AAAUA volta a obter resultados líquidos positivos em 2024
A Associação de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro (AAAUA) reuniu o seu Conselho Consultivo esta segunda-feira, 25 de novembro, na Sala do Senado da UA.
Redação
Como ponto prévio à Ordem de Trabalhos da direção da AAAUA, procedeu-se à tomada de posse do novo diretor-geral do Parque de Ciência e Inovação (PCI), Luís Barbosa, que assumiu estas funções a 1 de julho deste ano e se mostrou “grato pelo convite para integrar este órgão, dando conta da sua disponibilidade para colaborar e cooperar com os propósitos da associação”, aportando alguns contributos concretos para a consolidação da Comunidade Alumni.
Após a investidura do novo membro, a reunião começou com uma apresentação dos principais indicadores de atividade da associação, com Pedro Oliveira a destacar “o aumento do número de sócios, o número de quotas regularizadas, o número de parcerias ativas e da sustentabilidade financeira da AAAUA, evidenciando os resultados líquidos positivos dos exercícios de 2022, 2023 e 2024 e as possibilidades de realização de parcerias plurianuais, a concretizar no curto prazo”.
Seguidamente, foi a vez de uma intervenção reflexiva sobre o papel da associação e das suas potencialidades no contexto interno e externo, tendo como convidado Júlio Pedrosa, antigo reitor da UA e sócio honorário da AAAUA. No decurso da análise que fez evidenciou “o extraordinário trabalho da atual direção, com atuação dinâmica e competente” e a “vantagem enorme da estrutura interna que criaram com os Núcleos Alumni, para além da evidente capacidade de resposta da Associação” para depois elencar algumas das áreas de desenvolvimento do trabalho atual, entre elas, “a ligação às empresas e aos atores da região, a criação de um fórum de perguntas, onde se possam colocar questões de interesse para alguns dos problemas mais prementes do mundo atual e a reflexão sobre uma ação para os interiores de Portugal”.
A reunião contou similarmente com uma intervenção de todos os conselheiros presentes – Rui Lopes, Elisabete Rita, Luís Barbosa, Rogério Nogueira, Luís Almeida, Gonçalo Paiva Dias e António Soares - evidenciando-se um comum reconhecimento perante os resultados apresentados pela atual direção e os indicadores de impacto revelados e o contributo com algumas sugestões de ações e iniciativas a desencadear pela associação, denotando-se a “internacionalização e a diáspora” como propostas de aspetos a fortalecer no âmbito da atuação da AAAUA.
Recomendações
AAAUA organiza concerto solidário de Natal a favor da Cáritas de Aveiro
Este concerto inclui a atuação do artista Luís Trigacheiro, natural de Beja. Com o Alentejo enraizado na sua cultura e na personalidade, a tour “Fado do Meu Cante” chega assim a Aveiro e no alinhamento serão incluídos os seus já conhecidos singles “O Meu Nome É Saudade” e “Peixe Fora d’Água”, assim como algumas outras surpresas. Este concerto contará ainda com a atuação dos SENZA, uma banda formada por dois antigos alunos da UA: Catarina Duarte e Nuno Pedro Caldeira. Com três discos editados e um expressivo percurso internacional, os SENZA são um caso notável da nova música portuguesa. Nos últimos meses tocaram em alguns dos mais notáveis e exóticos festivais de músicas do mundo, na Índia, no Chile, no México, Japão, Austrália, Indonésia, Coreia do Sul e China e ainda fizeram uma grande viagem com o filho de seis anos pelo sudeste asiático. Eis os SENZA, músicos e viajantes, que compõem canções inspiradas nas viagens e na visão que trazem do mundo. Têm vindo a fazer parcerias com músicos de renome como Rão Kyao, Júlio Pereira, Carlão e Lena d'Água, e conquistaram mais de 200 palcos em todos os continentes. O concerto será solidário com recolha de bens de Natal (bacalhau, bolo-rei, azeite e enlatados) a favor da Cáritas de Aveiro, para doação às famílias carenciadas que auxiliam. O bilhete tem um custo de 12 euros e está disponível aqui.
