População de Águeda desafiada a integrar projeto de pintura corporal
A Câmara Municipal de Águeda está a lançar um desafio à comunidade para integrar um projeto internacional de pintura corporal que culminará com uma performance, divulgou hoje a autarquia do distrito de Aveiro.
Redação
O convite é feito através do AgitLab, programa de residências artísticas do Município, e culminará numa performance no AgitÁgueda – Art Festival 2025. A iniciativa procura que a comunidade partilhe histórias e vivências de Águeda, e que os participantes se candidatem como modelos e bailarinos para a performance.
O projeto, concebido pela bicampeã mundial de ‘bodypainting’ Vilija Vitkute e pela coreógrafa Małgorzata Suś, baseia-se em narrativas reais da população para criar uma performance única. “Estamos à procura de modelos com interesse em ‘bodypainting’, dispostos a participar numa criação colaborativa e, simultaneamente, o município convida a comunidade a relatar as suas memórias sobre Águeda”, explicou o vice-presidente da Câmara, Edson Santos, citado numa nota de imprensa sobre o evento.
As histórias, que podem ser sobre lugares, tradições ou experiências marcantes, devem ser enviadas até 15 de junho para [email protected], por escrito, áudio ou vídeo, adianta a mesma nota. Com base nessas narrativas, as artistas criarão o espetáculo visual "Onde os mundos se encontram".
Para a performance, que será apresentada a 05 e 06 de julho, procuram-se pessoas maiores de 18 anos, residentes em Águeda ou arredores, “sendo desejável que tenham experiência em movimento e se sintam confortáveis com a exposição do corpo”. “As candidaturas para modelos e bailarinos devem ser enviadas até 15 de junho para [email protected], e os ensaios decorrem de 27 de junho a 06 de julho, no Parque Municipal de Alta Vila”, explica a nota.
Recomendações
Novo Governo: Salvador Malheiro entra, Emídio Sousa, Silvério Regalado e Carla Rodrigues continuam
Silvério Regalado é reconduzido como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, enquanto Emídio Sousa deixar de ser secretário de Estado do Ambiente e passa a ser o novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Carla Rodrigues, ex-deputada e vereadora da oposição na Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis até ao início deste ano, mantém-se também no Governo, como Secretária de Estado Adjunta da Juventude e da Igualdade. Com as nomeações conhecidas esta noite, há novas alterações na lista de deputados do PSD, pelo círculo de Aveiro, que integram a Assembleia da República. Gonçalo Breda Marques, ex-deputado à Assembleia da República e ex-vereador da Câmara Municipal da Mealhada, deverá assumir funções nos próximos dias. Note-se que Firmino Ferreira, atual presidente do PSD-Aveiro e da Junta de Freguesia de Oliveirinha, apesar de não ter sido eleito como deputado, já tinha iniciado funções na Assembleia da República no início desta semana, em virtude de Luís Montenegro, Emídio Sousa e Silvério Regalado integrarem o Governo. A nova composição governativa e parlamentar reforça a presença do distrito de Aveiro nos centros de decisão política nacional, com figuras com percurso autárquico relevante e ligação direta à região.
