Terceiro concurso para construção do Pavilhão Municipal deverá ascender aos 20 milhões de euros
O terceiro concurso público para a construção do novo Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, em Aveiro, deverá ter um novo valor base “pouco acima dos 20 milhões de euros”. A informação foi avançada por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), à margem da reunião camarária da passada quinta-feira, 9 de janeiro.
Isabel Cunha Marques
JornalistaApós o segundo concurso público para a construção do novo pavilhão municipal ter ficado sem propostas válidas, José Ribau Esteves adiantou à Ria que o terceiro concurso deverá ser lançado, novamente, “no máximo, até meados de fevereiro”, na primeira reunião camarária. “Nós lançamos um primeiro concurso com 17,5 milhões que ficou deserto, um segundo concurso com 18,5 milhões de euros que ficou deserto e vamos lançar um terceiro concurso. O que está a acontecer? Está a acontecer que o país - o setor público e o setor privado - está a pedir ao mercado muita obra (…) e o mercado não tem capacidade (…)”, explicou.
Apesar de ainda não haver um preço base definido para o terceiro concurso, o autarca aveirense adiantou que o mesmo irá andar um “pouco acima dos 20 milhões de euros”.
O novo pavilhão, que ficará situado junto ao Estádio Municipal de Aveiro/Mário Duarte, será dotado de quatro campos polidesportivos (para a prática de diversos desportos coletivos), sendo um desses campos envolvido por bancadas, com uma capacidade para receber público num total de 2.500 pessoas.
Recomendações
PSD-Aveiro reúne hoje e estes são os nomes mais prováveis dos candidatos às juntas de freguesia
Segundo apurou a Ria, na União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, Esgueira, Santa Joana, Oliveirinha, São Bernardo e São Jacinto, o partido irá lançar novos candidatos. Nas primeiras cinco freguesias, os atuais presidentes de Junta não se poderão recandidatar, sendo que há um dado curioso e comum a todas elas: nenhum dos candidatos escolhidos por Luís Souto, candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, pertence ao atual Executivo, com a esmagadora maioria dos candidatos a saltarem da Assembleia de Freguesia. Já na última freguesia enumerada, São Jacinto, o atual presidente, Arlindo Tavares, não será recandidato por motivos profissionais e a escolha recai sobre a atual tesoureira do Executivo, Cristina Gonçalves. Consulte aqui os nomes mais prováveis para candidatos às juntas de freguesia pela coligação 'Aliança Mais Aveiro' (PSD/CDS/PPM). Cristina Gonçalves deverá ser a escolha. Atualmente tesoureira na junta liderada por Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais, o seu nome foi anunciado em março, durante a primeira e única sessão da jornada “Pensar Aveiro”, promovida pela candidatura de Luís Souto, precisamente em São Jacinto. Na maior freguesia do concelho de Aveiro, a coligação deverá apostar em Glória Leite, diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão. Fernando Marques, presidente da junta, não se recandidata por ter atingido o limite de mandatos. Questionada a 6 de maio pela Ria, Glória Leite não confirmou nem desmentiu a sua candidatura. A Ria sabe que a escolha de Glória Leite não terá agradado ao histórico autarca Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, e a vários militantes do PSD-Aveiro que afirmam que a candidata escolhida é próxima dos socialistas e de Alberto Souto. Entre os descontentes, segundo fontes próximas do partido, estará Ribau Esteves, atual presidente da CMA. Nelson Santos, atual presidente da junta, deverá recandidatar-se para um último mandato. O atual presidente da Junta de Freguesia de Cacia assume um papel ainda mais relevante nestas eleições, pois é visto como um elemento do núcleo duro de Luís Souto, a par de Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha. Rui Cordeiro, primeiro secretário da Assembleia de Freguesia, é apontado como o sucessor de Ângela Almeida, atual presidente de junta, impedida de se recandidatar por ter atingido o limite de mandatos. A Ria sabe que Ângela Almeida teria indicado Isabel Barbosa, atual tesoureira do seu Executivo, para sua sucessora, mas Luís Souto terá optado por Rui Cordeiro. A aposta deverá recair sobre Óscar Ratola Branco, atual presidente da Assembleia de Freguesia. Victor Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, atinge o limite de mandatos e não será recandidato. Catarina Barreto, atual presidente da Junta de Freguesia, deverá