RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Uma centena de artesãos certificados de todo o país na Feira da Mealhada

Uma centena de artesãos certificados de todo o país vão marcar presença na Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada, que propõe também espetáculos de Gabriel o Pensador, D.A.M.A e Gisela João, revelou ontem, dia7, a Câmara Municipal.

Uma centena de artesãos certificados de todo o país na Feira da Mealhada
Redação

Redação

08 mai 2025, 09:46

“Vamos ter um dos maiores eventos da Mealhada ligados ao artesanato, mas também aos espetáculos, com artistas nacionais e internacionais. O certame terá entre 90 a 100 artesãos, de todo o país”, destacou o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco. A Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada vai decorrer de 07 a 15 de junho, no centro da cidade, com propostas para a toda a família.

Concertos e espetáculos, no palco principal e palco coletividades, mostra de artesanato, área de gastronomia e tasquinhas, espaço 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada, oficinas e atividades diversas compõem a programação para nove dias. Durante a conferência de imprensa de apresentação, o autarca explicou que este evento, com um orçamento na ordem dos 300 mil euros, visa levar pessoas ao centro da Mealhada e “dar-lhe vida”. “Esta é uma grande festa para toda a comunidade local, um encontro de pessoas de todo o concelho e de confraternização”, acrescentou.

A feira de entrada gratuita irá manter o figurino do último ano, crescendo do jardim Municipal para a Avenida 25 de Abril, com artesanato, gastronomia e zona de espetáculos. O artesanato ocupará a área do Jardim Municipal, tal como o palco de coletividades, estando previstas cerca de duas dezenas de artesãos do concelho.

Pela primeira vez estarão na Mealhada as Camisolas Poveiras, representadas por Aurora Handmade, bem como os brinquedos tradicionais, com Rui Alburitel, de Ourém; os vidros e cristais da Marinha Grande, com trabalhos elaborados pelo casal Fátima & Vitor Palhinha; e ainda a Casa dos Matarranhos, cerâmica em redução, por Sérgio Amaral, de Mangualde. O certame contará ainda com a presença de artesãos de Barcelos, cidade da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, classificada como cidade Criativa no domínio do Artesanato e das Artes Populares, bem como da Associação de Artesãos de Marco de Canaveses, com um conjunto diverso de artigos, dos mais tradicionais aos mais contemporâneos. Já António Adauta, de Viseu, leva quadros a ponte de Arraiolos, inspirados nos mosaicos romanos.

As nove tasquinhas e barraquinhas de petiscos, de associações do concelho, situar-se-ão junto ao edifício dos Paços do Concelho, enquanto os espetáculos principais voltam a ocorrer na Praça do Choupal, com artistas e bandas locais a anteceder as atuações de artistas nacionais e internacionais. No primeiro dia sobe ao palco principal a fadista Gabriela, seguindo-se o espetáculo “Para sempre Marco”, em homenagem a Marco Paulo.

No dia seguinte, a noite é das bandas finalistas do festival Termómetro, criado em 1994 pelo radialista Fernando Alvim, e que vai já sua 29.ª edição. Já a 09 de junho sobem ao palco principal o projeto local Electrik Band e The Legendary Tiger Man, enquanto no dia seguinte terá lugar o festival de Folclore, de tarde, e a noite começa com Francisco Saldanha, seguindo-se Augusto Canário. PAMA e Chico da Tina atuam em 11 de junho, Leonor Quinteiro e Gisela João no dia 12, Xandinho e Gabriel o Pensador no dia 13, e a banda local Sede Bandida e os D.A.M.A. no dia 14. O último dia será dedicado ao samba, com a atuação das quatro escolas de samba - Batuque, Mangueira, Real Imperatriz e Tijuca, seguindo-se a banda de música brasileira Grupo Forrobodó.