UA: Joana Regadas anuncia candidatura à presidência da AAUAv
Em entrevista à Ria, a atual estudante no Mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade de Aveiro (UA) revelou que “não foi uma decisão fácil” e que quer retribuir aos estudantes o que a AAUAv lhe deu, ao longo destes dois anos, com esta candidatura. “A Associação Académica deu-me muito. Deu-me voz. A minha personalidade não era assim. Sempre tive opiniões, mas sentia que não tinha espaço para as divulgar nem à vontade para as discutir (…) Isso foi das coisas que mais me motivou a aceitar o desafio no meu primeiro ano e de me estar agora a colocar nesta posição”, expressou. “Sei que não é uma posição fácil e que requer muito empenho e muita responsabilidade, mas sei que acima de tudo me permite não só usar a minha voz, mas dar voz aos estudantes. É um privilégio da minha parte ter a oportunidade de fazer isso”, frisou Joana. Apesar de não querer revelar já os objetivos da sua candidatura destacou que “um dos grandes pilares” passará pela saúde mental. “Apesar de ser um assunto que é constantemente falado ainda não são vistos os resultados. Nós queremos sentar-nos à mesa e apresentar qual é a realidade… E temos de ser francos... Não é muito boa, atualmente”, frisou. Para Joana Regadas é necessário trabalhar esta temática com os núcleos dos diferentes cursos, nomeadamente, com formações. “Muitos destes núcleos acabam por ser o primeiro contacto com estes estudantes”, considerou. Sobre a sua equipa [constituída por 39 estudantes] destacou que há “renovação de rostos” e que a mesma é composta também por estudantes que já tinham, anteriormente, integrado a AAUAv. Neste segundo caso, a estrutura “não se cinge à direção, mas a toda a estrutura de núcleos e órgãos sociais. Há caras conhecidas mesmo que não fizessem parte da direção”, adiantou. Para a atual vice-presidente adjunta da AAUAv é “importante haver uma pluralidade daquilo que são as pessoas que fazem parte do projeto para que a voz seja mais abrangente e seja mesmo um projeto que represente toda a comunidade e as diferentes realidades”. Questionada ainda pela Ria se está confiante, relativamente, à sua lista, Joana Regadas assegurou que tem um “projeto seguro e muito robusto”. “Estamos a construir algo que vá ao encontro daquilo que as pessoas que estão envolvidas no projeto acreditam ser o futuro e o passo a seguir para a direção e como a estrutura como um todo”, afirmou. “Nós não fazemos um projeto a pensar só na direção, mas a pensar na estrutura da direção académica que envolve imensos dirigentes”, continuou. Numa nota final, a atual vice-presidente adjunta da AAUAv destacou que “quer chegar aos estudantes e acima de tudo que os estudantes sintam que podem chegar até nós”.
UA: Estudantes denunciam “ditadura” no DFis
Foi enviado ontem, dia 20 de novembro, um email aos estudantes do DFis da UA. “Não me resta outra opção que não seja encerrar o átrio do DFis aos alunos a partir de amanhã”, lê-se no email enviado por João Miguel Dias aos estudantes, a que a Ria teve acesso. Durante esta quinta-feira, dia 21, o espaço esteve encerrado. Em declarações à Ria, João Miguel Dias garante que a medida veio para ficar. Neste momento, para o diretor do DFis, o espaço está “encerrado hoje e para sempre”. “É mais um dia normal no departamento de Física”, ironizou um dos estudantes do DFis à Ria. “Nós constantemente recebemos emails a avisar sobre o comportamento, que não podemos confraternizar e que não podemos colocar as mochilas em cima da mesa”, explicaram. “São repetitivos os emails que o diretor manda a ameaçar”, afirmam. “O primeiro email que ele mandou este ano letivo foi exatamente a ameaçar e a avisar”, revelam os estudantes. Os estudantes destacam ainda que este email [do dia 20 de novembro] difere dos anteriores por ameaçar, pela primeira vez, o encerramento das salas de estudo. “Infelizmente tenho verificado que o mau comportamento por parte dos alunos se está a propagar para outros espaços e sala de estudos do DFis (…) no futuro não hesitarei em encerrar também os espaços ou salas de estudo onde se verifique que os alunos não sabem usufruir das condições que lhes são proporcionadas pelo DFis”, lê-se no email. O átrio é, para alguns estudantes, “um espaço em que as pessoas costumam vir para esperar pelas aulas e não é diferente dos outros