manter-se como candidata. Este será o seu último mandato, caso seja reeleita. Recorde-se que a presidente da Junta de Freguesia de Aradas foi a primeira militante do PSD-Aveiro a declarar apoio público à candidatura de Luís Souto. A sua proximidade com o candidato do partido à CMA fez com que vários militantes considerassem o seu nome como provável na lista à Câmara Municipal, mas a Ria sabe que Catarina Barreto será recandidata em Aradas, não estando neste momento incluída no núcleo duro que lidera e define a estratégia da campanha de Luís Souto. Com Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia, afastado pela limitação de mandatos, a coligação deverá apostar em Carolina Santos, atual secretária da Assembleia de Freguesia. Sara Rocha, atual presidente da junta, deverá ser novamente candidata na freguesia de Eixo e Eirol. Também da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz não deverá haver alterações. Miguel Silva, atual presidente, deverá manter-se como candidato da coligação. Henrique Vieira, atual presidente desta Junta de Freguesia, não se pode recandidatar por atingindo o limite de três mandatos consecutivos. A Ria sabe que a escolha deverá recair sobre Pedro Mónica, atual presidente da Assembleia de Freguesia. A Ria continuará a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos das eleições autárquicas em Aveiro, nomeadamente do plenário do PSD-Aveiro previsto para esta noite.
Pais protestam contra fecho de Centro de Atividades de Tempos Livres em Aveiro
Numa carta dirigida ao Presidente da República e a outras entidades, os pais dizem que o encerramento do CATL irá deixar as 40 crianças que frequentam esta valência sem um lugar seguro para, no fim das aulas, esperarem pelos seus familiares. “A nossa freguesia precisa encarecidamente do serviço de CATL prestado pelo Centro Social Paroquial de Cacia! Não é um luxo, não é uma escolha, é uma necessidade”, lê-se na missiva. Os pais consideram que a decisão de encerrar esta valência é “um ato de extrema irresponsabilidade social e uma demonstração de um vil desprezo pelas famílias que dela necessitam”, lembrando que a freguesia, com cerca de 11 mil habitantes, não dispõe de nenhum outro serviço de apoio às crianças do 1.º ciclo. Referem ainda que só no início de maio, durante uma reunião com a direção do Centro, tiveram conhecimento desta situação e estranham o argumento que foi apresentado para o encerramento, nomeadamente o facto de a valência ter acarretado um prejuízo de 55.000 euros para a instituição. “Atualmente, o CATL é frequentado por 40 crianças, existindo uma lista de espera para tal resposta. Ou seja, é um serviço que é prestado mediante o respetivo pagamento, pelo que as receitas devem ser suficientes para cobrir as suas despesas”, argumentam. Os pais dizem que já reuniram quase 700 assinaturas num abaixo-assinado contra o encerramento da valência e apelam à intervenção do Presidente da República no sentido de ajudar a reverter esta decisão. Manifestam-se ainda disponíveis para ajudar a resolver o problema, sugerindo cortes em determinadas despesas e o aumento das mensalidades. Contactada pela Lusa, a direção do Centro confirma o encerramento da resposta social de CATL a partir de 1 de setembro de 2025 e o fim do acordo de cooperação estabelecido com o Instituto da Segurança Social para esta resposta. “Esta necessidade de encerramento do CATL prende-se com os resultados negativos obtidos nos últimos anos, que se agravaram no ano de 2024”, refere a direção, adiantando que a sustentabilidade da própria instituição está em risco se os resultados se mantiverem. A direção do Centro assegura ainda que o encerramento do CATL não põe em risco o acompanhamento dos atuais utentes, adiantando que no Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe existem Atividades de Enriquecimento Curricular até às 17:00 e uma Componente de Apoio à Família (CAF), dinamizada pela Associação Tempos Brilhantes, entre as 7:30 e as 8:45 e as 17:00 e as19:00. “Foi realizada uma reunião com o respetivo Agrupamento Escolar, na qual se confirmou a existência de Componente de Apoio à Família (CAF) nas escolas da Quinta de Loureiro e Póvoa do Paço. Adicionalmente, verificou-se a viabilidade da implementação de um CAF na escola de Sarrazola, condicionada à existência de um número suficiente de interessados, tornando-se essencial a realização de uma reunião com a Associação de Pais, entidade responsável pela gestão dos CAF”, conclui a mesma nota.
