RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

‘Plantar o Futuro’: comunidade UA adotou (mais) mil árvores

A sexta edição da iniciativa ‘Plantar o Futuro’ encheu de árvores o espaço em frente ao Edifício Central da Reitoria da Universidade de Aveiro. Foram entregues o total de mil árvores à comunidade académica.

‘Plantar o Futuro’: comunidade UA adotou (mais) mil árvores
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
31 out 2024, 15:10

Medronheiros, sobreiros, azevinhos e pilriteiros plantados num pequeno vaso e dispostos em frente ao edifício da reitoria da Universidade de Aveiro esperavam pelos seus novos pais. À medida que iam sendo entregues dentro de um saco de papel começavam a ver-se pontos verdes a passear ao colo dos estudantes pelo campus de Santiago.

Ana Fadiga frequenta o segundo ano da licenciatura de Engenharia Aeroespacial e levava consigo um pilriteiro. Aderiu à iniciativa pela curiosidade com que ficou do ano anterior e por influência dos amigos. Quanto aos cuidados com a planta, Ana refere que não lhe parece “uma tarefa difícil”, mas admite, em tom de brincadeira, que vai “ter de procurar tutoriais no Youtube” por não saber “ao certo que tipo de árvore é esta”.

A preocupação em manter a árvore viva é também uma inquietação da Agora Aveiro, a associação organizadora da iniciativa. “Nós temos disponível um guia online com instruções, o básico e o essencial de como cuidar da árvore para garantir que não morre”, informa Nuno Brizida, um dos dirigentes associativos da Agora Aveiro. O membro da direção assegura ainda que as espécies disponibilizadas “são todas árvores resilientes”.

Petra Dias é estudante do terceiro ano da licenciatura de Meteorologia, Oceanografia e Clima. Apesar de frequentar o último ano da licenciatura e esta ser já a sexta edição da iniciativa ‘Plantar o Futuro’, Petra aderiu pela primeira vez este ano à ação. “Vi o ano passado, mas passei já era tarde, este ano decidi mesmo inscrever-me”, afirma. Os motivos, admite, estão relacionados com o curso: “cada vez mais o clima é uma questão com que eu me preocupo”, sublinha.

Verónica Teixeira estava também nas filas para adotar uma árvore pela primeira vez. É estudante do segundo ano de Línguas e Relações Empresariais e chegou à iniciativa “através de uma amiga”. Considera que ações como a adoção e a futura plantação são “bastante importantes” e acrescenta que é muito relevante que se incentive “os jovens a plantar e a cuidar do planeta”.

A iniciativa é vista por participantes e organizadores como particularmente importante este ano visto que Aveiro foi o segundo distrito mais afetado em relação a área ardida, com base nos dados avançados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). 28.079 hectares foi a extensão total da área perdida para os incêndios no distrito de Aveiro, representando 21% do total nacional de área ardida.

Iniciativa “é muito tradição de biologia”

Uma a uma as árvores foram sendo entregues. Cerca de meia hora depois do início da adoção das plantas, já 178 exemplares tinham sido cedidos. “Aqui na universidade vimos que mil árvores é o número ideal”, refere Hélder Berenguer, um dos fundadores do projeto.

‘Biologia a plantar o futuro’ foi a semente lançada em 2014. Hélder Berenguer frequentava na altura o mestrado de Biologia Molecular e Celular na Universidade de Aveiro e queria “uma forma de integrar os alunos que fosse interessante”, refere. Hoje essa vontade dá lugar à sexta edição de ‘Plantar o Futuro’.

“Arranjamos uma árvore - cada um dos alunos - e depois plantamos na mata do Bussaco”, conta Hélder. “Em 2017/18, por altura dos incêndios de Pedrogão, surgiu a vontade de expandir o projeto”, lembra. “Desde então tem-se feito este projeto em colaboração com a Universidade de Aveiro e o Município de Estarreja”. A cada ano “mil árvores são adotadas pelos alunos e depois plantadas lá no município”, explica Hélder.

Renata Cabo, estudante do mestrado em Biologia Marinha leva consigo um medronheiro. Acompanhada por Ingrid Ramos e Guilherme Lucas, estudantes do segundo e primeiro ano, respetivamente, do curso de Biologia e também adotantes de medronheiros, Renata sublinhou que a iniciativa continua intimamente ligada aos cursos de Biologia da Universidade de Aveiro. “É muito tradição de biologia”, garantiu a estudante. “Como trajados, sempre mantivemos o bichinho de incentivar o primeiro ano a participar na iniciativa”, assegura.

Ação de reflorestação com menor adesão

Alexandra Queirós, vice-reitora encarregue das políticas para a cultura e a vida nos campi, levou também consigo um medronheiro. “A reitoria adota sempre uma árvore” garante a professora. “Nem sempre elas sobrevivem, mas temos tido melhorias significativas ao longo dos anos”, brinca Alexandra Queirós. O objetivo é cuidar deste medronheiro “com muito amor e carinho para depois em março fazer a reflorestação”, garante.