departamentos, nós não somos piores que as pessoas dos outros departamentos”, garantem. O espaço é ainda utilizado pelos estudantes para estudar e fazer trabalhos, tal como acontece nos restantes departamentos da UA. “Há departamentos que têm puff’s para as pessoas conviverem”, apontam os estudantes do Departamento de Física. Os estudantes do DFis relatam ainda não ser a primeira vez que o diretor encerra o espaço. “A primeira vez que ele fechou (…) colocou um sistema de alarme de 60 decibéis”. “Trata-nos como se fossemos crianças e não estudantes universitários”, reparam. A medida é ainda apontada como os estudantes como “ridícula”. “Nós dizemos que isto é uma ditadura”, apontam. Segundo os estudantes, inicialmente o sistema instalado “funcionava extremamente mal”. “Foi mudada a máquina da comida porque ela ativava o alarme: caía uma garrafa de água ela ativava, arrastávamos a cadeira aquilo ativava”, exemplificam. Numa zona que é de entrada e passagem de pessoas, os estudantes afirmam que a medida não faz sentido. A única pessoa que se queixa do barulho, garantem, é o diretor do departamento. “No máximo, ele diz que as pessoas da secretaria se queixam” referem os estudantes enquanto sublinham que, mesmo assim, “é ele [diretor] que diz”. João Miguel Dias, diretor do Departamento de Física da UA encerrou o átrio do departamento devido a “comportamento inaceitável e perturbador do normal funcionamento do departamento que têm neste espaço”, lê-se num email enviado aos estudantes do departamento. João Miguel Dias refere no mesmo email que “têm sido frequentes os avisos aos alunos” e que “lamentavelmente estes avisos têm sido ignorados sistematicamente, e o seu mau comportamento tem persistido”. À Ria, o diretor do DFis voltou a sublinhar as ideias contidas no email enviado aos estudantes referindo que o barulho perturba o trabalho da secretaria, que fica localizada também no átrio do Departamento. “Sou o diretor do Departamento de Física, tenho competências para gerir os espaços do DFis de acordo com os objetivos e a missão do departamento”, começa por esclarecer João Miguel Dias. O diretor do departamento deu ainda conta de que o DFis “tem uma lacuna imensa de espaço” no que toca aos investigadores. “Tem imensos investigadores que não conseguem ter laboratórios para realizar os seus trabalhos”, afirmou. “O Departamento de Física tem a função de criar espaços de estudo para os seus estudantes, não tem a função de criar espaços de convívio”, reforçou João Miguel Dias. Referiu ainda que, apesar de existirem máquinas de café e de comida na área do átrio, “é proibido comer” dentro do departamento. Quando confrontado com a realidade de outros departamentos da Universidade de Aveiro, nomeadamente o Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT), onde os estudantes utilizam o átrio como espaço de convívio e alimentação, o diretor referiu que “talvez os alunos do DSCPT se saibam comportar enquanto os do Departamento de Física não sabem”. João Miguel Dias sublinhou ainda ter criado “vários espaços de estudo para proporcionar melhores condições de trabalho aos estudantes deste departamento”. “Os estudantes (…) não se sabem comportar num local público que está destinado a ser um espaço de estudo”, completou. “Entendem esse espaço de estudo como um espaço de convívio, apesar de sistematicamente alertados para esse mau comportamento”, refere João Miguel Dias. Parte do alerta é feito, inclusive, por um medidor de decibéis. Um pequeno visor faz parte do sistema instalado e mostra aos estudantes os decibéis registados no espaço. “<60 dB Noise Alert” lê-se no cartaz colocado abaixo do visor. Foi instalado há mais de dois anos, segundo o diretor, de forma a “tentar ajudar [os estudantes] a ter um alerta para se comportarem e foi-lhes explicado porquê”, explicou João Miguel Dias. Quando os decibéis chegam ao limite definido, o sistema dispara. Rodrigo Sá, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Física (NEEF) refere também que a situação é algo “que se arrasta há algum tempo”. O dirigente do NEEF explica que entende a posição do departamento e admite que o barulho feito no átrio possa afetar “o funcionamento das atividades administrativas do departamento”. No entanto, Rodrigo Sá acredita também que como “não há um espaço para convívio”, os estudantes se concentrem na zona do