Alberto Souto apresenta nove candidatos às juntas de Aveiro e promete renovação na lista à Câmara
Nove das dez juntas de freguesia do Município de Aveiro já têm candidatos escolhidos pelo PS-Aveiro. Foram apresentados publicamente ontem, dia 1, e, conforme anteriormente avançado pela Ria, a freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz continua sem candidato. Alberto Souto de Miranda, candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro (CMA), assegurou, no entanto, que o processo está a ser tratado “rapidamente”. “Nos próximos dias vamos encontrar [um candidato], ainda estamos com muito tempo para fazer essa seleção”, aponta. Recorde-se que o PS-Aveiro chegou a anunciar Armando Dias, proprietário de uma empresa de construção civil, como candidato a esta freguesia, mas o nome acabaria por cair por “motivos familiares”, segundo informação partilhada à Ria. Questionado sobre os candidatos à Assembleia Municipal e Câmara Municipal, Alberto Souto refere que “ainda não há” novidades a apresentar. Apesar disso, avançou à Ria “a linha de orientação” que está a ser seguida na escolha desses candidatos. O objetivo, sublinha, “é termos na Assembleia Municipal pessoas que tenham características para estar na Assembleia Municipal, (…) que saibam apresentar as suas ideias, defendê-las, criticar a Câmara, defender-nos da oposição, no fundo, parlamentares ativos, não meramente passivos”. Para a lista à Câmara Municipal, o candidato socialista pretende “pessoas muito competentes, capazes de gerir vários dossiês”, afirmando ainda que “está clarificado” que os atuais vereadores da oposição - Fernando Nogueira, Rosa Venâncio e Rui Soares Carneiro - não deverão integrar a sua equipa. “Agradecendo o trabalho duro e difícil que tiveram que desempenhar nestes anos de oposição, a estratégia política - que foi compreendida por todos - é que deve haver uma renovação, e, portanto, o PS irá apresentar nomes novos para a vereação”, frisa. Importa recordar que nem Rosa Venâncio nem Rui Soares Carneiro tinham sido inicialmente eleitos vereadores nas eleições autárquicas de 2021. No entanto, após a suspensão dos mandatos de Manuel Sousa e Joana Valente - ambos eleitos pela coligação PS/PAN - acabariam por assumir funções como vereadores da oposição socialista. Em declarações à Ria, Alberto Souto salienta ainda que há espaço para que as soluções sejam encontradas com membros fora do partido. “Nós queremos que toda a gente que está de boa vontade e tem disponibilidade cívica possa ser candidato: para as freguesias, para a Assembleia Municipal, (…) para o Executivo Municipal”, sustenta. A Ria sabe que circula nos bastidores do partido a possibilidade de Paula Urbano Antunes, atual presidente do PS-Aveiro, integrar a lista à CMA liderada por Alberto Souto. Nesse cenário, é provável que Alberto Souto opte por independentes, sem filiação partidária, para os restantes lugares elegíveis. A iniciativa contou com a presença de José Luís Carneiro. O candidato a secretário-geral do PS - e provável sucessor de Pedro Nuno Santos - sublinhou à Ria estar confiante na obtenção de um bom resultado nas autárquicas que se disputam em setembro ou outubro deste ano, mesmo depois do PS ter sido derrotado nas legislativas do passado dia 18 de maio. “Temos um dos melhores quadros cívicos e políticos do país como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (…) para voltar a colocar Aveiro onde já esteve quando foi presidente da Câmara: uma das cidades referências do país na inovação, na criatividade e na procura por um crescimento da economia com justiça social”, aponta o candidato a secretário-geral do PS. José Luís Carneiro sublinhou ainda o trabalho feito por Alberto Souto, “nomeadamente na melhoria das condições de vida dos cidadãos de Aveiro, na melhoria das suas infraestruturas e dos seus equipamentos”, aspetos que voltou a frisar durante a sua intervenção. Na sua intervenção, o atual deputado à Assembleia da República e antigo ministro salientou a