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PS acusa PSD e vereadora do Agir de pacto para facilitar a destruição do pinhal de Ovar
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PS acusa PSD e vereadora do Agir de pacto para facilitar a destruição do pinhal de Ovar

Em causa está o polémico Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mancha verde protegida cuja gestão pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) nesse concelho do distrito de Aveiro vem desde 2022 sendo criticada pela maioria das forças políticas locais e motivou uma petição pública com cerca de 20.000 subscritores que também se opunham ao tipo de procedimentos em curso. Após as autárquicas de outubro, os vereadores socialistas Emanuel Oliveira, Fernando Camelo Almeida e Eva Oliveira propuseram que fosse suspenso o plano de gestão florestal dessa área de 2.584 hectares sujeitos a Regime Florestal Parcial, mas a medida foi chumbada em reunião de Câmara pela maioria, constituída por três eleitos do PSD e um do Agir – a vereadora Lígia Pode, que aceitou o convite dos sociais-democratas para assumir em permanência, a meio-tempo, a pasta da Economia. “Os vereadores do PS propuseram à Câmara a deliberação de suspender o Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, na qualidade de proprietário e entidade central na sua elaboração”, informam os socialistas, notando que a aprovação dessa medida permitiria “solicitar ao ICNF e ao Ministério do Ambiente a efetiva suspensão e revisão” dos procedimentos em curso. “O PSD e a vereadora Lígia Pode decidiram rejeitar esta proposta. Optaram, mais uma vez, por um pacto político que se converte agora num pacto pela degradação, pela omissão e por um preocupante desamor pela terra”, dizem os eleitos do PS, defendendo que a contraproposta da maioria de solicitar ao ICNF uma autoanálise à sua própria intervenção “é, na prática, uma mão cheia de nada”. Alegando que “não há coragem para decidir nem vontade de proteger”, os socialistas afirmam que PSD e Lígia Pode pretendem assim apenas “ganhar tempo para avançarem com aquilo que verdadeiramente querem: abrir caminho à destruição do património natural de Ovar”. Questionado pela Lusa, o executivo do PSD diz que rejeitou a proposta socialista porque já estava em curso, por parte da Câmara, um diálogo com o ICNF para se iniciar “um processo de avaliação do plano de gestão florestal” do perímetro dunar de Ovar. “No essencial, ambas as propostas convergiam num ponto: a necessidade de rever o Plano de Gestão Florestal”, admite fonte do executivo liderado por Domingos Silva. “A diferença residia na forma: a suspensão imediata do plano, solicitada pelo PS, não produz qualquer efeito jurídico nem pode ser imposta pela Câmara ao ICNF; já a proposta do presidente da Câmara centrou-se no que é legalmente possível e eficaz, que é desencadear o processo de avaliação e revisão do plano diretamente com a entidade competente”, explica. Argumenta, por isso, que “aprovar uma proposta que exigia a suspensão do plano criaria expectativas infundadas junto dos cidadãos”, sugerindo que o município poderia suspendê-lo, enquanto a alternativa do PSD estabelece que a revisão pode ser “acompanhada pela Assembleia Municipal, que integra todas as forças políticas eleitas”, e envolver também a “comunidade científica, associações ambientais, juntas de freguesia e outros agentes locais”. A Câmara realça que “não recusou promover a revisão do Plano de Gestão” e que a discordância entre PSD/Agir e PS se centrou “apenas no mecanismo”, já que a suspensão imediata recomendada pelos socialistas seria um recurso “sem eficácia legal”. Já Lígia Pode refere partilhar da “preocupação de todos na defesa intransigente” do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mas acusa os socialistas de proporem medidas “entre a inutilidade e o teatro político”. “Votei contra a proposta apresentada pelo PS por uma razão de honestidade: a Câmara Municipal não tem, por lei, qualquer poder para suspender um plano do ICNF e aprovar essa proposta seria, portanto, enganar os cidadãos”, justifica, acrescentando que “o que o PS propôs é um gesto vazio, uma encenação política que em nada contribui para a resolução do problema. Pior: ao criar um confronto institucional desnecessário com o ICNF, apenas prejudicaria o diálogo construtivo que o Executivo já iniciou”. Lígia Pode revela que a 13 de novembro o presidente da Câmara reuniu-se com o diretor do ICNF e “ficou acordado o início imediato do processo de avaliação do Plano de Gestão Florestal 2020-2038”, pelo que, na sua opinião, o PS estará a tentar “colher os louros do trabalho que outros, de forma séria e sem alarido, já estão a realizar”.

