Seis arguidos e 148 mil euros apreendidos na operação "JAERA" no distrito de Aveiro
A GNR apreendeu mais de 148 mil euros e constituiu arguidos três pessoas e três empresas por ilícitos alegadamente praticados no âmbito da atividade imobiliária em várias localidades do distrito de Aveiro, informou hoje aquela força de segurança.
Redação
Em comunicado, a GNR esclareceu que, durante a operação “JAERA”, foram constituídos arguidos dois homens e uma mulher, com idades entre os 38 e os 47 anos, e três empresas por vários ilícitos, no âmbito da atividade imobiliária.
Os crimes terão sido praticados nas localidades de Santa Maria da Feira, Espinho e São João da Madeira e estão relacionados com a aquisição de terrenos e venda de habitações, bem como com a comercialização de bens e prestações de serviços no domínio da atividade de ciclismo.
Segundo a Guarda, estão em causa factos suscetíveis de constituir a prática dos crimes de frustração de créditos, contrabando de circulação, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Os investigadores apuraram que um conjunto de pessoas e empresas, com atividade no norte do distrito de Aveiro, “realizou transações de imóveis por valores significativamente superiores aos declarados”, para não pagarem os impostos devidos, através de um conluio entre prestadores de serviços, vendedores e compradores.
“Simultaneamente, algumas das pessoas e empresas investigadas, com atividade ligada à comercialização de artigos e à prestação de serviços no setor do ciclismo, ocultaram parcialmente os valores reais transacionados, designadamente através da venda de artigos à margem de faturação e do inflacionamento do valor da retoma de bicicletas, com o intuito de evitar o pagamento de impostos em sede de IVA e IRC”, refere a mesma nota.
No decorrer das diligências policiais, foram realizadas 12 buscas, destacando-se duas domiciliárias, uma em estabelecimento de intermediação financeira, uma em escritório de contabilidade, uma em escritório de solicitadoria e cinco em diversas sociedades ligadas ao ramo imobiliário e à comercialização de bens e serviços relacionados com a atividade de ciclismo.
Desta ação resultou ainda a apreensão de 148.250 euros em dinheiro, dois telemóveis e diversa documentação.
A operação, realizada no âmbito de investigação a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, contou com a participação de militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR, para além de elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), tendo parte das diligências sido presididas pelo Juiz de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
Recomendações
Aveiro liga as luzes de Natal este domingo
Concertos, teatro, dança, magia, circo, oficinas, videomapping e instalações imersivas, espetáculos piromusicais e multimédia vão ser as iniciativas acolhidas em Aveiro, até dia 13 de janeiro de 2025. Integrado na programação de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, o evento conta com a participação de associações culturais e artistas locais e inclui outras iniciativas como a corrida de São Silvestre de Aveiro e Roteiros Culturais e Turísticos. “Boas Festas em Aveiro é um programa cultural com propostas assentes no espírito natalício e dirigidas a todas as idades. Este evento é uma aposta da CMA que reveste a cidade de um conjunto de experiências culturais diversificadas – maioritariamente gratuitas –, adornadas pelas instalações luminosas, que se estendem por todo o território, e pela Grande Árvore de Natal, uma das maiores da Europa e que é já uma imagem de marca do Município”, afirma José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. O acender da iluminação de rua e da Árvore de Natal, acompanhado pelos sinos das Torres do centro histórico vão marcar o arranque da edição 2024/25 do Boas Festas em Aveiro. Vai acontecer no Cais da Fonte, no dia 1 de dezembro pelas 17h30. A inauguração da programação contará também com o desfile de Pais Natais em barcos moliceiro, que parte da Capitania em direção à Fonte Nova e integrará o espetáculo “Aveiro, Cidade Natal”, marcado pela participação da comunidade através das Associações Culturais. As iniciativas estendem-se ao longo dos dias por vários locais da cidade. De 2 a 15 de dezembro o Mercado do Peixe vai fazer a delícia dos mais