UA2030 destaca pluralismo na vitória; UA50 sublinha surpresa positiva e apela à transparência
Luís Castro e Ana Raquel Simões, eleitos pela Lista ‘UA2030’, destacam a pluralidade e o funcionamento da democracia institucional após a vitória da sua candidatura em todas as circunscrições das eleições dos docentes e investigadores para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro. Do lado da Lista ‘UA50’, Diogo Gomes e Miriam Reis valorizam o resultado e assumem como prioridade o reforço da transparência e da discussão no órgão máximo da instituição.
Ana Patrícia Novo
JornalistaLuís Castro, docente no Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro (DMat-UA), foi um dos seis membros eleitos pela Lista ‘UA2030’ para o Conselho Geral da UA. Em declarações à Ria, sublinha que a UA “deve estar contente, porque a democracia funcionou e, portanto, temos uma universidade plural”. A Lista ‘UA2030’ venceu em todas as circunscrições, tendo sido a mais votada, com 438 votos obtidos, num total de 751 votantes nestas eleições. O docente realça estar “contente” pelo facto da lista que integra ter vencido todas as circunscrições.
As eleições para o Conselho Geral foram disputadas, no que diz respeito aos docentes e investigadores, por duas listas. O recém-eleito conselheiro admite, no entanto, que “teria muito gosto que houvesse mais que duas listas” por considerar a discussão de ideias como algo “bom”. “Iremos trabalhar com todos para termos, efetivamente, uma universidade melhor”, assegura. Também Ana Raquel Simões, docente doDepartamento de Educação e Psicologia (DEP), eleita pela mesma lista, partilha da visão. “O resultado da eleição também demonstra que vivemos numa academia que é democrática e acreditamos (…) que iremos trabalhar em conjunto por uma por uma universidade melhor”, enaltece.
Relativamente à eleição do reitor, Luís Castro sublinha que há “a expectativa de colaborar positivamente com todos os colegas que foram eleitos para o Conselho Geral e, também, naturalmente, com aqueles que vão ser cooptados”. Lembra, no entanto, que “nem sequer sabemos se [a eleição do reitor] vai ser uma das funções do Conselho Geral”, apontando que ainda não se sabe o modelo de eleição que será adotado devido às alterações que estão a ser levadas a cabo no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que ficaram em suspenso com a dissolução da Assembleia da República.
Questionado sobre os valores da abstenção, que este ano se situou nos 33,07% (uma ligeira melhoria face aos 33,77% de 2021), Luís Castro apontou que “gostaríamos de ter uma maior participação para termos maior representatividade de toda a Universidade”. Para o futuro, o docente do DMat diz-se comprometido com “os seis eixos fundamentais” apresentados pelo projeto ‘UA2030’, sublinhando “um cuidado enorme em aproximar o Conselho Geral de todos os membros da Universidade, sejam eles estudantes, técnicos, investigadores ou docentes”. Ana Raquel aponta também acreditar “que o bom senso vai imperar”.
Relativamente à Lista ‘UA50’, Diogo Gomes foi um dos quatro elementos eleitos. À Ria, o docente no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI-UA) indica que vê a eleição dos quatro membros da sua lista “com bastante alegria”, destacando que “não havia expectativas” relativamente a resultados e, “portanto, foi tudo bom”. “Começamos com uma lista que não tinha candidato a reitor (…) e, como tal, não sabíamos como é que íamos ser recebidos: o facto de termos eleito quatro foi estupendo”, frisa o professor.
Também Miriam Reis, docente na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN-UA) eleita pela Lista ‘UA50’, frisa a felicidade com o resultado obtido. “Acho que é um excelente resultado termos conseguido quatro membros eleitos”, aponta Miriam. “Todos sabemos que a outra lista estava bastante implementada, já com algumas pessoas que estão ligadas ao poder atual, portanto não tínhamos mesmo expectativas e ficámos muito contentes”, repara a docente.
