser e é neste momento a única atividade que tenho, política, além da minha profissional”, recordou.

Tal como noticiado pela Ria, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, já anunciou que apresentará “novos nomes para a vereação”, o que implica que Rui Carneiro, assim como Rosa Venâncio e Fernando Nogueira, não integrarão a nova equipa. A Ria sabe que Rui Carneiro mantinha a expectativa de ser convidado para manter as suas funções de vereador, depois de se mostrar muito ativo, ao longo dos últimos anos, na oposição ao Executivo.

Questionado sobre se apoiará Alberto Souto de Miranda, Rui Carneiro preferiu não assumir ainda uma posição, alegando que está “neste momento” a aguardar pelas “listas à Câmara e à Assembleia Municipal, bem como os programas eleitorais” para tomar a sua decisão. “Portanto continuo com a mente aberta para ver qual a melhor opção. Acho que é assim que os aveirenses também devem partir para esta campanha eleitoral, com a mente aberta para conseguirem perceber qual o melhor candidato no fim deste ciclo de 12 anos que termina”, opinou.

Embora reconheça que Alberto Souto está “mais adiantado nessa discussão” do que Luís Souto, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Rui Carneiro sublinhou que, apesar das ideias já divulgadas pelo socialista — em livro e nas redes sociais —, não sabe se estas integrarão o programa eleitoral. “Já fui publicamente contra uma ou outra ideia que vi lá esplanada, e concordei com muitas outras. Portanto, se no fim o programa final merecer a minha confiança, tudo muito bem”, declarou.

Sobre se a sua escolha de voto poderá recair sobre um outro candidato, Rui Carneiro respondeu que “muito dificilmente”, ainda que não tenha completamente excluído a hipótese. “Sempre fui muito contra a ideia de que nós por termos o cartão de militante, temos que votar de forma cega no partido, independentemente de quem lá esteja e das propostas que apresentemos”, vincou.

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O candidato do PS considera que o comunicado divulgado ontem pelo adversário nas eleições autárquicas é “muito desagradável, está repleto de inverdades e considerações deslustrosas”. Recorde-se que nesse documento, Luís Souto Miranda acusou Alberto Souto de procurar ganhos políticos com “omissões estratégicas” e de “judicialização da discussão política”. Recorde-se ainda que o comunicado surgiu na sequência de uma providência cautelar ter sido interposta por Alberto Souto para suspender a demolição do antigo edifício da CERCIAV. Em publicação feita no Facebook, Alberto Souto afirma que “considerar o procedimento cautelar “falta de elevação e de respeito democrático” diz tudo sobre o respeito e a elevação de quem tal escreveu” e que espera não ter sido o candidato da ‘Aliança’ a escrever o comunicado. O socialista acrescenta que é acusado de faltar à verdade de forma “intelectualmente desonesta” quando diz que o projeto para o espaço do antigo edifício se tratava apenas de uma sala de dança. Souto Miranda aponta que, até ontem, ninguém conhecia o projeto completo e que os aveirenses estavam limitados à informação divulgada por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, em Assembleia Municipal, que, diz, “apenas se referiu à sala de dança”. Agora com a nova informação, Alberto Souto reafirma o que já tinha escrito: “É possível, com outro projeto, expandir o Conservatório para os terrenos circundantes e salvar a moradia. Basta querer”. Para além de defender a existência de uma alternativa, o ex-autarca refere ainda que “não está demonstrada” a afirmação de que a casa não tem condições para ser reabilitada. Alberto Souto confessou ainda estar “siderado” com a comparação com as demolições da casa do seu avô homónimo e do Mercado Manuel Firmino, que aconteceram enquanto era presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Quanto à casa de Alberto Souto, o socialista refere que, conforme “sabe e dolosamente omite” Luís Souto Miranda, à data da demolição, a casa do avô pertencia ao Estado. Em relação ao Mercado Manuel Firmino, assume a demolição “por razões técnicas” e seguida da construção de um imóvel com a mesma arquitetura e de um parque de estacionamento. Não obstante, o antigo edil considera que os casos não têm comparação e que o que a “Câmara quer fazer agora é, pura e simplesmente, arrasar a casa e a memória do lugar”. Alberto Souto escreve ainda que, pela posição que agora defende, Luís Souto Miranda devia “envergonhar-se” da sua luta pela reabilitação das Igrejas de S. António e S. Francisco. Em jeito de conclusão, o candidato à autarquia de Aveiro afirma que "houve alguém que omitiu factos e fez acusações sem fundamento e não fui eu”. No entender do socialista, a discussão deixou os aveirenses a saber que ele é contra a demolição do edifício e que o candidato da Aliança "a aceita acriticamente”.

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Foi na zona de Espiunca, onde se localiza uma das entradas dos Passadiços do Paiva, que o fogo destruiu centenas de metros da estrutura. De acordo com uma nota publicada na rede social Facebook, o troço Areinho-Vau abre já amanhã ao público, bem como a ponte 516 Arouca. Permanece encerrado apenas o troço Vau – Espiunca. Em declarações à Agência Lusa, Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca, disse que a autarquia vai estudar uma "medida inovadora que permita com mais facilidade aceder a determinados pontos". O objetivo é que se crie um mecanismo que torne mais fácil conter os focos junto aos passadiços. Esta foi a quarta vez que o fogo atingiu os Passadiços do Paiva desde a inauguração, em junho de 2015.

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