RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

AAUAv/UA: Basquetebol feminino traz título de hexacampeã nacional universitária para Aveiro

A equipa da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAV/UA) sagrou-se esta tarde, dia 18, campeã nacional universitária pela sexta vez consecutiva. O frente a frente com a Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia do Porto (AEFEUP) terminou com uma diferença de seis pontos no marcador.

AAUAv/UA: Basquetebol feminino traz título de hexacampeã nacional universitária para Aveiro
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
18 abr 2025, 17:27

A expectativa para a final do Campeonato Nacional Universitário (CNU) de basquetebol feminino era alta e as estudantes-atletas de Aveiro corresponderam. As previsões de um “jogo renhido” feitas ontempor Mariana Seixo, estudante-atleta da equipa de basquetebol feminino, acabaram por se concretizar com a confiança e união da equipa aveirense a falarem mais alto. O frente a frente com a AEFEUP terminou com uma diferença de seis pontos a favor de Aveiro (68-62).

Em declarações à Ria, José Costa, treinador de basquetebol profissional e da equipa universitária de Aveiro destaca que a final “foi um jogo muito duro”. “Já estávamos à espera, a outra equipa tem boas armas, são muito físicas e deram-nos muito problemas”, frisa o técnico, que aponta ainda que “o mais importante é que as miúdas estão super felizes”. “Merecem isso porque são estudantes extraordinárias, são boas atletas e fazem imensos esforços durante o ano todo”, sublinha José Costa.

A equipa segue agora para o Campeonato Europeu Universitário, que se realiza em Bolonha, Itália, no mês de julho. Inês Neto, estudante-atleta da equipa, sublinha que “os europeus são sempre uma experiência” e frisa que “as expectativas são continuar a trabalhar e tentar alcançar a melhor classificação que pudermos”. “Quantos mais [títulos] temos, mais responsabilidade sentimos para o próximo (…) e quando concretizamos é um sentimento de orgulho”, afirma a atleta.

A presença de Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro e de Artur Silva, vice-reitor, nas bancadas não passou despercebida pelas estudantes-atletas. A estudante de Fisioterapia aponta mesmo que as presenças funcionam como um lembrete para aquilo que estão a representar. “Adiciona pressão, mas ajuda-nos porque sabemos que aquilo que representamos em campo – que é a Universidade – há quem represente também fora dele e nas bancadas e para nós é muito importante”, frisa Inês.

De lembrar que as equipas universitárias aveirenses conseguiram nas fases finais dos CNU da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) arrecadar duas medalhas de ouro (basquetebol feminino e masculino) e dois bronzes (voleibol e andebol feminino). No total, a AAUAv/UA conta com 42 medalhas, ocupando a 4ª posição na luta pelo Troféu Universitário de Clubes e a 6ª no medalheiro. A equipa da AAUAv/UA volta a competir nos CNU de Atletismo Pista Ar Livre, nos dias 3 e 4 de maio.

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Nova secretária do Ensino Superior critica propinas “baixíssimas” e propõe sistema de empréstimos
Universidade

Nova secretária do Ensino Superior critica propinas “baixíssimas” e propõe sistema de empréstimos

