RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Calle Mambo e Vitor Kley na Albergaria Convida 2025

O grupo chileno Calle Mambo e o cantor brasileiro Vitor Kley vão atuar na "Albergaria Convida 2025”, que decorre de 3 a 6 de julho em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, anunciou hoje a organização.

Calle Mambo e Vitor Kley na Albergaria Convida 2025
Redação

Redação

13 jun 2025, 13:17

Organizado pela autarquia, o Albergaria Convida - Feira Regional de Artesanato e Gastronomia de Albergaria-a-Velha conta com nove tasquinhas de gastronomia local, sete bares e mais de três dezenas de espaços de artesanato e stands institucionais.

Na música, o público pode contar com espetáculos de Calle Mambo, Augusto Canário, Vitor Kley, Buba Espinho e Mizzy Miles, além dos já habituais “After Hours” com DJ sets.

O programa começa no dia 3 de julho, com as atuações dos Calle Mambo, num concerto que faz parte do Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo, e de Augusto Canário, o “cantador ao desafio”, que tem sido um dos principais embaixadores deste género musical de raiz popular.

No dia 4, é a vez do brasileiro Vitor Kley subir ao palco situado na Quinta da Boa Vista/ Torreão, num concerto inserido na tournée “As Pequenas Grandes Coisas”, que serve para apresentar o seu novo álbum.

Buba Espinho, o cantor natural de Beja, é a proposta para o dia 5, estando o concerto de encerramento, no dia 6, a cargo de Mizzy Miles, um dos grandes nomes nacionais do mundo do hip-hop e música urbana, somando, em poucos anos de atividade, sete temas de platina e sete de ouro.

Os concertos de 3 e 6 de julho são de acesso gratuito, com as entradas a 1 euro para Vitor Kley e Buba Espinho.

No domingo, dia 6, será possível fazer uma visita livre ao Castelo e Palacete da Boa Vista. Nas tardes do fim de semana haverá animação musical itinerante no recinto. Em permanência estarão as exposições “As Invasões Napoleónicas em Albergaria-a-Velha” e “Caminhos de Santiago – Coleção Privada de Paulo Sá Machado”.

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Sítio arqueológico de São Julião com candidatura a imóvel de interesse público
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Sítio arqueológico de São Julião com candidatura a imóvel de interesse público

A candidatura à classificação do Sítio Arqueológico de São Julião como Imóvel de Interesse Público foi aprovada na última reunião do executivo municipal e, após ser votada pela Assembleia Municipal, deverá ser submetida ao Ministério da Cultura, tutelado por Margarida Balseiro Lopes. Segunda-feira teve início a “12.ª campanha de escavações arqueológicas no Monte de São Julião”, sob coordenação do Centro de Arqueologia de Arouca, que tem uma equipa de profissionais deslocada para aquele local da Freguesia da Branca, a qual concentra a atividade na mamoa ali descoberta. Numa fase posterior, com início a 07 de julho, os trabalhos alargam-se a outras áreas do sítio arqueológico, com a participação de estagiários da Universidade do Minho e de voluntários. As escavações do Monte de São Julião foram retomadas em 2014, o que permitiu identificar “vestígios significativos de ocupação com cerca de três mil anos, remontando ao final da Idade do Bronze” e pôr a descoberto os restos da estrutura que delimitava o antigo povoado, bem como um monumento funerário megalítico, a mamoa que está a ser alvo das atenções dos arqueólogos presentes. Os trabalhos arqueológicos das sucessivas campanhas permitiram já recolher “cerca de 52 mil fragmentos de cerâmica, entre outros materiais que documentam a ocupação contínua do local desde a Pré-História”. A classificação, cuja candidatura foi agora aprovada pela autarquia, visa proteger o sítio, tendo como objetivo a musealização e a recuperação das estruturas arqueológicas, estando a Câmara de Albergaria-a-Velha empenhada em promover a requalificação da floresta e adquirir terrenos na área, para a qual está a ser desenvolvido o projeto de “Regeneração Integral e Valorização do Sítio Arqueológico do Monte de São Julião”, com o apoio do Turismo de Portugal.

