RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Alberto Souto foi contra uma ponte no Canal Central no passado e agora propõe uma nova?

A proposta de Alberto Souto para a construção de uma ponte no Canal Central de Aveiro gerou uma forte reação nas redes sociais, com vários comentários a recordarem que, no passado, o agora candidato do Partido Socialista já se manifestou contra uma intervenção semelhante na mesma zona. Mas será verdade que Alberto Souto criticou duramente um projeto de ponte no Canal Central e que agora propõe algo semelhante? O projeto Ria-Check foi verificar.

Alberto Souto foi contra uma ponte no Canal Central no passado e agora propõe uma nova?
Redação

Redação

25 mar 2025, 19:25

Já depois de ter deixado a presidência da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), Alberto Souto assinou um artigo de opinião no Diário de Aveiro, na edição de 24 de fevereiro 2010, onde começa por recordar que, durante os seus mandatos como presidente da CMA, construiu cinco pontes entre a Antiga Capitania e o Lago da Fonte Nova, três no Canal de S. Roque e uma sobre a eclusa do Canal das Pirâmides. Mas é logo de seguida que o candidato socialista às próximas autárquicas dá nota que construir uma ponte no Canal Central não foi uma opção para não “estragar”. “Mas, quando pensámos no Canal Central não ousámos estragar: estudámos, estudámos, estudámos e optámos por localizá-la no Canal das Pirâmides”, acrescentou.

Também numa carta aberta dirigida ao então presidente da CMA, Élio Maia, o candidato socialista voltou a expressar a sua oposição a uma ponte nessa localização, chamando-a de "casmurrice", "funcionalmente desnecessária" e um "aleijão urbanístico gravíssimo". Agora, na campanha para as eleições autárquicas de 2025, Alberto Souto anunciou uma proposta para uma nova ponte pedonal precisamente no Canal Central, a menos de 50 metros da anterior proposta de Élio Maia.

Para justificar a sua ideia, Alberto Souto dá nota que o conceito difere ao ser apresentada como uma "ponte-praça", ou seja, não apenas uma estrutura de atravessamento, mas também um espaço público de lazer. Apesar dessa diferença no conceito, a mudança de posição é evidente. Antes, Alberto Souto via uma ponte no Canal Central como um erro urbanístico, uma "fantasia sem sentido" e afirmava que os “estudos” dessa opção tinham-no ajudado a tomar a decisão de não “estragar” este canal; agora, considera que a nova ponte vai "criar mais Aveiro".

Conclusão: é VERDADEIRO que Alberto Souto foi contra uma ponte no Canal Central no passado e que agora propõe uma nova. A mudança de posição é clara, ainda que a proposta atual tenha um conceito diferente.

Recomendações

Luís Souto atribui a Manuel Assunção a criação da Fábrica Ciência Viva e do PCI. É verdade?
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Luís Souto atribui a Manuel Assunção a criação da Fábrica Ciência Viva e do PCI. É verdade?