A ação de reflorestação tem data prevista para fevereiro ou março de 2025 – pela altura da primavera. “Além da reflorestação fazemos também sempre uma ação de controlo de invasoras – à erva das pampas ou acácia”, refere Nuno Brizida. “O transporte até aos terrenos de Estarreja” é assegurado pela Agora Aveiro, confirmou o dirigente da associação.

Apesar dos estudantes que falaram com a Ria terem mostrado vontade de participar, a ação de reflorestação costuma ter menos adesão por parte da comunidade académica, acabando por ser mais morosa e difícil para quem se voluntaria a ir. É o caso de André Antunes, aluno do último ano do mestrado em Engenharia Física e voluntário na Agora Aveiro. O estudante frisa que apesar de não ser obrigatória a participação na reflorestação “quantas mais pessoas vierem plantar menos trabalho dão a apenas uma pessoa”. O estudante deixou ainda o apelo para que se cumpram todas as etapas do processo, “é importante”, destaca.

Recomendações

AAUAv/UA sagra-se campeã nacional universitária de natação em piscina curta
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No campeonato, onde competiram 199 estudantes-atletas e 25 clubes-FADU, a academia aveirense foi quem somou o maior número de pontos, o que lhe valeu o título de campeã nacional universitária. A equipa da UA somou um total de 15 medalhas - sete de ouro, seis de prata e duas de bronze. À Ria, Hugo Carola conta que, inicialmente, os estudantes de Aveiro “não estavam à espera de ganhar”, embora note que “cedo se provou que podiam fazer um bom resultado”. Finda a competição e já depois de arrecadar o ouro, o nadador que aponta que toda a gente ficou “orgulhosa” do resultado. Sendo um resultado inédito para os aveirenses, Hugo Carola lembra que, quando começou a competir em representação da UA, “ia a competições em que eram só quatro ou cinco” os atletas vindos de Aveiro. Agora, com cerca de “25” nadadores em competição, destaca o crescimento do grupo. “Tem sido mais divulgado e tem aparecido mais gente com mais qualidade. Isso tem proporcionado melhores resultados […] O empenho dos estudantes e da Universidade tem melhorado”, garante o nadador. Os destaques da competição vão para Diogo Silva, João Rodrigues – que venceram, cada um, duas medalhas de ouro - e Maria Almeida – que conquistou um ouro e uma prata. As estafetas masculinas e femininas da equipa, constituídas por Diogo Silva, Tiago Brandão, João Rodrigues e Hugo Carola e Carolina Cabral, Margarida Lopes, Maria Almeida e Lara Vasconcelos, respetivamente, também chegaram ao ouro nos 4x50m estilos.

Estudantes denunciam “infestação de formigas” em residências universitárias da UA
Universidade

Estudantes denunciam “infestação de formigas” em residências universitárias da UA

