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Universidade

‘Feira da Alameda’ trouxe “vida” à Alameda da UA

A zona da Alameda na Universidade de Aveiro (UA) foi mais uma vez palco, esta quinta-feira, 7 de novembro, da Feira da Alameda. Promovida pelo setor “Aveiro é Nosso” da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), entre os vários objetos disponíveis para venda, tanto de comerciantes externos à UA como de alunos da UA, estiveram tapetes, peluches, livros, comida ou roupa.

‘Feira da Alameda’ trouxe “vida” à Alameda da UA
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
08 nov 2024, 18:13

Para Maria Augusta Soares, a Feira da Alameda foi um pretexto “perfeito” para entrar, pela primeira vez, na UA. “Já me estou a sentir uma estudante… Eu só tenho a quarta classe. Isto para mim é uma festa… É qualquer coisa que não está a entrar em mim de tão bom que é”, comentou à Ria. Diretamente de Ovar, aos 68 anos, revelou que o desafio de vir mostrar a sua arte dos tapetes à UA surgiu por intermédio de um casal universitário. “Eu costumo fazer a Feira Artes no Canal [em Aveiro], no segundo sábado de cada mês, e foi aí que me convidaram para vir cá… Na altura, deixei o meu número de telefone e acabaram por me ligar…. Estou encantada com isto”, destacou com um sorriso rasgado.

Com uma “banca” recheada de tapetes de diferentes cores e formas como um “peixe”, uma “garrafa” ou um “morango”, explicou que a paixão pelas artes manuais nasceu aquando da altura da sua pré-reforma. “Comecei em 2017 (…) Na altura, tive de ficar em casa por causa de tratar do meu pai que estava acamado e (…) cria fazer qualquer coisa…. Quando comecei a fazer tapetes a primeira coisa que fiz foi uma borboleta.... Fiz três borboletas, vendi-as logo [numa feira do Porto] e comecei a criar outras coisas”, recordou Maria Augusta.

Inês Pereira, atual estudante de Engenharia Biomédica na UA, também aproveitou a Feira da Alameda para mostrar o seu projeto, neste caso, de crochet. “Eu já faço crochet desde os meus dez anos. Comecei com a minha avó a fazer as coisas mais difíceis e depois fui aprendendo pela internet a fazer outras coisas diferentes”, disse à Ria.

Pela primeira vez a participar na iniciativa, com uma mesa repleta de peluches e de totebags, a estudante caraterizou a feira como “muito boa”. “Eu comentei a outros colegas que estão noutras universidades [a existência desta feira] e eles ficaram superadmirados. Só me comentavam o quão incrível era a oportunidade”, afirmou.

Carolina Lopes e Alice Abreu foram duas dos muitos estudantes que aproveitaram a hora de almoço para visitar a Feira da Alameda. “Eu já estava habituada a ver feirinhas deste género, mas em outros locais”, concordaram as estudantes do 1º ano do curso de Biologia. “Acho que é muito interessante. Permite um contacto diferente com as pessoas e ver coisas novas”, exprimiu Carolina.

Também Raquel Costa, atraída pelos muitos livros que por ali se encontravam, aproveitou a iniciativa para fazer “bons negócios”. Numa das bancas espalhadas encontrei “um livro que numa loja online custa 18 euros e eu comprei-o a cinco euros. Foi um ótimo negócio”, revelou com um sorriso.

Para esta estudante do 1º ano do curso de Biologia a “feirinha” foi uma surpresa “boa”. “Eu nem sabia que ia haver. Tinha acabado de sair da aula e achei bastante divertido. Vi logo os livros e fiquei perdida logo com os livros. Amei”, afirmou.

“Para a próxima já nem sabemos se temos mesas suficientes”

Margarida Cordeiro, vice-presidente do setor “Aveiro é Nosso” da AAUAv realçou que a iniciativa acontece “todos os semestres de todos os anos”. Oficialmente, “esta é a minha quarta Feira da Alameda a ser organizada. Reúne cada vez mais gente e cada vez mais barraquinhas”, revelou. “É superpositivo. Toda a gente gosta de ver a Alameda com vida”, completou.