As eleições autárquicas em Aveiro continuam a gerar polémica. Os candidatos Luís Souto (coligação 'Aliança Mais Aveiro') e Alberto Souto (PS) procuram disputar espaço e influência na Universidade de Aveiro, tentando atrair figuras prestigiadas da comunidade académica para reforçar a sua credibilidade junto do eleitorado. O socialista Alberto Souto anunciou, ao longo dos últimos meses, o apoio de dois antigos reitores da Universidade de Aveiro como membros da sua Comissão de Honra: Júlio Pedrosa (reitor entre 1994 e 2001) e Helena Nazaré (reitora entre 2002 e 2010). Em resposta, Luís Souto revelou, numa sessão pública no Teatro Aveirense, que o mandatário da sua candidatura será Manuel Assunção, reitor da UA entre 2010 e 2018. Durante a apresentação, Luís Souto destacou a Fábrica Centro Ciência Viva e o PCI – Parque de Ciência e Inovação como exemplos do “fortíssimo impacto” da “ação governativa” de Manuel Assunção. A mesma ideia foi reforçada na nota de imprensa enviada à comunicação social. “A ação governativa do professor Manuel Assunção teve um fortíssimo impacto em Aveiro e na região. Destacando-se, a título de exemplo, a Fábrica Ciência Viva, o Parque Ciência e Inovação da região de Aveiro.” Luís Souto, 20 de junho de 2025 “O Prof. Manuel Assunção (...) foi vice-reitor (de 1994 a 2009) e reitor da Universidade de Aveiro (de 2010 a 2018), promovendo a criação de estruturas como a Fábrica - Centro Ciência Viva e o PCI - Parque de Ciência e Inovação.” Nota de imprensa da candidatura ‘Aliança Mais Aveiro’. A Fábrica Centro Ciência Viva foi inaugurada a 1 de julho de 2004, como indica uma publicação recente da própria Universidade de Aveiro nas redes sociais. Na altura, a UA era liderada por Helena Nazaré, que foi reitora de 2002 a 2010. Na foto da inauguração - onde se vê a presença de Mariano Gago, então ministro da Ciência - é possível ver Helena Nazaré em lugar de destaque. Ou seja, o projeto nasceu e foi concretizado sob a liderança de Helena Nazaré. Já o PCI - Parque de Ciência e Inovação foi inaugurado em 2018, durante o mandato de Manuel Assunção, mas começou a ser desenvolvido em 2007 e materializado em 2009. A informação consta no suplemento “Especial PCI”, publicado no dia 10 de março de 2021 no Diário de Aveiro, mas também o site da Câmara Municipal de Ílhavo relembra o momento: “No seguimento da aprovação da candidatura liderada pela UA do Parque da Ciência e Inovação foi assinado o contrato de financiamento no dia 15 de dezembro de 2009, entre a Universidade de Aveiro e o Programa Operacional da Região Centro. Trata-se de um investimento de 35 milhões de euros, com o apoio do QREN no valor de 15,5 milhões de euros”. O documento foi assinado por Helena Nazaré que à data era ainda a reitora da Universidade de Aveiro. A candidatura de Luís Souto atribui a Manuel Assunção um protagonismo que não corresponde inteiramente aos factos históricos. A Fábrica Centro Ciência Viva foi criada sob a liderança de Helena Nazaré, que integra atualmente a Comissão de Honra da candidatura adversária, do PS. Quanto ao PCI, Manuel Assunção teve um papel relevante na fase de concretização, mas o projeto nasceu e foi financiado durante o mandato anterior, também de Helena Nazaré. A classificação final é ENGANADOR. As declarações de Luís Souto exageram o papel de Manuel Assunção, omitindo o envolvimento determinante de Helena Nazaré na criação das duas infraestruturas referidas. O enquadramento apresentado serve um objetivo político, mas não respeita o rigor histórico dos processos citados.

Ribau diz que todas as estruturas desportivas precisam de parecer do IPDJ. É verdade?
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Ribau diz que todas as estruturas desportivas precisam de parecer do IPDJ. É verdade?