Pelo bloco 13, a convivência com as formigas já não é uma novidade. Muito pelo contrário. Tornou-se até mais um dia para a maioria destes estudantes. Mara, nome fictício, está no último ano de licenciatura. No dia em que conversamos com esta estudante, na parte exterior, encontrava-se a sair do edifício para ir para as aulas. Optou por vir para a residência universitária, pelo primeiro ano, por não ter opção de pagar um quarto na cidade. Partilha à Ria, entre risos, que quando decidiu vir para cá já sabia o que a esperava: “Quase todas as residências têm problemas com formigas”, afirmou, assinalando que o bloco “mais crítico” é o sétimo. “Temos formigas nas camas, nas paredes, no meio da comida, em cima do fogão, no frigorífico. (…) Toda a gente se queixa disto. Já é recorrente de malta dos anos anteriores”, admitiu. Em conversa com antigos estudantes, Mara confidencia-nos até que já lhe tinham sugerido, antes de ir para ali residir, que comprasse inseticida para resolver o problema das formigas. “Eu só estou há um ano nas residências, mas tenho colegas minhas que já estão aqui há bastante tempo e a realidade das formigas já vem desde sempre. Já fizeram várias queixas”, contou. A estudante assegurou ainda que, quando o problema das formigas se agrava, o serviço de limpeza - assegurado nos espaços comuns - além de vir de manhã, passa também à noite. No entanto, as formigas continuam a ser uma presença constante. Já dentro da residência, na zona da cozinha, Mara apresenta-nos a outros estudantes que, naquele momento, se encontravam a almoçar. Uma delas, mal nos identificamos e mencionamos as queixas sobre as formigas, responde-nos imediatamente: “Sim, é verdade”. Está ali a morar há três anos. “Tem formigas e à noite [na cozinha] não sei se é por causa da luz, mas fica repleto de bichos. Tem acontecido com frequência”, assinalou. “Todos os dias temos formigas”, continua. Questionada sobre se já tentaram contactar alguém responsável dos SASUA, Mara diz não saber se alguém daquele bloco já o fez, mas refere ter conhecimento de que o bloco 7 já procurou reportar a situação. Decidimos confirmar. Vanessa, nome fictício, foi colocada no bloco 7 há cerca de dois anos. Conta à Ria que o problema das formigas persiste há, pelo menos, um ano. Confidencia, inclusive, que para si a situação já se tornou “rotina”. “Elas aparecem, maioritariamente, nas zonas comuns: Na cozinha, na casa de banho e em alguns quartos”, descreve. Para fazer face ao problema, a estudante relata que também eles - naquele bloco - estão ‘munidos’ de “inseticida”. Tal como Mara, nunca apresentou reclamação, mas confirma saber que há “várias pessoas do bloco” que o fizeram. Conta que optaram por contactar diretamente os SASUA e por enviar um email à vice-reitora para a Cultura e Vida nos Campi da UA, Alexandra Queirós, na passada quarta-feira, 5 de novembro. A Ria teve, entretanto, acesso ao email. Nesse email, enviado pela “Comissão de Residentes do Bloco 7”, as estudantes começam por dar nota da infestação de formigas que “afeta diversos quartos e áreas comuns (como casas de banho e cozinha) do edifício, assim como, outros blocos do Complexo Residencial de Santiago, nomeadamente o Bloco 5”. “Este problema tem vindo a gerar grande desconforto e indignação entre os residentes, não só por colocar em causa a qualidade de vida dos estudantes, mas também por representar um risco à saúde pública e uma clara violação das obrigações contratuais assumidas pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro, enviadas sempre formalmente por correio eletrónico no contrato de alojamento universitário aos estudantes”, escrevem. No seguimento, recordam o contrato - entre os estudantes e os SASUA - realçando que o mesmo é “explícito” quanto às responsabilidades da Universidade em matéria de higiene e manutenção. Apontam a garantia da limpeza e arrumação das áreas comuns, a manutenção de equipamentos e a disponibilização dos produtos de limpeza necessários para a higiene da habitação. “A situação atual representa uma violação destas obrigações contratuais e regulamentares, colocando os estudantes numa posição inaceitável, dado que cumprem os seus deveres, incluindo o pagamento pontual das mensalidades”, defendem os estudantes. A Comissão de Residentes dá ainda nota de que reuniu “provas documentais” - fotografias e vídeos - “que atestam a gravidade da infestação e que serão apresentadas, caso seja necessário, a instâncias externas”. Os estudantes solicitam ainda, “com urgência”, a resolução “imediata do problema”, sugerindo a “desinfestação profissional e medidas preventivas adequadas”, como a “garantia da manutenção regular das condições de higiene e salubridade, conforme estipulado contratualmente”. No final, os estudantes anexam ainda um abaixo-assinado que conta com assinaturas de 19 residentes. Em conversa com uma das estudantes responsáveis pelo abaixo-assinado, a residente explica que, além do email recentemente enviado, já haviam tentado comunicar o problema tanto “há dois anos” como “no ano passado” à “dona Rosa”, atualmente responsável por estas residências. “Os SASUA começaram a ter conhecimento do assunto, mas nada foi feito. Insistimos para resolverem o problema e dissemos que estava pior, mas continuaram sem fazer nada”, atirou. A estudante acrescentou ainda que chegaram a ser responsabilizados pela situação: “Chegaram a dizer que a culpa era nossa por causa