importância do papel dos presidentes de junta, frisando que “é nas freguesias que está o primeiro contacto com o Estado”. Alberto Souto acredita ainda “que as pessoas sabem distinguir o que é uma eleição autárquica do que é uma eleição legislativa”. “Gosto de dar o exemplo do Dr. Girão Pereira, quando ganhava o CDS sempre nas autárquicas e o PSD ganhava sempre nas legislativas (…) e eu espero que aqui aconteça o mesmo, que o PSD tenha ganho para as legislativas e que eu vá ganhar as autárquicas”. Relativamente ao crescimento do Chega e as expectativas para as autárquicas, o socialista admite alguma preocupação, considerando que “ninguém sabe qual vai ser o comportamento dos eleitores do Chega nas autárquicas”. “Uma coisa é protestarmos, porque em termos nacionais não há resposta para problemas que são mais macro (…) isso traz muito descontentamento e muita frustração, outra coisa é ao nível das autarquias, em que é mais difícil que esses sentimentos se concentrem todos também”, aponta. Acredita, no entanto, “que o PS e as nossas propostas trazem esperança às pessoas e que vamos conseguir resolver parte dos problemas das pessoas trabalhando com as pessoas de todos os partidos”. A apresentação contou ainda com a presença e intervenções de Hugo Oliveira, presidente da federação distrital do PS de Aveiro e de Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia. O salão contou com lotação esgotada e estiveram também presentes Filipe Neto Brandão, deputado na Assembleia da República, Porfírio Silva, antigo deputado socialista pelo círculo de Aveiro, João Sarmento, presidente da Juventude Socialista de Aveiro, e vários autarcas socialistas do concelho e da região. À Ria, o candidato socialista à Câmara de Aveiro frisou ainda que a realização da iniciativa na freguesia de Nossa Senhora de Fátima teve como objetivo “dar um sinal político simbólico de que vamos dar prioridade e particular atenção à qualidade de vida que se tem nas freguesias”. “Sabemos o que queremos, sabemos como se constrói o futuro (…), a nossa missão estratégica para Aveiro está no nosso blog que é todo um programa: um futuro com todos, com todas as pessoas, porque queremos progressão social e com todo o território, porque queremos equidade e equilíbrio territorial”, frisou Alberto Souto na sua intervenção. O antigo edil de Aveiro sublinhou ainda vontade de melhorar a qualidade do alojamento, expandir os serviços de creches e de apoio aos mais velhos. A mobilidade, cultura e a necessidade de atrair investimento para a cidade foram também temáticas enfatizadas por Alberto Souto. O socialista encontrou ainda espaço para criticar o atual executivo, sublinhado que “ficam, nestes 12 anos, duas marcas que descaracterizaram Aveiro: a destruição da Avenida Lourenço Peixinho e a destruição do Rossio e fica uma terceira marca, talvez a mais grave: a falta de respeito pelos adversários e pelos próprios correligionários”. Alberto Souto frisou ainda que “muitas coisas evoluíram, mas há muitas coisas que estão como estavam quando nós saímos”. “A Antiga Lota está como estava há 20 anos, o Centro de Saúde Mental está como estava há 20 anos, os parques verdes prometidos nunca foram construídos, o Eixo Aveiro-Águeda não saiu do papel, o novo hospital continua em estado comatoso, a Capital Europeia da Cultura vimo-la por um canudo (…), o terreno para o Tribunal continua num parque-estacionamento”, enumerou o socialista. O discurso de Alberto Souto ficou ainda marcado pela resposta às críticas da oposição relativamente à sua gestão financeira, no período de 1998 a 2005. “Eu tenho muito orgulho no que nós conseguimos construir e não me estou a esquecer do Estádio nem na dívida que ele provocou (…). Foi aprovado, convém que todos o lembremos, quando o PSD e o CDS estavam em maioria na Câmara Municipal, e foi aprovado por unanimidade”, lembra. O socialista reforçou a ideia no final do seu discurso, prometendo para o futuro uma gestão autárquica “com prudência financeira e as contas certas”.
