RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

Eleição para o Conselho Geral da UA: docentes e investigadores em debate esta tarde

É já hoje, 29 de maio, pelas 16h00, que a Ria - Rádio Universitária de Aveiro promove um debate entre os candidatos do colégio eleitoral dos docentes e investigadores à eleição para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro (UA), para o mandato 2025-2029. O debate decorrerá no Anfiteatro Carlos Borrego no Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO), é aberto à comunidade académica e será também transmitido em direto no Facebook da Ria.

Eleição para o Conselho Geral da UA: docentes e investigadores em debate esta tarde
Redação

Redação

29 mai 2025, 10:13

Por motivos de conflito de agenda, o evento terá lugar no Anfiteatro Carlos Borrego e não no Auditório Renato Araújo - local inicialmente divulgado pela Ria. O debate contará com a participação de quatro candidatos, representando todas as circunscrições e ambas as listas concorrentes ao ato eleitoral.

Nesta eleição, foram admitidas duas listas: a lista “UA 2030 – Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural” e a lista “UA50 – 50 anos de história, 50 anos de ambição”. O debate será moderado por Isabel Cunha Marques, diretora de informação da Ria, e transmitido em direto na página de Facebook da Rádio Universitária. A sessão é aberta à comunidade académica, que poderá assistir presencialmente ou acompanhar a transmissão online.

Durante o debate, serão discutidos temas diretamente relacionados com as competências do Conselho Geral e a visão estratégica para o futuro da Universidade de Aveiro. Está também prevista uma ronda de perguntas enviadas pela comunidade académica e dirigidas às duas listas.

O Conselho Geral é o principal órgão de governo da universidade, sendo responsável por funções estruturantes como a eleição do reitor, a aprovação e alteração dos estatutos, a aprovação do plano estratégico e dos documentos anuais de atividades e contas.

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As estudantes-atletas de futebol 7 trouxeram de Faro mais uma medalha de ouro. A conquista volta a acontecer pela primeira vez em sete anos e Rita Costa, estudante do quinto ano de Engenharia de Materiais da UA e capitã da equipa, sublinha que apesar da vitória por quatro a um no frente a frente com a equipa da Universidade do Minho, o jogo foi bastante disputado. “O jogo foi complicado, quatro golos é um resultado expressivo, mas não retrata o jogo porque foi um jogo bastante difícil, a equipa do Minho era uma equipa bastante boa: atrevo-me a dizer a melhor que encontramos no Campeonato Nacional Universitário”, aponta a capitã da equipa aveirense. No final, a “garra, raça e união” da equipa aveirense falou mais alto e valeram o ouro para a equipa da cidade dos canais, repara Rita. A capitã da equipa frisou ainda que o grupo foi constituído recentemente e é composto pela equipa de futsal da AAUAv/UA e “mais quatro ou cinco jogadoras de futebol que por acaso já jogam todas juntas”. Daniel Vilarinho, técnico responsável pela formação destaca que as jogadoras, um grupo criado com cerca de três meses de antecedência, “deram o que tinham e o que não tinham, todas elas”, algo que destaca como “a grande diferença” na conquista pelo título. O treinador aproveitou ainda a oportunidade para agradecer à universidade e aos clubes das estudantes-atletas pelo apoio prestado ao longo dos meses de preparação. “Valorizamos [a vitória] como nossa, mas ela é de uma série de instituições”, aponta o treinador. A vitória resulta ainda no apuramento para o Campeonato Europeu Universitário, e as expectativas são partilhadas pela equipa e pelo treinador: “representar o melhor possível o nosso país e a nossa academia”, apontam. “União, esforço e dedicação não irá faltar com certeza”, reforçou Daniel Vilarinho. A competição europeia acontece no final do mês de julho, em Camerino, na Itália. No início de maio, os atletas de Atletismo Pista Ar Livre da equipa aveirense conquistaram ainda doze pódios: cinco ouros, cinco pratas e dois bronzes. A AAUAv/UA conquistou ainda o terceiro lugar do pódio no futebol de praia masculino. A equipa ainda alcançou o primeiro lugar na fase de grupos (Grupo B) com 6 pontos, mas perdeu com a diferença de um golo para a agora campeã universitária - a Associação de Estudantes do ISCTE (AEISCTE-IUL). A competição decorreu nos dias 15 e 16 de maio, no Complexo Desportivo da Praia de Carcavelos. Importa ainda destacar a equipa de Rugby da AAUAv/UA que, apesar de não ter fechado o pódio nos CNU da sua modalidade [Rugby Sevens], alcançou o quinto lugar num universo de 12 equipas. A equipa da universidade aveirense conquistou assim um dos objetivos aos quais se tinha proposto, registando ainda uma subida de seis posições face aos resultados conseguidos na competição do ano passado. A competição decorreu no Campo de Rugby da Tapada da Ajuda, em Lisboa, nos dias 20 e 21 de maio. A equipa da AAUAv/UA conta neste momento com 57 medalhas no medalheiro e ocupa a 5ª posição na luta pelo Troféu Universitário de Clube. A equipa da AAUAv/UA volta a competir já este sábado, dia 31, nos CNU de Remo e em junho há ainda competições nacionais na modalidade de orientação, E-Sports, karting, triatlo e canoagem.