Sérgio Magueta é o candidato do PS à Gafanha da Encarnação e defende uma freguesia “mais próxima”
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Sérgio Magueta é o candidato do PS à Gafanha da Encarnação e defende uma freguesia “mais próxima”

De acordo com uma nota enviada à Ria, a concelhia do PS Ílhavo refere que Sérgio Magueta reúne “todas as condições para liderar uma mudança necessária e urgente na Gafanha da Encarnação, atualmente marcada pela ausência de ação e proximidade por parte da Junta de Freguesia, sob gestão PSD”. “Com um profundo conhecimento da realidade local, ligação direta à comunidade e um percurso profissional alicerçado no serviço público e na inovação, Sérgio Magueta apresenta-se como o candidato certo para devolver à freguesia uma gestão presente, participada e orientada para as pessoas”, lê-se. Na candidatura, Sérgio Magueta defende uma Junta de Freguesia “mais próxima, mais ativa e mais justa”. “Tenho um compromisso com a terra onde nasci e onde crio a minha família. (…) É tempo de construir uma nova etapa, com diálogo, competência e visão”, afirma na nota. Sérgio Magueta tem 51 anos, é casado e é pai de dois filhos. É natural e residente na Gafanha da Encarnação e licenciado em Eletrónica e Informática pela Universidade de Aveiro e mestre em Tecnologias de Informação e Comunicação, com especialização em Comunicação Multimédia. É ainda professor de Informática do ensino básico e secundário no Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré. É, desde 2017, líder da bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Gafanha da Encarnação, após ter sido cabeça de lista nessa mesma eleição

Município de Ílhavo reforça abertura e manutenção de sanitários públicos durante todo o ano
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Município de Ílhavo reforça abertura e manutenção de sanitários públicos durante todo o ano

Numa nota enviada à Ria, além destes quatro sanitários públicos, “até 30 de setembro” estarão também abertos, “todos os dias da semana, os restantes sanitários públicos das praias e do Jardim Oudinot”. Segundo o Município, esta medida constitui uma “garantia reforçada, pela segunda vez, pelo Executivo Municipal”, assegurada através do novo contrato de serviços de limpeza e higienização dos sanitários públicos, celebrado pela Câmara Municipal de Ílhavo “no valor de 144.872,47 euros, acrescido de IVA”. O contrato prevê a prestação de serviços “durante 12 meses” de modo a garantir as condições de higiene e limpeza destes espaços. De acordo com a autarquia, o procedimento abrange também o “apoio durante eventos municipais de grande afluência, como o Festival do Bacalhau, o Festival Rádio Faneca, as Festas em Honra de Nossa Senhora da Saúde e os Santos Populares”. Com esta iniciativa, a autarquia pretende reforçar o “compromisso com a qualidade dos serviços prestados à comunidade e com a valorização dos espaços públicos, assegurando que os locais de grande importância turística e social se mantenham em condições dignas e acolhedoras ao longo de todo o ano”. O Município de Ílhavo apela ainda à “boa utilização destes espaços públicos e reportar eventuais falhas ou anomalias nos serviços de limpeza e manutenção”.