Para os membros da Lista ‘UA50’ o foco está agora na “próxima fase”: a cooptação dos membros externos para o Conselho Geral. A expectativa é a de que se encontre “bons representantes para termos uma Universidade mais forte”, repara Diogo Gomes.
Apontam ainda como “grande objetivo” para o mandato “aumentar a transparência” no funcionamento do Conselho Geral, sublinhando vontade em “manter a postura que tivemos durante este tempo em que estivemos a ser apresentados, no debate e nas apresentações nas outras escolas, porque encaramos isto (…) como um trabalho que tem de ser partilhado e cocriado e principalmente as ideias têm de ser discutidas”, frisa Miriam.
Quanto à eleição do reitor, os membros da Lista ‘UA50’ apontam que a decisão será tomada de forma imparcial. “Esperaremos por todos os candidatos, analisaremos de forma independente o candidato que já existe e outros que possam aparecer ou não, e nessa altura as coisas acontecerão normalmente”, garante Diogo Gomes.
Miriam acrescenta ainda considerar “extremamente importante” o aumento do debate e da discussão em torno do Conselho Geral. “Acho que a Universidade tem de ser construída em conjunto e trazer também esta voz, de não dizer mal do que está sem apresentar ideias para melhorar”, aponta.
É previsível que os conselheiros tomem posse nas próximas semanas. Tal como referido pelos membros eleitos, o próximo passo será a escolha das personalidades externas que serão cooptadas pelo Conselho Geral. Nesta votação, têm direito de voto os dez docentes e investigadores, os três estudantes e o trabalhador TAG (pessoal técnico, administrativo e de gestão). Até à eleição do próximo presidente do Conselho Geral, a convocatória para as reuniões e a condução dos trabalhos é da responsabilidade do decano (o professor mais antigo de entre os docentes eleitos), ou seja: Luís Castro, membro eleito pela Lista 'UA2030'.
A Ria continuará a acompanhar os próximos desenvolvimentos.
Recomendações
Projeto que envolve a UA vence bolsa para estudar células arquitetas de biomateriais
Financiado por uma bolsa “Sinergia” do Conselho Europeu de Investigação, no valor de “dez milhões de euros”, o “Rodin- Plataformas vivas moldáveis mediadas por células” propõe, segundo a nota, uma “mudança radical na engenharia de tecidos”. “Em vez de os cientistas desenharem materiais para as células, o projeto vai dar às próprias células materiais que estas possam moldar ativamente, registar o que fazem e aprender as regras por detrás desse comportamento”, explica. O desafio “científico central” passa por “compreender como as células remodelam, física e biologicamente, o seu meio envolvente”. Posteriormente, a ideia é transformar o conhecimento em “princípios para criar biomateriais mais eficientes e mais próximos dos sistemas vivos”. “Se for bem-sucedido, o Rodin abrirá uma nova forma de engenharia de sistemas vivos. Materiais e células deixarão de ter uma relação de sentido único, em que o material apenas acolhe as células. Em vez disso, ambos se adaptam mutuamente. Isto poderá conduzir a: andaimes mais inteligentes para regeneração de tecidos, modelos de doença mais realistas, plataformas de ensaio de fármacos mais rápidas e a uma redução da experimentação animal”, realça a nota da UA. O projeto junta três investigadores: João Mano, professor no Departamento de Química da UA e membro do laboratório associado CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro; Tom Ellis, professor do Imperial College London e biólogo sintético, e Nuno Araújo, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e físico especializado em sistemas complexos.