Ílhavo: Exposição “Império”, jogo educativo e oficina marcam o “Tanto Mar!” de novembro
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Ílhavo: Exposição “Império”, jogo educativo e oficina marcam o “Tanto Mar!” de novembro

A exposição de Rodrigo Vilhena será inaugurada pelas 17h00. A mostra, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, reunirá um conjunto de pinturas a óleo e aguarelas que evocarão “momentos históricos vividos pelas embarcações São Gabriel (1497), Cinco Chagas (1594), São Francisco Xavier (1625), Amável Donzela (1788), Camões (1875), Pedro Nunes (1917) e Império (1970)”. “O visitante é convidado a assumir-se como passageiro destas embarcações e a contemplar o céu e o mar nas suas transformações de luz ao longo do dia”, explica. A exposição ficará patente na Sala da Pintura até 30 de abril de 2026. Antes da inauguração, será ainda apresentado o jogo educativo digital do Museu Marítimo de Ílhavo, desenvolvido pela equipa da EduCITY, um projeto da Universidade de Aveiro financiado pela FCT. O recurso nasceu no âmbito da premiação “EduCITY, Prémio INOVA mais 2024”. Através da app “EduCITY”, os visitantes poderão explorar a tradição bacalhoeira de Ílhavo. Às 15h00, terá ainda lugar uma oficina para famílias “O Mar por objeto”, dirigida a crianças entre os 6 e os 10 anos. A proposta incide sobre a exposição temporária “O Mar por objeto, as Mulheres, a Ciência e o lado Oceano”. Ao longo da atividade, as famílias serão desafiadas a descobrir a mostra através de um peddy paper que conduz à exploração dos objetos utilizados pela bióloga do Museu Marítimo. As inscrições devem ser realizadas aqui: [email protected].

Aveiro continua a ser um dos distritos onde se regista mais crimes de violência doméstica
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Aveiro continua a ser um dos distritos onde se regista mais crimes de violência doméstica

Segundo a GNR, que vai desencadear ações de sensibilização ao longo de toda a semana, no quadro do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, entre 01 de janeiro e 15 deste mês, foram detidos 1.380 suspeitos (349 em flagrante e 1.031 fora de flagrante) e apreendidas 864 armas. Os distritos do Porto, Aveiro e Lisboa são os que apresentam o maior número de denúncias, enquanto Portalegre e Bragança relataram os valores mais baixos. Em 2024, sublinha a corporação, a GNR contabilizou 11.876 crimes de violência doméstica, em que os distritos do Porto, Aveiro, Braga, Setúbal e Lisboa concentraram novamente o maior número de ocorrências, enquanto Portalegre e Bragança se mantêm com os menores valores. Nesse ano, registaram-se 13 mortes – 12 mulheres e um homem –, pelo que há agora um reforço das ações de sensibilização, direcionadas para a prevenção de comportamentos violentos contra as mulheres, em todo o território nacional. No âmbito destes crimes, foram detidos 1.450 suspeitos (373 em flagrante e 1.077 fora de flagrante) e apreendidas 1.222 armas. Em 1999, lembra-se no comunicado, as Nações Unidas instituíram oficialmente o dia 25 de novembro como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, com o objetivo de alertar para uma realidade que continua a afetar milhões de mulheres em todo o mundo. “A GNR tem vindo a reforçar as campanhas de sensibilização e a investir em formação específica do seu efetivo, garantindo uma resposta cada vez mais qualificada na participação, enquadramento, tratamento e acompanhamento de situações de violência doméstica”, refere a corporação no comunicado. Paralelamente, acrescentou, tem como prioridade melhorar a rede de salas de atendimento às vítimas e reforçar a articulação com as entidades parceiras. Atualmente, os Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) integram 186 militares especializados em todo o país e registaram, até 15 de novembro de 2025, 4.056 inquéritos, dos quais 3.956 já concluídos (cerca de 97,5%). “A violência doméstica é um crime público, de denúncia obrigatória e de responsabilidade coletiva. A sua prevenção, investigação e combate constituem prioridades da política criminal vigente e assumem-se como prioridade absoluta para a Guarda Nacional Republicana, que se mantém firmemente empenhada na proteção das vítimas e na promoção de uma sociedade mais segura”, sublinha a GNR. A corporação policial sublinha que se alguém precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica que participe no Portal Queixa Eletrónica (queixaselectronicas.mai.gov.pt), por telefone, através do número europeu de emergência (112), no Posto da GNR mais próximo à sua área de residência ou em www.gnr.pt/contactos.aspex. Também podem ser denunciados através da aplicação App MAI112 disponível e destinada exclusivamente aos cidadãos surdos, em www.112.pt/Paginas/Home.aspx, ou ainda na aplicação SMS Segurança, direcionada a pessoas surdas em www.gnr.pt/MVC_GNR/Home/SmsSeguranca.

