RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Dragagens em curso reforçam condições de navegabilidade no Porto de Aveiro

O Porto de Aveiro tem em curso três intervenções de dragagem de manutenção com o objetivo de reforçar as condições de segurança, navegabilidade e operacionalidade para as embarcações que operam nestas áreas portuárias.

Dragagens em curso reforçam condições de navegabilidade no Porto de Aveiro
Redação

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26 jun 2025, 15:03

São três as intervenções que têm vindo a ser levadas a cabo, desde o passado mês de maio: a dragagem de manutenção dos fundos do setor comercial do Porto de Aveiro, a empreitada de dragagem de manutenção do Porto de Pesca Costeira e da entrada da dársena e a dragagem de manutenção do Porto de Pesca do Largo e do canalete. “Os inertes retirados das zonas intervencionadas estão a ser depositados na zona da Costa Nova”, dá nota a administração do Porto de Aveiro.

As intervenções representam um investimento global superior a 2,5 milhões de euros, e “reforçam o compromisso do Porto de Aveiro com a modernização das suas infraestruturas, assegurando maiores níveis de segurança, sustentabilidade e eficiência nas operações portuárias”, repara a administração do Porto de Aveiro em nota enviada às redações. Os trabalhos estão a ser executados pelas empresas MMS Dragagens (Portugal) e Rohde Nielsen (Dinamarca).

Recomendações

Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara
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Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara

Professor do ensino secundário, Paulo Teixeira de Amorim aponta “um novo rumo para a Murtosa”, no distrito de Aveiro, e propõe “a rutura com o comodismo e o marasmo na gestão autárquica”, afirmando ser uma candidatura suprapartidária. O Juntos pela Murtosa, disse, “procura trazer para o centro de participação gente com qualidade, para além do universo partidário”, e “envolver a malta jovem que tem tido um absentismo grande, procurando chamá-la à decisão de uma forma pragmática e ativa na construção de ideias para o Município”. “Não chega à Murtosa ser um concelho simpático, calmo e pacato”, afirmou o candidato, para quem “é tempo de ser um município ambicioso, criativo, moderno e inclusivo”, apostando num planeamento urbanístico a médio e longo prazo e na dinamização do turismo, nomeadamente aproveitando as potencialidades da praia da Torreira, como vetores de desenvolvimento. Na apresentação pública das listas do “Juntos pela Murtosa”, que decorreu na noite de quarta-feira e contou com a presença do ex-presidente da Câmara de Aveiro Élio Maia, Paulo Teixeira de Amorim defendeu “um concelho que planeia com visão, que ouve antes de agir, que investe com critério e que cuida de todos sem deixar ninguém para trás”. A intervenção do candidato independente não poupou críticas ao atual executivo municipal, afirmando que “faz a gestão do imediatismo, sem ambição e visão estratégica”. “A Murtosa tem vindo a perder vitalidade e vive um clima de apatia”, concluiu. Paulo Amorim é o segundo candidato conhecido à presidência da Câmara da Murtosa, depois de Augusto Leite ser anunciado como cabeça de lista do PS. A Câmara da Murtosa, presidida pelo social-democrata Januário Cunha, conta com cinco eleitos, quatro do PSD e um do PS.

Mealhada lança concurso de 720 mil euros para requalificação de centro de saúde
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Mealhada lança concurso de 720 mil euros para requalificação de centro de saúde