pequenos, acolhendo a Oficina do Pai Natal. De segunda a sexta, das 18h às 19h, vai ser possível visitar e entregar uma carta ao Pai Natal. Durante o fim de semana o Pai Natal vai estar também no Mercado do Peixe, das 14h às 17h aos sábados e das 16h às 20h aos domingos. A partir de dia 16 e até ao dia 22, o Pai Natal estará presente durante a semana das 11h às 12h, das 14h às 17h e das 19h às 20h; aos sábados das 19h às 20h e aos domingos das 16h às 20h. De 6 a 8 de dezembro a Igreja das Carmelitas irá ser palco da instalação imersiva, inspirada pela luz que guiou os reis Magos ao nascimento de Jesus, ‘Stella Oriens’ de Miguel Estima. De 3 a 19 de dezembro irão também ser realizados diversos Concertos de Boas Festas em várias localidades do município. Dos vários concertos destaca-se o concerto com os Coros de Aveiro, que terá lugar dia 6 de dezembro às 21h30 no Centro de Congressos de Aveiro, e a Gala Lírica de Natal pela Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins e a soprano Sílvia Sequeira, no dia 13 na Sé de Aveiro. A edição de 2024 do Boas Festas em Aveiro terá ainda a iniciativa Artes de Rua, com vários tipos de performances – de circo, de teatro de rua, de música, entre outras – a decorrer de 2 de dezembro a 15 de janeiro em dois percursos na cidade: o primeiro entre a Estação e o Rossio e o segundo entre a Praça Marquês de Pombal e Largo Dr. Jaime Magalhães Lima. Haverá também iniciativas em lugares fixos no Largo Dr. Jaime Magalhães Lima, Praça Dr. Joaquim Melo Freitas e na Praça do Rossio. A corrida São Silvestre, dia 7 de dezembro, o Xmas Clube Aveiro, no Largo do Mercado Manuel Firmino, a realização de espetáculos e de dois Concertos de Reis são iniciativas também inseridas na programação do evento organizado pela Câmara. A gastronomia de Aveiro vai estar também em destaque com o ‘Aveiro, Sabores com Tradição’, um programa em que os restaurantes são convidados a criar um menu de pratos confecionados com produtos locais identitários, que perpetuem na memória os sabores da cozinha tradicional aveirense. A tradicional Festa de São Gonçalinho irá encerrar o Boas Festas em Aveiro. O evento, organizado pela Mordomia de São Gonçalinho em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, irá decorrer de 9 e 13 de janeiro. A programação completa pode ser consultada no site da Câmara Municipal de Aveiro.
Exodus Aveiro Fest: Encontro em torno da fotografia e da aventura regressa esta sexta-feira
O Exodus Aveiro Fest, Festival Internacional de Fotografia e Vídeo de Viagem e Aventura, regressa ao Centro de Congressos de Aveiro (CCA) esta sexta-feira, 29 de novembro, estendendo-se o evento até domingo, 1 de dezembro. A iniciativa vai reunir uma série de fotógrafos e videógrafos/filmmakers do mundo, com o propósito de sensibilizar o público para as questões sociais e ambientais através da imagem. O festival pretende ainda inspirar os seus participantes a adotarem uma postura mais consciente e ativa, tanto a nível individual como coletiva. O dia 29 de novembro marca o primeiro dia do festival e irá contar com o evento ‘Warm UP’', cuja entrada é gratuita. O programa arranca pelas 20h00 e inclui a realização de palestras, conversas e projeção de filmes e documentários. No dia 30 realiza-se a primeira mesa-redonda, pelas 10h15 no Grande Auditório do CCA. Ricardo Lopes, Inês Preto, Eric Bouvet, Martin Bissig, Ricardo Garcia Vilanova, Marcel Mettelsiefen, Ciril Jazbec, Patrícia Carvalho e Jorge Vassallo são alguns dos nomes confirmados do dia. O painel ‘Exodus Inspirational Causes’ está agendado para as 10h00 do último dia do festival [1 de dezembro]. Tem como objetivo destacar iniciativas, pessoas e associações que trabalham em consonância com os valores de ação do Exodus Aveiro Fest. O último dia conta ainda com a realização da seleção da Personalidade do Ano Exodus O bilhete do dia 30 de novembro pode ser adquirido por um preço de 55 euros até ao dia 29, enquanto o do dia 1 de dezembro fica por 50. A partir desta sexta-feira, 29 de novembro, os bilhetes diários aumentam para os 60 euros. Há ainda a possibilidade de comprar o bilhete ‘Speaking Sessions’ que cobre os dois dias pagos do evento. Tem um custo de 85 euros até sexta-feira, dia 29 e de 100 a partir de sábado. Todos eles podem ser adquiridos online ou à entrada nos dias do evento.