Câmara de Aveiro lança concurso de “2 milhões de euros” para contratação de serviços de limpeza
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o contrato terá a duração de “22 meses e um valor base global de 2 milhões de euros (acrescido de IVA), dividido em lotes”. Os lotes a concurso são os seguintes: “Lote 1: Edifícios municipais (valor base de 838.150 euros); Lote 2: Edifício de unidades de cuidados de saúde primários (valor base de 1.111.750 euros); Lote 3: Estádio Municipal de Aveiro (valor base de 50.100€ euros)”. A abertura do procedimento resulta, segundo a autarquia, “da necessidade de substituição dos atuais contratos, que cessam a 30 de setembro de 2025”. Na nota, o Município relembra ainda a importância de “assegurar condições adequadas de higiene e salubridade em espaços públicos com elevada frequência de utilização por cidadãos, empresas e visitantes”. A Câmara justifica a aposta pela “redução do número de assistentes operacionais disponíveis nos últimos anos, impossibilitando a prestação deste serviço com recursos próprios”. “O novo contrato visa garantir a continuidade e qualidade de um serviço considerado essencial para o bom funcionamento dos espaços públicos”, lê-se.
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Casa Dr. Lourenço Peixinho reabre como novo polo cultural da Universidade de Aveiro
Com um sorriso evidente, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, abriu esta segunda-feira as duas portas da histórica Casa Dr. Lourenço Peixinho - propriedade da UA desde 1992 - localizada na Rua José Rabumba assinalando a sua reabertura ao público. “É a primeira vez que vi as duas portas abertas”, comentou, entre sorrisos, aos presentes. O gesto simbólico marcou o início de uma nova etapa para o edifício de arte nova, agora integrado na vida cultural da cidade pelas mãos da Universidade. O momento coincidiu com a inauguração da exposição “Breviário do Quotidiano #8 – APQHome”, da artista Ana Pérez-Quiroga, a primeira a ocupar o renovado espaço, no âmbito do ciclo “O Desenho como Pensamento 2025”, com a curadoria de Alexandre Baptista. Durante a cerimónia, Paulo Jorge Ferreira destacou o papel da colaboração institucional na concretização do projeto. “Gostaria de vos relembrar que isto nasce de parcerias e que a universidade não faz nada sozinha – ou faz sempre mais se estiver acompanhada. Neste caso, com a Câmara de Aveiro, Águeda, no que diz respeito à exposição “Desenho como Pensamento”, no qual esta exposição se integra. E temos o presidente da Câmara de Ílhavo, que tem sido um parceiro de construção coletiva interessante”, realçou. Sublinhou ainda que uma universidade deve ir além da ciência e do ensino, assumindo também um papel ativo na promoção da cultura. “Uma universidade deve ser mais do que uma instituição que se dedica ao conhecimento. Deve ser também um polo que difunde cultura. E a cultura cuida-se de várias maneiras. Uma delas é olhar ao património de todos nós, o impacto que ele tem e a forma como contribui para a riqueza da cidade e da região”, relembrou. Referindo-se ao passado do edifício – antiga sede da Fundação João Jacinto Magalhães – o reitor concluiu: “Hoje reabrimos esta casa ao público. É um gesto que cuida da cultura em Aveiro, do interesse pela Arte Nova e que nos dá um novo espaço de fruição cultural. Espero que venham aqui muitas mais vezes no futuro. Principalmente nos tempos de hoje, em que tantos atropelos vemos à lógica e à razão, a cultura deve ser fonte de reflexão para todos nós”, exprimiu o reitor da UA. Em entrevista à