dos lixos da cozinha e que não podíamos colocar o lixo ali, mas isso não corresponde à realidade. Nós vivemos aqui, temos de usar o lixo e os sítios para o depositar corretamente”, desabafou. Além disso, partilhou que soube que, no verão, os SASUA tinham intenção de realizar uma desinfestação, mas a medida acabou por não avançar. "O que chegou ao nosso conhecimento é que no verão os SASUA queriam de facto fazer uma desinfestação, mas que a reitoria não deixou, porque alojou cá um grupo”, esclareceu. Segundo contou, apesar do edifício já ter sido alvo de intervenções recentes, com obras “pontuais” e a reparação de “alguma humidade”, a situação não foi resolvida. “Trocaram as janelas e foi isso que fizeram”, frisou. Com a situação a “piorar” e sem respostas concretas, a residente explicou que sentiram necessidade de recorrer a medidas mais “extremas”, enviando email à reitoria. “Por enquanto, a única resposta que tivemos foi da vice-reitora (…) a pedir para reencaminhar o documento e que ia tentar solucionar o problema o mais breve possível”, sublinhou. A Ria esteve também à conversa com Alexandra Queirós que confirmou o envio do email. Esta terça-feira, 11 de novembro, afirmou estar a aguardar “alguns esclarecimentos adicionais” por parte dos SASUA. “Da conversa que tive com o senhor diretor dei instruções para se proceder às desinfeções e limpezas no imediato. (…) Sugeri que se tomassem as medidas corretivas imediatas e que depois também fizessem um processo de melhoria contínua: O que é que levou a esta situação? Qual o estado da situação?”, explicou. A vice-reitora garantiu ainda que só tomou conhecimento da situação “agora”, com a reclamação formal dos estudantes. “Também disse que deveríamos iniciar, em conjunto com as encarregadas e com as próprias comissões de residentes, algumas sessões de sensibilização e de informação, relativamente a esta questão. (…) Isto pode acontecer nas nossas casas e temos de ser parte da solução, tomando as medidas necessárias”, partilhou. Além do mais, Alexandra Queirós adiantou que está também em “averiguação” a necessidade de eventuais alterações no “processo interno” das residências. Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), afirmou também à Ria que teve conhecimento da infestação de formigas “no final da última semana”. Na altura, segundo afirma, comunicou de imediato a situação ao provedor do estudante, aos SASUA e também à vice-reitora. “Após termos conhecimento, fizemos uma chamada para a vice-reitora e o que nos foi dito é que todas as diligências para terminar com esta infestação estavam a ser tomadas. (…) Fizemos questão de referir que isto não faz sentido acontecer, porque são questões associadas a problemas de higiene e de limpeza”, recordou. Para a presidente da direção da AAUAv, é “necessário” garantir aos estudantes “condições aceitáveis” nas residências. “A maior parte dos focos que foram encontrados são em espaços comuns e é necessário tomar medidas”, insistiu. “Sei que elas [medidas] estariam a ser tomadas. Sei que, entretanto, já houve queixas de outros blocos e que não seria algo localizado. Sei também que tem sido algo comum. É necessário tomar alguma medida para evitar que isto continue”, acrescentou. Joana Regadas relembrou ainda que, durante a última visita da AAUAv às residências, realizada “no final do último semestre”, os estudantes não apontaram o problema das formigas. “Foram mais questões de manutenção e de degradação dos edifícios”, reconheceu. Atualmente, face à tomada de posse das novas comissões de residentes, a associação está a planear a aplicação de um inquérito sobre as condições das residências. “Não só as de Santiago ou da cidade, mas também as de Águeda para percebermos e conseguirmos, com dados concretos, falar com a vice-reitora e com os Serviços de Ação Social para perceberem aquilo que é a opinião dos estudantes que vivem lá todos os dias”, avançou. João Ribeiro reconheceu à Ria que a situação das formigas é “permanente” e acontece “desde sempre”. “Posso referir que eu fui residente e já, nessa altura, havia formigas nos quartos, que apareciam esporadicamente”, lembrou. No caso do Complexo Residencial de Santiago admite até que, face à antiguidade dos edifícios, “haja instalação permanente de colónias de formigas”. “No interior das paredes e nos espaços entre os tijolos é de admitir que isso existe”, assinalou. No seguimento, explicou a dinâmica da infestação: “Todos nós temos a experiência de que, no final do verão, em setembro, as colónias se propagam. Todos nós assistimos ao voar das formigas para a colonização e para a constituição de novas colónias. É essa emergência. Portanto, há épocas do ano que são particularmente adequadas ou próprias para a emergência das formigas. Admitimos que elas ocorram porque elas estão lá, mas é difícil debelar”. Perante esta realidade, o diretor delegado afirmou que o papel dos SASUA passa “não só pela mitigação”, mas também pela “tentativa de reivindicação”. “Não só pela contratação das empresas de combate a esses tipos de ocorrências, como também, considerando que há essa possibilidade, já é prática do serviço [de limpeza] fazer-se acompanhar dos componentes necessários ao combate imediato. Assim que é detetada, os serviços atuam e nem precisa de ser comunicado”, resumiu. No caso das desinfestações, João Ribeiro garantiu que a universidade tem uma empresa contratada para esse fim, normalmente, acionada