Ria transmite hoje, às 16h, o debate das eleições para o Conselho Científico da UA
Em representação da lista “futUrA: ciência, comunidade e inovação” participarão Marco Alves (Departamento de Ciências Médicas), Gonçalo Paiva Dias (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda) e Elisabeth Pereira (Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo). A lista “Construir o Futuro, Cuidar a UA” será representada por Armando Pinho (Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática), António Nogueira (Departamento de Biologia) e Jorge Ferraz (Departamento de Comunicação e Arte). O debate será moderado pela diretora de informação da Ria, a jornalista Isabel Marques, e é também aberto ao público até esgotada a capacidade máxima do Auditório Hélder Castanheira, na Livraria dos Serviços de Ação Social da UA. Recorde-se que o Conselho Científico é o órgão responsável pela definição e coordenação da política científica da Universidade de Aveiro, competindo-lhe, entre outras funções, apreciar o plano e as atividades científicas da instituição, pronunciar-se sobre a criação de novas áreas e unidades científicas, deliberar sobre a distribuição do serviço docente, aprovar planos de estudos, propor prémios e distinções honoríficas, ou definir júris e participar nos processos de recrutamento de docentes e investigadores. Tem ainda competência para se pronunciar sobre a nomeação do diretor da Escola Doutoral e sobre acordos ou parcerias internacionais, exercendo todas as demais funções previstas nos Estatutos e na Lei. De acordo com os Estatutos da UA, recentemente alterados, o Conselho Científico é composto por 20 representantes eleitos entre docentes e investigadores e 5 representantes das unidades de investigação. As eleições decorrem em três circunscrições eleitorais - duas com sete mandatos e uma com seis mandatos - distribuídas pelas grandes áreas de conhecimento da Universidade de Aveiro. Em todas concorrem duas listas: ‘futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação’ e ‘Construir o Futuro, Cuidar a UA’.
Tecnologia desenvolvida na UA deteta doenças inflamatórias pela saliva
A tecnologia, segundo a nota de imprensa, recorre à técnica de dispersão dinâmica de luz e a nanopartículas magnéticas e tem aplicação potencial em contexto clínico para a deteção e quantificação da proteína C-reativa tendo em vista o diagnóstico de doenças, em particular doenças inflamatórias. Os responsáveis indicam que a deteção e quantificação da CRP no soro sanguíneo é geralmente realizada através de técnicas de imunonefelometria ou imunoturbidimetria - métodos que detetam alterações na passagem da luz quando a proteína reage com anticorpos específicos, mas que apresentam limites de deteção elevados. Conforme explicam, esta invenção propõe um método de deteção “menos dispendioso” e com “limite de deteção melhorado” em relação às técnicas existentes. “As principais vantagens desta invenção são o facto de não necessitar de usar ligandos específicos e caros, como anticorpos habitualmente usados como elemento de reconhecimento”, afirma a equipa que criou o método. A patente agora concedida a nível nacional resulta do trabalho desenvolvido no âmbito da tese de doutoramento de Maria António, realizada no Programa Doutoral em Nanociências e Nanotecnologia da Universidade de Aveiro.
ESN Aveiro volta a desafiar os estudantes internacionais para um “Natal com Famílias Portuguesas”
Segundo o site da ESN Portugal, o projeto do “Natal com Famílias Portuguesas” tem como objetivo “conectar famílias portuguesas locais com estudantes internacionais durante as festas de fim de ano, proporcionando uma experiência calorosa e festiva para aqueles que, de outra forma, poderiam passar as festas sozinhos”. Entre os três objetivos principais estão: o “intercâmbio cultural” ao permitir que os estudantes internacionais vivam os costumes, tradições e a vida familiar portuguesa durante o Natal; a “construção da comunidade” através da integração dos estudantes à sociedade local e a “experiência memorável” através da construção de memórias e amizades. Segundo uma nota de imprensa da ESN Portugal, o projeto assume escala nacional pelo sexto ano consecutivo, e é organizado em colaboração com as associações locais. O “Natal com Famílias Portuguesas” está agendado para os dias 24 e 25 de dezembro. A Ria acompanhou, no ano passado, a 5ª edição que contou com a participação de 77 estudantes internacionais e meia centena de famílias portuguesas. Entretanto, na 6ª edição as inscrições já abriram, no passado dia 20 de outubro, e encerram no dia 8 de dezembro, tanto para famílias como para estudantes internacionais. As mesmas podem ser feitas a partir da plataforma Papaya.