átrio para esse efeito. Rodrigo sublinhou ainda que “há vários espaços de estudo” no departamento, algo que considera “um ponto positivo”. Sobre existirem várias salas de estudo, Wilson Carmo, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sublinha que “é muito bom para o próprio DFis mas um departamento tem de ser visto como um todo”, refere. O presidente da AAUAv entende, por sua vez, que o encerramento do átrio “demonstra que temos um diretor de departamento que não tem qualquer tipo de tato para os estudantes”. O dirigente associativo refere que a maioria dos departamentos da UA têm um espaço onde os estudantes se podem juntar para conviver e fazer as suas refeições caso pretendam. “O único espaço que o DFis tem é o átrio”, indica Wilson Carmo. “É normal que os estudantes naquele espaço queiram fazer as suas refeições quando entendem fazer as suas refeições, ainda para mais numa altura de inverno: não vamos obrigar os estudantes a estarem na rua, à chuva, ao vento e ao frio quando têm um espaço lá dentro que podem utilizar”, refere o dirigente associativo. Wilson sublinha ainda que João Miguel Dias “tem naturalmente de se enquadrar - e nota-se que tem muito que se enquadrar - com aquilo que é a orgânica da UA”. “Claramente que o diretor do DFis está completamente alheio àquilo que é a realidade da Universidade de Aveiro”, reforça. O dirigente associativo sublinhou que vai entrar em contacto com o reitor, tendo afirmado que “a situação como está agora tem obrigatoriamente de alterar”. Caso essa alteração não se verifique, o presidente da AAUAv acredita que é necessário “repensar as pessoas que temos à frente do Departamento de Física”. A Ria já contactou o gabinete do reitor da UA que afirmou “por enquanto” não querer prestar qualquer tipo de declaração. Deixou, no entanto, a garantia de que iria proceder à verificação da situação.
UA: ‘Feira de Emprego Universidade 5.0’ quer “juntar” os estudantes e as empresas
Para Sabrina Guimarães, atual estudante do 1º ano do mestrado em Marketing na UA, a Feira de Emprego foi uma “surpresa agradável”. Diretamente do Brasil, escolheu a UA, este ano, por ser uma Universidade que aposta em cursos direcionados “para as áreas da inovação e da criatividade”. “Acho que foram estes aspetos que fizeram os meus olhos brilhar um pouco mais pela UA e por Aveiro”, confidenciou à Ria com um sorriso rasgado. Completamente “surpreendida” pelo espaço que encontrou [Caixa UA] e a aguardar pela sua vez para conversar com mais uma empresa, repleta de “brindes” nas suas mãos, no primeiro dia, a jovem de 29 anos partilhou a sua satisfação por ver a UA a aderir a este tipo de iniciativas. “É uma grande oportunidade (…) A UA é uma universidade que te enriquece academicamente e agora também ao conectar as empresas aos universitários”, sustentou. Apesar de ainda estar a prosseguir os estudos, o percurso profissional de Sabrina começou já há cinco anos. Ainda assim, face à oportunidade [da Feira de Emprego], não deixou de “tentar a sua sorte” nas entrevistas de emprego. “Tenho uma entrevista esta quarta-feira… Estou nervosa, mas com a idade e com a experiência já começo a ficar mais habituada. Já estou nesta caminhada profissional há algum tempo, mas não vou negar que tenho um certo friozinho na barriga”, partilhou. Entre as mais de 30 empresas que marcaram presença esta terça-feira, 19 de novembro, ou seja, no primeiro dia da Feira de Emprego, esteve a Martifer. Uma empresa mais direcionada para as áreas da construção metálica, da indústria naval e das energias renováveis. Enquanto técnica de recursos humanos na Martifer e responsável por representar a empresa na Feira de Emprego, Cristina Pereira destacou a positividade da iniciativa para a empresa e para os alunos. “No nosso caso já não é a primeira vez que participamos. Aliás, neste momento, temos vários alunos da UA a trabalhar connosco já há alguns anos”, assegurou. Com cerca de 20 entrevistas realizadas, Cristina destacou que o objetivo passou por “falar com alguns dos alunos que nós achamos que estavam já numa fase de conclusão [do curso] sobre algumas das áreas que temos com mais regularidade processo de recrutamento em aberto”. Também de visita à Feira de Emprego, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, sublinhou a felicidade que sentiu ao concretizar, juntamente com a