Ria lança projeto de fact-check e dedica estreia à polémica das portagens de Aveiro na A25
A Ria – Rádio Universitária de Aveiro estreia hoje o seu novo projeto de fact-checking, o ‘Ria-Check’, com o principal objetivo de confirmar a veracidade de afirmações proferidas no espaço público pelos diferentes protagonistas da universidade, cidade e região de Aveiro. O tema de hoje é referente à polémica da ausência do troço de Aveiro na proposta para abolição das portagens nas ex-SCUT.
Redação
PSD/CDS votaram contra a abolição das portagens na A25 por não incluir os pórticos de Aveiro
A afirmação é falsa. “O próprio PSD e o CDS votaram contra porque viram logo na proposta inicial que ela não era justa, porque não contemplava este três pórticos”, afirmou ontem Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e vogal da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro, em declarações à SIC, depois de criticar Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, pela não inclusão da concessão da Costa de Prata da A25 (que liga a Barra a Albergaria-a-Velha e inclui três pórticos com portagens durante o seu troço) na proposta para a abolição das portagens em várias autoestradas do país.
Na ata da reunião plenária da Assembleia da República, datada de 2 de maio de 2024, onde se procedeu à discussão do Projeto de Lei n.º 72/XVI do Partido Socialista, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, os deputados do PSD Hugo Soares e Cristóvão Norte afirmam que o seu partido defende “um sistema integrado que respeite o princípio do utilizador-pagador” e uma “redução gradual” das portagens. Na mesma ata não é referido, em nenhum momento, que PSD/CDS iriam votar contra a proposta do PS por esta não incluir os pórticos de Aveiro.
Recorde-se que, tal como noticiou a Resnascença, Hugo Soares, líder da bancada do PSD, durante uma reunião do seu grupo parlamentar, invocou “disciplina de voto” a todos os deputados do seu partido, argumentado que “o PSD nunca defendeu a eliminação imediata das portagens e que o projeto de lei da AD que irá a votos no debate prevê a redução de 50% e que a abolição significa uma despesa na ordem dos 200 milhões de euros”.
Ângela Almeida (PSD) defendeu princípio de utilizador-pagador na A25
A afirmação é verdadeira. A atual deputada do PSD à Assembleia da República que é ainda presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e vice-presidente da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro é uma das autoras do Projeto de Resolução nº 61/XVI/1ª com o título “Pela redução gradual e financeiramente responsável de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas”, datado de 26 de abril de 2024.
Neste Projeto de Resolução, os grupos parlamentares do PSD e CDS-PP recomendam ao Governo “uma redução de portagens ambiciosa”, “com respeito pela sustentabilidade das finanças públicas” e que não coloque “em causa os princípios do utilizador-pagador e poluidor-pagador (...) contemplando as vias A22, A23, A24, A25, A28, A4, A13”.
PS ignorou avisos do PSD sobre a ausência dos pórticos de Aveiro na sua proposta de lei para abolição de portagens nas ex-SCUT
A afirmação é verdadeira. No Projeto de Lei n.º 72/XVI, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, datado de 22 de abril de 2024, o Partido Socialista (PS) apenas colocou na proposta a abolição das portagens no troço da A25 – Beiras Litoral e Alta que liga Albergaria-a-Velha a Vilar Formoso.
Durante a discussão na reunião plenária da Assembleia da República, como se pode ler na ata, o líder da bancada do PSD, Hugo Soares, aproveitou para atacar diretamente Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, por este ser deputado pelo círculo de Aveiro e se ter esquecido de colocar os acessos a Aveiro no projeto de lei do PS para abolição das portagens.
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Autárquicas 2025: Alberto Souto deverá ser apresentado como candidato do PS-Aveiro nos próximos dias
A informação da data da votação do candidato à CMA foi avançada, esta quinta-feira, 9 de janeiro, à redação da Ria. O candidato deverá ser pré-anunciado na sequência de um almoço de militantes do Partido Socialista marcado para o próximo sábado. Já no dia 18 de janeiro, a Comissão Política Concelhia do PS-Aveiro irá reunir-se para cumprir formalidades e votar o candidato à CMA. Fonte próxima do PS confirmou à Ria, esta quinta-feira, que o nome mais provável para esse lugar será o de Alberto Souto de Miranda. Recorde-se que na grande entrevista à Ria Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, reconheceu que o nome de Alberto Souto de Miranda era um “excelente nome” e “dos melhores currículos que o PS tem”. Alberto Souto de Miranda foi presidente da CMA entre 1998 e 2005, único período em que o PS conseguiu liderar a autarquia local. Integrou o Governo de António Costa como secretário de estado Adjunto e das Comunicações. Durante o seu percurso conta com passagens pela ANACOM, como vice-presidente, pelo conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Europeu de Investimento. Recentemente, anunciou ainda um livro com 101 propostas para o futuro de Aveiro.
Ipatimup: 4.ª edição da iniciativa “Tratar o Cancro por tu” passa por Aveiro
Em comunicado, o instituto do Porto esclarece hoje que este novo ciclo de sessões pretende debater os avanços científicos e as terapias mais recentes, bem como simplificar conceitos e alertar para a necessidade do diagnóstico precoce e prevenção. Entre 23 de janeiro e 03 de abril, a iniciativa vai passar por várias cidades e dedicar-se a temas como o papel da hereditariedade, a vida após o cancro, o cancro e riscos ambientais, o cancro, alimentação e nutrição, a medicina oncológica de precisão e a prevenção e deteção precoce. Desde o arranque da iniciativa, em janeiro de 2022, foram realizadas 18 sessões em dez cidades portuguesas, que juntaram mais de 2.200 participantes.