“A empreitada para a denominada Unidade de Saúde Familiar Caminhos do Cértima, na Pampilhosa, visa requalificar a infraestrutura, nomeadamente, no que respeita à eficiência energética e às condições de acessibilidade, qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais”, destacou. Numa nota de imprensa, a Câmara da Mealhada indicou que serão realizados trabalhos interiores e exteriores, ao nível fachadas, paredes e tetos, pinturas e isolamentos, pavimentos, carpintarias, renovação de sanitários e caixilharias. Além desta empreitada, estão também a concurso a requalificação do Centro de Saúde da Mealhada e a requalificação do Centro de Saúde do Luso. As obras na área da saúde, no concelho da Mealhada (distrito de Aveiro), integram dois avisos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e foram contempladas com financiamentos de 1.786.600 euros para o Centro de Saúde da Mealhada, 608.520 euros para o Centro de Saúde da Pampilhosa e 377.200 euros para o Centro de Saúde do Luso. Também esta semana, a Câmara da Mealhada adjudicou a construção do Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA), por cerca de 570 mil euros. O Centro ficará localizado na Zona Industrial da Pedrulha e será construído num único piso, com diversas áreas, nomeadamente instalações de serviços de apoio, canil com 23 celas interiores e exteriores e duas celas de quarentena, um gatil com três celas interiores e exteriores, uma zona de desinfeção de veículos e uma zona de refrigeração. A empreitada inclui também a área envolvente, com um espaço de recreio com 96,22 metros quadrados. O prazo de execução é de um ano.

Iniciada empreitada para a cobertura de saneamento de Ílhavo a 100%
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Iniciada empreitada para a cobertura de saneamento de Ílhavo a 100%

A intervenção representa um investimento de 1,5 milhões de euros, com financiamento da Águas da Região de Aveiro, S.A. (AdRA) em cerca de 1,06 milhões de euros e da Câmara Municipal de Ílhavo em cerca de 440 mil euros. “Com prazo de execução de 12 meses, esta obra, além de dotar a freguesia de São Salvador, sobretudo na Gafanha da Boavista, de um sistema de drenagem de águas residuais que servirá cerca de 500 habitantes, proporcionará ao Município de Ílhavo atingir a cobertura total da rede de saneamento”, salienta uma nota de imprensa da autarquia. O início da empreitada foi assinalado com uma cerimónia em que participaram Joaquim Baptista, presidente do conselho de administração da AdRA, e João Campolargo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo.  Joaquim Batista lembrou que “há 15 anos, os municípios da Região de Aveiro tomaram uma decisão e lançaram-se num projeto inovador de gestão comum e integrada dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento: a AdRA”. “Hoje, simbolicamente, ao arrancarmos com esta empreitada cuja realização permitirá a Ílhavo ter 100% de cobertura de rede de saneamento, fechamos um ciclo que começou há 15 anos”, afirmou o presidente da AdRA. Joaquim Baptista considerou tratar-se de “um projeto simbólico por ser um consórcio entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a AdRA, que exemplifica bem o compromisso e a profunda colaboração institucional e operacional que existe entre a AdRA e os Municípios”. O presidente da Câmara de Ílhavo destacou que “foi obra a obra, investimento a investimento, que se chegou à cobertura total do saneamento básico no Município. “Estas intervenções são fundamentais para o desenvolvimento do território, e dotar as localidades destas infraestruturas é essencial para a fixação da população, por isso, nunca representam um custo, mas um investimento”, afirmou. O novo sistema inclui mais 4,5 quilómetros de coletores de águas residuais domésticas, duas estações elevatórias e cerca de 900 metros de extensão de rede de águas pluviais.

Explorador que percorreu 5 continentes quer tecnologia que detete microplásticos no corpo
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Explorador que percorreu 5 continentes quer tecnologia que detete microplásticos no corpo

