“UA 2030”: Já é conhecido o primeiro movimento candidato ao Conselho Geral da UA
É por intermédio de um email dirigido aos professores e investigadores da Universidade de Aveiro (UA) que o movimento “UA 2030: Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural” se dá a conhecer, apresentando o seu site oficial, as suas principais ideias para a próxima eleição do Conselho Geral da UA, bem como a lista de candidatos e subscritores. Na liderança dos subscritores surge um nome conhecido: Artur Silva, atual vice-reitor, que já avançou à Ria disponibilidade para suceder a Paulo Jorge Ferreira, atual reitor, que não se irá recandidatar depois de ter atingido o limite de mandatos.
Redação
Está a chegar um momento crucial para a Universidade de Aveiro, que inicia agora um processo de renovação do seu Conselho Geral, o principal órgão da instituição que, entre outra funções, é responsável pela aprovação do plano estratégico, do plano de atividades e contas, do relatório de atividades e contas e da eleição do reitor.
Tal como a Ria já noticiou, os resultados da eleição para o Conselho Geral, que irá decorrer no dia 3 de junho, serão decisivos para a eleição do próximo reitor. O sucessor de Paulo Jorge Ferreira, que não se poderá recandidatar depois de atingido o limite de mandatos, deverá ser escolhido pelo novo Conselho Geral, previsivelmente, entre abril e maio de 2026.
Foi nesse sentido que um grupo alargado de professores e investigadores da comunidade académica lançou a sua candidatura ao Conselho Geral com a proposta de um futuro mais inovador, sustentável e plural para a instituição. A candidatura, que se apresenta sob o nome "UA 2030: Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural", foi oficializada através de um manifesto, disponível online, que pretende mobilizar a comunidade para a definição do rumo da UA nos próximos anos.
A candidatura, subscrita por cerca de 200 professores e investigadores da UA, assenta em seis princípios fundamentais, que orientam os compromissos estratégicos da lista e a sua atuação no Conselho Geral. De seguida, destacamos os principais pontos que se podem encontrar no site do movimento, bem como a lista de candidatos.
Breve resumo do Manifesto “UA 2030: Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural”
1. Bem-estar e Vida na UA
A candidatura compromete-se a melhorar as condições de estudo e trabalho na UA, promovendo um equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional. Pretende ainda dar especial atenção ao reforço das atividades de desporto e lazer, além de um combate direto à discriminação e à precariedade laboral. A sustentabilidade, tanto social quanto ambiental, será um dos pilares fundamentais da proposta.
2. Comunicação, Representação e Interlocução
O plano estratégico de comunicação visa aumentar a visibilidade da UA, tanto a nível nacional quanto internacional, e melhorar a comunicação interna da instituição. O reforço da ligação com antigos alunos e o incentivo à digitalização são também prioridades.
3. Ambiente Interdisciplinar, Multidisciplinar e Transdisciplinar
A promoção de projetos inovadores, transdisciplinares e que integrem novas tecnologias, como a inteligência artificial, será uma das grandes bandeiras desta candidatura. A criação de infraestruturas laboratoriais avançadas e a expansão da presença da UA em diversas áreas do conhecimento são objetivos claros para os próximos anos.
4. Cultura e Arte na UA
A valorização da diversidade cultural e a promoção das artes serão igualmente focos da candidatura. O manifesto defende o reforço das atividades culturais e artísticas, bem como a preservação do património cultural da UA, promovendo a arte como um elemento integrador e fundamental na formação de cidadãos críticos.
5. A UA no Mundo
Com uma estratégia de internacionalização robusta, a candidatura propõe atrair e reter talentos globais, fortalecer as parcerias internacionais da UA e promover a mobilidade académica, com uma especial atenção para os países lusófonos.
6. Cooperação, Criação e Partilha de Conhecimento
A valorização do conhecimento gerado na UA, a promoção de colaborações com a indústria, empresas e entidades públicas, e a criação de uma rede de partilha de conhecimento serão essenciais para o fortalecimento da UA enquanto instituição de referência no ensino superior.