Num artigo de opinião publicado no Observador a 20 de dezembro de 2022, Sarrico defendeu que “os alunos devem pagar uma contribuição [propinas] para fazer os seus estudos no Ensino Superior através de empréstimos cujo pagamento corresponde a uma percentagem do seu rendimento futuro e pago através de uma dedução no seu salário, tal como o IRS e as contribuições para a segurança social”. Para a nova governante, esta seria a “única solução que permite financiamento suficiente do sistema de forma sustentável e com qualidade”. Nesse mesmo texto, Cláudia S. Sarrico classificou o valor atual das propinas como "baixíssimo", afirmando que “as propinas de licenciatura são baixíssimas – muito menos do que se paga pelo infantário dos miúdos, o que também contribui para a baixíssima taxa de fertilidade em Portugal.” Defende ainda que o modelo de Ensino Superior gratuito tem um efeito regressivo, argumentando que “significa antes dar vantagem financeira a pessoas que na sua maioria já são privilegiadas e que se tornarão ainda mais por se diplomarem à custa de muitos que pagam impostos e que nunca tiveram esse privilégio". A ideia de empréstimos contingentes ao rendimento surge como uma proposta de maior equidade e sustentabilidade para Cláudia Sarrico. “Eliminam a aversão aos empréstimos bancários”, refere a nova secretária de Estado, sublinhando que quem ganha menos “paga menos” e que “os pagamentos podem ser geridos pela autoridade tributária que funciona eficazmente em Portugal.” No início de 2023, Cláudia S. Sarrico participou no evento 'Ideias +23', organizado pelo Instituto +Liberdade, onde apresentou um conjunto de propostas sob o título “Alargar a autonomia das Instituições de Ensino Superior”. Entre essas propostas, defendeu a criação de fundações de direito privado, constituídas por tempo indeterminado, dotadas de personalidade jurídica e reconhecidas como de utilidade pública. Propôs também o fim dos estatutos de carreira nacionais para docentes universitários, docentes do politécnico e investigadores, passando todo o pessoal docente, investigador, técnico, administrativo e de gestão a ser empregados da instituição. Durante a sua intervenção, Cláudia Sarrico defendeu ainda a abolição dos numerus clausus na generalidade dos cursos e reforçou a ideia de financiamento dos alunos através de empréstimos reembolsáveis em função dos rendimentos futuros, sublinhando que este modelo “mostra-se que aumenta a equidade”. Apontou a autonomia como um fator potenciador da diversificação das fontes de rendimento, incluindo cursos de formação e educação contínua, contratos com o setor comercial, setor público, setor social e filantropia. Acrescentou que essa mesma autonomia favorece uma melhor utilização dos recursos e um posicionamento estratégico das instituições, conduzindo a uma maior diversificação do sistema de Ensino Superior. Por fim, destacou a importância da responsabilização, com foco na avaliação e gestão da qualidade. Num segundo artigo publicado em 15 de junho de 2023, também no Observador, a nova secretária de Estado do Ensino Superior questionou a utilidade dos doutoramentos em Portugal no atual modelo e criticou o modelo de acesso e financiamento. Cláudia S. Sarrico afirmou: “Arrisco dizer que em muitos doutoramentos praticamente entra quem quer desde que pague as propinas.” Apesar do aumento do número de doutorados no país, alertou para a baixa eficiência formativa, o excesso de precariedade na academia e a fraca inserção dos doutorados fora do setor universitário. Perante este cenário, a nova secretária de Estado do Ensino Superior deixou uma pergunta no ar: “Face a este cenário pergunto-me porque é que as pessoas querem fazer um doutoramento em Portugal.” E acrescentou: “Parece-me, pelo menos em algumas áreas, que será uma forma de credencialismo, em que as pessoas procuram no doutoramento uma melhoria do seu estatuto social e profissional, mais do que competências exigidas pelo mercado de trabalho.” A nova governante defende uma maior exigência à entrada nos programas doutorais, bem como melhores condições para atrair talento, considerando que “seria melhor ter menos doutorandos e mais apoiados com contratos de trabalho, atraindo o melhor talento para estudos doutorais. Seriam reconhecidos como membros juniores do corpo docente, como é normal noutros países europeus.” Cláudia Sarrico chega assim ao Governo com ideias claras sobre o futuro do Ensino Superior, que tem vindo a defender publicamente ao longo dos últimos anos. Recorde-se que o atual ministro com a tutela do Ensino Superior, Fernando Alexandre, já tinha admitido a hipótese de descongelar as propinas. Ainda em março deste ano, no final de uma reunião com dirigentes de federações e associações académicas e em declarações aos jornalistas, o ministro disse que esperava convencer os estudantes que "com um bom sistema de ação social, o foco nas propinas perde-se”.

UA mostra tesouros do jazz com exposição “Corpo e Alma”
Universidade

UA mostra tesouros do jazz com exposição “Corpo e Alma”