AAUAv, a quinta edição. “Começamos em 2019 e houve um ano de interregno por causa da pandemia (…) Achamos que vale mais a pena ter menos eventos com mais impacto do que muitos eventos e redundantes”, reconheceu. Pela primeira vez a acontecer no edifício da Caixa UA [a Feira de Emprego], Paulo Jorge Ferreira reconheceu que o espaço permitiu uma maior “interação natural” e que tornou o evento “mais apelativo”. A Nave Multiusos Caixa UA “foi pensada para permitir à UA crescer na vertente académica, cultural e desportiva…. Tem cumprido essa missão e vai continuar a cumprir”, frisou. No que toca às expectativas dos três dias, o reitor da UA disse esperar que “haja mais contacto entre os estudantes e as empresas… Trazer um para junto do outro… É assim que deve ser”, sugeriu, realçando que aguarda que “saiam daqui muitos projetos e ideias para o futuro”. Wilson Carmo, presidente da AAUAv foi de encontro a esta ideia e defendeu que a Feira de Emprego é a prova de que a UA “é uma universidade aberta e que está de portas abertas”. “Há esta interação e vontade de cooperação com o mercado de trabalho… Os estudantes reconhecerem isso também é muito importante”, exprimiu. “Há estudantes aqui que estão a terminar o curso e que estão, neste momento, à procura de emprego. Esta oportunidade de terem aqui o primeiro contacto é muito bom… Também há estudantes que ainda não acabaram o curso, mas que vêm já cá para começarem a ter contactos e para aprenderem como é que se tem uma entrevista de emprego”, explicou o presidente da AAUAv. De acordo com Wilson Carmo, no total dos três dias do evento, “estão agendadas e vão acontecer mais de 970 entrevistas pelas 114 empresas que cá estão”. “Fora isso vão também acontecer entrevistas espontâneas o que quer dizer que vai haver muito recrutamento por aqui”, adiantou. O líder da AAUAv reconheceu que a Feira de Emprego complementa o propósito da UA. “A Universidade de Aveiro quando nasceu era muito uma instituição regional. Neste momento somos uma instituição do mundo (…) Reter estudantes (…) para desenvolverem a região e consecutivamente a região poder-se desenvolver com a UA esse é o mote”, recordou. No período da tarde, Joaquim Felisberto, formador na academia do Doutor Finanças, deu ainda a conhecer um “manual de sobrevivência pós curso”. Com uma “talk” direcionada para a literacia financeira deixou uma mensagem “positiva” às dezenas de estudantes que por ali se encontravam e que o escutavam atentamente. “É possível sobreviver pós o curso? Claro que é… Desde que as pessoas tenham algumas ferramentas e que consigam organizar a sua vida, nomeadamente, através da concretização de um orçamento familiar”, afirmou em entrevista à Ria. Joaquim Felisberto assegurou que está na altura do “Estado” e do “Ministério da Educação” colmatarem esta falta de literacia financeira nas escolas, a nível nacional. “Aliás, nós somos o penúltimo país da União Europeia em termos de literacia financeira não há de ser por acaso… Atrás de nós só a Roménia”, recordou. Segundo este formador, os estudantes deviam ser expostos a esta temática a partir dos “oito ou nove anos”. “Era aí que devíamos começar…”, reconheceu. Apesar desta realidade, Joaquim Felisberto deixou a nota de que os jovens estão mais despertos para a área financeira, principalmente, para os investimentos. “É aquilo que eles acham que é mais sexy, mas para se chegar aos investimentos primeiro é preciso outras coisas…. Tem de se poupar, juntar dinheiro e só depois é que posso investir”, relembrou. A Feira de Emprego Universidade 5.0 é uma iniciativa conjunta da UA e da AAUAv que tem como objetivo aproximar os estudantes e diplomados da UA do mercado de trabalho, através da promoção do contacto com entidades empregadoras, do fomento de ações promotoras da sua capacidade empreendedora e da criação do próprio emprego. A atividade decorre até esta quinta-feira, 21 de novembro, na Nave Multiusos Caixa UA. O espaço expositivo [stands] e para entrevistas está aberto entre as 10h00 e as 17h00. À semelhança do primeiro dia, a Caixa UA recebe também esta quarta-feira, 20 de novembro, pelas 15h30, mais uma talk sobre “Empreendedorismo: A Chave para o Trabalho” com Samuel Xavier, Community & Project Manager e na quinta-feira, 21 de novembro, sobre a “Mobilidade na Empregabilidade” com Pedro Almeida, Erasmus Student Network.