A Lista de Candidatos
Circunscrição A - Engenharia
• Paulo Vila Real (mandatário) – Departamento de Engenharia Civil
• Armando Nolasco Pinto – Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática
• Mónica Oliveira – Departamento de Engenharia Mecânica
• Teresa Fidélis – Departamento de Ambiente e Ordenamento
• Filipe Oliveira – Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica
Circunscrição B - Ciências
• João Rocha (mandatário) – Departamento de Química | CICEO
• Mara Freire – Departamento de Química
• Luís Castro – Departamento de Matemática | CIDMA
• Ricardo Calado – Departamento de Biologia
• Lara Carramate – Departamento de Física
• Bruno Neves – Departamento de Ciências Médicas
• Nuno Durães – Departamento de Geociências
• Ana Raquel Soares – Departamento de Ciências Médicas
• Adelaide Almeida – Departamento de Biologia
Circunscrição C - Ciências Sociais, Artes e Humanidades
• Mara João Pires da Rosa (mandatária) – Departamento de Economia, Gestão, Eng. Industrial e Turismo
• Pedro Rodrigues – Departamento de Comunicação e Arte
• Ana Raquel Simões – Departamento de Educação e Psicologia
• Paulo Pereira – Departamento de Línguas e Culturas
• Sara Moreno Pires – Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território
Circunscrição D - Politécnico
• Milton Santos (mandatário) – Escola Superior de Saúde (ESSUA)
• Ciro Martins – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA)
• Graça Azevedo – Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA)
• Anabela Silva – Escola Superior de Saúde (ESSUA) | CINTESIS
• Paulo Lima – Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro-Norte (ESAN)
A Lista de Subscritores
Artur Silva, do Departamento de Química e do LAQV, Anabela Silva, da Escola Superior de Saúde e CINTESIS, Isabel Cristina Rodrigues, do Departamento de Línguas e Culturas e CLLC, João Marques, do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território e GOVCOPP, João Rocha, do Departamento de Química e CICECO, Luís Filipe Castro, do Departamento de Matemática e CIDMA, e Susana Sardo, do Departamento de Comunicação e Arte e INET-md, são docentes e investigadores que surgem em destaque na lista de subscritores. A lista completa pode ser consultada aqui.
Recomendações
Universidade de Aveiro destaca biotecnologia azul no Pavilhão de Portugal na Expo2025
“Esta é uma chance única para mostrar a nossa ciência ao mundo e inspirar novas ligações sobre futuros verdes para o oceano”, disse à Lusa o diretor do CESAM. Segundo o académico, o pavilhão português “mostra os progressos de Portugal no uso verde dos biorrecursos marinhos, na criação de novos bioprodutos e em soluções do oceano para os desafios globais”. A Universidade de Aveiro, através do CESAM, participou na conceção do Pavilhão de Portugal na Expo 2025, que decorre até 13 de outubro no Japão, onde são esperados mais de 28 milhões de visitantes. Sob o mote “O Oceano como Futuro Global”, o Pavilhão de Portugal proporciona aos visitantes uma experiência interativa, revelando como o oceano “molda culturas, sustenta economias e é a base da resiliência do planeta”. “A nossa participação na Expo2025 é prova do apoio da Universidade de Aveiro (UA) ao saber do oceano, à inovação na frente da biotecnologia azul e à cooperação global”, disse Helena Vieira, investigadora no CESAM e líder da equipa no projeto. O CESAM “ajudou no desenvolvimento da ideia e da Ciência do Pavilhão, com base na investigação e na inovação feita na Universidade de Aveiro, fornecendo vários materiais, como textos, fotos e vídeos”. Através dos materiais do CESSAM, “os visitantes globais poderão ver como os seres marinhos estão a ser usados na criação de novos fármacos, cosméticos, alimentos e tecnologias ambientais novas, com exemplos reais da investigação e indústria portuguesas”. O pavilhão nacional na Expo2025 Osaka pretende mostrar “a liderança de Portugal na exploração científica e económica do oceano, evidenciando o seu papel chave no passado, presente e futuro, na construção das relações internacionais e na promoção do desenvolvimento sustentável”.