Ria, Alexandra Queirós, vice-reitora para a Cultura e Vida nos Campi na UA reforçou a importância de devolver este património à cidade, explicando que o edifício será agora espaço regular de programação cultural. “Fazia todo o sentido reabrir esta casa e integrá-la na nossa lógica de dinamização cultural. Pela sua localização e proximidade a outros polos culturais, como a Fábrica Centro Ciência Viva, o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) ou o Teatro Aveirense. Fazia todo o sentido não deixarmos a casa fechada e explorarmos uma vertente que é importante para nós que é a valorização do património”, realçou. A vice-reitora sublinhou ainda a vontade de tornar o espaço vivo e acessível, não apenas com exposições, mas com múltiplas possibilidades de uso. “A lógica foi: vamos abrir a casa como ela está, vamos mantê-la o mais original possível, reaproveitando todo este imobiliário (…), mas também potenciar outro tipo de utilizações”, explicou. Entre as ideias em desenvolvimento estão iniciativas que vão além da simples visita. “O exemplo da exposição que temos aqui hoje, incluída no “Desenho como Pensamento”, é uma dessas possíveis variantes, mas haverá outras, com os espaços exteriores, com os espaços que temos lá em baixo na cave, que podem potenciar, por exemplo, a criação artística com residências”, acrescentou. “Há um manancial de utilização que nós podemos explorar de forma mais intensa a partir do próximo ano letivo, fazendo a ligação também com o exterior, permitindo a visitação da própria casa a pessoas externas à UA”, destacou Alexandra Queirós. No que toca à possibilidade de visita, a vice-reitora garantiu que a casa estará acessível mediante marcação. “A visita será possível através de uma calendarização, com visitas organizadas aqui ao espaço da casa, numa lógica quer da componente da Arte Nova ou outras exposições que temos a decorrer no próximo mês da Ana Pérez-Quiroga. A nós interessa-nos explorar e permitir essa visitação”, assegurou. A artista Ana Pérez-Quiroga foi a primeira a aceitar o convite da UA para ocupar o espaço com a sua exposição, uma instalação que recria o ambiente doméstico e reflete sobre a vivência interior. “Quando me convidaram para este programa, “O Desenho como Pensamento”, e sobretudo para este espaço tão icónico (…) percebi logo a responsabilidade e o privilégio de abrir esta reabertura da casa. Eu tenho um trabalho enorme que é o meu trabalho de doutoramento – que trabalhei sobre os interiores- e pensei que para esta casa seria interessante eu voltar a trazer ao espaço objetos meus e que dessem um lado, no fundo, que é o cotidiano e a vivência do interior… Como é que vive nos interiores? Foi isso que eu trouxe”, resumiu. Na exposição, que estará patente até julho, há 14 telas monocromáticas em tons de azul e um conjunto de esculturas-móveis, fotografias, desenhos, gravura e neons, que pretendem recriar um ambiente doméstico. “O que eu trago, por exemplo, são aquelas quatro floreiras que depois têm fotografias de vasos com flores e que são as flores que, habitualmente, são introduzidas no interior”, apontou. A artista sublinhou ainda a importância da ligação entre a cultura e a academia. “Eu própria sou investigadora numa unidade do Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA) em Évora (…) e obviamente que eu acho que é essencial a ligação entre as Universidades e o setor (…) de trazer a população em geral para dentro destes espaços. (…) Portanto, para que é que servem as academias se não forem também para abrir para fora, não é?”, interrogou.