Falta de sangue e de dadores jovens é tema de encontro com mais de 790 pessoas na Feira
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Falta de sangue e de dadores jovens é tema de encontro com mais de 790 pessoas na Feira

A análise é da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Santa Maria da Feira, que, apoiando a FAS Portugal - Federação das Associações de Dadores de Sangue na organização do evento, refere que a iniciativa nessa cidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto assinala o Dia Mundial do Dador e marca o 37.º convívio nacional e o 31.º internacional desses beneméritos. O programa prevê uma concentração no Monumento ao Dador de Sangue, junto ao Hospital São Sebastião, e, segundo revela à Lusa o presidente da associação da Feira, incluirá também uma “homenagem aos dadores que, ao longo da sua vida, já realizaram 100 ou mais dádivas de sangue”. Para Albano Dias Santos, essa é assim “uma forma de agradecer a quem sempre teve cuidado com os outros e um espírito cívico e humano, de preocupação com a sociedade em geral”, o que é ainda mais relevante considerando que, “de 2010 para cá, as dádivas têm estado constantemente a baixar”. Um dos temas em reflexão no encontro será, por isso, a necessidade de apelar a mais recolhas e de cativar novos dadores, já que “não está a haver renovação das pessoas que, por atingirem o limite da idade, não podem dar mais sangue”. Albano Dias Santos garante: “As reservas nos hospitais estariam com melhores níveis se os jovens portugueses também começassem a fazer dádivas. Os adultos com 50 ou 60 são quem colabora mais e até dão sangue com regularidade – de três em três meses no caso dos homens e de quatro em quatro no das mulheres – mas os jovens não têm consciência de que o sistema só funciona se eles vierem substituir as pessoas que deixam de poder fazer dádivas”. Nesse contexto, a associação da Feira – que em 2024 recebeu 6.112 colheitas efetivas, graças às colheitas que realiza todas as quartas e sextas à tarde – adianta que tem contactado todas as escolas desse concelho e de municípios limítrofes a propor formação específica nesta área, mas lamenta a quase total falta de respostas. “Somos nós a assegurar a formação, para criar nos jovens a consciência o que está em causa e os envolver nisto, mas as escolas não nos querem receber e, na maioria dos casos, nem sequer nos dão resposta”, afirma. Realçando que o encontro de sábado está aberto a todos os interessados em participar, obrigando apenas a inscrição prévia e ao pagamento do almoço no caso de esses quererem acompanhar o programa integral, Albano Dias Santos apela, portanto, a que todos os cidadãos em boa condição de saúde avaliem se podem contribuir para a causa e, em caso afirmativo, dediquem algumas horas do ano às dádivas. “Para se ser dador, só é preciso ter entre 18 e 65 anos, seguir hábitos de vida saudáveis e pesar mais de 50 quilos”, diz o presidente da associação. “Depois, se tiver dormido bem e se sentir saudável, no dia da colheita só tem que hidratar-se bastante e aparecer com o Cartão de Cidadão num dos pontos de recolha mais próximos do seu local de residência, onde será visto por um médico e acompanhado por bons profissionais”, conclui.

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Autárquicas: Isabel Tavares e Nuno Teixeira são os candidatos da CDU à Câmara e Assembleia de Aveiro
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Autárquicas: Isabel Tavares e Nuno Teixeira são os candidatos da CDU à Câmara e Assembleia de Aveiro