uma vez por ano, fora do “período de ocupação”, durante o verão. Contudo, este ano houve um “caso particular”, já que as residências permaneceram “ocupadas durante todo o verão”. “Foi feito parcialmente, mas dada a ocupação que tínhamos, não conseguíamos deslocar os estudantes de algumas residências para as outras e, portanto, não tivemos disponibilidade, nem janela temporal, para fazer aquilo que é usual fazer”, justificou. “Em anos anteriores, essa ocupação existia, mas não com tanta intensidade. Nós fazíamos com que isso coincidisse com o mês de julho, ou seja, no fim do ano letivo naquele período. Sempre evitamos que isto ocorresse durante o mês de agosto. Este ano, foi impossível porque a universidade foi tão solicitada que para dar resposta a estas solicitações que nós tivemos de ceder durante o mês de agosto. Criou-nos condicionantes”, admitiu. Questionado sobre se a falta do serviço de desinfestação este ano poderia justificar o aumento das queixas verificadas na última semana, o diretor delegado preferiu não “particularizar” nem estabelecer uma “relação direta”. “Não queria fazer isso. O que eu quero dizer é que esta ocupação permanente deve fazer-se no equilíbrio que permita corresponder às necessidades da comunidade e à relação da Universidade com a comunidade, mas também com as nossas necessidades de manutenção e de limpeza”, respondeu. “Este ano serviu como experiência e constatação de que uma ocupação deste género não é adequada porque, se for repetida, a probabilidade de que situações como a que ocorreu se repitam com maior frequência é possível de acontecer”, reconheceu. Apesar desta consciência, João Ribeiro disse não compreender o intuito do envio do email à reitoria e do abaixo-assinado. “Foi a primeira vez que aconteceu e surpreende, dada a relação que existe entre os responsáveis da gestão do alojamento, nomeadamente, encarregadas e dada a estrutura que está organizada por comissões de residentes por bloco. A interação é feita diretamente com a encarregada, que por sua vez comunica com os responsáveis dos serviços centrais. Portanto, este processo foi ultrapassado e não se compreende por que motivo aconteceu”, exprimiu. Quanto ao email, o diretor delegado classificou-o como “vago”, por não especificar o “local”, “piso”, “quarto”, “hora” ou “dia”. Apesar de ter tomado conhecimento das fotos e vídeos que os estudantes têm vindo a partilhar, admitiu que o facto é “dificilmente comprovável”. “Das nossas averiguações não se verifica infestação de formigas nos blocos referidos de forma genérica. Mesmo no bloco em questão, admitimos a emergência das formigas, nem que tenha sido em setembro, eventualmente. É natural que aconteça: se a colónia existe e não foi erradicada, ela vai emergir. Portanto, pode acontecer”, assumiu. Como causa para a ocorrência, apontou também a “falta de limpeza” dos espaços comuns e dos quartos, por parte dos estudantes. “A não limpeza de uma cozinha, que também é frequente acontecer, com resíduos alimentares, vai promover o aparecimento das formigas. Há uma fonte de alimento, e a formiga aparece. A comida que os estudantes levam para o quarto”, apontou. Para ilustrar, deu um exemplo: “Estou a falar do pão que levaram da cantina. (…) Estão a comer, fica a migalha. É normal que isso aconteça. Pousaram o pão em cima da secretária, não limparam e ficaram as migalhas. Portanto, ela emerge e vai à procura da comida e da subsistência”. No seguimento, alertou ainda que os SASUA não são responsáveis pela limpeza dos quartos, mas apenas dos espaços comuns. “É o estudante que limpa ao abrigo do novo regulamento. Portanto, se o estudante não o faz estão criadas as condições para que isto tenha expressão. Nos lugares-comuns, onde nós tratamos, diariamente, com a limpeza que fazemos nós atuamos de imediato, e já é prática os funcionários fazerem-se acompanhar do produto que aplicam no imediato”, resumiu. Perante isto, descartou que possa existir uma “infestação” no Complexo Residencial de Santiago, conforme relatam os estudantes. “É uma ocorrência no nosso ponto de vista”, particularizou. “Ela é combatida no imediato e, no dia seguinte, já não existe. Dizer-se, como vem referido, nessa reclamação, que é contínua, não é de todo verdade… Tanto mais se lá formos neste momento, não há nenhuma ocorrência. Portanto, não é contínua”, justificou. De seguida, questionou ainda: “Se é conhecido o esforço de intervenção da Universidade [nas residências] - e as obras estão a decorrer - porquê isto, neste momento?”. Segundo o diretor delegado, “estamos convencidos de que as obras de reabilitação que vão decorrer vão eliminar grande parte do foco do problema, nomeadamente com a colmatação das fendas que é por onde elas entram”. Apesar desta observação, João Ribeiro preferiu olhar para o lado positivo deste episódio: “Isto é um ensinamento a retirar”, afirmou. “Temos de aproveitar a janela da oportunidade para fazer aquilo que temos de fazer. (…) Temos de definir qual é o limite de ocupação que podemos permitir, durante o verão, de forma a não condicionar estes trabalhos que se impõem”, concretizou. Em resposta às reclamações, o diretor delegado reforçou, novamente, o papel dos SASUA: “Podem fazer aquilo que estão a fazer e que farão sempre - atuar no imediato. Como eu disse, a atuação é imediata, a situação não é protelada, e, no dia seguinte, a ser detetada a ocorrência já não existe”, rematou.

