ZERO apresenta prioridades para redução de embalagens
A associação ambientalista ZERO pediu que hoje, Dia Mundial do Reenchimento, o regulamento de embalagens seja colocado em prática de "forma ambiciosa" e deixou prioridades para Governo, empresas e consumidores ajudarem a atingir aquela meta.
Redação
A Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável considerou que o Dia Mundial do Reenchimento "é um momento para chamar a atenção para o potencial das práticas de reenchimento na redução da quantidade de resíduos produzida", de acordo com um comunicado enviado à Lusa.
Dados do Eurostat, referentes a 2022, mostram que cada europeu produziu, em média, 186,5 quilogramas de resíduos de embalagens e Portugal está ligeiramente acima dessa média, com 188 quilos, "um valor que tem vindo a aumentar, cerca de 20% na última década", sublinhou.
Ora, com a publicação do novo Regulamento Europeu de Embalagens e Resíduos de Embalagens, em fevereiro, os Estados-Membros ficaram obrigados a reduzir em 5% o total de resíduos de embalagem produzidos até 2030, tendo por referência o ano de 2018. Em 2035, o valor sobe para 10% e em 2040 para 15%, referiu a ZERO na mesma nota. "Estamos perante um desafio significativo, para o qual devemos começar a trabalhar desde já", afirmou a associação, considerando a evolução dos números nos últimos anos.
Por isso, propôs como medidas prioritárias para o novo Governo "concretizar a obrigatoriedade" de serem disponibilizadas embalagens reutilizáveis no "take-away". Uma obrigação que “já deveria estar a ser implementada desde janeiro de 2024, mas foi adiada para julho deste ano", adiantou. Além de que "a Portaria que deverá enquadrar a implementação desta disposição legal ainda não foi publicada", realçou.
Assim, "é urgente" que o Governo proceda à publicação da disponibilização de uma alternativa em embalagem reutilizável por parte dos restaurantes/retalhistas que disponibilizam refeições ou bebidas em 'take-away'", defendeu. Para a ZERO, é também fundamental que a introdução da opção reutilizável seja acompanhada “por uma penalização das opções descartáveis”, para que "a medida seja eficaz".
A ZERO referiu que o Governo está a preparar uma campanha de comunicação sobre o tema dos resíduos, mas considerou ser fundamental a inclusão de medidas de prevenção, já estabelecidas na legislação portuguesa, como por exemplo, o consumidor ter o direito a usar as suas próprias embalagens nas áreas de venda de produtos a granel, charcutaria, padaria, frutas e legumes, pastelaria, talho, peixaria e outras.
Assim como a obrigação dos estabelecimentos que fornecem refeições prontas para consumir em regime de "take-away" aceitarem que os clientes utilizem recipientes próprios. Além disso, os estabelecimentos que servem alimentos e bebidas devem manter à disposição dos clientes um recipiente com água da torneira e copos não descartáveis, higienizados para consumo no local, de forma gratuita.
O Executivo deve também, no entender da ZERO, proibir a disponibilização de sacos de caixa sem custo, independentemente do material em que são fabricados.
Outra das prioridades apontadas pela ZERO para o Governo é promover a disponibilização de pontos de água da rede pública, para o reenchimento de garrafas em jardins, estações de transportes públicos, estabelecimentos de ensino, edifícios públicos, locais de grande afluência, ao mesmo tempo que o reenchimento e a reutilização de embalagens deve tornar-se na imagem de marca de eventos.
E considerou “urgente alterar a legislação aplicável aos eventos, festivais e outros espetáculos de forma a garantir que se põe um fim à utilização de copos reutilizáveis como se fossem quase de uso único”.
Para promover a venda a granel, a ZERO considerou "interessante que o Fundo Ambiental pudesse apoiar o estabelecimento de mais lojas desta natureza", à semelhança do que fez Itália, numa outra medida a tomar pelo Executivo. Aos consumidores, a ZERO sugeriu que adquiram recipientes reutilizáveis e a opção por comprar produtos a granel, levando sacos, sempre que forem às compras, sejam elas do que forem.
