RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

País

Ensino Superior: Fernando Alexandre defende uma maior “participação” na eleição dos reitores

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre partilhou, em entrevista à Ria, que, neste momento, “vê vantagens num mandato único de seis anos” para a eleição do reitor, ao invés dos atuais “quatro anos renováveis”. A partilha foi feita à margem da apresentação da proposta de revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), como avançou a Ria esta tarde.

Ensino Superior: Fernando Alexandre defende uma maior “participação” na eleição dos reitores
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
18 dez 2024, 20:02

Fernando Alexandre que participou na cerimónia dos 51 anos da Universidade de Aveiro (UA), esta quarta-feira, 18 de dezembro, incidiu o seu discurso, principalmente, a apresentar os motivos para a proposta de revisão do RJIES que está, neste momento, a decorrer tal como noticiado pela Ria.

O documento estruturante do Ensino Superior em Portugal propõe uma série de alterações, destacando-se a alteração ao modelo de eleição do reitor. Questionado agora à margem do evento sobre a proposta de revisão do RJIES – à qual a Ria teve acesso – em que o Governo retira a competência aos conselhos gerais na eleição do reitor e torna o processo mais inclusivo e abrangente, o ministro da Educação, Ciência e Inovação realçou que esta sugestão foi “largamente consensual”.

“O Conselho Geral teve muitas virtualidades, mas há um largo consenso da comunidade de que o facto de o Conselho Geral eleger o reitor retirou um papel muito importante e de independência ao próprio Conselho Geral. Fica envolvido na eleição e perde independência”, realçou. “Por isso, nós queremos reforçar o papel do Conselho Geral, mas não na eleição”, atentou.

Para Fernando Alexandre, a eleição deve ser feita de uma “forma participada” e “democrática”, passando agora também a incluir os antigos estudantes [a grande novidade desta alteração]. “Essa eleição deve ser para dentro (professores, investigadores, pessoal não docente, para os alunos), mas também para o exterior. A proposta que nós fazemos é que convoquem e temos de convocar os ex-alunos e mobilizá-los a participar nestas eleições”, reforçou.

Interpelado sobre o reforço do papel dos estudantes neste processo de eleição, o ministro da Educação recordou o papel “transformador” do RJIES, em 2007 e sugeriu que está, neste momento, a ser avaliado o que funcionou “bem” e o “menos bem” para se corrigir. “Talvez pudesse ter sido feito mais cedo, mas o que importante é que estamos a fazer agora…. Temos muita informação e agora o que é importante é ouvir o setor, as Universidades, os Politécnicos, os estudantes, as associações académicas, os sindicatos, uma série de entidades e de facto a partir dessa audição tenho a certeza de que a nossa proposta vai ficar muito melhor”, afirmou.

Relativamente à limitação dos mandatos dos reitores para um único mandato [outro dos destaques da proposta], mas com a duração de seis anos (ao contrário dos atuais quatro anos renováveis), Fernando Alexandre sugeriu que esta é uma forma de evitar que os reitores a meio dos seus projetos tenham de andar envolvidos “num ato político eleitoral”. Assim, estão “seis anos focados na implementação do seu projeto e penso que pode ser mais efetivo. Vamos ver como reagem. (…) Há vantagens nas duas formas de eleição eu, neste momento, vejo vantagens num mandato único de seis anos”, esclareceu.

No que toca ao prazo para a conclusão do processo de revisão, Fernando Alexandre avançou que espera ter o mesmo concluído até “fevereiro de 2025”.

Segundo a proposta de lei que está a ser apresentada pelo Governo, para efeito de apuramento dos resultados finais da eleição do reitor têm que ser observados os seguintes requisitos: os votos dos professores e investigadores terão que ser ponderados em, pelo menos, 30%; os votos dos estudantes em, pelo menos, 25%; os votos do pessoal não docente e não investigador em, pelo menos, 10%; os votos dos antigos estudantes em, pelo menos 25%. Para este efeito, o documento considera apenas os antigos estudantes que tenham obtido, há mais de cinco anos, pelo menos um grau académico na sua IES e nela não estejam matriculados e inscritos.

Recorde-se que, no contexto da Universidades de Aveiro, os professores e investigadores representam hoje mais de metade do peso total da eleição do reitor e, com esta proposta do Governo, passam para um contexto minoritário. Já os estudantes têm atualmente um peso na ordem dos 15% que passa agora a ser reforçado para, pelo menos, 25%.