António Filipe reflete sobre problemas do Ensino Superior em encontro com a AAUAv
Universidade

António Filipe reflete sobre problemas do Ensino Superior em encontro com a AAUAv

Tal como noticiado pela Ria, António Filipe esteve esta quinta-feira de visita à Universidade de Aveiro e à AAUAv. O encontro estava inicialmente agendado para as 12h00, mas acabou por realizar-se cerca de duas horas mais tarde, já que o candidato presidencial aproveitou para almoçar com os estudantes universitários na cantina do Crasto. Já na sede da AAUAv, o candidato presidencial, ao longo de cerca de meia hora, ouviu algumas das reflexões partilhadas pela associação e transmitidas por Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv. Depois de uma “breve, mas extensa reflexão”, a presidente começou por questionar António Filipe sobre a necessidade de se rever o sistema de Ensino Superior como um todo e o seu papel na formação das próximas gerações, que “terão imensas dificuldades para enfrentar”. Face à questão, António Filipe não tem dúvidas de que “há desafios”, admitindo que houve “muitos erros” no Processo de Bolonha. “Não foi um processo positivo. Abriu diferenças entre instituições e contribuiu para aumentar a seletividade no acesso aos órgãos derivados do ensino, designadamente, no acesso daquilo que era a licenciatura pré-bolonha passou a corresponder, basicamente, o mestrado bolonha. Isto não foi positivo. Criou dificuldades”, expôs. O mesmo disse sobre o RJIES: “O RJIES também não”, declarou. O candidato presidencial defendeu a necessidade de “recuar”. “Nós tivemos uma geração que lutou pela autonomia universitária, que garantia a autonomia das instituições do Ensino Superior, nos anos 80, não só com a eleição dos órgãos próprios da universidade e também, nesse aspeto, até chegarmos ao RJIES foi uma degradação da democracia das instituições que temos hoje”, opinou. “Onde existiam órgãos eleitos com a participação e gestão, nos vários níveis de participação da escola, passamos a ter um poder muito mais concentrado nas equipas reitorais”, continuou insistindo que “esta espécie de empresarialização, na gestão das universidades, não tem sido positiva”. No seguimento, António Filipe acrescentou: “Vale a pena refletir sobre o funcionamento da democraticidade e das instituições”. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, o Conselho de Ministros aprovou, no passado dia 4 de setembro, um pacote legislativo que marca uma reforma profunda no sistema de Ensino Superior e na política científica e de inovação em Portugal. Entre as medidas, destacou-se a tão anunciada proposta de lei que altera o RJIES. De acordo com o documento a que a Ria teve acesso, o Conselho Geral mantém-se como o órgão máximo de governo das Instituições de Ensino Superior (IES), mas passa a ter novas regras de composição que representam uma alteração estrutural.  Ainda no encontro, António Filipe atentou para a realidade da “ação social escolar”. Insistiu que a mesma “tem de ser levada muito a sério”, nomeadamente, com a questão do alojamento. Da sua experiência pelo Politécnico de Santarém contou que: “Todos os anos (…) a falta de alojamento levava que houvesse dezenas de estudantes que, por ano, abandonavam a escola”. Face à partilha, a presidente da direção da AAUAv destacou que esta é uma realidade que tem também bem “presente”. “Nós temos muitos estudantes que entram no ensino, que se matriculam, e ao final de dois meses estão a desistir porque não conseguem ter condições de permanência”, atentou. “Não é suficiente garantir o acesso. É necessário garantir a permanência dos estudantes e uma permanência com qualidade”, continuou Joana Regadas. Sem esquecer o associativismo, a presidente da AAUAv expôs também ao candidato presidencial a dificuldade em envolver os estudantes “em atividades”. “Nós somos uma estrutura muito grande. Somos cerca de 600 dirigentes na estrutura. (…) Notamos que é cada vez mais difícil pedir aos estudantes para se envolverem nestas estruturas porque requer tempo, às vezes deixar um ano para trás, colocar isto em prioridade, e sentimos que há, cada vez mais, algo de impeditivo a este envolvimento dos estudantes”, sublinhou Joana. Na opinião da presidente, os estudantes enfrentam, cada vez mais, uma pressão “socioeconómica” em terminar o curso, que se junta à “pressa de arranjar um emprego e se emanciparem dos pais”. “Uma saída que não valoriza os cidadãos, mas que valoriza as capacidades do profissional acaba por fazer com que estes estudantes tenham menos interesse em envolver-se porque quando se põe na balança tende a cair mais para o negativo”, expôs, alertando para a necessidade de se discutir “soluções concretas”. Atento à reflexão, António Filipe reconheceu que a fraca participação dos estudantes na associação constitui um “problema complicado”. Voltando a partilhar a sua experiência académica, desta vez no âmbito do “Conselho Diretivo”, e tendo por base aquilo que observava nos seus colegas, referiu: “É um custo pessoal que se tem e para as famílias pode ser um pouco penoso (…), mas é uma experiência que se leva para a vida e que nos enriquece muito”. “Eu tenho o maior apreço por vocês”, confessou. Como último tema do encontro, Joana Regadas questionou ainda o candidato presidencial sobre: “O que será de Portugal pós PRR?”. António Filipe não tem dúvidas de que será “um risco” já que o país vive “muito de financiamentos comunitários”. “A primeira geração de financiamentos foi o PRODEP”, recordou, reconhecendo que “muitas infraestruturas” do Ensino Superior “cresceram imenso” por causa deste apoio. António Filipe caraterizou ainda o investimento do país, sem fundos comunitários, como “muito exíguo”. Como causa atribuiu as “contas certas”. “Há muito pouco investimento público e os que existem são uma contrapartida nacional para financiamentos comunitários”, analisou. “Acho que devemos utilizar as possibilidades todas de financiamento, mas não podemos perder de vista o investimento público próprio nosso”, rematou o candidato presidencial. A sessão terminou com a entrega, por parte da AAUAv, de um kit de caloiro a António Filipe. Entre os vários elementos que o saco continha, destacou-se uma ‘bola anti-stress’, que acabou por chamar a atenção do próprio. Questionado à margem da sessão pela Ria sobre o significado deste encontro, o candidato presidencial sublinhou que o “contacto com a juventude é fundamental” para o futuro. “São as pessoas que estão no Ensino Superior, esta geração, que vai ter de tomar conta do país e que vai ter de encontrar as soluções para levar por diante as políticas públicas que viabilizem o desenvolvimento nacional e que o defendam”, partilhou. “Estes tipos de iniciativas são muito importantes para uma campanha eleitoral que se pretende próxima das pessoas”, insistiu. Como “mensagem fundamental”, António Filipe referiu ainda: “Estamos a falar que tivemos uma reunião com pessoas que conciliam os seus estudos, com uma participação ativa na vida da escola e da associação, e que têm consciência de como isso é enriquecedor para a sua própria vida”. “Um grande pensador português, Bento de Jesus Caraça, considerava a formação integral do indivíduo como algo fundamental no sistema educativo. Eu acho que isto é um exemplo disso mesmo. A formação integral do indivíduo passa, não apenas por estudar, mas também por saber mais da vida para além do que se estuda nos livros e nos manuais”, comparou. Pela segunda vez a acolher um candidato presidencial na Casa do Estudante, Joana Regadas referiu à Ria a importância destes encontros para uma “auscultação contínua” dos estudantes. “O mais importante é valorizarem e perceberem que de facto nós continuamos aqui não só nestes momentos, mas também durante todo o resto do ano. As nossas posições mantêm-se e é importante uma auscultação contínua. Não só momentânea”, afirmou. Tanto com António Filipe, como com Luís Marques Mendes, que passou pela AAUAv em julho, as preocupações foram transversais. “Tenho feito questão que as perguntas que levo a um sejam as mesmas que levo a outro. A lógica é perceber quais é que são as posições, onde há divergências, e qual é a visão nestes tópicos que consideramos que são mais importantes: o futuro das universidades, o futuro do país pós PRR, aquilo que são os apoios e o futuro do ensino superior”, expôs. Além destes dois candidatos presidenciais, a presidente da direção da AAUAv adiantou que já teve também a oportunidade de conversar com Gouveia e Melo e António José Seguro, num outro contexto, com todo o movimento associativo. “Algo que posso partilhar dos quatro candidatos (…) é que há uma motivação comum entre todos: há um reconhecimento de que o país não pode estar pendente de fundos como é o caso do PRR e que é necessária uma estratégia conjunta para alavancar o país como um todo no seu futuro”, frisou. Joana Regadas acrescentou ainda que todos eles têm também consciência do papel do Ensino Superior “na construção de uma sociedade do futuro”. “Estas duas grandes preocupações que partilhamos garantimos que estão também na agenda deles e que enquanto figura do Presidente da República farão pressão para que esteja incluída numa agenda de futuros governos”, rematou.