Em entrevista à Lusa antes da sua palestra no evento Tecnet, que decorre quinta e sexta-feira em São João da Madeira, o espanhol, que se apresenta como “a primeira pessoa na história a ter caminhado à volta do planeta e a nadar entre cinco continentes”, diz estar a estudar a presença de plásticos de dimensões microscópicas na costa portuguesa. “A minha perceção evoluiu de uma visão mais poética da natureza para uma perspetiva mais científica, suportada por dados e estudos rigorosos”, diz o naturalista de 44 anos. “Os três aspetos que hoje me preocupam especialmente, porque ameaçam a saúde do ambiente e da Humanidade, são o aquecimento global, a alarmante perda de biodiversidade e o alto nível de poluição por plásticos”, realça. É por essa consciência que Nacho Dean defende que, em circunstâncias ideais, a prioridade atual da ciência e do empreendedorismo deveria ser o desenvolvimento de “tecnologia destinada, por um lado, a um uso e gestão mais eficientes da água e da comida, e, por outro, à deteção de micro e nanoplásticos no corpo humano e à identificação do respetivo impacto na saúde”. É precisamente nesse domínio que a empresa de organização de expedições científicas do naturalista espanhol, já habituada a colaborar com universidades e organismos estatais no domínio da natureza, ambiente e energia, se associou recentemente à academia portuguesa para concretizar o projeto “Portugal Azul”. Segundo Nacho Dean, trata-se da primeira expedição científica a percorrer a costa portuguesa, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, e conta com o apoio científico da Universidade de Coimbra. Com uma sonda, os investigadores recolhem amostras em pontos geolocalizados sobre a poluição por microplásticos, a biodiversidade (fitoplâncton e zooplâncton), a poluição química (fármacos) e outros parâmetros, como temperatura, salinidade, percentagem de oxigénio e alcalinidade, explica. A “Portugal Azul” iniciou a expedição no final de março no Porto de Leixões, em Matosinhos, e está esta semana no Algarve, depois de ter recolhido amostras no Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Ilhas Berlengas, Lisboa, Sines e na foz da Ria Formosa, após o que seguirá a recolha idêntica na Madeira e nos Açores. Na sua palestra, Nacho Dean vai abordar a importância de cada cidadão manter “uma mentalidade de explorador para encarar o futuro com uma atitude positiva” e de trabalhar em equipa para melhor “enfrentar as mudanças e as incertezas” da atualidade, até porque as relações humanas funcionam como constante lembrança de que “a tecnologia deve estar ao serviço das pessoas”. Seja por via do relato pessoal ou da análise de dados científicos, Nacho Dean acredita que a partilha da sua experiência sensibiliza o público para a necessidade da adoção de novos comportamentos, gerando práticas mais conscientes na indústria e escolhas mais exigentes no consumidor. Acima de tudo, antes da inovação, da legislação ou das finanças sustentáveis, o explorador defende que a educação é o pilar fundamental para construir uma sociedade ambientalmente consciente e respeitadora.

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Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos
Universidade

Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos

Os membros eleitos para o CG no passado dia 3 de junho tomaram posse esta segunda-feira e reuniram pela primeira vez, cumprindo com o Regulamento da Eleição, para proceder à cooptação dos membros do Conselho Geral da UA. Luís Castro, conselheiro eleito pela Lista ‘UA2030’, foi quem presidiu à primeira assembleia, conforme consta no regulamento. À Ria, Luís Castro apontou o caráter sigiloso da reunião, frisando, no entanto, que a mesma decorreu com “normalidade”. O ponto único – a apresentação de propostas para os cinco membros externos a cooptar – foi discutido e “terminou de maneira efetiva: digamos que até de forma diferente de anos anteriores, em que houve necessidade de vários dias para chegar à conclusão”, indica Luís Castro. Note-se que a presidência do CG será assumida por um dos membros cooptados, assim que os convites forem aceites. Caso algum dos membros não aceite o convite, o CG terá de voltar a reunir para apresentar e votar novas propostas. A cerimónia de tomada de posse contou com o discurso de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, que enalteceu e agradeceu ao CG cessante, frisando as “provas” que este deixou. “Como reitor sinto que não poderia alcançar tanto nem ir tão longe se não fosse com o apoio, com o discernimento e com a ajuda do Conselho Geral”. Neste seguimento, o reitor destacou ainda “os membros externos” pelo “ato de generosidade, de altruísmo e de abnegação” ao ajudarem a universidade “a pensar no seu futuro”, bem como a conhecê-la e a recomendá-la. Sobre o presidente cessante do CG, Paulo Jorge Ferreira deixou também um “agradecimento especial”. “Perante todos os momentos, (…) demonstrou altruísmo, paciência, dedicação e generosidade com o seu tempo que eu considero inexcedível”, refletiu. Por sua vez, António Oliveira, presidente cessante do CG, dirigiu uma palavra aos novos membros realçando que “farão o melhor e contribuirão para o desenvolvimento, progresso e afirmação da Universidade de Aveiro, não só no âmbito das instituições de ensino superior, mas também na interação com os outros órgãos da universidade e com a região”. Numa nota final, Paulo Jorge Ferreira aproveitou ainda a ocasião para agradecer a todos os que colaboraram na realização do ato eleitoral, sublinhando o CG entretanto eleito como “uma mudança boa”. “É também o momento para nós pensarmos um bocadinho acerca da trajetória passada e do que conseguimos fazer juntos”, exprimiu.

Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara
Região

Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara

Professor do ensino secundário, Paulo Teixeira de Amorim aponta “um novo rumo para a Murtosa”, no distrito de Aveiro, e propõe “a rutura com o comodismo e o marasmo na gestão autárquica”, afirmando ser uma candidatura suprapartidária. O Juntos pela Murtosa, disse, “procura trazer para o centro de participação gente com qualidade, para além do universo partidário”, e “envolver a malta jovem que tem tido um absentismo grande, procurando chamá-la à decisão de uma forma pragmática e ativa na construção de ideias para o Município”. “Não chega à Murtosa ser um concelho simpático, calmo e pacato”, afirmou o candidato, para quem “é tempo de ser um município ambicioso, criativo, moderno e inclusivo”, apostando num planeamento urbanístico a médio e longo prazo e na dinamização do turismo, nomeadamente aproveitando as potencialidades da praia da Torreira, como vetores de desenvolvimento. Na apresentação pública das listas do “Juntos pela Murtosa”, que decorreu na noite de quarta-feira e contou com a presença do ex-presidente da Câmara de Aveiro Élio Maia, Paulo Teixeira de Amorim defendeu “um concelho que planeia com visão, que ouve antes de agir, que investe com critério e que cuida de todos sem deixar ninguém para trás”. A intervenção do candidato independente não poupou críticas ao atual executivo municipal, afirmando que “faz a gestão do imediatismo, sem ambição e visão estratégica”. “A Murtosa tem vindo a perder vitalidade e vive um clima de apatia”, concluiu. Paulo Amorim é o segundo candidato conhecido à presidência da Câmara da Murtosa, depois de Augusto Leite ser anunciado como cabeça de lista do PS. A Câmara da Murtosa, presidida pelo social-democrata Januário Cunha, conta com cinco eleitos, quatro do PSD e um do PS.

UA e Ordem dos Engenheiros assinam protocolo para alinhar ensino e mercado de trabalho
Universidade

UA e Ordem dos Engenheiros assinam protocolo para alinhar ensino e mercado de trabalho

O protocolo visa estreitar sinergias entre o ensino superior e o setor da engenharia, promovendo uma maior articulação entre a academia e as exigências do mercado. Na ocasião, Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, destacou o alinhamento estratégico entre as duas instituições. "Cabe-nos dizer que estamos inteiramente sintonizados com a perspetiva do ensino superior na engenharia em Portugal e particularmente com as escolas deste consórcio”, afirmou. Embora tenha reconhecido que ainda há "muito trabalho a fazer", destacou a importância de um progresso contínuo: "É bom que o conhecimento vá aumentando” e que se intensifique a criação de “pontes e o reconhecimento mútuo” entre ambas as partes. Entre os objetivos centrais do protocolo, destaca-se o compromisso com o alinhamento da formação em engenharia aos mais exigentes padrões europeus. A Ordem dos Engenheiros é, atualmente, a única entidade em Portugal acreditada para atribuir o selo EUR-ACE®, no âmbito da ENAEE (European Network for Accreditation of Engineering Education). Este selo, reconhecido internacionalmente, atesta a qualidade dos cursos de engenharia e assegura que os diplomados estão preparados para competir num mercado de trabalho global e exigente. O bastonário agradeceu ainda à UA pela assinatura do protocolo, considerando-o “mais um motivo de orgulho e mais um passo importante para a Universidade de Aveiro”. Além da assinatura do protocolo, o evento contou ainda com uma sessão que integrou também dois painéis de debate no âmbito do tema “As Microcredenciais e o Ensino ao Longo da Vida”, reunindo dirigentes académicos, especialistas e representantes de empresas. O primeiro painel abordou “A Formação ao Longo da Vida e a Atualização de Competências dos Engenheiros em resposta aos desafios do Sector Industrial” e contou com intervenções de Ana Santana, responsável do departamento de recursos humanos do Grupo Grestel; Pedro Ribeiro, diretor de R&D da Bosch Aveiro e Élio Cardoso, diretor geral da Embeiral Construction. Já o segundo painel debateu “Os Novos Modelos de Ensino e as Novas Tecnologias, as propostas da Academia”, com a participação de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, António Gouveia, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Politécnico de Viseu e Isabel Lança, presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros. Ambas as sessões tiveram como objetivo central debater a importância das microcredenciais como “instrumentos de certificação de aprendizagens obtidas em formações curtas e específicas, permitindo que os engenheiros adquiram e comprovem competências de forma ágil e ajustada às necessidades do mercado”, tal como noticiado, anteriormente, pela Ria.