O Centro de Estudos de Jazz (CEJ) da UA acolhe a exposição “Corpo e Alma”, uma mostra que divulga “uma parte muito ínfima do acervo da Universidade de Aveiro (UA) e do CEJ, que resulta da doação de vários doadores, dois deles muito importantes na divulgação do jazz em Portugal: o José Duarte e o Manuel Jorge Veloso”, aponta Susana Sardo, coordenadora do CEJ. A iniciativa acontece no ano em que o Centro celebra “a maioridade”, explica ainda Susana Sardo. “Achamos que era a altura de mostrartodo este passado de construção, desde a infância até à adolescência, e de alguma maneira também como é que este Centro de Estudosreúne aqui documentação suficiente para percebermos a história do jazz em Portugal”, frisa. ‘Corpo e Alma’ é composta pelo espólio de quatro pessoas, dos quais se destacam “dois divulgadores ativos e importantíssimos para o panoramado jazz em Portugal” e duas das pessoas responsáveis “pelo jazz que se ouve em Portugal”, aponta Ivo Martins, diretor artístico do festival Guimarães Jazze um dos curadores da mostra. Logo à entrada sobressai a disposição de 88 discos de vinil na parede principal e cerca de seis expositores onde um código QR nos conduz a alguns álbuns de jazz. De entre os objetos protegidos por vitrines de vidro destacam-se manuscritos, livros e revistas, e as grelhas de programação da rádio onde José Duarte e Manuel Jorge Veloso divulgavam jazz. Para Ivo, a mostra patente no CEJ é importante pela “relação física com os objetos” que retrata e proporciona em simultâneo. “É muito importante essa relação, porque o que se vê aqui,em tudo isto, é uma relação física entre o colecionador e o objeto que ele foi colecionar”, repara. Em declarações à Ria, Alexandra Queirós, vice-reitora para as matérias atinentes àspolíticas para a cultura e a vida nos campi na UA, enfatizou também a importância do CEJ e dos estudos desenvolvidos a partir dele para a UA. Quanto à vertente cultural, a vice-reitora afirma que “interessa também dar visibilidade às coleções” de forma a “atrair mais estudantes e investigadores que queiram eventualmente vir fazer estudos” sobre o espólio que tem vindo a ser doado à UA. “Isto é uma pequena parte do que temos (…) e esta exposição serve para dar essa visibilidade numa coleção que é tão importante e tão rica para a Universidade de Aveiro”, enfatiza Alexandra Queirós. A integração da mostra na programação do Campus Jazz é ainda apontada pela vice-reitora como o reforço da “integração da componente formativa e da componente de investigação”, que considera patente num festival que “procura ser mais do que só um festival de música com concertos”. O Campus Jazz é uma iniciativa da UA, que realça a importância e singularidade do CEJ, uma estrutura dedicada à documentação e investigação sobre jazz, fundada em 2007 na UA. A quinta edição propôs uma programação eclética e multicultural com um especial enfoque no potencial da região.

João Rui Ferreira, ex-aluno da UA, mantém-se como Secretário de Estado da Economia
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João Rui Ferreira, ex-aluno da UA, mantém-se como Secretário de Estado da Economia

Licenciado pela UA entre 1997 e 2003, João Rui Ferreira completou o seu percurso académico com uma tese de mestrado em Engenharia Química na Technical University of Denmark (DTU), centrada na extração com CO₂ supercrítico, e com uma pós-graduação em Métodos Quantitativos de Gestão na Porto Business School. Mais recentemente, frequentou o Advanced Management Program (AMP) da prestigiada escola de negócios INSEAD. Com uma carreira marcada pelo seu envolvimento no setor da cortiça, foi presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) durante quase uma década e liderou também a Filcork – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça, o Centro Tecnológico da Cortiça (CTCOR) e a Confederação Europeia da Cortiça (C.E.Liege). A sua experiência inclui ainda funções como CEO da WFS Cork e, mais recentemente, como secretário-geral da APCOR. A recondução de João Rui Ferreira no cargo de Secretário de Estado da Economia é vista como uma aposta na continuidade e no conhecimento técnico de uma das áreas mais relevantes da ação governativa. A sua presença junta-se à de outras figuras ligadas à academia aveirense, como Cláudia S. Sarrico, recentemente nomeada Secretária de Estado do Ensino Superior. A Universidade de Aveiro reforça assim o seu peso na governação do país, através de antigos alunos com percursos consolidados e reconhecidos em áreas-chave.

Cláudia S. Sarrico, ex-aluna e ex-professora da UA, é a nova Secretária de Estado do Ensino Superior
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Cláudia S. Sarrico, ex-aluna e ex-professora da UA, é a nova Secretária de Estado do Ensino Superior