Depois de ter sido cabeça de lista da CDU nas eleições legislativas de 18 de maio deste ano pelo círculo eleitoral de Aveiro, Isabel Cristina Tavares volta a ser aposta do coletivo, desta vez, como candidata à Câmara Municipal de Aveiro nas próximas eleições autárquicas. Isabel Cristina Tavares tem 54 anos e é membro do Comité Central do PCP, da Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN e da Comissão Executiva da Direção da União de Sindicatos de Aveiro. A candidata desempenha ainda funções de coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil, Vestuário, Calçado e Curtumes – Aveiro, Viseu e Guarda e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Calçado e Peles de Portugal. Em declarações à Ria, Isabel Tavares afirmou que é necessário dar voz aos aveirenses e defendeu uma mudança de políticas em várias áreas-chave da governação local. “Acho que os aveirenses têm de ter uma voz na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal. Considero que a CDU tem propostas interessantes para o concelho e que, neste momento, precisam mesmo de ter quem os represente e quem defenda aquilo que são as necessidades objetivas para o concelho”, expôs. Entre os principais eixos da candidatura está a habitação. A candidata acusa a atual governação liderada por José Ribau Esteves de promover um modelo que não responde às reais necessidades da população. “A construção é elitista, não é vocacionada para os trabalhadores e para a resposta necessária à procura que existe. O arrendamento, neste momento, também está condicionado porque as apostas são no alojamento local em zonas que deviam ser residenciais”, apontou. “É necessário mudar aqui o paradigma nestas coisas e fazer com que a população aveirense tenha resposta às suas necessidades”, continuou. No setor dos transportes, Isabel Tavares criticou fortemente a privatização do serviço, que considera ter prejudicado gravemente a população. “A privatização dos transportes tem sido caótica para os aveirenses: menos resposta, menos horários e menos itinerários. É preciso inverter esse caminho pela autarquia no sentido de dar a resposta necessária aquilo que são os anseios da população aveirense”, atentou. Outra das prioridades da CDU passa pelo fim do pagamento das portagens nas autoestradas A17, A19 e A25. “A questão das portagens é uma situação que é bandeira e que precisamos de resolver. Aveiro está rodeada de vias pagas e precisamos de responder (…) em particular a zona de Cacia que é bastante fustigada pelos automobilistas. (…) Há aqui soluções que se podem encontrar e que podem resolver não só a questão dos acessos como também a questão do ambiente”, assegurou. A candidata defendeu ainda o reforço da oferta ferroviária como solução para a mobilidade entre o centro de Aveiro e as freguesias periféricas. “É um meio de transporte amigo do ambiente e que podia resolver o acesso à cidade com maior fluidez, ajustando os apeadeiros, o material circulante, os custos do transporte e dando resposta às necessidades de quem está na periferia de Aveiro e se precisa de deslocar para o seu trabalho, para as suas escolas e que, neste momento, está limitado nesse ponto de vista”, partilhou. Nas eleições autárquicas de 2021, a CDU obteve 3,34% dos votos, contra os 51,26% alcançados pela coligação PSD/CDS/PPM, que conquistou a liderança da Câmara. Questionada sobre o objetivo de melhorar estes resultados, Isabel Tavares respondeu que “é para isso que vamos trabalhar”. “Passando a nossa mensagem aos aveirenses e esperando que eles percebam aquilo que são as nossas propostas e aquilo que queremos para a cidade de Aveiro”, esperançou. Além de Isabel Tavares, foi também apresentado Nuno Teixeira como cabeça de lista à Assembleia Municipal. Com 48 anos, é coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte e integrou a lista candidata à Assembleia Municipal em 2021. Sobre a sua escolha para liderar agora essa lista, Nuno Teixeira explicou: “Nunca fui cabeça de lista. Integrava uma lista onde participava na Assembleia Municipal numa perspetiva de rotatividade, como a CDU sempre praticou. Desta vez, o coletivo decidiu que seria eu o primeiro”. Neste seguimento, o candidato à Assembleia Municipal de Aveiro sublinhou à Ria o início de uma nova etapa de trabalho no concelho. “Vamos começar a apresentar os candidatos às juntas de freguesia, o que contribuirá para o reforço do nosso resultado. Iremos, sem dúvida, apresentar o nosso programa eleitoral à população, como sempre fazemos, e desenvolver uma campanha que mostre o nosso trabalho e a importância da CDU”, resumiu. “Quanta mais força a CDU tiver na Assembleia Municipal mais questões importantes serão lá colocadas e denunciadas”, relembrou. Recorde-se que, no podcast Eleições Autárquicas 2025,promovido pela Ria, o próprio Nuno Teixeira não tinha excluído a possibilidade de ser o escolhido para candidato, sublinhando que, caso o PCP ou o coletivo optassem pelo seu nome, assumiria essa responsabilidade como uma “tarefa”. Com um longo caminho pela frente, Nuno Teixeira refletiu ainda sobre a necessidade de adaptar o projeto eleitoral à realidade atual da cidade. “Aveiro cresceu e alterou-se e nós temos de adaptar o nosso projeto às linhas mestras (…) com melhores condições para as populações, democracia, participação, direitos, expressão da cultura. (…) Todas estas questões são centrais no nosso programa e visões que temos para a cidade”, salientou. “Vamos também construir um conjunto de propostas numa perspetiva de auscultação da população de Aveiro”, continuou. Relembre-se que a CDU elegeu nas últimas autárquicas um deputado municipal, possuindo ainda um vogal na Assembleia de Freguesia de São Jacinto. Além de Isabel Tavares, também já foram anunciadas as candidaturas à Câmara de Aveiro de Miguel Gomes (Iniciativa Liberal), Alberto Souto de Miranda (PS), Luís Souto de Miranda (PSD) e João Moniz (Bloco de Esquerda).