“Tudo o que são estruturas para a atividade desportiva têm que ter parecer obrigatoriamente de um instituto público, chamado Instituto Português do Desporto e Juventude”. José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, 17 de junho de 2025, Assembleia Municipal de Aveiro A legislação nacional é clara: não são todas as infraestruturas desportivas que exigem parecer do IPDJ. O Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 110/2012, de 21 de maio, estabelece o Regime Jurídico das Instalações Desportivas (RJID). Neste documento pode-se ler no artigo 11.º que “compete ao IPDJ exercer as competências especialmente previstas no presente decreto-lei relativamente às instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo”. Ora, no mesmo decreto-lei, no seu artigo 5.º são definidas as diferentes tipologias de instalações desportivas: “instalações desportivas de base” (que podem ser “instalações desportivas recreativas” e “instalações formativas”), “instalações desportivas especializadas ou monodisciplinares” e “instalações desportivas especiais para o espetáculo desportivo”. Ou seja, as duas primeiras tipologias de instalações desportivas (recreativas e formativas) não carecem de parecer do IPDJ. Esta informação também é corroborada pelo site do IPDJ que, no separador do licenciamento de instalações desportivas esclarece que são apenas as “instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo” que dependem “do parecer favorável do IPDJ”. Também no número 3 do artigo 4.º do RJID é referida uma exclusão importante: “3 - O regime estabelecido no presente decreto-lei não se aplica, igualmente, às instalações desportivas que sejam acessórias ou complementares de estabelecimentos em que a atividade desportiva não constitui a função ou serviço principal, sem prejuízo da necessidade de reunirem as condições técnicas gerais e de segurança exigíveis para a respetiva tipologia, nos seguintes casos: a) Instalações desportivas integradas em estabelecimentos de ensino, público ou privado, de qualquer grau; b) Instalações desportivas integradas nos empreendimentos turísticos referidos no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março, exceto as que são citadas nas alíneas a), e) e g) do n.º 2 do artigo 15.º do mesmo decreto-lei.” A afirmação de Ribau Esteves é falsa. A lei não exige parecer do IPDJ para todas as estruturas desportivas, apenas para algumas tipologias específicas. A generalização feita pelo presidente da Câmara Municipal de Aveiro não tem base legal e pode induzir em erro o público.

Ria-Check: Constituição do SC Beira-Mar como sociedade desportiva
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Ria-Check: Constituição do SC Beira-Mar como sociedade desportiva

"Para o SC Beira-Mar participar nas competições profissionais de futebol tem que se constituir, obrigatoriamente, como uma sociedade desportiva." A afirmação é: VERDADEIRA. Com este momento muito importante na vida do clube, acende-se novamente o debate sobre a relevância da criação de uma sociedade desportiva, muitas vezes levando à desinformação dos sócios, simpatizantes ou simples cidadãos. Ora, segundo a Lei n.º 39/2023, de 4 de agosto, que estabelece o novo regime jurídico das sociedades desportivas, “a participação em competições profissionais de modalidades coletivas é reservada a sociedades desportivas”. A par disso, segundo o artigo 9.º do Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, “os clubes participantes na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro devem constituir-se, nos termos da lei, sob a forma de sociedade desportiva”. Deste modo, se o SC Beira-Mar atingir competições como a segunda e primeira liga de futebol – que são ambições conhecidas dos órgãos sociais do clube, bem como dos seus sócios e adeptos – terá que obrigatoriamente estar constituído como sociedade desportiva. Recorde-se, neste ponto, que as imposições legais em vigor no que diz respeito à constituição de sociedades desportivas sofreram alterações durante o ano de 2023, precisamente para evitar situações como aquelas que ocorreram no passado com o SC Beira-Mar. No momento da aprovação do novo regime jurídico das sociedades desportivas, o Governo deu nota que que “cerca de 20% das sociedades anónimas desportivas” constituídas até então foram ou estavam “a caminho da extinção, insolvência ou dissolução”. Para evitar que estes cenários se repitam foram várias as alterações introduzidas nesse sentido, destacando-se as seguintes: os investidores passam a ter de demonstrar capacidade económica para fazer o investimento; os detentores de participações sociais e os órgãos de administração não podem ter sido condenados em processos-crime por uma série de crimes; o administrador nomeado pelo clube tem direito a participar em todas as reuniões da sociedade desportiva (uma coisa que até então não estava clara); a introdução de uma figura de um observador (sem direito de voto) nomeado pelos sócios; a impossibilidade de participação em competições a todas as sociedades desportivas que violem de forma grave e continuada os acordos parassociais que celebraram com o clube; ou ainda o facto relevante de que, se a sociedade desportiva não tiver a situação tributária regularizada, isso não irá prejudicar o direito do clube desportivo obter apoio desportivo para outras modalidades.