Sónia Fernandes lidera candidatura do PS em Ílhavo com propostas para habitação e mobilidade
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, a candidata à presidência da Câmara Municipal de Ílhavo assumiu que se disponibiliza para esta missão porque acredita “nas pessoas, na força do trabalho sério e na diferença que podemos fazer juntos". “Não trago promessas por cumprir, nem faço parte dos jogos de sempre. Trago a força da renovação, a liberdade de pensar diferente, a coragem de fazer melhor. Não peço confiança por ter um nome feito, peço-a porque tenho um caminho limpo, porque sou um de vós e porque quero fazer parte da mudança que Ílhavo precisa. Acredito que a política se faz com pessoas reais, com verdade, com entrega, com empatia. Com respeito por cada voto, por cada voz, por cada vida”, vincou Sónia Fernandes. Entre as principais prioridades da sua candidatura, Sónia Fernandes apontou a “garantia de creches com vagas para todas as crianças; a promoção de habitação a custos controlados, para que os jovens e famílias possam viver com dignidade, perto da sua terra; a implementação de medidas na área da atração de investimento que promova emprego local, estável, digno e sustentável (…) o apoio à construção de lares, centros de dia e de uma Rede Municipal de Apoio Domiciliário em Proximidade e a promoção de uma rede de transportes públicos que una todo o concelho”. A candidata lembrou ainda que o PS nasceu da luta por liberdade, justiça e igualdade. “Queremos estar com as pessoas, pelas pessoas, com humildade, com verdade, com trabalho. Não para falar por cima, mas para ouvir de perto, porque a política só faz sentido quando é um exercício de proximidade. E é esse o Partido Socialista que quero representar: o que está no terreno, ao lado das famílias, dos trabalhadores, dos jovens, dos idosos”, vincou. A iniciativa contou também com as intervenções de Luís Leitão, candidato à presidência da Assembleia Municipal, Susana Correia, deputada e presidente da Mesa da Comissão Política da Federação de Aveiro do PS, Hugo Oliveira, presidente da Federação de Aveiro do PS, e Sónia Fernandes, candidata à presidência da Câmara Municipal. Militante do Partido Socialista desde 2005, Sónia Fernandes exerce, atualmente, funções na Assembleia Municipal de Ílhavo e é presidente da Comissão Política Concelhia do PS Ílhavo.
Feira abre ensino secundário na EB 23 de Paços de Brandão e lança obras de 8,5 ME
Segundo essa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a mudança já foi confirmada pelo Ministério da Educação e o novo ciclo de escolaridade ficará disponível logo em setembro, no arranque do ano letivo 2025/2026. O referido estabelecimento do Agrupamento de Escolas de Paços de Brandão passará assim a contar com duas turmas do 10.º ano, uma para o Curso de Ciências e Tecnologias, e outra para o de Línguas e Humanidades, o que abrirá “novas oportunidades para os jovens do território”. A perspetiva é de Amadeu Albergaria, presidente da Câmara Municipal da Feira, que afirma que a medida do Ministério da Educação vem dar resposta à crescente procura por ensino secundário nesse concelho de 213,4 quilómetros quadrados e cerca de 137.000 habitantes, e reflete “um reforço estratégico” da rede de ensino pública. “A abertura do Ensino Secundário em Paços de Brandão é uma conquista há muito desejada pela comunidade e uma das prioridades que identifiquei quando assumi a presidência da Câmara”, declara o autarca social-democrata. “Em 15 meses, fizemos o caminho certo, com trabalho, persistência e um diálogo direto e exigente com o Governo”, acrescenta, defendendo que o alargamento “reforça a coesão do território, valoriza a escola pública” e dá aos jovens do concelho “a oportunidade de permanecerem e crescerem na sua comunidade”. Quanto às obras de adaptação anunciadas para os anos seguintes, visam “uma requalificação profunda da escola”, o que implicará modernizar os espaços do recinto, renovar o seu pavilhão gimnodesportivo e construir de raiz um novo edifício. No ano letivo 2025/2026, enquanto o estabelecimento só ministrar o 10.º grau de escolaridade, Câmara propõe-se avançar com o projeto de arquitetura e com o concurso público para adjudicação da empreitada. Em 2027, quando a escola já acolher turmas de 10.º e 11.º anos, deverão então iniciar-se os trabalhos concretos no terreno, com as aulas a decorrerem em paralelo à intervenção. Dos 8,5 milhões de euros que a autarquia contagastar na empreitada que se prevê de12 meses, “cerca de seis milhões serão financiados por fundos comunitários e 2,5 milhões pelo próprio orçamento municipal”.