Recomendações
Todos os distritos do continente sob aviso amarelo devido ao tempo quente
Viseu, Évora, Porto, Guarda, Faro, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga vão estar sob aviso amarelo devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima entre as 09h00 de hoje e as 18h00 de quarta-feira. Bragança e Vila Real vão estar sob aviso amarelo entre as 09h00 de hoje e as 00h00 de terça-feira, passando depois a aviso laranja até às 18h00 de quarta-feira. O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Portugal continental vai registar uma subida de temperatura a partir de hoje com máximas entre os 33 e os 40.º Celsius e com os valores mais elevados na região do Vale do Tejo, na Beira Baixa e no Sul. Segundo o IPMA, até quarta-feira prevê-se que Portugal continental esteja sob “influência conjunta de um anticiclone a sul das ilhas Britânicas e de um vale depressionário que se estende desde o norte de África até à Península Ibérica”. A situação meteorológica irá aumentar os valores da temperatura máxima, em especial a partir de hoje e um episódio de poeiras em suspensão com origem no norte de África. Os valores da temperatura máxima vão variar aproximadamente entre 33 e 40.°C na generalidade do território, embora com valores ligeiramente inferiores em alguns locais da faixa costeira. Prevê-se que os valores mais elevados da temperatura máxima ocorram na região do vale do Tejo, Beira Baixa e região Sul. O IPMA prevê uma subida da temperatura mínima hoje e terça-feira, considerando “prováveis noites tropicais em grande parte do território continental”. O tempo quente pode prolongar-se até quinta-feira, em especial nas regiões do interior. Perante a previsão de temperaturas altas, a Direção-Geral de Saúde recomenda à população um consumo regular de água, o uso de roupa larga e fresca e a utilização de protetor solar, de duas em duas horas.
Operação Polícia Sempre Presente - Verão Seguro 2025 da PSP arranca hoje
Em comunicado hoje divulgado, a PSP dá conta de que o período de verão “é tradicionalmente marcado por alterações demográficas significativas “, nomeadamente com a chegada de milhares de turistas a Portugal. Além disso, há ainda as deslocações em família para locais de veraneio, o regresso das festividades populares, dos festivais de verão e a abertura da época balnear. A PSP explica que irá concentrar a sua capacidade operacional de forma a “incrementar o sentimento de segurança em zonas balneares, turísticas e comerciais, zonas de diversão noturna, áreas residenciais e principais eixos rodoviários”. Haverá especial atenção aos eixos rodoviários que servem as zonas balneares e nos quais se verifica uma maior afluência de pessoas e viaturas, bem como um maior número de utilizadores dos transportes públicos. A autoridade vai manter também “uma forte visibilidade policial nos acessos aos principais eixos rodoviários interurbanos”, acompanhando as tradicionais deslocações para os destinos de férias, sobretudo para o sul do país. Irá igualmente haver um reforço da presença policial nas praias e zonas balneares, zonas de diversão noturna e outros locais de elevada afluência de pessoas, motivada pela sazonalidade (zonas turísticas, festivais de verão, arraiais). Será também feito um reforço da segurança nos aeroportos nacionais e no controlo da fronteira aérea. A PSP fará igualmente um reforço da visibilidade, prevenção e fiscalização em contexto de segurança rodoviária, tanto nas grandes deslocações em família para os locais de férias, como nas deslocações ida e volta para as zonas de veraneio. Além disso, a PSP disponibiliza o programa Verão Seguro – Chave Direta e o programa Estou Aqui! Crianças. Será ainda implementada a “Operação PSP – Portugal Safer Place” com objetivo de sensibilizar os turistas para a adoção de medidas de autoproteção, não só à sua segurança, mas também à segurança dos seus bens em vários contextos, por forma a reduzir a oportunidade para a prática de ilícitos criminais. Durante o decorrer da operação, a PSP irá disponibilizar, na sua página e nas redes sociais, diversos conselhos de segurança em contexto de segurança rodoviária, prevenção de furtos e proteção das residências, medidas de autoproteção, segurança das crianças, entre outros.