Aveiro: Orçamento e pacote fiscal aprovado apesar dos votos contra da oposição
A Assembleia Municipal reuniu na passada sexta-feira, dia 22, para a apreciação e votação das GOP e do pacote fiscal para 2025. As medidas fiscais vão manter em 2025 os valores em vigor este ano. A participação no IRS fixa-se assim em 5%, a Derrama em 1,5% e a Taxa Municipal de Direito de Passagem (TMDP) em 0,25%. Foi ainda discutida a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a 0,35% para os prédios urbanos, bem como o agravamento de 30% para casas desocupadas. Existem ainda cerca de seis mil agregados que vão beneficiar do IMI familiar – medida que se traduz numa redução do imposto tendo em conta o número de dependentes do agregado familiar. Na apresentação das Grandes Opções do Plano e Orçamento José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, realçou a “capacidade de investimento muito relevante” de uma autarquia que considera ter atingido um “patamar de normalidade” no que toca à dívida do empréstimo do Fundo Municipal. “É sempre bom lembrar: recuperamos a câmara, temos essa fortaleza e temos um serviço de dívida para continuar a tratar”, sublinhou o autarca. O orçamento de 218,2 milhões de euros, já apresentado no final do mês passado, foi aprovado na assembleia mas não conquistou a oposição. As bancadas do Partido Socialista (PS), do Partido Pessoas–Animais–Natureza (PAN), do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP) valeram 11 votos contra a proposta do atual executivo. O Chega (CH) absteve-se. O PCP realçou o baixo investimento em habitação social, sendo apoiado pelo BE que reforçou ainda existir a falta de políticas no sentido da habitação, nomeadamente no que diz respeito à regulação do preço da mesma. O Bloco criticou ainda a falta de investimento na rede de transportes públicos e a carência de respostas de ação social em serviços públicos. O PAN apontou discordar das opções tomadas relativamente à aplicação dos fundos provenientes dos impostos e realçou ainda não existirem propostas relativas à preservação ambiental. Fernando Picado, do PS, apontou o grau de incerteza como “indo além do que é habitual”. A Assembleia contou ainda com a aprovação do Plano Estratégico Educativo do Município de Aveiro (PEEMA) com votação favorável por parte do PS, do Partido Social Democrata (PSD), do CDS – Partido Popular (CDS-PP) e do Partido Popular Monárquico (PPM). Bloco, Chega e PAN abstiveram-se e o PCP votou contra. O pacote fiscal é, informa José Ribau Esteves, “a exata repetição daquilo que estamos a executar em 2024”. “É sempre fácil na oposição dizer ‘cortem na receita’”, ironizou o autarca aveirense em resposta às intervenções da oposição. Na discussão, António Nabais, deputado municipal eleito pelo PCP criticou o facto de a votação do GOP anteceder a discussão do pacote fiscal referindo que a prática “vai contra o bom senso, contra a lógica e contra o que devia ser a prática comum”. “Aprovar o orçamento antes das deliberações que a sustentam é tomar o que é certo como incerto, é a demonstração da falta de respeito pelo papel autónomo da assembleia perante a Câmara é, no fundo, falta de cultura democrática”, sublinhou António Nabais. O deputado comunista defendeu ainda a “diminuição da carga fiscal municipal e na cidade”. António Nabais criticou em especial os “critérios e valores do IMI familiar” por considerar não se tratar de “um instrumento de justiça fiscal”. A diminuição da carga fiscal é também defendida por João Moniz, do BE. O deputado eleito considerou que a taxa de IMI devia descer especialmente “quando (…) temos um executivo municipal que se diz de boa saúde financeira, com forte capacidade de investimentos”. À semelhança do deputado comunista, João Moniz manifestou-se também contra a aplicação da taxa de direitos de passagem. “Esta taxa é injusta porque (…) as empresas fazem repercutir esse valor na fatura dos seus clientes, isto é injusto”, afirmou João Moniz. Também o deputado Francisco Picado, do Partido Socialista (PS), concorda com a ideia da descida de impostos. “Havendo margem para descer, obviamente que tenderíamos a ir nesse sentido”, revela o deputado socialista. “São opções diferentes, mas manda quem pode”, concluiu. Também Pedro Rodrigues, deputado eleito pelo PAN referiu na sua intervenção que gostaria “de ver as taxas, que mais tarde ou mais cedo caem sobre os munícipes, o mais baixo possível”. Em resposta às críticas, em especial no que concerne ao IMI, Bruno Costa, deputado