Segundo Margarida Cordeiro o evento ganhou “muito crescimento” [face às outras edições], principalmente, no que toca a inscritos da UA. “Na primeira feira que organizei, ou seja, há dois anos, tínhamos 15 inscritos da UA. Neste momento, estamos a chegar às 40 inscrições”. Em termos de participação de comerciantes externos à UA disse que os números se têm mantido “constantes”.

Além do crescimento, a vice-presidente do projeto “Aveiro é Nosso” evidenciou ainda a variedade de objetos nas bancas [este ano] na zona da Alameda. “Em relação ao ano passado, [em que a maioria das coisas expostas para venda era roupa] há muita variedade (…) Agora até se vê peças em 3D, coisas em crochet, comida. Está muito diversificado”, apontou com um sorriso. “Para a próxima já nem sabemos se temos mesas suficientes”, atirou com uma gargalhada.

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Numa nota de imprensa enviada à Ria esta sexta-feira, 28 de novembro, Miguel Gomes começa por congratular o fim das portagens na A25. “Uma vitória para a mobilidade, apesar da narrativa errada e do processo político seguido”, insiste. No seguimento, reforça que a eliminação dos pórticos representa um “ganho claro para os cidadãos e empresas que dependem desta via”. “A entrada em vigor da medida em 2026 corrige finalmente a injustiça criada no verão passado, quando outros concelhos beneficiaram da eliminação de portagens e Aveiro ficou inexplicavelmente de fora, apesar das reivindicações de longa data dos seus residentes e do peso económico da região”, continua Miguel Gomes. O candidato da IL lamenta, contudo, que a decisão tenha surgido “descontextualizada de uma visão estratégica nacional para as infraestruturas”. “É crucial que a eliminação das portagens não se traduza num desinvestimento futuro numa via que é essencial para Aveiro, para a Beira Litoral e para o país”, afirma. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, a partir do próximo dia 1 de janeiro todas as portagens na A25 vão ser eliminadas. A iniciativa resulta de uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado 2026 feita pelo Partido Socialista (PS) e aprovada, na passada quarta-feira, com os votos a favor pelo PS, Chega, Livre, PCP, BE e JPP. No caso da IL, inicialmente, abstiveram-se, mas mais tarde acabaram por mudar o sentido de voto. De acordo com Mário Amorim Lopes, deputado da IL eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, em entrevista à Ria, a abstenção foi um “erro técnico” e o partido teve sempre a intenção de votar a favor da proposta. Na nota, Miguel Gomes atira ainda que o Orçamento de Estado para 2026 falhou ao “não incluir qualquer compromisso explícito, detalhado e calendarizado para a tão necessária requalificação e expansão do Hospital de Aveiro”. “Depois de uma campanha autárquica em que todos os partidos reconheceram a urgência desta intervenção, e após um compromisso público do primeiro-Ministro, Luís Montenegro, durante a apresentação da candidatura de Luís Souto, é incompreensível que o orçamento ignore por completo este equipamento vital para a região”, vinca. Recordando a visita de Mariana Leitão, presidente da IL, ao Hospital de Aveiro, Miguel Gomes insiste que “Aveiro precisa de investimentos estruturantes e previsíveis no seu hospital, acompanhados de reformas de gestão que assegurem eficiência, rapidez de resposta e qualidade no Serviço Nacional de Saúde”.  Lembre-se que, tal como anteriormente noticiado, o ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, já tinha esclarecido publicamente que o concurso público para a elaboração do projeto de requalificação e expansão do Hospital de Aveiro se encontrava em suspenso na sequência de uma reclamação apresentada por uma das empresas concorrentes. Um projeto desta dimensão deverá ainda demorar entre um a dois anos a ser concluído, sendo apenas numa fase posterior o Governo poderá inscrever verbas específicas no Orçamento do Estado para lançar o concurso das obras. No seguimento, o candidato da IL lamentou também que o Eixo Aveiro-Águeda seja uma “prioridade regional novamente ignorada”. “É profundamente negativo que a ligação Aveiro–Águeda, há décadas identificada como prioritária para a mobilidade e para a competitividade económica do distrito, continue sem qualquer referência no OE2026”, reage. Tal como avançado pela Ria, no passado dia 17 de novembro, três anos após estar inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), esta obra continua sem avançar e sem garantia de financiamento integral. Sobre isto, Miguel Gomes exprime que: “Com o PRR já fora da equação, uma infraestrutura com impacto direto em dois polos industriais e académicos relevantes deveria ter sido incluída e calendarizada no OE2026”. “Para a Iniciativa Liberal, esta ligação é estratégica para reduzir constrangimentos, reforçar a coesão territorial e potenciar a atividade económica do distrito”, continua. Num apontamento final, Miguel Gomes reforça que o “distrito de Aveiro merece mais do que promessas vagas ou investimentos pontuais”. “Precisa de um plano claro, executável e sujeito a prestação de contas rigorosa”, insiste. “O OE2026 contém alguns aspetos positivos, mas fica muito aquém de um orçamento verdadeiramente reformista, capaz de desbloquear o potencial económico e social da região. Tudo isto são razões mais que suficientes para o voto contra este orçamento”, justifica o candidato da IL. Sobre a atuação do partido promete que o mesmo continuará a defender “mais transparência, rigor na execução e políticas orientadas para o crescimento, para a liberdade de escolha e para serviços públicos verdadeiramente eficientes”. A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 foi esta quinta-feira aprovada em votação final global com votos a favor do PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (Chega, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra. Este foi o segundo Orçamento do Estado apresentado por um Governo liderado por Luís Montenegro e, quando a votação foi anunciada no hemiciclo, os deputados do PSD e CDS aplaudiram de pé. A deputada do PS Isabel Moreira anunciou a entrega de uma declaração de voto por escrito. Durante o período de debate e votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, que começou em 20 de novembro, foram aprovadas medidas como o congelamento das propinas, o reforço da dotação do Tribunal Constitucional, a isenção de portagens em autoestradas como a A25 ou em partes da A6 e A2 ou o aumento do suplemento especial de pensão dos antigos combatentes – tudo propostas apresentadas por PS ou Chega contra a vontade do Governo. No total, durante as votações na especialidade, foram aprovadas 163 propostas de alteração, sendo o PS o partido da oposição que conseguiu ver mais propostas aprovadas.