Termina prazo para limpeza de terrenos e GNR inicia fiscalização
Segundo fonte da Guarda Nacional Republicana, o dispositivo da força de segurança, incluindo o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (Sepna), está preparado, “a partir de segunda-feira”, para fiscalizar a gestão de combustível em redor de edificações e infraestruturas, podendo aplicar coimas aos proprietários que não limparam os seus terrenos. No entanto, a mesma fonte explicou que as autoridades vão ter “algum bom senso” na aplicação das coimas, pois “existe muita dificuldade em termos de mercado de trabalho e maquinaria”, apesar de notar que, além dos proprietários, também é preciso ver o ponto de vista do “vizinho que cumpriu e tem legitimidade para exigir que o terreno do lado esteja limpo”. No entanto, embora o prazo para a limpeza de terrenos seja legalmente até 30 de abril, o Governo prolongou até 31 de maio, devido às condições atmosféricas, e posteriormente por mais 15 dias, até 15 de junho, como pediram as associações do setor. “Os trabalhos de gestão de combustível na rede secundária de faixas de gestão de combustível podem decorrer até 15 de junho de 2025”, lê-se num despacho conjunto dos secretários de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e das Florestas, Rui Ladeira, publicado no Diário da República. No âmbito da Campanha Floresta Segura 2025, destinada à prevenção de incêndios florestais, a GNR sinalizou, entre 16 de fevereiro e 30 de abril, “10.417 terrenos que poderão vir a estar em infração por falta de gestão de combustível”, indicou a divisão de comunicação da força de segurança. A gestão de combustíveis visa reduzir material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação e intensidade do fogo, à volta das habitações e aglomerados populacionais em espaço rural, com a maioria das sinalizações nos distritos de Leiria (2.606), Bragança (1.162), Santarém (941), Coimbra (818) e Viseu (798). Os 10.417 terrenos sinalizados este ano superaram os 10.256 registados até 31 de maio no ano passado, mas estão abaixo dos 14.319 em 2023, 10.989 em 2022, 14.545 em 2021, 24.227 em 2020 e 31.582 em 2019. Para Ricardo Vaz Alves, diretor do Sepna da GNR, o “número de sinalizações está em linha com aquilo que sucedeu no ano passado” e, face às 14.000 sinalizações de anos anteriores, acredita que existe “uma evolução em termos de consciencialização da sociedade para a gestão de combustível”. “Há aqui todo um trabalho feito de sensibilização e isso tem os seus frutos em termos de gestão de combustível efetuado”, considerou o oficial, em declarações à Lusa. O diretor do Sepna assegurou que o objetivo da GNR “é sempre sensibilizar e procurar corrigir as situações potencialmente em infração” e, só em último caso, será “levantado o auto de contraordenação por ausência de gestão de combustível”, após “sinalizar, falar com os proprietários, falar com os vizinhos inclusivamente”, para que a “mensagem passe e que possa ser feita a correção das situações”. Desde o arranque da Campanha Floresta Segura, até 18 de maio, a GNR registou, segundo dados provisórios, 36 autos de contraordenação por queimadas ilegais e 100 autos por realização de queimas de amontoados e de fogueiras. A gestão de faixas de combustível visa prevenir fogos rurais, mas a Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) pediu ao Governo o prolongamento de "mês e meio" no prazo, devido às condições meteorológicas. Perante as dificuldades na contratação de empresas para a limpeza, nomeadamente por escassez de mão-de-obra e limitação de equipamentos, a FNAPF e a ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente consideraram insuficiente o prazo para a realização da maior parte dos trabalhos e pediram mais tempo, antes que as autoridades iniciem a fiscalização dos incumprimentos e aplicação de contraordenações. As infrações à gestão de combustível constituem contraordenações puníveis com coima, de 140 a 5.000 euros para pessoa singular, e de 1.500 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas.
Portugal desaconselha viagens para Médio Oriente devido ao conflito
“Tendo em consideração a atual situação de conflito entre Israel e o Irão desaconselham-se neste momento todas as viagens para a região”, lê-se na mensagem, divulgada através do portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). A embaixada de Portugal em Telavive disponibilizou um contacto de emergência consular (+ 972 54 5451172), “face à escalada do conflito entre Israel e o Irão e ao encerramento do espaço aéreo israelita”. Este número destina-se “exclusivamente para questões de emergências e situações especiais diretamente relacionadas com o atual momento”, divulgou a embaixada portuguesa através das redes sociais, repetindo vários apelos aos cidadãos para que se mantenham seguros e respeitem as indicações das autoridades israelitas. A Lusa tentou obter informações sobre portugueses residentes em Israel e no Irão, junto do MNE, mas sem sucesso até ao momento. Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e centenas de feridos, segundo a diplomacia iraniana. Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro). O Irão retaliou lançando centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre as cidades de Telavive e Jerusalém, que mataram pelo menos três pessoas e deixaram dezenas de feridos.