Ria lança projeto de fact-check e dedica estreia à polémica das portagens de Aveiro na A25
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Ria lança projeto de fact-check e dedica estreia à polémica das portagens de Aveiro na A25

A afirmação é falsa. “O próprio PSD e o CDS votaram contra porque viram logo na proposta inicial que ela não era justa, porque não contemplava este três pórticos”, afirmou ontem Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e vogal da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro, em declarações à SIC, depois de criticar Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, pela não inclusão da concessão da Costa de Prata da A25 (que liga a Barra a Albergaria-a-Velha e inclui três pórticos com portagens durante o seu troço) na proposta para a abolição das portagens em várias autoestradas do país. Na ata da reunião plenária da Assembleia da República, datada de 2 de maio de 2024, onde se procedeu à discussão do Projeto de Lei n.º 72/XVI do Partido Socialista, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, os deputados do PSD Hugo Soares e Cristóvão Norte afirmam que o seu partido defende “um sistema integrado que respeite o princípio do utilizador-pagador” e uma “redução gradual” das portagens. Na mesma ata não é referido, em nenhum momento, que PSD/CDS iriam votar contra a proposta do PS por esta não incluir os pórticos de Aveiro. Recorde-se que, tal como noticiou a Resnascença, Hugo Soares, líder da bancada do PSD, durante uma reunião do seu grupo parlamentar, invocou “disciplina de voto” a todos os deputados do seu partido, argumentado que “o PSD nunca defendeu a eliminação imediata das portagens e que o projeto de lei da AD que irá a votos no debate prevê a redução de 50% e que a abolição significa uma despesa na ordem dos 200 milhões de euros”. A afirmação é verdadeira. A atual deputada do PSD à Assembleia da República que é ainda presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e vice-presidente da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro é uma das autoras do Projeto de Resolução nº 61/XVI/1ª com o título “Pela redução gradual e financeiramente responsável de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas”, datado de 26 de abril de 2024. Neste Projeto de Resolução, os grupos parlamentares do PSD e CDS-PP recomendam ao Governo “uma redução de portagens ambiciosa”, “com respeito pela sustentabilidade das finanças públicas” e que não coloque “em causa os princípios do utilizador-pagador e poluidor-pagador (...) contemplando as vias A22, A23, A24, A25, A28, A4, A13”. A afirmação é verdadeira. No Projeto de Lei n.º 72/XVI, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, datado de 22 de abril de 2024, o Partido Socialista (PS) apenas colocou na proposta a abolição das portagens no troço da A25 – Beiras Litoral e Alta que liga Albergaria-a-Velha a Vilar Formoso. Durante a discussão na reunião plenária da Assembleia da República, como se pode ler na ata, o líder da bancada do PSD, Hugo Soares, aproveitou para atacar diretamente Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, por este ser deputado pelo círculo de Aveiro e se ter esquecido de colocar os acessos a Aveiro no projeto de lei do PS para abolição das portagens.

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Crimes contra idosos subiram 26,4% em quatro anos
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Crimes contra idosos subiram 26,4% em quatro anos