Carnaval de Ovar terá 70 propostas, “pequeno aumento de preço” e descontos em pré-venda
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Carnaval de Ovar terá 70 propostas, “pequeno aumento de preço” e descontos em pré-venda

O programa dessa festa do distrito de Aveiro foi apresentado na noite de sexta-feira aos representantes das 24 associações que, entre grupos carnavalescos, coletivos de ‘passerelle’ e escolas de sambas, integram cerca de 2.000 pessoas, todas elas protagonistas nos principais corsos do evento. Devido às mudanças no executivo camarário após as eleições autárquicas de outubro, o orçamento para o Entrudo vareiro de 2026 ainda não está definido, mas fonte da autarquia adiantou que a verba disponível deverá ser “num valor idêntico ao da última edição”, quando a programação geral custou cerca de um milhão de euros e, só na terça-feira de Carnaval e nos quatro dias anteriores, a cidade recebeu perto de 150.000 visitantes. O que muda é o preço dos bilhetes, que, segundo a autarquia, vão sofrer “um pequeno aumento” devido à maior despesa em aspetos como o aluguer de estruturas e a contratação de policiamento. O novo tarifário refletir-se-á, por exemplo, no ingresso de acesso à Noite Mágica da segunda-feira de Carnaval, que no último Entrudo custava cinco euros em pré-venda e seis no dia da festa, e agora mantém o mesmo preço se adquirido antecipadamente, mas obrigará a desembolsar 7,5 euros se comprado na própria data. No Grande Corso de Domingo, por sua vez, é a venda antecipada que fica mais cara 50 cêntimos: os bilhetes de bancada continuarão a custar 15 euros se adquiridos no próprio dia, mas passam de 13 para 13,5 quando comprados até 30 de janeiro, e o mesmo se aplica aos ingressos de peão, que na data do desfile se mantêm nos 10 euros, mas, na fase prévia, sobem de 7,5 para oito. Há muitas outras propostas que são de entrada gratuita, como o espetáculo de Quim Barreiros e o desfile da Farrapada, em que o público é convidado a participar com as suas próprias fantasias, mas, no que se refere às atividades de acesso pago, a autarquia promete vantagens para os mais rápidos: “Os primeiros 1.000 bilhetes para o Espaço Folião têm desconto e até 30 de janeiro há preços mais baixos para todos os outros bilhetes”. Seja para momentos-altos do cartaz, como o desfile das escolas de samba no sábado à noite e o Grande Corso de Terça-feira, seja para os concertos no Espaço Folião, por artistas como o brasileiro Jorge Aragão, o luso-angolano Dillaz e os portugueses Mizzy Miles e Phoenis RDC, todas as propostas que implicam acesso pago terão bilhetes disponíveis nas plataformas ‘online’ a partir de 01 de dezembro e nos estabelecimentos físicos da cidade do dia 09 em diante. O presidente da Câmara, Domingos Silva, acredita que o ajuste no preçário do evento não prejudicará aquilo que antecipa como “uma edição de excelência, que valoriza as tradições e oferece experiências diversificadas capazes de afirmar o Carnaval de Ovar como um evento de referência nacional”. Garantindo “um forte dispositivo de segurança e estratégias definidas para melhorar a experiência do público”, o autarca social-democrata realça que o evento está a ser preparado com “paixão, entrega e horas incontáveis de labor” por parte dos seus cerca de 2.000 participantes. “Quem vier ao Carnaval de Ovar pela primeira vez vai certamente regressar, porque a alegria que se vive nas ruas é tão genuína quanto contagiante”, conclui.