Últimas
Gilberto Ferreira recandidata-se à Junta de Aradas pelo movimento independente “Sentir Aradas”
Em declarações à Ria, Gilberto Ferreira explicou que a decisão de se recandidatar partiu do próprio grupo. “Este desafio foi um bocadinho proposto pelo grupo. Nós, paralelamente ao trabalho das eleições, reunimos com alguma frequência. Ao longo destes quatro anos, reunimos (…) uma vez por mês. Temos o cuidado de nos encontrar e discutir os problemas da freguesia”, afirmou, opinando que a decisão de avançar está hoje mais sustentada do que há quatro anos. “Já temos uma noção mais real do que era a Junta de Freguesia, da forma como está a ser gerida. Hoje estamos mais disponíveis que nunca e com mais vontade que nunca de sermos poder em Aradas”, frisou. À Ria adiantou ainda que o movimento manterá a designação “Sentir Aradas”. “É um nome que já está consolidado na freguesia. As pessoas têm a noção de que o ‘Sentir Aradas’, além de ter sido o segundo mais votado, tem sido quem tem feito oposição ao atual Executivo”, exprimiu. Questionado sobre uma eventual coligação com o Partido Socialista (PS) que unisse as principais forças da oposição na freguesia, o candidato rejeita essa hipótese. “Temos boa relação com os partidos da oposição e com pessoas do Executivo Municipal e da Assembleia de Freguesia pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, mas muitas vezes a soma das partes não dá o bolo total. Achamos que a melhor solução é continuar como movimento independente. Cada partido tem a sua matriz e compreendemos que o PS também queira apresentar uma lista em Aradas - é legítimo”, assegurou. Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, Gilberto Ferreira, à frente do movimento “Sentir Aradas”, conquistou “19,13%” dos votos, superando a coligação PS-PAN, que obteve “17,87%”. A vitória pertenceu à coligação “Aliança com Aveiro”, liderada por Catarina Barreto, que alcançou “46,28%” dos votos e assegurou a presidência da Junta. Apesar deste resultado, Gilberto Ferreira acredita que é possível romper com a “Aliança com Aveiro”. “Hoje, muitas pessoas do movimento são figuras muito reconhecidas na freguesia, ligadas ao associativismo ou a outras áreas da vida local. São pessoas profissionalmente realizadas, que não precisam da Junta, e que se disponibilizam por um bem comum: criar melhores condições para a freguesia”, sustentou, acrescentando ainda acreditar que haja militantes “de outros partidos” a votar no movimento. “Recebo com frequência mensagens de apoio, inclusive do PSD e do PS. Mas isso nem sempre é determinante, porque as pessoas dizem uma coisa e às vezes fazem outra”, continuou. Questionado sobre a disponibilidade do movimento para acordos que permitam a viabilização do Executivo, no caso de nenhuma candidatura alcançar a maioria absoluta de mandatos, Gilberto Ferreira respondeu com cautela: “Cada caso é um caso”. “O Sentir Aradas parte para estas eleições com aspirações de ganhar a Junta de Freguesia. Essa é uma questão que neste momento não se coloca. À posteriori poderá vir-se a colocar e nessa altura validaremos se estamos disponíveis a colaborar com o Executivo dessa política”, realçou. No entanto, deixou a sua opinião pessoal: “Sou contra a ligação com a Aliança Mais Aveiro”. “São princípios. Atendendo ao estado de gestão do atual Executivo não acredito que haja melhorias no futuro”, explicou. Neste seguimento, Gilberto Ferreira apontou vários exemplos concretos de falhas que, no seu entender, ilustram o estado de abandono da freguesia. “É só andar por Aradas e ver o estado lastimável em que muitas ruas se encontram. Os passeios e algumas obras estruturais ficaram por fazer. A zona do Carocho, as piscinas, o caso do Eirô... são situações gritantes”, destacou. À Ria, apontou ainda a falta de planeamento em áreas de expansão habitacional da freguesia. “Temos aqui uma zona de desenvolvimento junto à Quinta da Pinheira, atrás da Extrusal, com um projeto de habitação a custos controlados promovido pela Câmara Municipal e pelo empreiteiro. Mas, por outro lado, nem sequer temos acessos condignos. A rua não tem passeios, mal tem