“Casa para Viver”: Aveiro junta-se à luta nacional pela habitação este sábado
Cidade

“Casa para Viver”: Aveiro junta-se à luta nacional pela habitação este sábado

Entre sábado e domingo, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Covilhã, Elvas, Faro, Lisboa, Portimão, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu vão promover uma jornada de luta pela habitação e apresentar um Caderno Reivindicativo de Emergência para o problema, com doze pontos. Antes de mais, propõem o controlo das rendas “como uma medida urgente e necessária neste momento” e, em paralelo, o aumento da duração dos contratos de arrendamento para dez anos, destacou, em declarações à Lusa, André Escoval, um dos porta-vozes da plataforma Casa para Viver e membro do movimento Porta a Porta. A plataforma identifica ainda “as necessidades” de limitar o alojamento local, proibindo novas licenças e acabando com os benefícios fiscais. Travar “todas as formas de despejo sem alternativa de habitação digna” é outra das exigências. “Não podemos agravar um problema que já é, só por si, grave”, realça André Escoval. Por outro lado, “é preciso colocar todas as casas vazias no mercado de arrendamento, desde logo o património público” e excluindo as casas de segunda habitação e as casas de emigrantes. “Tudo o resto tem que ser de imediato mobilizado para dar resposta a este problema”, defendeu André Escoval. A construção de mais habitação pública também consta do caderno, como “uma medida estrutural e necessária”, mas que não tem um efeito rápido. “O problema que nós vivemos hoje é uma emergência nacional e precisa de respostas imediatas. A utilização das casas vazias para o mercado de arrendamento é uma medida de extrema urgência e de extrema necessidade que precisa de ser tomada como opção política para resolver o problema agora. Nós não queremos soluções para amanhã”, reivindicou André Escoval. Por outro lado, defendem o aumento da fiscalização sobre os arrendamentos ilícitos. “Estamos numa altura em que o arrendamento ilícito tem uma presença muito significativa no nosso país e não há nenhuma entidade de controlo. Hoje em dia é muito mais fácil ter um despejo do que ter uma entidade que fiscalize a existência de contratos ilícitos ou que faça valer os contratos que foram estabelecidos”, comparou. André Escoval assinalou que todas as medidas propostas no caderno reivindicativo “são políticas e não custam propriamente dinheiro ao erário público”, salvaguardando o investimento no parque público de habitação. “Não podemos continuar com 2% de parque público de habitação. É necessário, de facto, uma opção estrutural na habitação. Se há dinheiro para a guerra, também tem que haver dinheiro e, antes de mais, tem que haver dinheiro para um parque público efetivo”, sustentou. Recordando que a crise na habitação “agrava-se há muito tempo e de forma acelerada”, a plataforma Casa para Viver vê o Governo ir “em sentido contrário”, mantendo o estatuto dos residentes não habituais e os vistos ‘gold’, fazendo “discriminação entre imigrantes a partir da sua capacidade de investimento”. Por isso, não espera que “[a mudança] aconteça por vontade do governo” e daí ter convocado um fim de semana “de luta” em defesa do direito à habitação. “Isto tem que nos levar à rua, a alargar, a sermos mais, a impor a este Governo aquilo que ele não quer cumprir”, apela.