Ranking internacional coloca três investigadores entre os mais influentes do mundo
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Ranking internacional coloca três investigadores entre os mais influentes do mundo

Entre as instituições portuguesas, a Universidade de Aveiro é aquela que vê mais investigadores serem reconhecidos pelo ranking. Dos sete cientistas listados a trabalhar em Portugal, três trabalham na UA: Armando da Costa Duarte, Teresa Rocha Santos e João Pinto da Costa, todos investigadores no do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM). Os dois primeiros já são repetentes na lista – ao passo que Armando Duarte já é mencionado há cinco anos consecutivos, Teresa Santos soma agora a sua quarta presença no ranking. No total, a lista conta com 6.868 investigadores de 60 países diferentes. Conforme explica a nota, o objetivo é “reconhecer os cientistas mais influentes em todo o mundo, com contributos relevantes nas suas áreas científicas e para o futuro da ciência, da tecnologia e da academia a nível mundial, divulgar o impacto da investigação mundial e promover a inovação em colaboração, assim como fornecer insights sobre as tendências globais de investigação e inovação”.

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“SAÚD´AVEIRO – Saúde na Praça” sensibiliza sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica na quarta-feira

O evento de sensibilização assume o lema “CapacitAR para melhor RespirAR” e integra atividades de promoção de literacia em saúde, sendo nesta data o enfoque na prevenção da DPOC e doenças respiratórias associadas. O evento é de acesso livre e destina-se ao público em geral. As atividades, que partem de uma organização conjunta entre Câmara Municipal de Aveiro (CMA), Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS-RA) e Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA), incluem várias abordagens sobre a função respiratória através de seis “estações” distintas que vão informar os participantes sobre como prevenir, identificar e viver com a doença. O tema vai ser também debatido numa mesa-redonda com a professora Alda Marques, da ESSUA, e Andreia Andrade, do Serviço de Pneumologia da ULS-RA.