O RJIES, que regula o funcionamento e organização das Instituições de Ensino Superior (IES) em Portugal, tanto públicas como privadas, não é revisto desde a sua implementação em 2007. A revisão do regime foi iniciada pela ex-ministra do anterior Governo do Partido Socialista, Elvira Fortunato, com a criação de uma comissão de avaliação. O processo conhece agora novos avanços sob a liderança de Fernando Alexandre, após a entrada do novo Governo liderado por Luís Montenegro.

Recomendações

País “ligado com normalidade” e noite sem incidentes de segurança
País

País “ligado com normalidade” e noite sem incidentes de segurança

Segundo o ministro, ao nível da eletricidade, o “já país está ligado, com normalidade”, ou seja, todos os 6,4 milhões de clientes estão alimentados, com exceção de 800 que têm avarias não relacionada com o apagão de segunda-feira. Leitão Amaro referiu ainda que o abastecimento de água está a funcionar em praticamente todo o país, registando-se apenas algumas dificuldades de pressão em “dois ou três concelhos” que serão “resolvidas rapidamente”. Relativamente aos transportes, Leitão Amaro avançou que os “comboios estão a funcionar”, sendo ainda necessário estabilizar alguns pontos da operação, mas devido aos efeitos de greve de 24 horas que decorreu na segunda-feira. Já em relação ao Metro, o ministro da Presidência adiantou que “também está a arrancar a operação”, tendo-se verificado uma perturbação em Lisboa relacionada com um `data center´ e não diretamente com o apagão. Quanto aos aeroportos, “estão operacionais”, referiu Leitão Amaro, reconhecendo que, no caso do de Lisboa, que foi o mais afetado pela falha de energia, deve demorar dois dias a ter os fluxos estabilizados, mas os sistemas estão todos operacionais. O governante adiantou ainda que, relativamente às escolas, a orientação emitida durante a madrugada a todos os diretores foi para abrirem e funcionarem normalmente, com exceção dos casos em que pode, eventualmente, verificar-se alguma razão de segurança específica. “O fornecimento de combustíveis está normalizado e não se registaram, durante a noite, ocorrências relevantes de segurança ou de proteção civil” no país, avançou Leitão Amaro, salientando ainda que a situação está estabilizada também nos serviços de saúde. “Os hospitais e centros de saúde estão com condições, em termos de fornecimento e abastecimento, para funcionarem normalmente”, assegurou. “Neste momento, o que podemos dizer é que os sistemas [energéticos] estão estabilizados, quer no transporte, quer no abastecimento aos consumidores”, realçou o ministro da Presidência.