eleito pelo PSD reforçou que o atual executivo cumpriu com as promessas eleitorais feitas que tínhamos prometido. “Na globalidade, mantemos o pacote fiscal. Previsibilidade fiscal e manutenção dos pacotes fiscais permite às pessoas e às empresas ter capacidade de ver a mais longo prazo, permite manter à autarquia a capacidade de investimento, permite manter a solidez financeira: é o pacote fiscal que permite manter o orçamento que acabamos de aprovar”, referiu. Manuel Prior, do PSD aproveitou ainda as críticas da oposição, nomeadamente por parte do PS no que concerne ao valor do IMI, para lembrar que “a nossa [PSD] proposta eleitoral era descer para 0,35; na altura a proposta do Partido Socialista era descer para 0,38. Nós já vamos em 0,35, por isso não desce mais porque já ultrapassou”, atirou. O BE levou à Assembleia a moção ‘Defesa da cessação da ofensiva das forças armadas israelitas e apoio à ajuda humanitária’ bem como a ‘Defesa de não contratação da empresa envolvida no esforço de guerra, no genocídio em gaza e na ocupação ilegal de colonatos’. O problema tinha já sido denunciado pelo partido através de um comunicado referente à concessão dos transportes públicos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) à Busway, empresa de capitais israelitas. As propostas levadas à Assembleia pelo bloquista João Moniz visam a exclusão da atual empresa “da concessão dos autocarros no final do atual contrato” e a criação de “um código de ética no âmbito da CIRA para contratações públicas que preveja a exclusão de concursos de qualquer concorrente envolvido em violações de direitos humanos ou do direito internacional”. A proposta propõe ainda instar o Governo português a adotar um conjunto de medidas com o objetivo da desocupação israelita da Palestina. Ambas as moções foram rejeitadas e recebidas com desagrado pelas bancadas do PS, PSD e Chega. “Gastando o tempo que as moções merecem, votamos contra ambas”, firmou Manuel Prior, deputado do PSD. Gabriel Bernardo, deputado do Chega, referiu discordar “radicalmente que uma proposta destas tenha lugar nesta assembleia”, tendo abandonado o plenário após indicar que o seu voto seria contra a proposta. Por parte do PS, a moção foi considerada por Pedro Pires da Rosa como “surreal”. Pedro Rodrigues, do PAN, referiu que “se por um lado acompanhamos a condenação da brutalidade da guerra praticada por Israel na faixa de Gaza, também não podemos deixar de referir as mortes israelitas às mãos dos grupos terroristas palestinianos”, tendo declarado abstenção na votação das propostas. O PCP, por sua vez, votou “circunstancialmente” a favor das propostas do Bloco, tendo aproveitado a ocasião para reforçar que “é desde sempre e por princípio contra a privatização ou concessão a privados no serviço de transportes”.
Enfermeiros reivindicam "pagamentos em falta" em frente ao Hospital de Aveiro
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) diz ser “inaceitável e penalizador” que a Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS RA), onde se insere o hospital local, “continue a não pagar aos enfermeiros o que lhes é devido". Em causa está o pagamento dos retroativos desde 2018 aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho em comparação com os detentores de um Contrato de Trabalho em Funções Públicas. Os manifestantes reclamam também os retroativos desde 2018 resultante da correção da atribuição de pontos para efeitos de avaliação do desempenho, aos enfermeiros com Contratos de Trabalho em Funções Públicas que harmonizaram entre 2011 e 2013 para a primeira posição remuneratória da tabela salarial. Outra das reivindicações tem a ver com a atribuição do mesmo número de dias de férias por decénios de trabalho aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho em comparação com os detentores de um Contrato de Trabalho em Funções Públicas. O Conselho de Administração da ULS RA já veio a público expressar a sua estranheza por esta iniciativa, numa curta nota, onde dá conta de um entendimento que terá sido alcançado entre as duas partes para resolver os problemas. “As reivindicações que servem de base à convocação desta manifestação foram alvo de reunião, com a Direção do serviço de Gestão dos Recursos Humanos da ULS RA, na semana passada, e da qual saíram compromissos, caucionados pelo Conselho de Administração, no sentido de resolver todas as questões que se encontram dentro da autonomia de decisão da ULS”, refere a nota da administração hospitalar.