Com um percurso académico e profissional profundamente ligado ao Ensino Superior e à Ciência, Cláudia Sarrico é uma figura reconhecida na área da gestão e das políticas públicas de educação. Natural de Aveiro e da academia aveirense, onde foi estudante e mais tarde professora auxiliar entre 2000 e 2010, a nova secretária de Estado traz ao Executivo uma sólida experiência nacional e internacional no setor. Atualmente é professora catedrática na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e investigadora sénior do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (que integra também a Universidade de Aveiro). Foi também docente no ISEG – Universidade de Lisboa (2010-2021) e fez um ano sabático como visiting fellow na Warwick Business School, onde obteve também o doutoramento em Gestão. O seu percurso inclui ainda funções como analista de políticas de ensino superior e ciência na OCDE, assessora da presidência da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e assessora do Gabinete de Estudos e Análise da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Foi ainda analista no grupo de estatística e investigação operacional da Royal Mail Consulting e cientista na Unidade de Gestão da Cadeia de Fornecimento da Unilever Research. Fez o seu projecto final de licenciatura no FhG-ISE, Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar, Freiburg, Alemanha. Recorde-se que a pasta do Ensino Superior não estava atribuída a nenhum secretário de Estado no último Governo, sendo por isso uma novidade conhecida esta noite. A nova secretária de Estado do Ensino Superior tem nas mãos um dos dossiers mais importantes dos últimos anos do Ensino Superior: a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) - que se encontra em suspenso depois da dissolução da Assembleia da República.

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Nova secretária do Ensino Superior critica propinas “baixíssimas” e propõe sistema de empréstimos
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Num artigo de opinião publicado no Observador a 20 de dezembro de 2022, Sarrico defendeu que “os alunos devem pagar uma contribuição [propinas] para fazer os seus estudos no Ensino Superior através de empréstimos cujo pagamento corresponde a uma percentagem do seu rendimento futuro e pago através de uma dedução no seu salário, tal como o IRS e as contribuições para a segurança social”. Para a nova governante, esta seria a “única solução que permite financiamento suficiente do sistema de forma sustentável e com qualidade”. Nesse mesmo texto, Cláudia S. Sarrico classificou o valor atual das propinas como "baixíssimo", afirmando que “as propinas de licenciatura são baixíssimas – muito menos do que se paga pelo infantário dos miúdos, o que também contribui para a baixíssima taxa de fertilidade em Portugal.” Defende ainda que o modelo de Ensino Superior gratuito tem um efeito regressivo, argumentando que “significa antes dar vantagem financeira a pessoas que na sua maioria já são privilegiadas e que se tornarão ainda mais por se diplomarem à custa de muitos que pagam impostos e que nunca tiveram esse privilégio". A ideia de empréstimos contingentes ao rendimento surge como uma proposta de maior equidade e sustentabilidade para Cláudia Sarrico. “Eliminam a aversão aos empréstimos bancários”, refere a nova secretária de Estado, sublinhando que quem ganha menos “paga menos” e que “os pagamentos podem ser geridos pela autoridade tributária que funciona eficazmente em Portugal.” No início de 2023, Cláudia S. Sarrico participou no evento 'Ideias +23', organizado pelo Instituto +Liberdade, onde apresentou um conjunto de propostas sob o título “Alargar a autonomia das Instituições de Ensino Superior”. Entre essas propostas, defendeu a criação de fundações de direito privado, constituídas por tempo indeterminado, dotadas de personalidade jurídica e reconhecidas como de utilidade pública. Propôs também o fim dos estatutos de carreira nacionais para docentes universitários, docentes do politécnico e investigadores, passando todo o pessoal docente, investigador, técnico, administrativo e de gestão a ser empregados da instituição. Durante a sua intervenção, Cláudia Sarrico defendeu ainda a abolição dos numerus clausus na generalidade dos cursos e reforçou a ideia de financiamento dos alunos através de empréstimos reembolsáveis em função dos rendimentos futuros, sublinhando que este modelo “mostra-se que aumenta a equidade”. Apontou a autonomia como um fator potenciador da diversificação das fontes de rendimento, incluindo cursos de formação e educação contínua, contratos com o setor comercial, setor público, setor social e filantropia. Acrescentou que essa mesma autonomia favorece uma melhor utilização dos recursos e um posicionamento estratégico das instituições, conduzindo a uma maior diversificação do sistema de Ensino Superior. Por fim, destacou a importância da responsabilização, com foco na avaliação e gestão da qualidade. Num segundo artigo publicado em 15 de junho de 2023, também no Observador, a nova secretária de Estado do Ensino Superior questionou a utilidade dos doutoramentos em Portugal no atual modelo e criticou o modelo de acesso e financiamento. Cláudia S. Sarrico afirmou: “Arrisco dizer que em muitos doutoramentos praticamente entra quem quer desde que pague as propinas.” Apesar do aumento do número de doutorados no país, alertou para a baixa eficiência formativa, o excesso de precariedade na academia e a fraca inserção dos doutorados fora do setor universitário. Perante este cenário, a nova secretária de Estado do Ensino Superior deixou uma pergunta no ar: “Face a este cenário pergunto-me porque é que as pessoas querem fazer um doutoramento em Portugal.” E acrescentou: “Parece-me, pelo menos em algumas áreas, que será uma forma de credencialismo, em que as pessoas procuram no doutoramento uma melhoria do seu estatuto social e profissional, mais do que competências exigidas pelo mercado de trabalho.” A nova governante defende uma maior exigência à entrada nos programas doutorais, bem como melhores condições para atrair talento, considerando que “seria melhor ter menos doutorandos e mais apoiados com contratos de trabalho, atraindo o melhor talento para estudos doutorais. Seriam reconhecidos como membros juniores do corpo docente, como é normal noutros países europeus.” Cláudia Sarrico chega assim ao Governo com ideias claras sobre o futuro do Ensino Superior, que tem vindo a defender publicamente ao longo dos últimos anos. Recorde-se que o atual ministro com a tutela do Ensino Superior, Fernando Alexandre, já tinha admitido a hipótese de descongelar as propinas. Ainda em março deste ano, no final de uma reunião com dirigentes de federações e associações académicas e em declarações aos jornalistas, o ministro disse que esperava convencer os estudantes que "com um bom sistema de ação social, o foco nas propinas perde-se”.