Em atualização: "Apagão" de eletricidade afeta Portugal de norte a sul
País

Em atualização: "Apagão" de eletricidade afeta Portugal de norte a sul

A falha está a afetar várias cidades, de norte a sul do país. O jornal Observador já adiantou que pelo menos em Espanha também não há eletricidade. As operadoras de comunicação dão nota de que estão também a ser afetadas e as ligações da Vodafone, Nos e Meo estão com ligações instáveis, avança o Observador. Também ao Observador, António Leitão Amaro, ministro da Presidência, dá nota que “o Governo está acompanhar” a situação “desde os primeiros segundos” entre si e com as autoridades e empresas dos principais serviços públicos essenciais, sublinhando que “ainda não há confirmação” sobre a possibilidade de se tratar de um ciberataque. O ministro Adjunto e da Coesão Territorial admitiu hoje que o apagão energético que afeta Portugal possa ser devido a um ciberataque, adiantando que está também a afetar Espanha, França e Alemanha. Em declarações à RTP 3, Manuel Castro Almeida, questionado sobre a possibilidade de se tratar de um ciberataque, respondeu que “há essa possibilidade, mas não está confirmada”. “Há essa possibilidade, de facto”, referiu o ministro, salientando que tinha ainda pouca informação e que a que dispunha não era confirmada. “Sei que abrange vários países da Europa - Portugal, Espanha, França e Alemanha e creio que também Marrocos”, referiu Castro Almeida, para quem em causa está uma “coisa em grande escala que, pela dimensão que tem, é compatível com um ciberataque”, “Mas é uma informação não confirmada”, reiterou. O Governo criou um grupo de trabalho para acompanhar o apagão que afeta Portugal de Norte a Sul e outros países europeus e aponta que o problema “terá tido origem” fora de Portugal. “Terá sido, aparentemente, um problema na rede de transporte, cuja razão ainda está a ser identificada, aparentemente, em Espanha”, disse à Lusa o ministro da Presidência, António Leitão Amaro. O ministro disse ainda que o Governo está a trabalhar, em conjunto com agentes públicos e privados, para “o mais rapidamente possível” retomar a situação de normalidade no fornecimento de energia, embora sem apontar prazo. “O Governo está a trabalhar em conjunto num grupo de acompanhamento que foi imediatamente acionado. Trata-se de um problema de interrupção de energia que estará a afetar muitos países da Europa, terá tido origem na rede de transporte e é um problema de origem exterior a Portugal”, afirmou. A primeira prioridade do Governo é, “em conjunto com as várias autoridades nacionais e as empresas prestadoras dos serviços essenciais”, assegurar “uma retoma o mais rápida possível do fornecimento de energia elétrica em Portugal”. “Segundo, assegurar a continuidade ou a mínima disrupção possível nos serviços públicos, em particular nos mais essenciais e nas infraestruturas críticas. Estamos, obviamente, em contacto com todos estes serviços e entidades que as coordenam”, afirmou. Finalmente, prosseguiu Leitão Amaro, o Governo está também empenhado em “garantir a ordem pública”. “Estamos a trabalhar em conjunto desde o primeiro segundo, e estamos confiantes que, com a cooperação de todos - agentes públicos e privados e Governo - consigamos o mais rápido possível retomar a normalidade na vida dos portugueses para um fenómeno que não é nacional”, assegurou. Questionado se o Governo tem conhecimento de problemas concretos, o ministro da Presidência afirmou que “há disrupção de alguns serviços e perturbação na vida de várias pessoas”. “Nós estamos focados nos serviços mais essenciais: assegurar a segurança nos aeroportos, assegurar a continuidade dos serviços de saúde, também as restantes vias e redes de transportes”, disse. Leitão Amaro admite que há desenvolvimento “a cada segundo” e serão feitas atualizações ao longo do dia. A Ria tentou contactar as autoridades de Aveiro mas não conseguiu, até ao momento, obter declarações. *última atualização às 12:59

Milhares de pessoas celebraram a democracia com esperança no futuro
País

Milhares de pessoas celebraram a democracia com esperança no futuro

Nas laterais daquela artéria da capital, outras tantas esperavam para ver passar o desfile, uma multidão que se estendia da zona do Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores. “Venho desde que me lembro de ser gente. É uma manifestação de amor pela liberdade, pela democracia, num tempo em que isso é cada vez mais necessário, dado o ressurgimento da extrema-direita. A única resposta é afirmar a alternativa pela liberdade, pela democracia”, disse à Lusa um dos manifestantes. Acompanhado de alguns amigos, Paulo Coimbra alertou para o crescimento de forças antidemocrática, que vê como uma resposta à incapacidade de os partidos do centro defenderem a democracia, através do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública e de uma sociedade inclusiva. Ao lado, João Paulo Telo também não é estreante no tradicional desfile do 25 de Abril, mas não participou sempre. “Só recentemente é que comecei a vir assiduamente. Nos primeiros anos achei que não era preciso e agora é”, sublinhou. As ameaças mais recentes reforçam a ideia de que a democracia é um projeto inacabado, mas na qual muitos ainda mantêm esperança, como Lurdes Pedro, que também foi até à Avenida apesar do luto nacional pela morte do Papa Francisco, entre quinta-feira e sábado. “Onde ele estiver, estará muito contente, porque ele lutou muito por isso também, pela liberdade, pelo povo, pelos mais desfavorecidos, por todos”, considerou. Sobre a democracia, admite que “há muita coisa para melhorar”, mas acredita que é possível, votando “no partido certo”, uma esperança partilhada por José Neves, que foi um dos membros fundadores do PS em 1973. No dia 25 de abril de 1974 estava exilado em Londres, Reino Unido. Viveu a Revolução dos Cravos à distância, mas garante que foi o dia mais feliz da sua vida. Por recomendação de alguns camaradas socialistas, incluindo o ex-Presidente da República Mário Soares, não regressou logo a Lisboa, mas em 1975 já estava no país e participo nas primeiras eleições livres. “Vivi esse dia com uma alegria inusitada, uma satisfação que não tenho palavras para descrever e ainda hoje me emociono”, recorda. Passados 50 anos, conta como, ao ouvir o discurso do líder do Chega, André Ventura, na sessão solene comemorativa do 51.ºaniversário do 25 de Abril de 1974 na Assembleia da República, pensou que aquela “linguagem inadequada” também faz parte da democracia. “Nestes 51 anos de democracia, sem dúvida que ainda não atingimos o grau de perfeição que desejamos e que o nosso povo merece, mas, acima de tudo, é a liberdade e é a democracia”, afirmou. Entre os cravos vermelhos e bandeiras Portugal, partidos e movimentos associativos, os participantes erguiam também cartazes em que era possível ler mensagens como "Em cada rosto igualdade", "A revolução será feminista ou não será", "As mulheres ciganas também fizeram o 25 de abril ". Outros dirigiam-se ao Governo, com avisos de que “Se o país continuar assim, a Assembleia voltará a ser um ninho de lacraus (escorpiões)". Também Mariana Cruz deixou críticas ao executivo e comentou, em concreto, a decisão de decretar três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, coincidindo com o 25 de Abril. “É absolutamente ridículo”, classificou, defendo que foi a “oportunidade perfeita para cancelarem o 25 de Abril à maneira deles” e que Francisco seria o primeiro a apoiar a mensagem do dia de hoje. Mais de uma hora depois de as duas chaimites marcarem o arranque da marcha, os primeiros participantes chegavam ao Rossio, onde a Associação 25 de Abril encerrou o desfile com um discurso de Adelino Costa, que substituiu Vasco Lourenço nessa tarefa. “Os ideais do 25 de Abril estiveram presentes no nosso percurso histórico nos últimos 50 anos e continuam bem vivos na sociedade portuguesa, (…) porém, há muitas ameaças a surgir no nosso horizonte”, alertou, defendendo que “Portugal tem de continuar a ser um país livre, justo, solidário e amante da paz”. No final, ouviu-se novamente uma das senhas da revolução, a “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, entoada em uníssono uma última vez.