Cerca de 120 expositores e 31 espetáculos na Expobairrada de Oliveira do Bairro
De acordo com a autarquia, o certame contará com cerca de 120 expositores, com destaque para as áreas da indústria, agricultura e comércio, para além da gastronomia e dos vinhos e espumantes. A Expobairrada irá decorrer entre 02 e 06 de julho, no Espaço Inovação, localizado na zona industrial de Vila Verde, “dando a conhecer o que de melhor se faz no coração da Bairrada, a nível industrial, comercial e agrícola”. Ao longo de cinco dias passarão por três palcos cerca de três dezenas de espetáculos, onde se destacam Carolina Deslandes e Nuno Ribeiro (02 de julho), Van Zee e DJ Sara Santini (03 de julho), Matias Damásio e Smells Like 90’s (04 de julho), Richie Campbell e DJ Kiss Kiss Bang Bang (05 de julho) e Paulo de Carvalho com a União Filamónica do Troviscal (6 de julho). No certame marcarão presença 15 restaurantes, para degustação das melhores iguarias da região, estando ainda prevista uma zona de vinhos e espumantes e outra destinada a bares. A área expositiva de âmbito empresarial ficará situada dentro do pavilhão, numa área coberta com 5 mil metros quadrados (m2), havendo ainda um espaço exterior para o setor agrícola. Segundo a Câmara de Oliveira do Bairro, promotora do evento, a Expobairrada vai manter a aposta na vertente ambiental, assumindo-se com um "EcoEvento", por via da parceria estabelecida entre o Município e a empresa Ersuc - Resíduos Sólidos do Centro. “A responsabilidade social marcará também nesta edição, com a presença do “Banco Solidário – Vamos fazer uma criança sorrir”, onde os visitantes poderão entregar roupa, livros e brinquedos, que serão depois entregues a lojas sociais”, referiu. Os ingressos terão um custo de 2,5 euros para o bilhete diário e 7,5 euros para o passe geral. O último dia é de entrada gratuita.
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Ribau Esteves critica “pressa” nas presidenciais e Simão Santana apoia Gouveia e Melo
A cerca de meio ano para as eleições presidenciais há já três nomes em cima da mesa. Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD; Henrique Gouveia e Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada; António José Seguro, ex-secretário-geral do PS. Mariana Leitão da Iniciativa Liberal (IL) também tinha anunciado a sua candidatura, mas esta quinta-feira acabou por a retirar para disputar a liderança da IL, depois da saída de Rui Rocha. Interpelado pela Ria, no final da reunião camarária desta quinta-feira, Ribau Esteves criticou a excessiva aceleração e a partidarização do processo eleitoral. “Nunca percebi a pressa nestas eleições presidenciais. Nunca percebi, de todo. Nem a pressa, nem a partidarização. Esta questão de que cada partido tem de ter um candidato, eu discordo”, frisou. Para o autarca, “os candidatos têm de se apresentar, têm de fazer o seu trabalho”, cabendo depois aos partidos decidir se apoiam ou não.” Como exemplo, referiu a candidatura de Luís Marques Mendes, que, num “ato muito simbólico”, decidiu “formalmente deixar de ser militante do PSD”. Reconheceu, no entanto, “que Marques Mendes nunca deixou de ser militante do PSD, mas formalmente deixou de o ser”, acrescentando que foi “um sinal de que aquela eleição não é partidária - embora, há muito tempo, esta eleição tenha sido partidarizada”. Numa visão sobre os partidos, Ribau Esteves criticou ainda a forma como estes têm tratado a eleição presidencial. “O PSD tem um candidato, o PS anda à rasca, mas está à procura de um, a Iniciativa Liberal tem um [entretanto Mariana Leitão retirou a sua candidatura], o Chega já teve um, agora não sabemos se vai continuar ou não”, expôs, vincando ser “contra isto”. Num tom mais pessoal acrescentou ainda que, oportunamente, tomará uma decisão e que a tornará pública, “tranquilo da minha vida”. “Qual é a pressa?”, voltou a questionar Ribau Esteves. Para o autarca aveirense “vivemos numa sociedade em que tudo anda com uma pressa absurda”. Ainda sem uma decisão tomada, garantiu: “Vou querer o mais possível fazer aquela escolha boa de qual destes todos é o melhor, mas mesmo que essa não acontecesse (…) ia pela outra de qual destes todos é o menos mau”. Ribau Esteves terminou assegurando à Ria que votará “em alguém, não me vou abster, nem anular o voto, nem votar em branco, mas não há pressa nenhuma”. Por sua vez, Simão Santana, adjunto do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, revelou à Ria que está a apoiar Henrique Gouveia e Melo “por uma questão de convicção”. O ex-presidente do PSD-Aveiro consta na lista de apoiantes que foi tornada pública no site oficial da candidatura de Gouveia e Melo. “Acho que o espaço democrático em Portugal está minado pelo medo e os partidos (…) não têm sido capazes de conquistar as pessoas pela esperança, pelo futuro, pelas coisas boas que podemos fazer, não só para nós próprios, mas para o nosso país”, opinou. “Acho que Gouveia e Melo representa esta liderança que precisamos. É um líder nato, não é uma segunda ou terceira figura de um partido, até porque isto não