As estatísticas da justiça sobre os crimes contra pessoas com 65 ou mais anos registados pelas autoridades policiais avançam que os crimes contra os idosos aumentaram de 33.469 em 2020 para 42.313 em 2024, o que corresponde a um crescimento percentual de 26,4%. Os dados divulgados esta sexta-feira, 24 de outubro, mostram que em 2020 e 2021 o número de crimes é idêntico (33.469), aumentando para 38.721 em 2022, voltando aumentar para 43.640 em 2023, mas baixou para 42.313 no ano passado. A DGPJ destaca que o aumento de crimes foi ligeiramente superior ao longo dos últimos quatro anos contra os idosos, apesar da maioria dos crimes ser contra a população com menos de 65 anos. As estatísticas indicam também que as pessoas com 65 anos ou mais são principalmente afetadas por crimes contra o património, que constituem 67,5% das ocorrências neste grupo, seguidos por crimes contra as pessoas, com 28,6%. Entre os crimes contra as pessoas, a DGPJ destaca que no ano passado 3.071 idosos foram vítimas de ofensa à integridade física voluntária simples, surgindo a violência doméstica contra cônjuge ou análogo como a segunda categoria de crime mais numerosa, contabilizando 2.434 pessoas com 65 anos ou mais. Outros dos crimes de que esta população foi vítima em 2024 estão a ameaça e coação (951), outros tipos de violência doméstica (812), ofensa à integridade física voluntária grave (80) e, “com menor expressão quantitativa, mas elevada gravidade”, homicídio voluntário consumado (16). Em relação aos crimes contra o património, as estatísticas da justiça sublinham que no ano passado 2.645 pessoas idosas foram vítimas de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas, seguido de 2.409 situações de burla informática ou comunicações. Outros tipos de crimes de que esta população é alvo incluem o furto em veículo motorizado (1.774), o furto em residência sem arrombamento (1.564), o furto de oportunidade de objetos não guardados (1.495), o furto por carteirista (1.441), o furto de veículo motorizado (1.247), o abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento (1.104). A DGPJ avança ainda que os distritos do interior norte e centro do país registam as maiores proporções de crimes contra pessoas idosas, sendo Bragança o que apresenta o valor mais elevado com 25,18%, seguido Vila Real (22,99%), Guarda (22,72%), Castelo Branco (21,83%), Viana do Castelo (20,57%), Santarém (19,98%), Portalegre (18,47%), Viseu (18,40%), Coimbra (18,36%). “Este fenómeno contrasta com os valores observados nos grandes centros urbanos e regiões litorais, onde Lisboa apresenta a menor proporção (11,47%), seguida pelo Porto (13,36%) e Setúbal (13,93%). Apesar de, em termos absolutos, distritos como Lisboa (8.189), Porto (5.911), Setúbal (3.916) e Faro (3.016) registarem mais casos, a sua expressão proporcional é menor devido ao elevado número total de vítimas nestas regiões mais populosas”, refere o documento. A DGPJ explica ainda que para uma "compreensão mais alargada do fenómeno, foi realizada uma análise que considera a população com mais de 65 anos ou mais em cada distrito, para calcular a permilagem das pessoas idosas lesadas/ofendidas/vítimas em cada distrito e assim averiguar o risco para a população idosa de cada área geográfica".  Segundo a nota, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Porto, Viseu e a Região Autónoma da Madeira são os que apresentam "a menor taxa com 3 lesados/ofendidos por cada 1.000 pessoas com 65 anos ou mais".

Pescador resgatado ao largo de Espinho após embarcação virar com golpe do mar
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Pescador resgatado ao largo de Espinho após embarcação virar com golpe do mar

Em declarações à Lusa, o comandante da Zona Marítima do Norte da Marinha Portuguesa, Rui Lampreia, explicou que o alerta foi dado esta sexta-feira, 24 de outubro, por volta das 16h30, de que uma embarcação de pesca tinha virado ao largo de Espinho. A Polícia Marítima conseguiu resgatar com vida o único tripulante da embarcação, um homem com cerca de 70 anos. O tripulante foi assistido pelos Bombeiros Voluntários de Espinho numa ambulância. A embarcação de recreio terá sido “surpreendida pelo golpe do mar”, mas arrojou na praia a norte do Hotel Sol Verde, acrescentou a mesma fonte.

Vereador do Chega diz ser “tempo de devolver a democracia a Aradas” após impasse no executivo
Cidade

Vereador do Chega diz ser “tempo de devolver a democracia a Aradas” após impasse no executivo