Miguel Casal é o novo Sócio Honorário da AAAUA
Pedro Oliveira, presidente da AAAUA definiu a proposta da direção como “um reconhecimento ao nosso antigo aluno de Engenharia de Materiais, Cerâmica e do Vidro, num percurso académico desenvolvido em 1987 e 1992” considerando Miguel Casal como um “nome incontornável quando se pensa em empresários da região”. O representante dos antigos estudantes sublinhou ainda a visão “cosmopolita, inovadora e com forte preocupação sustentável" com que Miguel "concebe a indústria cerâmica, que está fortemente enraizada na nossa região, dirigindo unidades de produção em Vagos e Ílhavo”. Assim, a atribuição do título de Sócio Honorário é considerada por Pedro Oliveira como algo que “valoriza a galeria de sócios honorários da AAAUA”. A atribuição do título decorreu nas instalações da Grestel e além de Pedro Oliveira, marcaram presença Rita Carvalho, tesoureira da AAAUA e os Vogais, Miguel Castro Silva e Nuno Oliveira. Miguel Casal foi diretor-geral da ICER - Indústria de Cerâmicas Lda. em Luanda, Angola entre 1997 e 2000. Em novembro de 1999 torna-se Presidente do Conselho de Administração da Grestel -Produtos Cerâmicos, S.A. sediada em Vagos e desde 2018 faz parte da Administração do CTCV (Centro Tecnológico de Cerâmica e do Vidro). Em 2006 criou a marca Costa Nova, reconhecida por criar coleções de mesa em grés fino. Miguel Casal criou ainda recentemente a empresa Ecogres, sediada no concelho de Ílhavo e que "desenvolve um processo de reciclagem de resíduos de outras indústrias", aponta a AAAUA. Miguel Casal, que recebeu a direção da Associação na sede das Grestel, manifestou “enorme satisfação pelo reconhecimento atribuído". "Pertencer a esta família é uma honra, a colaboração estreita que a minha empresa mantem com a Universidade de Aveiro é realizada através de uma comunidade de grande qualidade humana e profissional que em grande parte é constituída por ex-alunos e em muitos casos ex-colegas”, frisou o empresário.
Universidade de Aveiro tem 15 microcredenciais com candidaturas abertas
As microcredenciais são uma oferta formativa de curta duração, flexível e certificada e são dirigidas a todos os que pretendem atualizar ou aprofundar competências específicas. Cada microcredencial confere entre 2 a 6 ECTS, podendo ser realizada em regime presencial, híbrido ou totalmente online, dependendo da área e da tipologia da formação. Esta flexibilidade permite conciliar o percurso profissional com o desenvolvimento de novas competências. Para formalizar a candidatura às microcredenciais, os interessados devem aceder à plataforma PACO candidaturas, clicar na microcredencial que pretendem e preencher todos os campos do formulário. O vídeo tutorial permite ajudar a formalizar as candidaturas. Com o objetivo de "tornar a educação acessível" a UA aponta ainda que é permitida a candidatura à Bolsa Impulso Adultos, que permitem o reembolso dos encargos do curso, mediante a conclusão e desempenho no curso. Inteligência Artificial Generativa em Marketing Digital [candidaturas até 21 de abril]; Business Intelligence e Análise de Dados com PowerBI [candidaturas até 21 de abril]; Inovação e desenvolvimento de produtos alimentares [candidaturas até 21 de abril]; Comunicação para a Liderança [candidaturas até 21 de abril]; Observação, estudo e conservação das aves [candidaturas até 22 de abril]; Indústrias emergentes de música e gestão de carreira [candidaturas até 24 de abril]; Captação Investimento para Start-ups [candidaturas até 05 de maio]; Análise Avançada de Dados e Previsão [candidaturas até 06 de maio]; User Interfaces para Web com React [candidaturas até 07 de maio]; Pós-Produção Audiovisual e Efeitos Visuais [candidaturas até 07 de maio]; Análise de Dados em Folhas de Cálculo (+digital) [candidaturas até 08 de maio]; Inovação na mobilidade: ferramentas e métodos de análise [candidaturas até 13 de maio]; Negociação e Contratualização de Investimento em Startups [candidaturas até 15 de maio]; Interfaces de Realidade Virtual [candidaturas até 19 de maio]; Storytelling Digital [candidaturas até 30 de maio];
UA: A um ano da eleição do novo reitor estes são os nomes mais falados