A25: Chega avança com projeto de lei para eliminar portagens de Aveiro
Em entrevista à Ria, Maria José Aguiar começou por explicar que o partido avançou, inicialmente, com um requerimento “no dia 3 de janeiro” para chamar o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, à Assembleia da República, com o objetivo de explicar os motivos que levaram a Ascendi a interpretar que a lei aprovada não se referia à abolição das portagens em toda a A25, mas apenas ao troço entre Albergaria-a-Velha e Vilar Formoso (Concessão Beiras Litoral e Alta). “É estranho… Parece que houve aqui um aproveitamento de deixa ficar assim, porque assim ainda aproveitamos ali as três portagens. Aliás, o mais estranho é que veio a público um deputado do PS dizer que eles [Grupo Parlamentar do PS] tinham visto isso. Tinham visto e tinham deixado passar… (…) É flagrante como deixam passar uma coisa destas [no projeto de lei]”, realçou. Segundo a deputada do CH pelo círculo eleitoral de Aveiro, a proposta do partido “sempre foi (…) e a nossa luta continua para que seja isenta toda a A25 desde a Praia da Barra até Vilar Formoso”. “De tal forma que nós não nos ficamos apenas pelo requerimento (…) Penso que esta quinta-feira mesmo senão, no máximo, sexta-feira [10 de janeiro] irá entrar também um projeto de lei que vai na intenção de revogar nesse ponto o anterior projeto de lei em que vamos incluir que seja revogado, ou melhor, que seja acrescentado o tal troço que pertence à Costa de Prata nesses três pórticos”, frisou. Para Maria José Aguiar o percurso alternativo da “Nacional 109” não serve o seu propósito. “É um percurso em que no espaço de 2 quilómetros e 300 metros tem cerca de 14 lombas e dezenas de sinais de proibição a andar a mais de 30 [quilómetros por hora]. Estamos a passar no meio de Cacia, um lugar nos arredores de Aveiro que é altamente movimentado... E com outra agravante (…) ao nível das empresas, porque este troço da N109 está proibido ao trânsito de pesados (…) Isto é inconcebível. Não pode acontecer quando há ali uma ligação ao porto de Aveiro (…) Da nossa parte vamos até às últimas instâncias para conseguir reverter esta situação e para que fique resolvida o mais rápido possível. É esta a nossa intenção”, insistiu. Confrontada com o projeto de lei do BE, Maria José Aguiar realçou que “ainda bem que há mais pessoas atentas a essa situação”, alertando que o projeto lei [apresentado pelo BE] já foi “posterior” ao requerimento do Chega. Sobre possíveis manifestações contra os pórticos na concessão “Costa de Prata”, a deputada do Chega adiantou ainda que o partido ainda não pensou nesse tipo de iniciativas e que no caso de existir [por parte da população] que o partido apoiará e estará “junto com a população”.
Pena suspensa para mãe de aluna que agrediu professora em escola de S. João da Madeira
A mulher foi julgada por ter agredido com uma bofetada a professora, no interior de uma sala de aula, diante de alunos de uma turma do 7.º ano. O Tribunal de S. João da Madeira condenou a arguida pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada, na pena de sete meses de prisão, suspensa na sua execução pelo período de um ano, com a obrigação de pagar mil euros à ofendida, decisão que foi agora confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto (TRP). Os juízes desembargadores decidiram, no entanto, revogar a condição de suspensão da execução da pena de prisão ao pagamento de mil euros, devido às dificuldades económicas da arguida. “Considerando que a arguida vive abaixo do mínimo existencial, afigura-se desadequada a sujeição da suspensão da pena ao pagamento de 1.000 euros, devendo revogar-se a sentença nessa parte, retirando-se a condição imposta do pagamento de tal quantia”, lê-se no acórdão datado de 11 de dezembro de 2024. Na sentença, os juízes realçam a gravidade da ilicitude do facto, tendo em conta o modo de atuação, com “a invasão ilegítima e em grupo duma escola, ultrapassando dois funcionários que procuraram impedir a entrada do grupo, a invasão grupal duma sala de aula onde estavam alunos de 12 anos, culminando na agressão”. “É preciso tentar pôr termo a esta frequente utilização da força bruta e embrutecida em meio escolar contra os professores, que muitas vezes são sovados e humilhados no e por causa do exercício da sua nobre missão de ensinar”, diz o TRP. Os factos ocorreram no dia 14 de março de 2022, numa escola secundária de São João da Madeira. Durante a aula, a professora apercebeu-se que uma aluna se encontrava a usar o telemóvel e disse-lhe para desligar o aparelho, o que aquela não fez, acabando depois por insultá-la e abandonar a sala de aula com o telemóvel na mão. No mesmo dia, os pais da aluna acompanhados de outra filha e do genro dirigiram-se à escola para pedir satisfações à docente e entraram no estabelecimento, ignorando os avisos de proibição dos funcionários que estavam na portaria e na secretaria. A mulher acompanhada dos restantes elementos conseguiu entrar numa sala de aula onde a professora estava a dar uma aula a crianças com cerca de 12 anos de idade, e a dado momento, sem que nada o fizesse prever, desferiu naquela uma estalada.