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À Ria, Alexandra Queirós, vice-reitora para as matérias atinentes às políticas para a cultura e a vida nos campi, sublinha “a importância do desporto” para a Universidade de Aveiro, “não só na componente da saúde física, mas também psicológica”. A UA reconhece ainda a importância da participação nas competições, mas frisa que a tónica da iniciativa é mesmo “na vertente de saúde e bem-estar para as pessoas: sejam elas estudantes ou restante comunidade académica” e na visão da atividade física como uma “ferramenta de inclusão e integração”. “Nós temos 85 nacionalidades no nosso campus e não é preciso conhecer a cultura do outro país ou falar a língua do outro país porque as regras do desporto são universais”, frisa Alexandra Queirós. O primeiro painel da iniciativa, realizado ontem pelas 10h, contou com testemunhos de Miguel Monteiro, antigo estudante-atleta e atual técnico, administrativo e de gestão da UA, Luís Descalço, docente do Departamento de Matemática (DMat) da UA e professor de AcroYoga, e Ricardo Nora, presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU). A conversa, moderada por Tatiana Ferreira, psicóloga do Desporto e da Performance e especialista em Coaching Psicológico, centrou-se na temática da conciliação entre a prática desportiva e a frequência do ensino superior. A conversa ficou pautada pelo exemplo de Miguel Monteiro, antigo estudante- atleta que alcançou o ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024 em lançamento do peso F40. Miguel sublinhou no seu discurso a importância da gestão do tempo para a conciliação da vida académica com a prática de desporto e a existência de uma “equipa multisdisciplinar com fisioterapeuta, com psicólogo e nutricionista” para a possibilidade de “estar mais próximo do sucesso”. Miguel apontou ainda a “facilidade no acesso às instalações desportivas” por parte da UA, bem como a “prioridade na escolha de horários” promovida pelo estatuto do estudante-atleta. “Fui fazendo os meus horários de forma a encaixar os meus treinos dentro do horário académico”, aponta Miguel Monteiro. Também Ricardo Nora, presidente da FADU, sublinhou a importância da promoção do desporto nas instituições de ensino superior, reiterando que o papel da FADU passa também pela contribuição “para criarmos e promovermos cada vez mais campos saudáveis nas nossas universidades e nos nossos politécnicos”. “Cada vez mais temos equipas reitorais e presidências dos politécnicos a terem nas suas estratégias, nos seus planos de ação e (…) no seu orçamento uma rúbrica detalhada para apostar nestas matérias (…) em termos cada vez mais condições para que os estudantes possam praticar atividade física”, frisa Ricardo Nora. O painel contou ainda com o testemunho de Luís Descalço. “Costumo dizer em tom de brincadeira que sou professor de AcroYoga para compensar o sofrimento que causo às pessoas com a matemática”, começa por brincar o docente. Nas suas aulas incorpora pausas de yoga de forma a aumentar a concentração dos estudantes. “As aulas de duas horas de matemática são muito cansativas”, frisa Luís. O docente aponta ainda que as pausas, que contam com “exercícios que focam na coluna vertebral (…) e exercícios de atenção ao corpo e à respiração”, têm tido “bons resultados”. A iniciativa termina esta sexta-feira, com a realização de sessões de experimentação com o apoio da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) e do Núcleo de Desporto e Lazer (NDL). A ESSUA irá realizar avaliações clínicas da voz e da capacidade e desempenho funcional, enquanto o NDL dinamiza um treino funcional e uma aula de pilates.