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AAAUA organiza concerto solidário de Natal a favor da Cáritas de Aveiro
Este concerto inclui a atuação do artista Luís Trigacheiro, natural de Beja. Com o Alentejo enraizado na sua cultura e na personalidade, a tour “Fado do Meu Cante” chega assim a Aveiro e no alinhamento serão incluídos os seus já conhecidos singles “O Meu Nome É Saudade” e “Peixe Fora d’Água”, assim como algumas outras surpresas. Este concerto contará ainda com a atuação dos SENZA, uma banda formada por dois antigos alunos da UA: Catarina Duarte e Nuno Pedro Caldeira. Com três discos editados e um expressivo percurso internacional, os SENZA são um caso notável da nova música portuguesa. Nos últimos meses tocaram em alguns dos mais notáveis e exóticos festivais de músicas do mundo, na Índia, no Chile, no México, Japão, Austrália, Indonésia, Coreia do Sul e China e ainda fizeram uma grande viagem com o filho de seis anos pelo sudeste asiático. Eis os SENZA, músicos e viajantes, que compõem canções inspiradas nas viagens e na visão que trazem do mundo. Têm vindo a fazer parcerias com músicos de renome como Rão Kyao, Júlio Pereira, Carlão e Lena d'Água, e conquistaram mais de 200 palcos em todos os continentes. O concerto será solidário com recolha de bens de Natal (bacalhau, bolo-rei, azeite e enlatados) a favor da Cáritas de Aveiro, para doação às famílias carenciadas que auxiliam. O bilhete tem um custo de 12 euros e está disponível aqui.
Meio milhão de euros para reabilitar 32 quilómetros do rio Cértima na Mealhada e Anadia
“Temos muita vegetação que é preciso tirar, melhorar a galeria ripícola, mas fazendo uma coisa muito importante, que é usar a natureza. Não queremos betão no rio, podemos é usar materiais naturais como a madeira para melhorar as condições do rio”, destacou. As câmaras municipais de Anadia e Mealhada (distrito de Aveiro) celebraram hoje um protocolo de parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, para a reabilitação e valorização do rio Cértima. Na sessão de assinatura do protocolo, que decorreu no Palace Hotel do Bussaco, no concelho da Mealhada, Pimenta Machado destacou que serão reabilitados 32 quilómetros de um total de 500, a executar por todo o país. Esta intervenção irá ocorrer em 17,5 quilómetros do domínio hídrico do rio Cértima e afluentes no concelho a Mealhada e em 14,5 quilómetros do concelho de Anadia. Servirá para minimizar os efeitos das cheias nas cidades de Anadia e Mealhada e nas áreas agrícolas, bem como para garantir a segurança das pessoas e bens, através da estabilização, renaturalização e melhoria integrada dos corredores ribeirinhos, conciliando soluções hidráulicas com soluções baseadas na natureza, promotoras da retenção natural. De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, esta intervenção irá dar uma vida nova ao rio Cértima. “É um passo de gigante para contrariar a lenda da Rainha Santa Isabel, que dizia que a água que corria neste rio era por ‘certo má’, o que originou, diz o povo, o nome do rio Cértoma [Cértima]. Que a Rainha nos perdoe, mas queremos mudar o rumo da história”, referiu. No seu entender, esta é uma forma de olhar para o rio com respeito e de o devolver à população, “num ato de justiça, mas também cultural e social”. “Para isso, há que levar a cabo a revitalização das suas margens, a valorização da fauna e da flora, a criação de percursos pedestres e cicláveis e zonas para que as famílias possam conviver mais perto do rio”, acrescentou. Ao longo da sua intervenção, o autarca informou ainda que, depois deste “sinal positivo da APA”, vão começar a estruturar percursos pedestres, valorizar as ribeiras do concelho e criar zonas balneares, entre as quais a reabilitação e valorização da bacia hidrográfica da Ribeira da Vacariça e da Ribeira de Várzeas e da criação de espelhos de água nas localidades de Santa Cristina, Barro, Várzeas e Ferraria. “Gostaríamos que este projeto pudesse ser alvo de apoio do Fundo Ambiental da APA. Queremos fazer mais e estamos disponíveis para sermos parceiros nesta mudança positiva pelo ambiente”, salientou. Já a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, congratulou-se com a intervenção numa das linhas de água mais importantes do seu concelho. Esta reabilitação é “urgente” e é “premente a requalificação das suas margens”, sustentou. “Vai ser um processo difícil, porque esta intervenção não agrada a toda a gente. Por isso, é fundamental realizar ações de informação e sensibilização junto da população”, indicou a autarca. A reabilitação e valorização do rio Cértima, ao longo de 32 quilómetros dos concelhos de Anadia e Mealhada, tem um prazo de execução 120 dias. A obra será apoiada pela Agência Portuguesa do Ambiente, através do Fundo Ambiental.