Diogo Soares Machado afirma que “as maiorias, absolutas ou relativas, nada mais são do que a expressão da vontade dos fregueses” e que “humildade democrática é respeitar a vontade de quem votou”, defendendo que "quando estes [eleitores] decidem retirar à ainda presidente da Junta a possibilidade de actuar como quer sem prestar contas, isso significa que estão cansados do livre arbítrio e do quero, posso e mando permanente". Segundo o vereador eleito pelo Chega para a Câmara Municipal,o executivo deve existir, mas ser “eficazmente escrutinado e fiscalizado”, algo que diz que “a presidente cessante nunca conseguirá compreender”. Criticou ainda a recusa da presidente Catarina Barreto em aceitar uma auditoria externa às contas e aos processos da Junta, considerando que tal decisão abre a porta à continuação de “atos de gestão danosa e utilização indevida de dinheiros públicos”, numa clara alusão o facto da atual presidente de Junta ter beneficiado indevidamente do regime da ADSE ao longo de 5 anos. O vereador elogia ainda Ricardo Nascimento, eleito do Chega na Assembleia de Freguesia de Aradas, afirmando que será uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Remata dizendo que é “tempo de devolver a democracia a Aradas”. A publicação surge horas depois da suspensão dos trabalhos da Assembleia de Freguesia, na qual o primeiro vogal proposto para o executivo da 'Aliança com Aveiro' foi rejeitado por sete votos contra e seis a favor. A oposição ('Sentir Aradas', PS e Chega) justifica a decisão com a recusa da presidente em aceitar condições essenciais como uma auditoria financeira independente e acesso imediato à documentação determinada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal. Até ao momento Diogo Soares Machado é o único líder de um partido político local, ou candidato nas últimas eleições autárquicas, a reagir ao sucedido.

'Aliança com Aveiro' de Aradas acusa oposição de ter alterado e quebrado acordo à última hora
Cidade

'Aliança com Aveiro' de Aradas acusa oposição de ter alterado e quebrado acordo à última hora