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Os representantes de 25 juniores empresas a nível nacional vão reunir-se na Universidade de Aveiro (UA) para a realização da oitava edição do Encontro Nacional. A expectativa, aponta Joana Vitó, estudante de Economia da UA e membro da Aveiro Smart Business, é que a iniciativa “seja um bom momento de aprendizagem, além do networking”. “Consideramos que é uma boa iniciativa para unir mais os estudantes ao mundo empresarial”, frisa Joana. “Temos vários momentos que promovem esse networking, mas também a aprendizagem: procuramos bons formadores e bons oradores para trazer o máximo de informação possível e diferente aos nossos participantes”, dá nota a estudante. A iniciativa conta com vários momentos de formação sob temáticas que exploram temáticas desde o branding à liderança e criação de startups. A programação completa pode ser consultada através das redes sociais da iniciativa. As inscrições para o evento são restritas a estudantes que participem nas juniores empresas e têm um custo associado entre os 35 e os 68 euros. O preço da inscrição suporta os custos com a organização do evento e qualquer lucro que seja gerado será distribuído para instituições de caridade.  A iniciativa acontece este fim-de-semana, dia 31 de maio e 1 de junho - em vários locais da UA. À Ria, Joana sublinha ainda as parcerias conseguidas junto de empresas como “Panike, ReFood, Triumph e Licor Beirão”.  A organização do evento está “a ser um desafio (…) e uma experiência muito boa”, admite ainda Joana. “Os júnior empresários gostam sempre de um desafio e este está a ser um desafio muito positivo, estamos muito contentes por podermos receber os juniores empresários portugueses”, frisa a Aveiro Smart Business.

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Por motivos de conflito de agenda, o evento terá lugar no Anfiteatro Carlos Borrego, e não no Auditório Renato Araújo - local inicialmente divulgado pela Ria. O debate contará com a participação de quatro candidatos, representando todas as circunscrições e ambas as listas concorrentes ao ato eleitoral. Nesta eleição, foram admitidas duas listas: a lista “UA 2030 – Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural” e a lista “UA50 – 50 anos de história, 50 anos de ambição”. O debate será moderado por Isabel Cunha Marques, diretora de informação da Ria, e transmitido em direto na página de Facebook da Rádio Universitária. A sessão é aberta à comunidade académica, que poderá assistir presencialmente ou acompanhar a transmissão online. Durante o debate, serão discutidos temas diretamente relacionados com as competências do Conselho Geral e a visão estratégica para o futuro da Universidade de Aveiro. Está também prevista uma ronda de perguntas enviadas pela comunidade académica e dirigidas às duas listas. As perguntas podem ser submetidas até às 23h59 desta quarta-feira, 28 de maio, através do preenchimento deste formulário. A redação da Ria selecionará as mais relevantes para serem colocadas durante o evento. O Conselho Geral é o principal órgão de governo da universidade, sendo responsável por funções estruturantes como a eleição do reitor, a aprovação e alteração dos estatutos, a aprovação do plano estratégico e dos documentos anuais de atividades e contas.