Universidade de Aveiro homenageia 210 trabalhadores pelos anos de serviço
Universidade

Universidade de Aveiro homenageia 210 trabalhadores pelos anos de serviço

Entre os distinguidos, Aida Oliveira, técnica superior do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), foi uma das três funcionárias da UA a receber a medalha pelos 45 anos de serviço. Em entrevista à Ria, Aida expressou a emoção e o significado deste reconhecimento, recordando o seu longo percurso na instituição. “Foi um reconhecimento especial pelos 45 anos ao serviço da universidade, a quem fico muito grata e a quem agradeço muito por me ter acolhido e me ter mantido durante estes anos todos”, afirmou. Aida chegou à UA com apenas 18 anos, numa altura em que a instituição contava apenas com seis anos de existência. “Éramos as duas muito jovens e a UA ainda era muito pequenina. Existiam apenas três edifícios, nós éramos ainda muito poucos funcionários e funcionávamos como uma grande família. Tratávamos as pessoas pelo próprio nome”, recordou, com nostalgia. Com o crescimento da universidade, o ambiente tornou-se menos próximo, mas ainda há espaço para a convivência. “Hoje a Universidade cresceu e já não é bem assim. Já estamos um bocado mais afastados uns dos outros. Já não há aqui um contacto tão pessoal, mas ainda nos conseguimos conhecer, pelo menos pelos nomes, e interagirmos — não tão pessoalmente, mas pelo telefone ou pelo email, que é o mais habitual”, referiu. Relembrando os primeiros anos pela UA, Aida Oliveira destacou o espírito reivindicativo dos estudantes da época. “Lembro-me que, quando a universidade chegou, os alunos eram um bocado mais reivindicativos, fechavam a universidade a cadeado, nós tínhamos que ficar em casa. Reivindicavam a comida, não gostavam da cantina. Foi assim uma altura mais complicada”, recordou. Apesar das mudanças, Aida Oliveira conclui com satisfação: “Agora é diferente. Continua a haver reivindicações, mas já não é tão próximo. Já não se fecha nada a cadeado. Hoje já não é necessário. Há outros meios. Foi muito bom permanecer aqui 45 anos”, continuou. Também Rafik Mendes, técnico superior no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT), foi homenageado, tendo completado dez anos de serviço na UA. Embora a sua ligação à Universidade seja mais recente, sublinhou à Ria o orgulho e o valor do percurso realizado até aqui. “Dez anos são muitos dias… Passei por alguns serviços e estou neste com todo o gosto. Não penso daqui sair. Gosto muito do trabalho de secretaria, do departamento, tenho bons colegas, na universidade tenho-me cruzado com excelentes pessoas e é uma enorme honra trabalhar na UA”, partilhou. Entre os momentos que marcaram o seu trajeto, Rafik destaca a construção da Nave Multiusos Caixa UA como um dos mais importantes. “Era uma obra necessária e que foi feita em tempo recorde. Foi uma mais-valia para a instituição”, opinou. À Ria, Rafik Mendes recorda ainda a sua entrada na UA. “Há 12 anos estava longe de imaginar que iria trabalhar cá e que o meu futuro seria por outro lado, mas a vida dá voltas. Vim para aqui fazer um estágio e fiquei com todo o gosto. Gosto muito de estar aqui e não penso sair tão breve”, exprimiu. Questionado sobre as suas aspirações para o futuro da UA, Rafik é claro: “O reconhecimento por parte de pessoas externas, tanto alunos como professores de