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São João da Madeira evoca mensagem ecológica da Mafalda de Quino na montra de 25 lojas
A iniciativa é da Junta de Freguesia de São João da Madeira e consta do programa da Bienal de Ilustração que decorre até domingo em diversos espaços dessa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, propondo 30 exposições e ainda iniciativas como apresentações de livros, sessões de cinema de animação, mercados editoriais e de ilustração, concertos e oficinas. “Queríamos assinalar os 60 anos da Mafalda, mas, para evitar questões de direitos de autor, optámos por convidar uma ilustradora a aplicar em desenhos novos a influência que a personagem de Quino teve na sua obra”, revela à Lusa a curadora da bienal, a escritora infantojuvenil Adélia Carvalho. Para esse efeito, a organização do evento lançou um apelo aos estabelecimentos comerciais do centro de São João da Madeira e 25 aderiram à iniciativa, disponibilizando as suas montras de vidro para pinturas de traço branco em que Lebasi associa uma figura de autoria própria, a Serum(ana), a mensagens relacionadas com o ambiente. A intervenção nessas vitrinas adota para título a mesma interjeição que Mafalda usava muitas vezes – “Basta!” – e, sem ocultar os produtos expostos atrás do vidro, foca-se em mensagens positivas sobre o ambiente e o planeta, e em conselhos para a respetiva preservação. É o caso, numa loja de vestuário, da mensagem “Menos plástico e mais ‘ecobags fashion’”; numa barbearia, da recomendação “Cuidar do planeta é tão essencial como cuidar da imagem”; e, num estabelecimento de vestuário infantil, “Viver mais devagar [...] ajuda a perceber o que realmente importa”. “A Mafalda é uma criança que quer mudar o mundo e sempre fez muita reflexão e crítica social. A minha personagem já é mais adulta, mas também se inquieta muito com o ambiente, questiona-se sobre o que acontece à sua volta e preocupa-se com as alterações climáticas e o estado do planeta”, explica Lebasi. Propondo noutros desenhos que se evite o ar condicionado e se recorra mais aos transportes públicos, por exemplo, a criadora acredita que a ilustração tem a capacidade de reter mais a atenção do espectador, obrigando “as pessoas a parar e a refletir um bocadinho sobre os seus comportamentos”. A loja de vestuário de criança Unibuto foi uma das que aderiram ao projeto e Ana Ribeiro, que aí trabalha, reconhece o aumento da afluência à janela: “Não conseguimos avaliar se o facto de as pessoas pararem na montra leva a que reparem mais no nosso produto nem se é por causa disso que entram na loja, mas a realidade é que temos muita gente que fica ali a ver melhor o desenho e a ler o que lá está escrito”. As ilustrações continuarão nos vidros das 25 lojas associadas à instalação “Basta!” pelo menos até domingo, mas há estabelecimentos que decidiram mantê-las até ao final do ano – o que pode dever-se à consideração pela “parte mais difícil do trabalho”, que, segundo Lebasi, em algumas vitrinas “foi escrever o texto ao contrário, da direita para a esquerda, a partir do interior da loja”, de forma a que as frases possam ler-se na ordem correta pelo lado da rua. “Os lojistas são sempre muito recetivos e às vezes até pedem que o desenho seja maior”, conta a ilustradora, que já fez trabalho idêntico noutra edição da bienal. “Houve uma loja, a LCloset, que gostou tanto da experiência que até deixou lá a ilustração durante dois anos, de uma edição do evento para a outra”, recorda. Com base na pertinência dos temas escolhidos, Ana Ribeiro avança uma explicação para esse interesse em preservar os desenhos: a iniciativa explora uma mensagem que “é útil”, o processo de montagem da instalação “não perturba o funcionamento da loja” e, tanto durante a criação da ilustração como depois, a iniciativa geral “dá sempre mais algum dinamismo à rua”.