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Luís Souto reforça poder, Rui Santos é vice e Ana Cláudia Oliveira perde Mobilidade
Conforme já tinha adiantado à Ria, Luís Souto definiu a nova distribuição de pelouros na Câmara Municipal de Aveiro, assumindo diretamente as áreas da Cultura, Desporto, Juventude e Envelhecimento Ativo, Ambiente e Saúde, às quais acrescenta agora Ciência e Ensino Superior, Relações Externas, Fundos Europeus e Planeamento e Obras Públicas. À margem da reunião de Câmara, em declarações à Ria, o autarca destacou a criação de uma nova área dedicada à Ciência e Ensino Superior, considerando que esta permitirá “salientar a importância das relações entre a Câmara Municipal e a Universidade”. Recorde-se de que Luís Souto é professor auxiliar na Universidade de Aveiro e reforçou várias vezes ao longo da campanha eleitoral a necessidade de melhoria da relação entre as duas maiores instituições do município de Aveiro. Entre os restantes vereadores, Rui Santos, segundo da lista da coligação ‘Aliança com Aveiro’, foi o escolhido para vice-presidente da autarquia. A decisão não surpreende os apoiantes da coligação, já que durante a campanha eleitoral foram vários os sinais de que Rui Santos era o homem de maior confiança política e pessoal de Luís Souto dentro da equipa de vereadores, tornando este desfecho o mais expectável. Apesar de vários autarcas do PSD terem optado por nomear vereadores do CDS como vice-presidentes - como sucedeu no Porto (Pedro Duarte escolheu Catarina Araújo) e em Braga (João Rodrigues escolheu Altino Bessa), ambos casos de continuidade -, Luís Souto explicou que, em Aveiro, “a lista candidata já era indicativa”. O presidente sublinhou ainda que “é importante termos pessoas com experiência”, embora ressalve que “não é o critério sobre tudo o resto”. E acrescentou: “Dou sempre o exemplo de Ribau Esteves. Quando começou jovem também não tinha experiência nenhuma. Hoje em dia será talvez o autarca mais experiente.” A experiência de Ana Cláudia Oliveira na área da Mobilidade e dos Transportes também não foi suficiente para manter esse pelouro, que passa agora para Pedro Almeida. Para além disso, a também presidente do CDS-Aveiro será o elemento do executivo com menor número de pelouros, ficando apenas responsável pelas Obras Particulares, Mercados e Feiras e Assuntos Jurídicos. Pedro Almeida, por sua vez, acumula um elevado número de pelouros, refletindo a confiança que o presidente deposita no seu trabalho. Com destaque para os Recursos Humanos e as Finanças Municipais - tradicionalmente áreas sob responsabilidade direta dos presidentes de Câmara – o último vereador eleito nas listas da ‘Aliança’ ficará ainda com a Modernização Administrativa e Transição Digital, Desenvolvimento Económico, Inovação e Mobilidade e Transportes. Já Rui Santos, além da vice-presidência, passa a tutelar as áreas de Serviços Urbanos e Espaço Público, Habitação e Desenvolvimento Social, Coesão Territorial, Segurança e Proteção Civil e Educação. Se até à passada sexta-feira, dia 31, Luís Souto não fechava a porta à possibilidade de atribuir pelouros a vereadores da oposição, a reunião desta quarta-feira veio confirmar que os eleitos da ‘Aliança’ vão governar em minoria. Mesmo assim, o novo presidente aponta como bons indicadores o facto de Diogo Soares Machado, vereador eleito pelo Chega, ter considerado “agradáveis” as conversas que teve com o autarca e que Paula Urbano, vereadora eleita pelo PS, se tenha mostrado disponível para o diálogo: “É um bom sinal para os tempos futuros […] São pessoas que conhecemos há alguns anos, a cordialidade é fácil de manter. Depois é que vamos ver como é no concreto, quando estiverem questões ali em que temos de nos posicionar”, atira. Sobre as tais discussões do “plano concreto”, Luís Souto