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AAAUA organiza concerto solidário de Natal a favor da Cáritas de Aveiro
Este concerto inclui a atuação do artista Luís Trigacheiro, natural de Beja. Com o Alentejo enraizado na sua cultura e na personalidade, a tour “Fado do Meu Cante” chega assim a Aveiro e no alinhamento serão incluídos os seus já conhecidos singles “O Meu Nome É Saudade” e “Peixe Fora d’Água”, assim como algumas outras surpresas. Este concerto contará ainda com a atuação dos SENZA, uma banda formada por dois antigos alunos da UA: Catarina Duarte e Nuno Pedro Caldeira. Com três discos editados e um expressivo percurso internacional, os SENZA são um caso notável da nova música portuguesa. Nos últimos meses tocaram em alguns dos mais notáveis e exóticos festivais de músicas do mundo, na Índia, no Chile, no México, Japão, Austrália, Indonésia, Coreia do Sul e China e ainda fizeram uma grande viagem com o filho de seis anos pelo sudeste asiático. Eis os SENZA, músicos e viajantes, que compõem canções inspiradas nas viagens e na visão que trazem do mundo. Têm vindo a fazer parcerias com músicos de renome como Rão Kyao, Júlio Pereira, Carlão e Lena d'Água, e conquistaram mais de 200 palcos em todos os continentes. O concerto será solidário com recolha de bens de Natal (bacalhau, bolo-rei, azeite e enlatados) a favor da Cáritas de Aveiro, para doação às famílias carenciadas que auxiliam. O bilhete tem um custo de 12 euros e está disponível aqui.
Meio milhão de euros para reabilitar 32 quilómetros do rio Cértima na Mealhada e Anadia
“Temos muita vegetação que é preciso tirar, melhorar a galeria ripícola, mas fazendo uma coisa muito importante, que é usar a natureza. Não queremos betão no rio, podemos é usar materiais naturais como a madeira para melhorar as condições do rio”, destacou. As câmaras municipais de Anadia e Mealhada (distrito de Aveiro) celebraram hoje um protocolo de parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, para a reabilitação e valorização do rio Cértima. Na sessão de assinatura do protocolo, que decorreu no Palace Hotel do Bussaco, no concelho da Mealhada, Pimenta Machado destacou que serão reabilitados 32 quilómetros de um total de 500, a executar por todo o país. Esta intervenção irá ocorrer em 17,5 quilómetros do domínio hídrico do rio Cértima e afluentes no concelho a Mealhada e em 14,5 quilómetros do concelho de Anadia. Servirá para minimizar os efeitos das cheias nas cidades de Anadia e Mealhada e nas áreas agrícolas, bem como para garantir a segurança das pessoas e bens, através da estabilização, renaturalização e melhoria integrada dos corredores ribeirinhos, conciliando soluções hidráulicas com soluções baseadas na natureza, promotoras da retenção natural. De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, esta intervenção irá dar uma vida nova ao rio Cértima. “É um passo de gigante para contrariar a lenda da Rainha Santa Isabel, que dizia que a água que corria neste rio era por ‘certo má’, o que originou, diz o povo, o nome do rio Cértoma [Cértima]. Que a Rainha nos perdoe, mas queremos mudar o rumo da história”, referiu. No seu entender, esta é uma forma de olhar para o rio com respeito e de o devolver à população, “num ato de justiça, mas também cultural e social”. “Para isso, há que levar a cabo a revitalização das suas margens, a valorização da fauna e da flora, a criação de percursos pedestres e cicláveis e zonas para que as famílias possam conviver mais perto do rio”, acrescentou. Ao longo da sua intervenção, o autarca informou ainda que, depois deste “sinal positivo da APA”, vão começar a estruturar percursos pedestres, valorizar as ribeiras do concelho e criar zonas balneares, entre as quais a