outras instituições. É um patamar que toda a gente deseja alcançar… Quantos mais alunos tivermos é um sinal de que estamos num bom caminho, porque uma universidade sem alunos não cumpre o seu propósito”, lembrou. Ao todo, a UA entregou 16 medalhas pelos 10 anos de serviço, 45 pelos 20 anos, 63 pelos 25 anos, 47 pelos 30 anos, 16 pelos 35 anos, 20 pelos 40 anos e três pelos 45 anos. Presente na cerimónia, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, começou por destacar o simbolismo do momento. “Hoje, fazemos uma pausa. Hoje, suspendemos o turbilhão diário e paramos um pouco para agradecer, para reconhecer, para conviver”, disse. Em jeito de reflexão sobre o percurso da UA relembrou ainda que “a força da nossa Universidade não se mede só por números”. “Não é determinada apenas pela qualidade do ensino que oferecemos, ou pelo mérito da investigação que desenvolvemos, pelas patentes que registamos ou pelos prémios que conquistamos. A força da Universidade de Aveiro reside também nas suas pessoas, e esta cerimónia celebra essa força, talvez a que melhor define e sustenta a nossa identidade”, afirmou. Este ano, foram celebrados 210 percursos, que, nas palavras de Paulo Jorge Ferreira, “juntos, formam uma boa parte da história coletiva da nossa comunidade”. “Atrás de cada número está uma história, um percurso singular nesta casa, uma pessoa que aqui vai deixando a sua marca. É precisamente isso que hoje homenageamos”, exprimiu. “Cada um de vós construiu parte da história da Universidade. Quantas transformações testemunharam ao longo dos anos? Quantas gerações de estudantes viram passar? Que dificuldades superaram? Quantas soluções encontraram, mesmo quando o caminho parecia incerto? Quantas vezes, com discrição e firmeza, fizeram acontecer algo de que muitos nem se aperceberam?”, questionou os presentes. Ao longo da sua intervenção, o reitor sublinhou também que o futuro da universidade depende da colaboração e inovação de toda a comunidade. “O nosso futuro começa no compromisso com a permanente necessidade de inovar, colaborar e promover a qualidade em todas as dimensões da nossa atividade, e cresce com a energia de quem acredita — como nós — que sozinhos podemos fazer pouco, mas juntos podemos chegar longe”, garantiu. Numa etapa final, Paulo Jorge Ferreira reforçou a importância do sentimento de pertença. “A Universidade é, para muitos, mais do que um local de trabalho. É um espaço de realização, de construção coletiva, de aprendizagem mútua. Este sentimento de pertença não se compra nem se decreta. Constrói-se. Com confiança, com respeito, com partilha, entre gerações, entre áreas, entre funções. Todos — absolutamente todos — têm lugar e valor nesta comunidade”, vincou. Além de Paulo Jorge Ferreira, a cerimónia contou ainda com a intervenção de Mário Pelaio, administrador da UA. As celebrações de homenagem prosseguem este sábado, 14 de junho, com a cerimónia de entrega de prémios escolares aos melhores estudantes finalistas e de diplomas aos graduados, a partir das 10h00. Durante a tarde, terá lugar o encontro “Alumni & Família”, que incluirá a entrega de medalhas aos diplomados de há 25 e 35 anos. O evento será transmitido online através do canal de Youtube da UA.

Sítio arqueológico de São Julião com candidatura a imóvel de interesse público
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