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Opinião

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Mudar o Paradigma de Gestão e de Governança da UA: Um Apelo à Liderança Participativa e à Cocriação de Soluções para o Futuro de Todos Ao celebrar mais de cinco décadas de história, a Universidade de Aveiro encontra-se num momento decisivo. Os desafios que hoje se colocam ao Ensino Superior, as restrições orçamentais, o necessário impacto social do ensino e da investigação, a sobrecarga de trabalho e em muitos casos de burnout dos seus recursos humanos, exigem uma profunda reavaliação dos modelos de liderança e gestão das Instituições de Ensino Superior. Urge transitar de modelos tradicionais de “governo” para abordagens de “governança” bottom-up, que se apoiem no ‘chão da universidade’. No centro desta transformação devem estar lideranças democráticas e transformativas assentes numa participação efetiva de Todos! O Conselho Geral da Universidade deve tornar-se o motor desta mudança. Defendemos um Conselho Geral que promova a eleição direta de todos os órgãos unipessoais, logo que legalmente possível. Que exija audições públicas abertas a toda a comunidade dos candidatos a reitor, o escrutínio aberto dos seus programas, o que é o oposto da atual situação de ‘conclave’ que reina no Conselho Geral. Defendemos um Conselho que envolva diretamente todos os segmentos da comunidade universitária, académicos e não académicos, em início de carreira e seniores, com contratos permanentes ou precários. A representação não pode ser simbólica e de cortesia para com as reitorias. O Conselho Geral deve ser a voz da comunidade e atuar como órgão de fiscalização dos órgãos da universidade: deve ser ativo, dinâmico e consequente. A governança participativa, de base, não é um ideal utópico. É uma exigência democrática. No contexto universitário, significa envolver ativamente quem trabalha e estuda na instituição na definição da sua direção, prioridades e cultura. É um modelo que reconhece os saberes diversos, as experiências vividas e as perspetivas críticas de quem está no terreno. Legitimar a governança bottom-up implica saber-se ser inclusivo e saber-se dialogar. A universidade deve refletir a inteligência coletiva da sua comunidade, o que requer dar poder de participação e decisão a Todos e não apenas às elites dos órgãos eleitos ou designados. Saber-se delegar - e não centralizar funções e decisões - é um ato de gestão inteligente. A governança participativa deve ir além da retórica. Deve estar presente nas estruturas e práticas institucionais do dia a dia. O Conselho Geral tem um potencial único para cumprir esse papel, não como mero validador das atividades do reitor, mas como espaço independente, inclusivo e construtivo de reflexão estratégica, debate e responsabilização. Para isso, precisamos de um Conselho Geral que escute, questione e proponha, que funcione como consciência coletiva da instituição. Esta visão exige uma transformação na cultura institucional. Reconstruir a confiança na governança universitária significa empoderar as pessoas. Significa garantir que docentes sobrecarregados com horas letivas excessivas, investigadores em situação de instabilidade e estudantes que procuram uma formação com sentido sintam que a sua voz conta. Governança não é controlo, é corresponsabilização. E só com corresponsabilidade poderemos construir uma universidade resiliente, inclusiva e preparada para os próximos 50 anos. Escolhamos o diálogo e a empatia com as pessoas, em vez da distância e da voz de comando, a transparência em vez da opacidade, a coragem em vez da gestão do dia a dia. Vamos co-construir a Universidade de Aveiro do futuro, em conjunto. Não para alguns, mas para todos!