PSD-Aveiro reúne hoje e estes são os nomes mais prováveis dos candidatos às juntas de freguesia
Segundo apurou a Ria, na União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, Esgueira, Santa Joana, Oliveirinha, São Bernardo e São Jacinto, o partido irá lançar novos candidatos. Nas primeiras cinco freguesias, os atuais presidentes de Junta não se poderão recandidatar, sendo que há um dado curioso e comum a todas elas: nenhum dos candidatos escolhidos por Luís Souto, candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, pertence ao atual Executivo, com a esmagadora maioria dos candidatos a saltarem da Assembleia de Freguesia. Já na última freguesia enumerada, São Jacinto, o atual presidente, Arlindo Tavares, não será recandidato por motivos profissionais e a escolha recai sobre a atual tesoureira do Executivo, Cristina Gonçalves. Consulte aqui os nomes mais prováveis para candidatos às juntas de freguesia pela coligação 'Aliança Mais Aveiro' (PSD/CDS/PPM). Cristina Gonçalves deverá ser a escolha. Atualmente tesoureira na junta liderada por Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais, o seu nome foi anunciado em março, durante a primeira e única sessão da jornada “Pensar Aveiro”, promovida pela candidatura de Luís Souto, precisamente em São Jacinto. Na maior freguesia do concelho de Aveiro, a coligação deverá apostar em Glória Leite, diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão. Fernando Marques, presidente da junta, não se recandidata por ter atingido o limite de mandatos. Questionada a 6 de maio pela Ria, Glória Leite não confirmou nem desmentiu a sua candidatura. A Ria sabe que a escolha de Glória Leite não terá agradado ao histórico autarca Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, e a vários militantes do PSD-Aveiro que afirmam que a candidata escolhida é próxima dos socialistas e de Alberto Souto. Entre os descontentes, segundo fontes próximas do partido, estará Ribau Esteves, atual presidente da CMA. Nelson Santos, atual presidente da junta, deverá recandidatar-se para um último mandato. O atual presidente da Junta de Freguesia de Cacia assume um papel ainda mais relevante nestas eleições, pois é visto como um elemento do núcleo duro de Luís Souto, a par de Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha. Rui Cordeiro, primeiro secretário da Assembleia de Freguesia, é apontado como o sucessor de Ângela Almeida, atual presidente de junta, impedida de se recandidatar por ter atingido o limite de mandatos. A Ria sabe que Ângela Almeida teria indicado Isabel Barbosa, atual tesoureira do seu Executivo, para sua sucessora, mas Luís Souto terá optado por Rui Cordeiro. A aposta deverá recair sobre Óscar Ratola Branco, atual presidente da Assembleia de Freguesia. Victor Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, atinge o limite de mandatos e não será recandidato. Catarina Barreto, atual presidente da Junta de Freguesia, deverá manter-se como candidata. Este será o seu último mandato, caso seja reeleita. Recorde-se que a presidente da Junta de Freguesia de Aradas foi a primeira militante do PSD-Aveiro a declarar apoio público à candidatura de Luís Souto. A sua proximidade com o candidato do partido à CMA fez com que vários militantes considerassem o seu nome como provável na lista à Câmara Municipal, mas a Ria sabe que Catarina Barreto será recandidata em Aradas, não estando neste momento incluída no núcleo duro que lidera e define a estratégia da campanha de Luís Souto. Com Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia, afastado pela limitação de mandatos, a coligação deverá apostar em Carolina Santos, atual secretária da Assembleia de Freguesia. Sara Rocha, atual presidente da junta, deverá ser novamente candidata na freguesia de Eixo e Eirol. Também da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz não deverá haver alterações. Miguel Silva, atual presidente, deverá manter-se como candidato da coligação. Henrique Vieira, atual presidente desta Junta de Freguesia, não se pode recandidatar por atingindo o limite de três mandatos consecutivos. A Ria sabe que a escolha deverá recair sobre Pedro Mónica, atual presidente da Assembleia de Freguesia. A Ria continuará a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos das eleições autárquicas em Aveiro, nomeadamente do plenário do PSD-Aveiro previsto para esta noite.