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Noiserv apresenta novo álbum em Aveiro este sábado
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Noiserv apresenta novo álbum em Aveiro este sábado

O novo disco – o quinto da carreira do artista – conta com um total de nove temas, sendo que cada um remete para diferentes fases da sua carreira: passado, presente e previsões para o futuro. “7305”, nome do álbum que corresponde ao número de dias ao longo de 20 anos, sucede a “Uma Palavra Começada por N”, editado há cinco anos. Segundo a nota de imprensa, Noiserv é “conhecido pelos seus concertos intimistas e por uma relação profundamente genuína com o público” e estabeleceu-se como “um dos nomes mais relevantes da música independente portuguesa”.

Projeto “A cultura faz bem” leva espetáculos de magia e de teatro até ao público sénior
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Projeto “A cultura faz bem” leva espetáculos de magia e de teatro até ao público sénior

Foi no âmbito do Programa Prescrições Culturais, através do projeto “A cultura faz bem”, que o Município de Aveiro promoveu esta segunda-feira mais um espetáculo, desta vez, dedicado aos utentes da Rede Aveiro Sénior. Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, tratou-se de uma performance “onde o mágico fracassado e um músico que só toca acordes maiores, tentam surpreender o público com truques e ilusionismos nem sempre bem-sucedidos”. Esta sexta-feira, 28 de novembro, pelas 10h30, será a vez do Hospital de Aveiro receber a peça de teatro “Click to Click”, de Diogo Duro. Um espetáculo que resulta da interação entre o palhaço e o público. “Com circo, música e sorrisos para todas as idades, um comediante ambulante alegra a plateia em jogos divertidos”, realça. Na nota, o Município explica que o projeto “A cultura faz bem” começou em 2024 e que pretende proporcionar aos “seniores que integram as instituições da Rede Aveiro Sénior a oportunidade de participar em diferentes ações culturais, nomeadamente espetáculos, visitas aos Museus de Aveiro, workshops no Arquivo Municipal e histórias contadas em formato de ‘Conversas D’Alguidar’”.

PS acusa PSD e vereadora do Agir de pacto para facilitar a destruição do pinhal de Ovar
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Aradas: Luís Souto regista “posição construtiva” do Chega e não afasta acordo na CMA
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Aradas: Luís Souto regista “posição construtiva” do Chega e não afasta acordo na CMA

Na primeira ocasião em que falou aos jornalistas após ter ficado resolvido o impasse em Aradas – recorde-se que o novo executivo autárquico só conseguiu ser eleito após três reuniões de instalação, resultado de um acordo firmado com o Chega – Luís Souto revelou estar “contente”. “Obviamente que não era de interesse nenhum para ninguém que se prolongasse mais tempo […] Acho que é muito importante que se deem sinais de que haja forças políticas que estão numa atitude construtiva. Registamos esses sinais”, sublinha. O autarca não perdeu a oportunidade de deixar uma farpa ao Partido Socialista (PS), uma das forças eleitas para a Assembleia de Freguesia de Aradas que estava a bloquear a aprovação do executivo, por ter mostrado uma postura “pouco construtiva”. Na opinião de Luís Souto, trata-se “quase de uma provocação política”, assim como o foi a “granada” largada pelos vereadores socialistas na primeira reunião pública de Câmara Municipal: a proposta de revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Questionado em duas ocasiões sobre se o acordo estabelecido em Aradas entre ‘Aliança’ e Chega pode dar aso a um acordo mais amplo de âmbito municipal que passe por atribuir pelouros a Diogo Soares Machado, Luís Souto nunca respondeu, frisando apenas a “postura construtiva [do Chega] manifestada por gestos concretos”. Recorde-se que, em entrevista à Ria, Diogo Soares Machado não descartou a hipótese, embora a considerasse extemporânea. Ao ‘Notícias de Aveiro’, Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD, disse, na última quarta-feira, que “o acordo alcançado para a Assembleia de Freguesia de Aradas não garante por si só um acordo de âmbito municipal, mas reconhecemos que são contributos importantes para o desenvolvimento de uma parceria desejável que permita levar a cabo o programa eleitoral sufragado pelos aveirenses”.