A coligação liderada por Catarina Barreto afirma que, na reunião negocial realizada no dia 22 de outubro, tinha ficado acordado que a oposição aprovaria um executivo da Junta composto exclusivamente por quatro vogais indicados pela Aliança com Aveiro - Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vítor Tavares e Júlio Dias - e que a votação seria feita de forma uninominal. A Mesa da Assembleia teria presidência entregue ao Movimento 'Sentir Aradas', com o PS como primeiro secretário e o Chega como segundo. “Os eleitos das candidaturas 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia”, refere o comunicado. Recorde-se de que a oposição não precisa do apoio da 'Aliança com Aveiro' para aprovar uma proposta sua de composição da Mesa, porque dispõe de maioria na Assembleia de Freguesia. Já a presidente de Junta eleita, que lidera a coligação 'Aliança com Aveiro' em minoria na Assembleia, precisa do apoio da oposição para aprovar o seu executivo. A coligação diz ainda que ficou combinado que a oposição redigiria um documento formalizando o acordo, a ser assinado antes da tomada de posse. Porém, a minuta recebida às 17h08 de quinta-feira, 23 de outubro, “não fazia qualquer referência à eleição dos vogais aprovados” e incluía “exigências e imposições inaceitáveis”, entre as quais uma auditoria externa, “quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião” - e uma “assunção de responsabilidades por assédio” laboral a duas funcionárias da Junta, apesar de a questão estar “a ser analisada pela IGF”. Catarina Barreto afirma ter respondido ao email às 19h24 do mesmo dia, manifestando “desagrado e discordância” face ao documento e reafirmando disponibilidade para acordo, mas garante que não recebeu resposta da oposição. Na sessão de instalação, diz ter cumprido o acordado e submetido à votação o nome de Sandra Sindão - “o primeiro nome acordado por todos” - que acabou rejeitado. A presidente encerrou de seguida a reunião, deixando a Junta em gestão. A 'Aliança' acusa a oposição de protagonizar “um número político pouco conseguido” e de ter agido “sem seriedade, confiança ou responsabilidade”, preferindo “tratar o assunto na comunicação social antes de responder”. A coligação afirma que convocará “nova reunião em breve” para restaurar a normalidade institucional. A posição agora apresentada contrasta com o comunicado divulgado na véspera pela oposição, que acusa Catarina Barreto de ter rejeitado três condições essenciais para viabilizar o executivo: auditoria externa, reintegração de funcionárias e cumprimento imediato da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro. No entendimento da oposição, estas condições são apenas "garantias de transparência", não percebendo porque motivo Catarina Barreto se recusa a aceitar. "Nas eleições para a Assembleia de Freguesia de Aradas, realizadas no passado dia 12 de Outubro, os Aradenses votaram e democraticamente atribuíram os seguintes resultados e mandatos: Aliança com Aveiro – 35,30% que resulta na atribuição de 6 mandatos, Sentir Aradas – 21,82% que resulta na atribuição de 3 mandatos, Partido Socialista – 21,35% que resulta na atribuição de 3 mandatos e Chega – 8,53% que resulta na atribuição de 1 mandato. Em face dos resultados atribuídos e tendo em conta que a Aliança com Aveiro não conseguiu a maioria dos mandatos, a primeira candidata da Aliança com Aveiro e Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, numa atitude de humildade democrática e sentido de responsabilidade, tomou a iniciativa de contactar os lideres das candidaturas do Sentir Aradas, Gilberto Ferreira, do Partido Socialista Sónia Aires e do Chega Ricardo Nascimento, com o intuito de se alcançar um acordo, de forma a instalar os Órgãos Autárquicos da Freguesia de Aradas e a eleição dos vogais que acompanham a Presidente Eleita no Executivo e a Mesa da Assembleia de Freguesia. Foi agendada e realizou-se no dia 22 de Outubro (quarta-feira) uma reunião com a presença de todos os intervenientes acima referidos. Na referida reunião foi manifestada pela Presidente eleita Catarina Barreto a sua intenção de criar uma plataforma de entendimento com regular participação e reuniões com as demais forças politicas eleitas para a Assembleia de Freguesia. Discutiram-se e foram prestados todos os esclarecimentos relativamente ao programa eleitoral e projetos da Aliança com Aveiro, para se encontrarem pontos comuns, uma vez que isso seria o mais importante para a Freguesia. Foram ainda abordadas e prestados todos os esclarecimentos em relação a duas funcionárias da Junta e sobre as funções que desempenham, e ainda sobre o interesse de manter aberto em horário laboral o Armazém da Junta, com a afetação de um recurso humano. Foi também abordada a necessidade da Câmara rever o contrato da Veolia, por forma a existir um varredor na freguesia de Aradas, bem como de uma melhor prestação de serviço da empresa. Terminadas as considerações e esclarecimentos, quando eram 19:00 horas, os eleitos das candidaturas Sentir Aradas, Partido Socialista e Chega, informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia. Seguidamente, foi solicitado que a Presidente de Junta eleita indicasse quem pretendia integrar no Órgão Executivo. A oposição opôs-se à integração de dois candidatos. E foram aceites e ficou acordado por unanimidade que os quatro vogais a integrar o Executivo da Aliança com Aveiro fossem os candidatos Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vitor Tavares e Júlio Dias, ficando também acordado que a forma de votação seria uninominal. Seguidamente, foi discutida a composição da Mesa da Assembleia, tendo ficado acordado por todos a seguinte composição: Presidência – para o Movimento Sentir Aradas, como segunda lista mais votada, sendo o cargo atribuído a Sílvia Neves ou Nélson Silva, após indicação do Movimento; 1.