Idosa de 84 anos desaparecida desde quarta-feira após atendimento no Hospital da Feira
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Segundo o comando distrital de Aveiro da PSP, a idosa em causa é de Oliveira de Azeméis e deu entrada nas urgências desse equipamento da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV) nessa madrugada, com “lapsos de memória e desorientação”. “Ficou internada e, quando a chamaram para ir ao gabinete de observação, não apareceu. Por volta das 18:15 foi comunicado a um colega da PSP [de serviço remunerado no hospital] que a senhora se tinha ausentado sem alta médica e, depois disso, pela visualização das imagens de videovigilância, percebeu-se que às 13:15 ela teria saído do edifício”, contou fonte do comando à Lusa. A direção do Hospital da Feira confirma a saída da idosa “autonomamente, pela porta principal do serviço de Urgência”, e adianta: “De imediato foram ativados todos os procedimentos internos previstos para este tipo de situação, incluindo a verificação das instalações, a análise das câmaras de videovigilância e o contacto com as autoridades competentes”. A PSP, por sua vez, começou por difundir a identificação da utente “por todo o efetivo da esquadra da Feira” e alargou depois essa sinalização “a toda a estrutura nacional” da mesma força policial. “Foram efetuadas as buscas possíveis nas imediações do hospital”, acrescenta a PSP, que diz continuar a desenvolver esforços no sentido de localizar a idosa. “Mas não há sinal dela até agora”, afirmou a mesma fonte esta manhã, por volta das 10:00. Em abril de 2024, o Hospital da Feira registou situação idêntica, então com um homem de 82 anos que, entre exames de diagnóstico, abandonou a urgência por iniciativa própria e nunca mais foi localizado. Nessa altura, fonte hospitalar declarou que a família não dera “qualquer informação de que o senhor não era autónomo ou tivesse alguma incapacidade que o impedisse de ficar sozinho”. A PSP afirmou que ele continua por localizar. Quanto à idosa desta quarta-feira, fonte do São Sebastião refere que “o hospital continua a colaborar estreitamente com as autoridades e mantém-se focado na segurança dos utentes e no cumprimento rigoroso dos seus procedimentos internos”.