reabilitação e valorização da bacia hidrográfica da Ribeira da Vacariça e da Ribeira de Várzeas e da criação de espelhos de água nas localidades de Santa Cristina, Barro, Várzeas e Ferraria. “Gostaríamos que este projeto pudesse ser alvo de apoio do Fundo Ambiental da APA. Queremos fazer mais e estamos disponíveis para sermos parceiros nesta mudança positiva pelo ambiente”, salientou. Já a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, congratulou-se com a intervenção numa das linhas de água mais importantes do seu concelho. Esta reabilitação é “urgente” e é “premente a requalificação das suas margens”, sustentou. “Vai ser um processo difícil, porque esta intervenção não agrada a toda a gente. Por isso, é fundamental realizar ações de informação e sensibilização junto da população”, indicou a autarca. A reabilitação e valorização do rio Cértima, ao longo de 32 quilómetros dos concelhos de Anadia e Mealhada, tem um prazo de execução 120 dias. A obra será apoiada pela Agência Portuguesa do Ambiente, através do Fundo Ambiental.
Aveiro liga as luzes de Natal este domingo
Concertos, teatro, dança, magia, circo, oficinas, videomapping e instalações imersivas, espetáculos piromusicais e multimédia vão ser as iniciativas acolhidas em Aveiro, até dia 13 de janeiro de 2025. Integrado na programação de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, o evento conta com a participação de associações culturais e artistas locais e inclui outras iniciativas como a corrida de São Silvestre de Aveiro e Roteiros Culturais e Turísticos. “Boas Festas em Aveiro é um programa cultural com propostas assentes no espírito natalício e dirigidas a todas as idades. Este evento é uma aposta da CMA que reveste a cidade de um conjunto de experiências culturais diversificadas – maioritariamente gratuitas –, adornadas pelas instalações luminosas, que se estendem por todo o território, e pela Grande Árvore de Natal, uma das maiores da Europa e que é já uma imagem de marca do Município”, afirma José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. O acender da iluminação de rua e da Árvore de Natal, acompanhado pelos sinos das Torres do centro histórico vão marcar o arranque da edição 2024/25 do Boas Festas em Aveiro. Vai acontecer no Cais da Fonte, no dia 1 de dezembro pelas 17h30. A inauguração da programação contará também com o desfile de Pais Natais em barcos moliceiro, que parte da Capitania em direção à Fonte Nova e integrará o espetáculo “Aveiro, Cidade Natal”, marcado pela participação da comunidade através das Associações Culturais. As iniciativas estendem-se ao longo dos dias por vários locais da cidade. De 2 a 15 de dezembro o Mercado do Peixe vai fazer a delícia dos mais pequenos, acolhendo a Oficina do Pai Natal. De segunda a sexta, das 18h às 19h, vai ser possível visitar e entregar uma carta ao Pai Natal. Durante o fim de semana o Pai Natal vai estar também no Mercado do Peixe, das 14h às 17h aos sábados e das 16h às 20h aos domingos. A partir de dia 16 e até ao dia 22, o Pai Natal estará presente durante a semana das 11h às 12h, das 14h às 17h e das 19h às 20h; aos sábados das 19h às 20h e aos domingos das 16h às 20h. De 6 a 8 de dezembro a Igreja das Carmelitas irá ser palco da instalação imersiva, inspirada pela luz que guiou os reis Magos ao nascimento de Jesus, ‘Stella Oriens’ de Miguel Estima. De 3 a 19 de dezembro irão também ser realizados diversos Concertos de Boas Festas em várias localidades do município. Dos vários concertos destaca-se o concerto com os Coros de Aveiro, que terá lugar dia 6 de dezembro às 21h30 no Centro de Congressos de Aveiro, e a Gala Lírica de Natal pela Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins e a soprano Sílvia Sequeira, no