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No total são sete os profissionais que entre junho e julho cumprem os últimos dias na ULSGE. Já o então diretor do Serviço de Imagiologia e coordenador da Unidade de Radiologia de Intervenção (URI), Pedro Sousa, apresentou a demissão a 01 de maio, situação à qual se seguiu um pedido de rescisão de contrato e um processo disciplinar instaurado pela ULSGE. Contactado pela Lusa, fonte da ULSGE avançou que foi nomeado, interinamente, um novo diretor, o neurorradiologista de intervenção Manuel Ribeiro, e que a direção do serviço e o conselho de administração “estão ativamente a realizar as diligências para uma normalização rápida”. “Hoje é o meu último dia. O contrato dos colegas obriga um aviso prévio de um mês e, portanto, alguns terminam a sua atividade a 18 de junho e outros colegas, que já tinham um contrato superior a dois anos, terminam funções a 18 de julho”, disse à Lusa Pedro Sousa. Questionado sobre o motivo pelo qual apresentou a sua demissão, o médico disse que “existe efetivamente uma diferença estratégica entre o atual conselho de administração e a direção de serviço à data” e que como diretor de serviço “sentia alguma inoperância”. “Os projetos estavam todos suspensos (…) A gota de água foi a falta de respeito institucional, a alteração de uma prática que tinha já há cinco anos”, disse Pedro Sousa, referindo-se a alegadas alterações à constituição do júri para a contratação de recém-especialistas da neurorradiologia. O conselho de administração da ULSGE, que era presidido pelo médico anestesista Rui Guimarães, foi substituído em fevereiro deste ano, sendo agora liderado por Luís Cruz Matos, que foi administrador executivo do Hospital da Prelada, pertencente à Santa Casa da Misericórdia do Porto. O médico Pedro Sousa foi um dos signatários de cartas enviadas à tutela, nomeadamente à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, quando ainda não era conhecido o novo conselho de administração, nas quais era pedida a continuidade de Rui Guimarães. Relativamente ao processo disciplinar instaurado pelo hospital, Pedro Sousa disse acreditar que este se deva a “incómodo” por este ter tornado pública a sua demissão. Sobre esta matéria, a ULSGE informou a Lusa que “foi instaurado um processo disciplinar ao dr. Pedro Sousa, por alegada violação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD)”. “Estão em causa situações de exposição de documentação institucional interna a entidades externas, sem o devido enquadramento legal, e com impacto nos direitos de privacidade de diversos profissionais da ULSGE”, lê-se na resposta da ULS. Quanto à prestação de cuidados aos utentes, essa, garante a ULSGE, “encontra-se assegurada”, estando “em curso todas as diligências para minimizar o impacto na atividade clínica, tanto localmente como na rede de articulação da região Norte, uma vez que a unidade serve uma população que ultrapassa os limites da ULSGE”. Acrescenta ainda a ULS que a nomeação do médico Manuel Ribeiro “decorre enquanto se processam as manifestações de interesse para as direções de serviço, um procedimento iniciado a 08 de maio” que é “transversal a toda a instituição e decorre por imposição legal por termo do mandato do anterior conselho de administração e que implica a renovação das comissões de serviço”. “A direção de serviço, em articulação com o conselho de administração, está empenhada na rápida estabilização do serviço. Reforça-se que esta unidade representa um investimento significativo do SNS [Serviço Nacional de Saúde], incluindo fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], tanto em equipamentos como em formação diferenciada. Importa ainda referir que parte dos profissionais agora demissionários terminou recentemente o seu percurso formativo”, conclui.

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Organizado pela Câmara de Aveiro, o evento, que celebra este ano a sua décima edição, inclui espetáculos de música, teatro, dança, novo circo, instalações artísticas, atividades para crianças e outras propostas que prometem transformar o quotidiano da cidade. Um dos destaques desta edição, segundo uma nota camarária, são os espetáculos sobre a água, entre os quais o “The Weight of Water”, da companhia Panama Pictures, dos Países Baixos, uma “parábola sobre o aquecimento global com seis intérpretes e uma plataforma flutuante" para ver no Canal Central, junto às comportas, nos dias 19 e 20 de julho. Na música, o primeiro nome revelado é o de Dino D’Santiago. O cantor que tem trabalhado a tradição cabo-verdiana com a marca contemporânea da eletrónica global irá atuar no arranque do evento, a 16 de julho, no palco maior do Festival dos Canais, instalado no Cais da Fonte Nova. No campo das estreias, o espetáculo verde/claro, de Rui Queiroz de Matos, é o primeiro exemplo, sendo também uma encomenda do Festival dos Canais que poderá ser vista todos os dias do evento, com quatro apresentações diárias. “Trata-se de uma criação com marionetas que celebra a natureza na sua escala mais íntima e questiona os espetadores sobre como seria a vida se os seres humanos tivessem apenas uns milímetros de altura”, refere a organização. Tal como aconteceu em anos anteriores, o evento contará com a participação da comunidade em algumas das suas atividades, como é o caso da Fanfarra dos Canais, uma formação musical itinerante que todos os anos conta com elementos recrutados através de uma ‘open call’, estando para breve a abertura das inscrições. A programação inclui ainda diversos espetáculos e atividades para as crianças e as famílias, que vão decorrer no espaço Jardim das Brincadeiras, na Baixa de Santo António. A exemplo dos últimos anos, o Festival dos Canais irá contar com um ‘pop-up’ do Chefs On Fire, um evento gastronómico que convida ‘chefs’ de renome a cozinhar em fogo lento, celebrando as origens da cozinha. A programação completa do Festival dos Canais será apresentada em breve e ficará também disponível na página do evento na internet.