se trata de uma eleição de partidos. Trata-se de uma eleição de pessoas”, assegurou. Neste seguimento vincou à Ria, ser “um simples apoiante português” que considera o antigo almirante o “líder certo, na hora certa”. Questionado sobre o facto do PSD ter declarado, na última semana, apoio à candidatura presidencial de Marques Mendes, Simão Santana respondeu que apesar de discordar da escolha continua a apoiar o partido. “Não está nada disso em causa, não misturo. Além do mais, é importante, dentro do PSD, que existam ideias diferentes, porque isto obviamente enriquece o PSD. Acho que a candidatura do Gouveia e Melo vai enriquecer o espaço político e vem ajudar os partidos (…) moderados a poderem ter mais força no mundo”, justificou. Neste seguimento, relembrou ainda que é “apenas um militante livre, que gosta muito do seu partido, mas que gosta muito do seu país”. “O país está sempre à frente de qualquer circunstância pessoal”, assegurou. Sobre o nome de Luís Marques Mendes foi mais além e disse que esta foi uma decisão “fabricada” pela direção do PSD. “Eu acho que não é uma boa escolha. Eu gostaria muito que o Partido Social Democrata pudesse apoiar o antigo almirante à presidência da República. Acho que era a escolha certa”, insistiu. Questionado ainda pela sua saída da presidência da concelhia do PSD-Aveiro e por um possível regresso à vida política, Simão Santana reafirmou que “não” abandonou a política. “Eu simplesmente saí da minha posição de presidente do PSD porque achei que não fui bem tratado, nem tido em conta (…) num momento da decisão que me diria absolutamente respeito. Portanto, eu não saí da vida política ativa, continuo como conselheiro nacional. E enquanto achar que sou útil ao PSD cá continuarei”, assegurou.
Última Jam Session do ano letivo celebra mês do orgulho com a presença de Sincera Mente
Sincera Mente tem vindo a ganhar notoriedade nas redes sociais e marcou presença na última Jam Session do ano letivo da UA. À Ria, sublinhou que a receção foi “muito calorosa”, com pessoas a pedirem vídeos, fotografias e até autógrafos. Foi, inclusive, na UA que deu o primeiro autógrafo desde que começou com o projeto da Sincera. “Tem sido uma experiência muito boa, muito enriquecedora, porque as pessoas partilham comigo as experiências que têm a ver os meus vídeos, faz-me muito feliz e dá-me vontade de continuar”, conta. De vestido azul a fazer lembrar a arte azulejar típica da região, Sincera Mente conta que demorou “três horas” a preparar o figurino. “Hoje eu decidi vir super bem produzida”, observa. Por trás da personagem está um professor de teatro e de dança que partilha a mesma personalidade da Sincera. “Se eu estivesse desmontada seria exatamente igual, só que sem saltos, para não sofrer tanto”, brinca. O projeto pretende “trazer a arte drag para a rua”. “A arte drag é feita para o palco e eu acho que a arte drag, que agrupatantas outras artes, pode ser trazida para a rua para mostrar que realmente nós existimos, nós estamos aqui. Não há mal nenhum,nós não queremos fazer mal a ninguém, queremos apenasentreter-vos”, repara. A Universidade é, para Sincera, “um palco mais privilegiadopara trazer esta mensagem”. “Partimos do princípio de que sãopessoas que estão informadas, que são de uma geraçãoque está apta a receberpessoas diferentes eperceber que quanto mais diferenças virmos, mais humanos somos, com mais característicasnos identificamos”, afirma, enquanto lembra que “há pessoas que ainda não sabem quem são e que estão a descobrir quem são:tanto na sua identidade comosexualmente etoda a gente passa por esse processo”. À Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, faz um balanço positivo das Jam Sessions em conjunto o NEMU. “As pessoas têm aderido” à iniciativa que proporciona momentos de lazer, mesmo numa altura que é marcada pela época de exames. “[Os estudantes presentes] são a prova de que são precisas estas pausas para conseguir o equilíbrio perfeitoentre aquilo que é o estudo, a vida académicae todas estas partes que fazem este percurso tão singular”, diz a representante dos estudantes. Também Matilde Cardoso, coordenadora do NEMU, aponta o sucesso da iniciativa que incentiva os estudantes – de Música ou não – a partilhar momentos de lazer e cultura. “A malta costuma estar a assistir, traz um instrumento e entra para tocar: acredito quenestes eventos a malta se conheçae que depois até se junte e forme grupos”, conta Matilde. A estudante repara ainda que a diversidade cultural e a abordagem da temática da comunidade LGBTQIA+ como “importante” por ser algo que continua a “ter de ser falado”. Joana atenta ainda que a iniciativa dá o pontapé de saída para um mês com um especial foco precisamente na comunidade LGBTQIA+, de forma a celebrar e chamar a atenção para a temática. “Temos acima de tudo que ser uma academia inclusivae aberta a todos eque conseguimos mostrar aquilo que é o espírito de acolhimento(…)e é isso que nós queremos trazer para cima da mesa:mostrar aquilo que somos, que a UA é abertaa todos e que acima de tudo sabe receber”, afirma.