Oliveira de Azeméis: Património Cultural inicia classificação do Monte Calbo e do Castro de Ul
Região

Oliveira de Azeméis: Património Cultural inicia classificação do Monte Calbo e do Castro de Ul

Segundo recorda, à agência Lusa, o Rui Luzes Cabral, vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis com o pelouro da cultura, é recente a descoberta de que o Monte Calbo poderá ter acolhido um povoado no período do Bronze Final, na transição do segundo para o primeiro milénio a.C. Essa suspeita, aponta, é reforçada pelo facto de, nas zonas onde houve revolvimento de terras para plantação de árvores, foram recolhidos “fragmentos de cerâmica e um pequeno machado de anfibolito”. O vereador afirma que a escolha do Monte Calbo para instalação de antigos povos dever-se-á às condições favoráveis da zona, já que esse topo da serra do Pinheiro, situado a uma cota de 460 metros, tem “um amplo domínio da paisagem dos vales envolventes”, que, por sua vez, também apresentam “boa capacidade agrícola”. Além disso, “do ponto mais alto é possível, em dias sem neblina, avistar a linha de costa”, o que, em paralelo à componente contemplativa dessa posição geográfica, teria a vantagem de ajudar a identificar possíveis perigos, como a aproximação por mar de povos invasores. Um aspeto a investigar em futuras prospeções é particularmente nessa perspetiva: “O povoado seria delimitado por uma estrutura tipo muralha em pedra, que não foi ainda escavada”. Já no que se refere ao Castro de Ul, Rui Luzes Cabral explicou que está situado num local “razoavelmente conservado, embora tenha algumas zonas afetadas por trabalhos agrícolas e de silvicultura realizados ao longo do tempo, ao que se junta alguma afetação devido à construção de habitações numa das encostas do cabeço”. Localizado num pequeno monte com cota máxima de 105 metros, na confluência dos rios Antuã e Ul, o Castro de Ul não possui o domínio da paisagem que é característico dos povoados castrejos fortificados da Idade do Ferro, mas apresenta “vertentes relativamente íngremes que lhe garantem uma boa defensabilidade natural”. Ainda assim, os vestígios identificados no sítio – que terá tido uma ocupação mais alargada no tempo, “desde o primeiro milénio a.C. até ao século V d.C.” – revelam sinais de edificado defensivo: “As escavações realizadas até à data têm deixado à vista um conjunto de estruturas em pedra associadas a um troço de muralha com uma porta”. As prospeções aí levadas a cabo no século XX também identificaram “algumas estruturas relacionadas com a ocupação romana” e um conjunto de artefactos que “sugerem a existência de ocupações anteriores, tanto da Idade do Ferro como da Pré-história”. Rui Luzes Cabral quer continuar a estudar o local porque, face aos achados do Calcolítico e Idade do Bronze já descobertos no Castro de Ul, acredita que haverá mais a conhecer: “Foram recolhidos utensílios em sílex, nomeadamente lascas, lâminas, raspadores e núcleos, assim como um machado em pedra polida. Apesar de não terem sido identificadas estruturas habitacionais, há pelo menos uma base de lareira que corresponderá à ocupação do sítio durante este vasto período”.

AAUAv/UA sagra-se campeã nacional universitária de natação em piscina curta
Universidade

AAUAv/UA sagra-se campeã nacional universitária de natação em piscina curta

No campeonato, onde competiram 199 estudantes-atletas e 25 clubes-FADU, a academia aveirense foi quem somou o maior número de pontos, o que lhe valeu o título de campeã nacional universitária. A equipa da UA somou um total de 15 medalhas - sete de ouro, seis de prata e duas de bronze. À Ria, Hugo Carola conta que, inicialmente, os estudantes de Aveiro “não estavam à espera de ganhar”, embora note que “cedo se provou que podiam fazer um bom resultado”. Finda a competição e já depois de arrecadar o ouro, o nadador que aponta que toda a gente ficou “orgulhosa” do resultado. Sendo um resultado inédito para os aveirenses, Hugo Carola lembra que, quando começou a competir em representação da UA, “ia a competições em que eram só quatro ou cinco” os atletas vindos de Aveiro. Agora, com cerca de “25” nadadores em competição, destaca o crescimento do grupo. “Tem sido mais divulgado e tem aparecido mais gente com mais qualidade. Isso tem proporcionado melhores resultados […] O empenho dos estudantes e da Universidade tem melhorado”, garante o nadador. Os destaques da competição vão para Diogo Silva, João Rodrigues – que venceram, cada um, duas medalhas de ouro - e Maria Almeida – que conquistou um ouro e uma prata. As estafetas masculinas e femininas da equipa, constituídas por Diogo Silva, Tiago Brandão, João Rodrigues e Hugo Carola e Carolina Cabral, Margarida Lopes, Maria Almeida e Lara Vasconcelos, respetivamente, também chegaram ao ouro nos 4x50m estilos.

Club Pardilhoense vai “celebrar as tradições” da vila de Pardilhó em evento de Natal
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Club Pardilhoense vai “celebrar as tradições” da vila de Pardilhó em evento de Natal

É com o lema “Unir gerações, celebrar tradições” que o Club Pardilhoense se propõe a, na sua sede, organizar uma “jornada cultural e afetiva que atravessa todas as idades, com atuações musicais, corais, etnográficas e momentos de partilha comunitária”. Entre as 14h00 e as 23h15, vão decorrer uma série de atuações musicais, corais, etnográficas e momentos de partilha comunitária. A iniciativa, que nasce do desafio lançado pela direção do Club Pardilhoense, foi desenhado com o envolvimento de todas as instituições, associações, projetos e grupos da vila de Pardilhó. Neste momento, o clube assegura a participação direta de mais de 380 participantes diretos e uma passagem de público estimada de cerca de até 1000 pessoas.