admite que ainda não houve qualquer conversação. No entanto, o novo presidente sublinha que “há muitas áreas que são comuns a PS, PSD, CDS e Chega”. “Parece que não, mas há muitas, muitas mesmo […] Não houve nenhuma contestação [ao nosso programa]. Em termos dos temas importantes, eles são, curiosamente, transversais”, garante. O novo presidente alerta a comunidade para que “entenda e faça o esforço”, uma vez que “não temos que andar sempre a disputar aquilo que não tem disputa”. Dessa forma, e apesar de afirmar estar disponível a aceitar também propostas que venham dos partidos da oposição, Luís Souto não deixa de recordar que quem ganhou as eleições do passado dia 12 de outubro foi a ‘Aliança’ e que “isso tem de ser respeitado”. Luís Souto pronunciou-se ontem sobre a situação da Junta de Freguesia de Aradas, depois de uma semana em que muito se especulou sobre possíveis acordos para a viabilização da governação. Recorde-se que, depois de o executivo não ter sido aprovado na primeira tentativa, na passada segunda-feira, dia 3, o Diário de Aveiro dava nota de que o Chega e a ‘Aliança’ tinham chegado a acordo. No entanto, a notícia acabou por ser retirada e tanto o membro eleito do Chega, Ricardo Nascimento, como o vereador eleito para a Câmara Municipal, Diogo Soares Machado, já vieram a público esclarecer que “não há acordo”. Já Catarina Barreto, presidente da Junta, admitiu existirem negociações, mas sublinhou que “as boas práticas negociais impõem recato”. De acordo com o presidente da Câmara Municipal, a comunicação social deve “ir às fontes oficiais” e não entrar no jogo do “diz que disse”. “Ouviu-me falar alguma coisa? Não ouviu. Ouviu falar o líder da comissão política do PSD ou do CDS? […] A informação fidedigna é aquela que é emitida pelos órgãos respetivos, o resto são comentários”, sublinhou o autarca. Já sobre as negociações para viabilização do executivo, Luís Souto preferiu abster-se de comentar. Nas suas palavras, “são os primeiros dias […] e estamos imensamente ocupados […] Deixemos as dinâmicas irem-se desenrolando”. Depois de lhe ter sido perguntado se mantém a confiança em que o processo fique resolvido na próxima reunião, que acontece esta sexta-feira, dia 7, o presidente afirmou que “era bom, mas se não se resolver agora, há de se resolver um dia”.
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Aveiro sob aviso laranja até ao 12h00 devido à agitação marítima
Além de Aveiro, o aviso vigora, até ao 12h00, para os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Leiria e Lisboa. Segundo o IPMA é esperado para estes distritos “ondas de oeste/noroeste com cinco a seis metros de altura significativa, podendo atingir altura máxima de nove metros”. No caso dos distritos de Setúbal, Beja e Faro, o aviso laranja para agitação marítima forte vigorou até às 9h00 desta quinta-feira. Em todos estes dez distritos, o aviso laranja será substituído pelo aviso amarelo, que permanecerá em vigor até às 21h00 de hoje, devido a ondas de oeste/noroeste com quatro a cinco metros de altura.
Gripe das aves volta a ser detetada em Aveiro
De acordo com os dados divulgados, foi detetado um foco de gripe das aves no concelho de Oliveira do Bairro, em Aveiro, em várias espécies de aves exóticas e ornamentais em cativeiro. Além de Aveiro, foi ainda confirmado um foco na Chamusca, em Santarém, em várias espécies de aves exóticas em cativeiro. Recorde-se que, este ano, a gripe das aves já tinha sido detetada em Aveiro numa exploração de galinhas, patos e gansos, em duas gaivotas-de-patas-amarelas (ave selvagem) e numa garça-branca-pequena (ave selvagem). Também no distrito de Santarém foram confirmados, este ano, focos numa exploração comercial de patos de engorda e em aves em cativeiro. O número total de focos detetados este ano subiu agora para 31.