Governo anuncia atribuição de 1,5 milhões de euros para ecopontos florestais
País

Governo anuncia atribuição de 1,5 milhões de euros para ecopontos florestais

Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia, que tutela o Fundo Ambiental, a fonte de financiamento, refere que a verba disponível vai permitir apoiar a instalação de ecopontos florestais ou de compostagem em locais do Norte e Centro do país vulneráveis ao risco de incêndio, bem como ações de sensibilização, comunicação e formação. A tutela espera que este apoio permita "uma redução sustentada da média anual da área ardida, promovendo uma gestão ativa das explorações florestais e agrícolas" através de recolha, armazenamento temporário e encaminhamento para compostagem ou centrais de biomassa dos "materiais sobrantes das explorações florestais, agroflorestais e agrícolas". "Ao incentivar o encaminhamento adequado dos sobrantes e eliminar a prática de queimas descontroladas, será também possível diminuir significativamente o número de ignições", acrescenta o ministério no comunicado. As entidades que vão beneficiar do financiamento são maioritariamente autarquias e entidades intermunicipais, nomeadamente dos concelhos de Tábua, Soure, Paredes, Mangualde, Anadia, Vila Nova de Poiares, Vila de Rei, Castelo Branco, Boticas, Paços de Ferreira e Sertã. O período de apresentação de candidaturas decorreu entre 02 de outubro e 20 de dezembro de 2023, tendo a audiência de interessados, para efeitos de contestação dos resultados preliminares, ocorrido entre 25 de março e 08 de abril de 2025. O relatório final de avaliação, assinado pelo diretor do Fundo Ambiental, Marco Rebelo, data de 17 de abril último. Ao todo foram aprovadas 26 das 36 candidaturas submetidas, mas só 16 foram elegíveis para o financiamento disponível (1,5 milhões de euros).

Últimas

Frossos recebe estágios da Universidade de Aveiro
Universidade

Frossos recebe estágios da Universidade de Aveiro

Os acordos de cooperação celebrados entre o Município de Albergaria-a-Velha e a Universidade de Aveiro “possibilitam a receção regular de estudantes de licenciatura e mestrado para a realização de estágios curriculares em diversas áreas”. O acordo com o Departamento de Biologia tem como objetivo “transformar a Pateira de Frossos num laboratório vivo para futuros cientistas, tornando esta zona húmida numa ferramenta pedagógica relevante”, explica uma nota de imprensa. “Serão aprofundados os estudos científicos sobre o ecossistema da Pateira, em parceria com instituições académicas”, adianta o texto sobre o Centro de Interpretação que, nos seus três primeiros anos, dinamizou 187 atividades, com a participação de 3.440 pessoas, de acordo com os números divulgados pela autarquia.