dia 13 na Sé de Aveiro. A edição de 2024 do Boas Festas em Aveiro terá ainda a iniciativa Artes de Rua, com vários tipos de performances – de circo, de teatro de rua, de música, entre outras – a decorrer de 2 de dezembro a 15 de janeiro em dois percursos na cidade: o primeiro entre a Estação e o Rossio e o segundo entre a Praça Marquês de Pombal e Largo Dr. Jaime Magalhães Lima. Haverá também iniciativas em lugares fixos no Largo Dr. Jaime Magalhães Lima, Praça Dr. Joaquim Melo Freitas e na Praça do Rossio. A corrida São Silvestre, dia 7 de dezembro, o Xmas Clube Aveiro, no Largo do Mercado Manuel Firmino, a realização de espetáculos e de dois Concertos de Reis são iniciativas também inseridas na programação do evento organizado pela Câmara. A gastronomia de Aveiro vai estar também em destaque com o ‘Aveiro, Sabores com Tradição’, um programa em que os restaurantes são convidados a criar um menu de pratos confecionados com produtos locais identitários, que perpetuem na memória os sabores da cozinha tradicional aveirense. A tradicional Festa de São Gonçalinho irá encerrar o Boas Festas em Aveiro. O evento, organizado pela Mordomia de São Gonçalinho em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, irá decorrer de 9 e 13 de janeiro. A programação completa pode ser consultada no site da Câmara Municipal de Aveiro.
Seis arguidos e 148 mil euros apreendidos na operação "JAERA" no distrito de Aveiro
Em comunicado, a GNR esclareceu que, durante a operação “JAERA”, foram constituídos arguidos dois homens e uma mulher, com idades entre os 38 e os 47 anos, e três empresas por vários ilícitos, no âmbito da atividade imobiliária. Os crimes terão sido praticados nas localidades de Santa Maria da Feira, Espinho e São João da Madeira e estão relacionados com a aquisição de terrenos e venda de habitações, bem como com a comercialização de bens e prestações de serviços no domínio da atividade de ciclismo. Segundo a Guarda, estão em causa factos suscetíveis de constituir a prática dos crimes de frustração de créditos, contrabando de circulação, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Os investigadores apuraram que um conjunto de pessoas e empresas, com atividade no norte do distrito de Aveiro, “realizou transações de imóveis por valores significativamente superiores aos declarados”, para não pagarem os impostos devidos, através de um conluio entre prestadores de serviços, vendedores e compradores. “Simultaneamente, algumas das pessoas e empresas investigadas, com atividade ligada à comercialização de artigos e à prestação de serviços no setor do ciclismo, ocultaram parcialmente os valores reais transacionados, designadamente através da venda de artigos à margem de faturação e do inflacionamento do valor da retoma de bicicletas, com o intuito de evitar o pagamento de impostos em sede de IVA e IRC”, refere a mesma nota. No decorrer das diligências policiais, foram realizadas 12 buscas, destacando-se duas domiciliárias, uma em estabelecimento de intermediação financeira, uma em escritório de contabilidade, uma em escritório de solicitadoria e cinco em diversas sociedades ligadas ao ramo imobiliário e à comercialização de bens e serviços relacionados com a atividade de ciclismo. Desta ação resultou ainda a apreensão de 148.250 euros em dinheiro, dois telemóveis e diversa documentação. A operação, realizada no âmbito de investigação a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, contou com a participação de militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR, para além de elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), tendo parte das diligências sido presididas pelo Juiz de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Comarca do Porto.