Câmara de Aveiro abre concurso para alargar Ponte no Canal das Pirâmides por 1,6 milhões de euros
Cidade

Câmara de Aveiro abre concurso para alargar Ponte no Canal das Pirâmides por 1,6 milhões de euros

Segundo uma nota camarária, a empreitada tem um valor base de 1.619.238,53 euros e um prazo de execução de 540 dias. “A nova infraestrutura, paralela à ponte existente, permitirá melhorar os fluxos de mobilidade, reforçar a segurança rodoviária e contribuir para a redução das emissões associadas a congestionamentos, promovendo uma circulação mais fluida e eficiente — um contributo direto para a qualidade ambiental urbana”, refere a autarquia. Durante a reunião do executivo municipal, o presidente da Câmara esclareceu que será criado um segundo tabuleiro ao lado da ponte das eclusas que servirá para o atravessamento rodoviário no sentido sul-norte e a ponte que já existe será usada para o sentido inverso. A nova travessia irá dispor também de corredores de ciclovia. Ribau Esteves explicou ainda que a autarquia decidiu retirar do projeto base uma rotunda do lado da antiga lota, justificando que “não fazia sentido tomar já decisões”, porque ainda está a decorrer a elaboração do projeto da nova urbanização naquela zona. A decisão foi aprovada por unanimidade com os votos a favor da maioria PSD/CDS/PPM e dos vereadores do PS. Apesar de inicialmente ser contra a ideia, o vereador socialista Fernando Nogueira reconhece que a ponte se tornou necessária e espera que esta infraestrutura ajude a libertar as travessias automóveis no bairro da Beira-Mar.

Câmara de Aveiro investe mais de 400 mil euros na reabilitação da cobertura do Estádio
Cidade

Câmara de Aveiro investe mais de 400 mil euros na reabilitação da cobertura do Estádio

Segundo uma nota camarária, a obra tem um valor base de 426.374,40 euros e um prazo de execução de 90 dias. “A decisão resulta de um levantamento técnico exaustivo às anomalias construtivas identificadas na cobertura da infraestrutura, que revelou a existência de zonas com necessidade de intervenção urgente, por motivos de segurança estrutural”, refere a mesma nota. De acordo com a autarquia, a intervenção aprovada visa a reposição das condições de segurança nos nós estruturais mais afetados, que apresentam perfurações causadas por oxidação progressiva dos seus elementos metálicos. “Serão introduzidas peças complementares de reforço, com o objetivo de compensar os défices de resistência e garantir a integridade da cobertura do estádio”, esclareceu a Câmara. Projetado pelo arquiteto Tomás Taveira, o Estádio Municipal de Aveiro tem uma lotação para cerca de 32 mil pessoas, sendo o quinto maior estádio português. Foi inaugurado em 15 de novembro de 2003, tendo acolhido dois jogos do Euro2004, ambos da República Checa, com Letónia e Países Baixos. A sua utilização resume-se à vertente desportiva, com destaque para alguns jogos da seleção nacional e a Supertaça Cândido de Oliveira, que já se realizou em Aveiro 14 vezes desde 2009, tendo sido também a casa emprestada de Académico de Viseu, Tondela e Oliveirense. Atualmente, é utilizado pelo Beira-Mar, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol nacional.

UA mostra tesouros do jazz com exposição “Corpo e Alma”
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