Apagão: Algumas zonas de Oliveira de Azeméis ainda sem água
Região

Apagão: Algumas zonas de Oliveira de Azeméis ainda sem água

Segundo uma nota camarária enviada à Lusa, em articulação com a concessionária Indaqua, a maioria da população do município está já abastecida, verificando-se, "situações de interrupções ou variações de caudal pontuais e localizadas, decorrentes da presença de ar nas condutas, que deverão ficar solucionadas ainda durante o dia de hoje". “Sem abastecimento público de água estão, atualmente, as freguesias de Cesar, Fajões e Macieira de Sarnes, em resultado de um problema na saída gravítica do reservatório operado pelas Águas do Douro e Paiva, em Cesar, que alimenta a conduta de distribuição de água àquelas freguesias. A situação está em vias de resolução para reposição do serviço com a máxima brevidadepossível”, refere a mesma nota. A água em Oliveira de Azeméis é captada e tratada pela empresa Águas do Douro e Paiva, entidade gestora do Sistema Multimunicipal de abastecimento do sul do Grande Porto, que garante que todos os municípios servidos pela empresa estão a ser abastecidos, sem restrições, sendo o fornecimento assegurado pela Indaqua, que tem a concessão do abastecimento de água. Na página da Indaqua de Oliveira de Azeméis na internet, a empresa alerta para a possibilidade de haver variações no caudal ou interrupções temporárias no fornecimento, devido à presença de ar nas condutas, e alteração temporária da aparência da água, podendo esta apresentar-se com turvação devido ao arrastamento de sedimentos nas redes de distribuição. “Estamos a promover todos os esforços para restabelecer as condições normais de funcionamento em toda a rede do concelho com a maior brevidade possível, minimizando os impactos para os consumidores”, refere a mesma nota. Um grupo de 45 pessoas, incluindo seis adultos e 39 crianças, com idades entre os 13 e 15 anos, também de Oliveira de Azeméis que participaram no Jubileu dos Adolescentes em Roma, que terminou no domingo, viram o voo de regresso ao Porto cancelado na segunda-feira, dia 28. “Eles chegaram a estar dentro do avião, mas o voo não partiu. Ontem [segunda-feira] à noite, depois de muitas reclamações, foram colocados num hotel e hoje [dia 29] de manhã a companhia aérea foi buscá-los ao hotel e deixou-nos no aeroporto”, disse à Lusa Hélder Ramos, da organização da viagem. O responsável considerou que a companhia aérea Wizz Air os "deixou ao abandono", afirmando que os voos diários já estão todos cheios e a única solução apresentada pela empresa foi um voo para o dia 06 de maio, o que não foi aceite. “Dissemos que isso era impossível e que queríamos uma solução para hoje, e então disseram-nos que estávamos por nossa conta e risco, que procurássemos uma solução noutras companhias e que pedíssemos a devolução só do valor da viagem de regresso”, disse Hélder Ramos. O responsável referiu ainda que tem sido complicado gerir a situação, adiantando que estiveram toda a manhã em reunião à procura de soluções, tendoconseguido arranjar voos para eles na quarta-feira, dia 30, noutra companhia, com preços mais caros do que o valor da viagem de ida e volta, sendo que inicialmente será a paróquia a assumir essa despesa. Hélder Ramos explicou que a viagem de regresso será feita em dois voos de Roma para Madrid, em Espanha, um de manhã e outro ao início da tarde, e depois haverá um autocarro que irá buscar o grupo a Madrid para os trazer para Portugal. A Lusa falou também com Alexandre Costa, um dos monitores que está a acompanhar as crianças, que disse que a próxima noite será passada no aeroporto, apesar de a companhia ter oferecido a dormida num hotel. “Optámos por ficar aqui e receber ‘vouchers’ de comida porque não temos sequer roupa para nos trocar, não vale a pena estar a abrir as mochilas todas, porque depois é um 31 para as fechar e achámos mais seguro ficar no aeroporto”, disse. Alexandre Costa referiu ainda que há crianças no grupo com problemas de saúde, nomeadamente epilepsia e asma, entre outros casos, mas assegurou que a situação está sob controlo. “O risco seria para amanhã [quarta-feira] de manhã, mas para já está tudo controlado. Já nos informaram que temos uma farmácia aqui perto e que tem os produtos necessários e se calhar passamos lá entretanto”, referiu.