º Secretário – para o Partido Socialista, sendo o cargo atribuído a Beatriz Claro; 2.º Secretário – para o Partido Chega, sendo o cargo atribuído a Ricardo Nascimento Nessa senda ficou ainda acordado a redação de um documento a cargo dos elementos das listas opositoras para ser assinado por todos, antes da tomada de posse, comprometendo-se os mesmos a enviá-lo no dia seguinte (quinta feira – dia 23.10.2025) até à hora de almoço. A reunião foi terminada cerca das 19:35. No dia 23.10.2025, por email, para a Junta de Freguesia, às 17h08 foi rececionado uma minuta de acordo, em claro desrespeito pelos termos acordados por todos e em confronto com a verdade dos fatos ocorridos na reunião, a saber: 1. Desde logo, a minuta do acordo apresentada, estranhamente, não faz qualquer referência à eleição dos vogais aprovados para a constituição do Executivo e da composição da Mesa, conforme foi aprovado por todos; 2. Depois elenca exigências e imposições inaceitáveis relacionadas com a realização de uma auditoria quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião, muito menos discutida ou acordada; 3. Depois fazem uma exigência incompreensível e inaceitável de uma assunção de responsabilidades por assédio, quando não foi acordado nada quanto às trabalhadoras, muito menos quanto à questão do Assédio, que atualmente está a ser analisada pelo IGF e deverá aguardar os ulteriores termos e a decisão a ser proferida pela entidade competente. Em resposta ao acordo proposto, a Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, nesse mesmo dia (23.10.2025 – quinta-feira), às 19h24, enviou um email de resposta a todos os eleitos intervenientes na reunião, manifestando o seu desagrado e a discordância do teor do documento face ao acordado na reunião no que toca aos temas acima expostos. Nesse mesmo email, manifestou uma vez mais a sua intenção e disponibilidade em se alcançar acordo, colocando como principal e único interesse a Freguesia de Aradas. O email foi rececionado por todos os eleitos, que não ousaram sequer dar qualquer resposta. No dia de onten, sexta-feira, dia da agendada Tomada de Posse, de forma pública e em vários órgãos da comunicação social foi dada a notícia das exigências constantes da proposta de acordo apresentada pelos eleitos opositores à Aliança com Aveiro. Quando esses eleitos não responderam ao email da Presidente de Junta eleita. Por coerência e sensatez politica hoje após a Ato de Instalação e na reunião de eleição dos Órgãos Autárquicos, a Presidente eleita, cumpriu religiosamente o que fora acordado por todos na reunião do dia 23.10.2025. Colocou à votação da Assembleia de Freguesia o primeiro nome acordado por todos para vogal do Executivo, o de Sandra Sindão. Tendo o mesmo sido rejeitado pelos eleitos das candidaturas opositoras à Aliança com Aveiro. Tendo de seguida encerrado a reunião. Este ato, provocado pela oposição, deixará o Executivo da Junta de Freguesia em gestão, com os graves prejuízos e limitações na execução de projetos e obras para Aradas e para os Aradenses. Além disso, revela uma conduta política pouco séria, confiável e responsável, por parte da oposição, quando formaliza um acordo, depois o tenta unilateralmente alterar contrariando o acordado, e depois não o cumpre. Lamentavelmente foi um número político pouco conseguido, por parte de toda a oposição, que demonstrou bem que não pretendia celebrar qualquer acordo, ainda mais quando preferiu tratar um assunto privado na comunicação social, sem responder à Aliança com Aveiro. Hoje, com esta posição em bloco e unida de toda a oposição, deu-se mais um mau exemplo de como estar e fazer politica. Foi mais um ataque à credibilidade dos políticos ao princípio da confiança e ao respeito pela democracia e pela vontade do povo. Lamentavelmente quem perde é Aradas e os Aradenses. A Presidente eleita, Catarina Barreto e a sua equipa da Aliança com Aveiro, pautará a sua atuação escrupulosamente pela defesa da verdade, pelo respeito democrático e pela palavra dada a ARADAS e aos seus concidadãos. Tal como determina a lei, será convocada nova reunião em breve para tentar promover e normalizar o funcionamento dos Órgãos Autárquicos da Junta e Assembleia de Freguesia, democraticamente eleitos pelos Aradenses e trazer a tranquilidade institucional que hoje a oposição (Movimento Sentir Aradas, Partido socialista e Chega) em bloco e concertadamente, não quis permitir que acontecesse. As pessoas de Aradas não mereciam o momento político, que vivemos! Mas, cada um terá de assumir as responsabilidades dos seus atos. Apesar de lamentável e triste, o momento, exige-nos que continuemos a defender o bom nome de Aradas e dos Aradenses. A Candidatura Aliança com Aveiro - Aradas"