Ribau Esteves evita comentar 'Rota de Oportunidades' de Alberto Souto, mas enumera investimentos
Desde o passado dia 22 de maio que Alberto Souto de Miranda, candidato socialista à CMA, iniciou uma nova ação de campanha intitulada “Rota das Oportunidades”. A iniciativa pretende “identificar no terreno situações de estagnação e desperdício de potencial no concelho”. Questionado pela Ria, no final da reunião camarária desta quinta-feira, sobre se tem acompanhado esta iniciativa, o atual presidente da Câmara, José Ribau Esteves afirmou que vê “tudo o que é o processo político do Município de Aveiro, com toda a atenção”. “Não exatamente por obrigação, mas também tenho como uma das minhas funções como presidente de Câmara, que é um cargo político, estar a par de tudo. Portanto, é uma opção política que também a sinto como uma obrigação”, justificou. Sobre Alberto Souto, Ribau Esteves recorda que este foi presidente da Câmara e deixou a autarquia em situação crítica. “O Dr. Alberto Souto foi presidente desta Câmara e saiu despedido pelos cidadãos. Entendeu [ser candidato], 20 anos depois de ter sido despedido e de ter trabalhado nesta Câmara durante oito anos. Fez algumas coisas boas, fez muitas asneiras e deixou a Câmara na pré-falência. E os cidadãos, que é quem manda na democracia, despediram-no”, atirou. O autarca sublinhou ainda o percurso dos seus antecessores. “Nós somos cinco [ex] presidentes de Câmara. Só quatro fomos eleitos. O presidente Celso Santos foi presidente desta Câmara, mas não foi eleito. Quando tentou ser eleito, perdeu. Como o seu sucessor, Alberto Souto, perdeu as eleições. Como o seu sucessor, Élio Maia, perdeu as eleições. O nosso primeiro presidente de Câmara eleito, Girão Pereira - e o último presidente de Câmara eleito e ainda em funções ‘José Ribau Esteves’ - não perderam as eleições, saem por motivos de vontade própria e/ou do quadro legal que limita uma outra qualquer possibilidade”, frisou. Até ao momento, Alberto Souto já lançou quatro vídeos no âmbito da iniciativa “Rota das Oportunidades” que, como diz, tem como objetivo falar de ideias e obras que estão paradas “há 20 anos”. Entre os temas que já falou está a zona urbanística junto ao Moinho do Canal do Paraíso, onde referiu estar com um “enorme desmazelo urbanístico”; a antiga lota de Aveiro que considera ser o “maior impasse e o maior buraco urbanístico” do concelho de Aveiro; o famoso prédio da Avenida Lourenço Peixinho em que destaca ser um “escândalo urbanístico” e referências a Esgueira onde atira que “não há um único parque digno desse nome”. Questionado diretamente sobre os conteúdos da "Rota das Oportunidades", Ribau Esteves evitou tecer comentários sobre as ideias do opositor. “Ouço tudo, mas não faço declarações públicas de concordância ou discordância. Não faço ideia do que é que quer dizer o ‘Parque de Esgueira’. Não faço ideia, nem quero fazer. Respeito e, obviamente, o sr. candidato explicará ao seu eleitorado e discutirá com os outros candidatos essa e as outras ideias”, vincou. Ainda assim, Ribau Esteves respondeu às críticas apontadas por Alberto Souto com exemplos de projetos em curso ou já realizados pela autarquia, como o Plano de Pormenor do Canal do Paraíso. “Está em curso um plano de pormenor, chama-se Plano de Pormenor do Canal do Paraíso, que integra essa zona. As opções (...) vieram aqui à Câmara, são públicas. O plano teve uma primeira fase de inquérito público, virá proximamente para ser aprovado e vai ter outro inquérito público. Portanto, a posição da Câmara sobre essa matéria está claríssima e tem um