PS anuncia candidatos às Juntas de Freguesia na Murtosa
As candidaturas reforçam, segundo o partido, “o compromisso com a proximidade, a renovação e a escuta ativa das comunidades locais” e “representa a intenção de apresentar aos eleitores, uma equipa equilibrada entre a experiência e as novas ideias, com raízes profundas nas suas freguesias, com um olhar atento às necessidades de hoje e aos desafios de amanhã”. O candidato socialista à Câmara da Murtosa, Augusto Vidal Leite, aponta ainda que “é com diálogo, trabalho conjunto e uma forte ligação à nossa terra, que se constroem respostas eficazes que garantam o bem-estar da população, a melhoria do nível de vida das pessoas e o desenvolvimento do território”. Luís Ferreira tem 57 anos e vive na Freguesia do Bunheiro. Trabalha atualmente como trabalhador independente, tendo sido anteriormente colaborador da Cooperativa Agrícola do Bunheiro-Murtosa. Pertenceu à direção da Associação Cultural Bunheirense e atualmente é membro da direção da Fábrica da Igreja Paroquial do Bunheiro e pertence ao Conselho Fiscal do Centro Social e Paroquial do Bunheiro. A candidata à freguesia de Monte é Sandra Cristina de Almeida Henriques. Tem 39 anos e trabalha como independente na área da estética e promoção de produtos de beleza e bem-estar. É ainda presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Escolar da Saldida e dirigente do escalão de Sub-14 masculino da Associação Cultural e Desportiva do Monte. Cláudia Sofia Castro de Campos tem 43 anos e vive na Freguesia da Murtosa. Licenciada em Ensino Básico, com Mestrado em Pré-Escolar, é atualmente educadora de infância no Infantário da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa. A candidata à presidência da freguesia é ainda Bombeira na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Murtosa, onde desempenha funções de chefe de equipa. Do seu percurso destaca-se ainda por ter feito parte do Grupos de Jovens e por ter sido catequista. Para Torreira o candidato é André Manuel Ramos de Pinho, de 36 anos. O pescador, natural e residente na Freguesia da Torreira, é ainda dirigente do Sport Marítimo Murtoense, onde também colabora como treinador nas classes jovens do clube.
Incêndios: Região de Aveiro com mais de 300 operacionais na fase mais crítica
O comandante António Ribeiro referiu que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) na região de Aveiro para este ano é semelhante ao de 2024. “Estes números não têm variado muito, porque o recrutamento nos bombeiros não tem sido fácil”, adiantou o mesmo responsável. Na fase Delta, entre 01 de julho e 30 de setembro, o período mais crítico em termos de incêndios, a região de Aveiro contará com 25 equipas de combate, com 125 operacionais, e 10 de apoio, com 20 homens, totalizando 145 operacionais. A este número acrescem as 31 equipas de intervenção permanente dos corpos de bombeiros, com 155 elementos. A região contará ainda com quatro equipas de sapadores florestais e os meios da GNR, incluindo uma equipa da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) que assegura o helicóptero de ataque inicial que está localizado em Águeda, e que está em funcionamento desde 01 de junho até 15 de outubro. Estes meios serão apoiados por 70 viaturas e por meios aéreos. Para além de Águeda, existem mais três helicópteros de ataque inicial em Vale de Cambra, Santa Comba Dão e Cernache. “O nosso objetivo é tentar ter sucesso no ataque inicial, nos primeiros 90 minutos, para agarrar os incêndios à nascença, com meios de terra, três equipas no mínimo, e os helicópteros. Se não tivermos sucesso, então passamos ao ataque ampliado, com reforço de meios”, explicou. No ataque ampliado, a região poderá ainda beneficiar dos aviões e helicópteros pesados que estão sediados em Viseu e Cernache. Os helicópteros Black Hawk da Força Aérea, destinados ao combate aéreo de incêndios rurais, que estão sediados na base de Ovar, só irão fazer parte do dispositivo no próximo ano, uma vez que ainda está a decorrer a formação das tripulações. O comandante recordou que, de um total de 280 ocorrências em 2024, tiveram uma taxa de sucesso de 97,5% no ataque inicial, isto é, as ocorrências que foram dominadas em menos de 90 minutos. O distrito de Aveiro teve em 2024 a segunda maior área ardida (27.239 hectares), ficando apenas atrás de Viseu (49.636 hectares), sendo que a maior parte da área ardida corresponde aos três incêndios ocorridos em 15 de setembro, dois em Sever do Vouga e um em Oliveira de Azeméis, que consumiram um total de 21.986 hectares.