iluminação e em alguns dias a luz nem sequer funciona. A relva - ou erva, como se quiser chamar - invade a via. Ainda ontem vi uma senhora com um carrinho de bebé a andar pelo meio da estrada, porque não conseguia circular nas bermas em terra batida”, relatou. O candidato criticou ainda a ausência de ciclovias e de condições nas imediações escolares. “Aradas nem sequer tem uma ciclovia, quando há quatro anos a senhora presidente andou a distribuir bicicletas às crianças. Os acessos à EB de Aradas são lastimáveis”, continuou. Por fim, acusou ainda o atual Executivo de desinvestimento estrutural na freguesia em comparação com a cidade de Aveiro. “Há uma série de obras que precisam ser feitas - algumas da responsabilidade da Junta, outras onde esta deveria ter a coragem de pressionar o Executivo Municipal. (…) Para lá da N109, ou Avenida da Europa, como lhe queiram chamar, existem pessoas. (…) Mas continua a haver uma discrepância muito grande entre o que é a zona urbana da cidade e a zona para lá da N109. Continuamos a ter aqui um muro em que o acompanhamento não é o mesmo, nem pouco mais ou menos”, insistiu. Relembre-se ainda que Gilberto Ferreira tem um passado ligado ao PSD. Partido onde foi militante “entre 1990 e julho de 2021” e onde desempenhou vários cargos, incluindo “presidente da JSD local” e “dirigente da concelhia”. Integrou ainda a equipa próxima de Élio Maia (2005–2009), tendo sido um dos diretores da sua campanha à Câmara Municipal de Aveiro, na candidatura que acabou por vencer as eleições a Alberto Souto de Miranda [ex-presidente da Câmara de Aveiro entre 1997 e 2005]. Atualmente, é ainda gestor comercial.
Aveiro perde final da Supertaça de Futebol ao fim de 5 anos consecutivos de organização
A decisão interrompe uma longa tradição: desde 2009, Aveiro foi palco da Supertaça em 14 ocasiões, tornando-se sinónimo da competição. A última vez que o Estádio Algarve recebeu o troféu foi em 2019, numa final que opôs Benfica e Sporting. Este ano, o clássico repete-se, mas volta ao sul do país. A escolha do Estádio do Algarve não é justificada na nota de imprensa da Federação Portuguesa de Futebol, mas deixa Aveiro fora do mapa das grandes finais, depois de ter sido elogiada pela organização das últimas edições.
Biblioteca da Feira celebra 25 anos e 2,5 milhões de utilizadores com festival do futuro
Com uma duração superior a um mês e 23 propostas distribuídas por biblioteca e escolas, a nova iniciativa dessa autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto abrange duas datas simbólicas associadas ao aniversário: arranca a 17 de junho, dia da efetiva abertura da biblioteca ao público, no ano 2000, e termina a 28 de julho, quando se deu a sua inauguração formal, no mesmo ano. Embora nos primeiros tempos a contagem de entradas fosse menos rigorosa do que na atualidade, nestes 25 anos a Biblioteca da Feira recebeu o que a sua diretora, Mónica Gomes, situa hoje em “mais de 2,5 milhões de utilizadores”, o que representa “uma média superior a 300 utilizadores diários”. Desde que a casa aderiu ao sistema de registo Horizon, que aí foi implementado apenas em 2004, a contagem indica também, disse a mesma responsável à Lusa, “um total de 1.184.730 empréstimos”. Quanto a utentes inscritos como leitores assíduos, desde 2000 o mesmo equipamento registou 41.420, sendo que, em 2006, a biblioteca se tornou a primeira da Península Ibérica com certificação de qualidade, reconhecimento que preserva até hoje e que desde então revelou taxas de satisfação dos utilizadores sempre superiores a 90% – concretamente 97,33% em 2024. É esse desempenho que o festival LIVRAR pretende celebrar, ao propor exposições, oficinas, apresentações de livros, tertúlias, instalações artísticas e espetáculos teatrais e musicais, assim como uma feira do livro com a participação de escritores, ilustradores, contadores de histórias, ‘performers’ e o que Gil Ferreira, vereador da Cultura na Câmara da Feira, anuncia como “diversas personalidades da área da cultura e do livro”. Do programa consta também, já esta terça-feira, uma homenagem à ex-diretora da biblioteca Etelvina Araújo (1957-2023), em reconhecimento do seu “inestimável contributo” para a afirmação daquela que em 2024 foi galardoada com o Prémio Maria José Moura de Boas Práticas em Bibliotecas Públicas – e que, segundo dados da rede nacional desses equipamentos, em 2023 foi o que mais empréstimos fez e mais investiu em livros e outros documentos. “Etelvina Araújo foi o rosto da primeira e mais importante de todas as políticas culturais do Município de Santa Maria da Feira: a promoção do livro e da leitura”, declara Gil Ferreira. Mónica Gomes, a atual diretora da Biblioteca da Feira, nota que os temas evocados na designação formal do LIVRAR – “livro, futuro e progresso” – refletem as preocupações estratégicas dessa estrutura: “Os desafios do futuro passarão necessariamente por um equilíbrio entre o presencial e o digital. A nossa biblioteca será sempre um lugar de encontros e de partilha ‘offline’, ao vivo, em presença, mas não deixaremos de tirar o melhor partido das novas tecnologias como forma de expandir o acesso dos nossos utilizadores a mais conteúdos, a novos serviços e a novas competências”. Parte dessa política passa pelo “combate à desinformação”, mediante ações concretas. “Depois de termos trabalhado as culturas minoritárias no primeiro trimestre deste ano, vamos dedicar o segundo semestre à literacia financeira e à literacia da saúde para adultos. O nosso foco é reduzir comportamentos de risco, desconstruir ideias preconcebidas e promover decisões conscientes e informadas”, anuncia a diretora daquela que é uma das cinco bibliotecas públicas nacionais convidadas pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas a participar no projeto europeu “Cidadãos e Bibliotecas contra a Desinformação”. Quanto ao desempenho global da Biblioteca da Feira nos seus primeiros 25 anos de vida, a sucessora de Etelvina Araújo atribui-o a uma equipa que, além de “eficaz e eficiente”, é também “apaixonada” e “alterou os hábitos e rotinas de muitos feirenses, que fazem da biblioteca um local de trabalho, de estudo ou de encontro – com o outro e com as artes, com o saber e o conhecimento”. Para Mónica Gomes, para se ter noção disso “basta entrar nas diferentes salas e ver utilizadores de todas as idades a ler livros ou jornais, a dedicar-se a jogos de estratégia, a consultar documentos em plataformas digitais que não se encontram noutras bibliotecas do país – como é o caso da EBSCO – ou a participar nos diferentes clubes”, como os de gastronomia, artes decorativas ou tricô. “Continuaremos a apostar na atualização do nosso fundo documental e a dar resposta às sugestões dos nossos leitores, mantendo a nossa coleção com as mais recentes novidades, sejam de teor técnico, científico ou lúdico”, promete Mónica Gomes. “É isto que nos diferencia”, conclui.
Aveiro: "Sononautas: Aquática" transforma a Fábrica Ciência Viva num laboratório sensorial
Numa nota enviada à Ria, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro realça que a “Sononautas: Aquática” leva os participantes para “um universo onde o som da água se torna visível e palpável, e onde se explora a sua dimensão musical e acústica”. Pretende ainda estimular a escuta ativa, a curiosidade e a imaginação. A atividade destina-se a crianças a partir dos 6 anos sendo que no dia 20 de junho as sessões destinam-se a grupos escolares. No dia 21 de junho acontecem duas sessões, pelas 10h00 e as 11h00, destinadas ao público em geral. A participação é gratuita mediante inscrição através do email [email protected]. “Sononautas” é uma criação da Sonoscopia Associação numa iniciativa conjunta com o Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, a Linha Temática “Performatividades Digitais e Tecnológicas” e o projeto Shores. O projeto é uma co-criação da investigadora do INET-md Ana Luísa Veloso, Henrique Fernandes (Sonoscopia) e Gustavo Costa (Sonoscopia), com apoio à criação de Vicente Mateus e João Ricardo, produção executiva de Patrícia Caveiro e produção da Sonoscopia. Resulta de um processo de investigação desenvolvido pela Sonoscopia em parceria com o INET-md, e conta com a coprodução do CCB / Fábrica das Artes.