processo em curso, com uma importância legal brutal”, respondeu. Sobre a antiga lota, o presidente da Câmara recordou que já há um “projeto em curso”. “Estamos a formalizar o projeto de execução e temos um fundo comunitário aprovado, do ITI [Instrumentos Territoriais Integrados] das Redes Urbanas, no caso das Cidades Azuis, que vai comparticipar uma primeira fase das obras de urbanização e infraestruturação daquele terreno”, recordou. Sobre o prédio da Avenida Lourenço Peixinho, Ribau Esteves relembrou que há já uma nova empresa titular do espaço e um projeto em desenvolvimento. “Posso adicionar que a AM48 - a mesma empresa que é dona da Foz de Prata - fez um concurso para escolher o arquiteto e participaram cinco ou seis gabinetes. Eu fui chamado à sede da empresa, em Lisboa, porque a empresa quis ouvir-me antes de fechar a sua decisão. (…) Foi-me dito recentemente que o projeto desse arquiteto (…) entrará proximamente. Não sei dizer nada de mais rigoroso em termos matemáticos do que o proximamente”, assegurou. Quanto à freguesia de Esgueira, Ribau Esteves admitiu que existe um problema com a “falta objetiva de espaço público”, relembrando alguns dos investimentos feitos pelo atual Executivo como, por exemplo, o Parque Aventura Fonte do Meio. “Um grande investimento que acabou com um dos mais graves passivos ambientais”, considerou. Por fim, Ribau Esteves considerou que Alberto Souto já teve várias oportunidades para se candidatar, mas optou por não o fazer. “Se o Dr. Alberto Souto tivesse vindo disputar comigo [eleições]... Teve a oportunidade de fazer três disputas comigo: não foi a uma. Ele podia ter disputado três eleições comigo. Perdeu a oportunidade de discutirmos tudo e mais alguma coisa”, exprimiu.
Inova-Ria reúne especialistas para refletir sobre o futuro das telecomunicações
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a sessão teve início com a apresentação de Pedro Carvalho, da Altice Labs, que abordou a evolução das telecomunicações. Seguiu-se a intervenção de Sérgio Tavares, da HFA, que demonstrou como esta área é também transversal a “vários setores industriais, desde a automação ao aeroespacial, passando pela produção de equipamentos fundamentais como ONTs, OLTs e módulos XFP NG-PON2, integrados em redes de fibra ótica”. Também António Teixeira, em representação da PICadvanced, apresentou “o estado atual e a evolução das redes óticas PON, com especial enfoque na transição para velocidades de 25G e 50G, e no impacto dos circuitos fotónicos integrados (PICs) enquanto tecnologia chave para redes mais eficientes, compactas e sustentáveis”. Com um olhar sobre o futuro, Nuno Borges Carvalho do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) da UA abordou os “gaps tecnológicos ainda existentes, os desafios energéticos colocados pelo crescimento exponencial da conetividade e as dimensões sociais e éticas que devem acompanhar esta transformação digital, como a sustentabilidade, a proteção de dados e a inclusão digital”. Mário Campolargo, antigo secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, foi o responsável por encerrar a sessão com “uma reflexão sobre a crescente hiperconetividade da sociedade atual, reforçando a necessidade de uma utilização consciente, responsável e sustentada da tecnologia”. “O próximo workshop será anunciado em breve”, avança ainda a nota. O DigiAdvance é um projeto financiado pela Comissão Europeia, que visa apoiar as PME europeias a colmatar as lacunas de competências digitais dos seus trabalhadores. A Inova-Ria e a Universidade de Aveiro são parceiras do projeto.