Quarteto belga Bombataz inaugura segundo trimestre de programação da Vic Aveiro Arts House
Cidade

Quarteto belga Bombataz inaugura segundo trimestre de programação da Vic Aveiro Arts House

Bombataz, o quarteto belga “que desafia rótulos e expectativas com uma abordagem sonora livre e inclassificável” está responsável por abrir a programação do segundo trimestre da Vic Aveiro Arts House. O concerto arranca às 21h30,  a lotação é de 42 lugares sentados e a contribuição recomendada tem o valor de 6€ que revertem “integralmente para os artistas convidados”, dá nota o espaço cultural. Este concerto está inserido na série Ressonância que "desde 2017 tem convidado a Aveiro propostas internacionais de excelência nas áreas da música exploratória e da arte sonora", aponta a direção artística da Vic Aveiro Arts House.  A programação segue com concertos de GRÓA, a “explosiva banda islandesa de punk-pop no feminino” e com o argentino Flaaryr, no dia 14 de maio. Maio conta ainda com atuação do projeto Kesherul Neg Pineg, no dia 22, e a 14 de junho “o duo italiano de ambient-post-rock” Tristan da Cunha está encarregue por dar vida à noite aveirense.

Teatro Aveirense revela a programação do segundo quadrimestre de 2025
Cidade

Teatro Aveirense revela a programação do segundo quadrimestre de 2025

Entre maio e agosto são várias as propostas musicais que o Teatro Aveirense traz à cidade. A primeira segunda-feira de maio, dia 5, traz já a Orquestra do Palácio de Schönbrunn de Viena (Austria) num concerto de celebração do 200º Aniversário de Johann Strauss e a semana termina, no dia 9, com a antestreia do álbum a solo de Zé Ibarra. De 15 a 25 de maio realiza-se ainda a bienal Reencontros de Música Contemporânea. Bia Maria volta a trazer música a Aveiro no dia 12 de junho e The Black Mamba ficam responsáveis por animar o dia 14. Agosto conta com a rubrica Novas Quintas na Rua, este ano com um concerto dos Expresso Transatlântico, no dia 7 na Praça da República, e com a apresentação do projeto aveirense Lés e Lés, de Vitor Hugo e Carlos Lázaro, no dia seguinte. No stand-up comedy o espaço cultural aveirense apresenta duas propostas. A primeira acontece já este domingo, dia 4, com ‘Aleixo Amigo – Um show ao vivo muito seu amigo’. Em junho, no dia 21, a missão de trazer animação a Aveiro fica a cargo de ‘Snob’, do humorista Carlos Coutinho Vilhena. No teatro há encontro marcado nos dias 30 e 31 de maio, com exibição da peça Hamlet, do Teatro Nacional São João, encenado por Nuno Cardoso. Em junho é apresentada uma performance/sessão de leitura denominada ‘Como Desenhar Uma Filha Nua’, no dia 26 de junho. No dia seguinte o encenador Tiago Guedes propõe a sua visão de À Primeira Vista, num monólogo conduzido por Margarida Vila-Nova. Para 26 e 27 de julho fica a apresentação de Swing, um espetáculo que conta com a presença de Diogo Morgado, Diana Nicolau, Manuel Marques e Susana Blazer. A área da dança arranca no dia 16 de maio com ‘OU’, de André Braga e Cláudia Figueiredo, da CRL – Central Elétrica, e termina a 25 de julho com a apresentação da oitava edição do programa Território, dos Estúdios Victor Córdon. Pelo meio há o espetáculo ATA, de Maria Fonseca, a 5 de junho e Maurice Accompagné, de Paulo Ribeiro, a 4 de julho. O segundo quadrimestre verá ainda a chegada ao palco de dois projetos criados com a comunidade aveirense ao longo do ano. Em maio, no dia 10, é a vez da estreia de O Navio dos Sonhos e a Ilha dos Amores, com texto e direção artística de João Garcia Miguel, no âmbito do projeto OLAS - Objetos e Laboratórios Artísticos e Sociais e em junho, no dia 29, dá-se a terceira edição do Cantar-o-Lar, um projeto criado em parceria com a Orquestra Sem Fronteiras e realizado com os utentes de quatro lares para a terceira idade de Aveiro. A programação familiar não foi deixada de fora e este quadrimestre conta com Panda Express, de Lewis Gillon & Joana Mário, para espetadores a partir dos 6 anos. A apresentação decorre nos dias 4, 5 e 6 de maio. O Festival dos Canais - um evento da Câmara Municipal de Aveiro organizado pelo Teatro Aveirense - celebra este ano a sua 10ª edição. A programação ainda não está disponível, mas o município dá nota de que decorrerá de 16 a 20 de julho.