Desde segunda-feira, 14 de abril, que se encontra publicado no site da Universidade de Aveiro (UA) o despacho que determina a “fixação da data de eleição dos membros do Conselho Geral”. No calendário eleitoral disponível, verifica-se que a apresentação das candidaturas decorre de 6 a 7 de maio e a votação no dia 3 de junho. O Conselho Geral é o órgão do governo da universidade responsável por tomar decisões estratégicas de alto nível. Está previsto nos estatutos da UA e resulta do modelo de governação das universidades públicas portuguesas, introduzido pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), em vigor deste 2007. Entre as principais funções do Conselho Geral estão: eleger o reitor, aprovar o plano de atividade e o relatório de contas, aprovar o plano estratégico, aprovar alterações aos estatutos e apreciar os atos do reitor e do Conselho de Gestão. Desde o ano da sua criação, em 2009, o Conselho Geral da UA é composto por 19 membros: dez professores e investigadores, três estudantes, um técnico, administrativo e de gestão (TAG) e cinco personalidades externas de reconhecido mérito que são, posteriormente, cooptadas pelos membros anteriormente enunciados. Não desvalorizando a importância do órgão nas diferentes funções já referidas, é na altura da eleição do reitor que, inevitavelmente, o Conselho Geral acaba por ter maior visibilidade e projeção no seio da comunidade académica. Com a aproximação da eleição do Conselho Geral, é habitual que surjam na comunidade vozes a apelar à independência dos membros do conselho e à separação dos dois momentos, isto é, uma separação entre a eleição do órgão e a eleição do reitor. Mas a verdade é que, tal como nas restantes Instituições de Ensino Superior (IES), é muito frequente que os membros da comunidade se organizem previamente, no momento da eleição do Conselho Geral, no apoio a eventuais candidatos a reitor. Uma forma de contornar esta ‘monopolização’ do Conselho Geral, pelos eventuais candidatos a reitor, seria a realização de uma eleição direta para o responsável máximo da instituição. Uma ideia que merece a concordância do atual reitor que ainda em janeiro defendia, em declarações à Ria, que uma eleição direta “é um ato que tende a melhorar e a motivar mais os membros da academia a participarem na sua gestão”. “Eu vejo isso com muitos bons olhos”, acrescentou. Recentemente, o Governo submeteu à Assembleia da República uma proposta de revisão do RJIES. Apesar da proposta inicial sugerir o modelo de eleição direta do reitor, o documento final acaba por propor, entre outras alterações, um modelo misto para a eleição do reitor: o Conselho Geral tem a responsabilidade de escolher os seus dois candidatos preferidos e a comunidade académica elege, dentro destes, o reitor. Contudo, o Governo caiu e o parlamento foi dissolvido, não sendo de esperar que uma futura revisão do RJIES tenha impacto na eleição do próximo reitor da UA. Desta forma, o novo Conselho Geral da UA será eleito no dia 3 de junho e a sua composição final será determinante na escolha da novo reitor. Embora as eleições para o reitor na UA só aconteçam em 2026 a Ria sabe que, atualmente, há cinco nomes que começam a ser falados para assumir a liderança da instituição: Amadeu Soares, Artur Silva, Carlos Costa, Nuno Borges Carvalho e Rute Ferreira. A Ria procurou falar com cada um deles e preparou-te um resumo. Tendo em conta o historial das eleições para o Conselho Geral da UA, em que apenas em 2013 surgiu uma única lista de professores e investigadores, é provável que nas próximas semanas se intensifiquem os contactos com vista à criação de listas. Amadeu Soares é professor catedrático no Departamento de Biologia da UA, tendo sido o diretor deste departamento durante vários anos. Formou-se em Biologia pela Universidade de Coimbra e doutorou-se na Universidade de Sheffield, no Reino Unido. Atualmente é o diretor do CESAM. Em declarações à Ria assegurou que, apesar do seu nome ser falado, não pondera “de todo” ser reitor. “Brevemente serei reeleito diretor do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), que é a maior unidade de investigação da UA e essa é a minha prioridade”, afirmou. Apesar disso, Amadeu Soares quis deixar claro que a UA precisa de uma “grande mudança do plano estratégico” e que concorda com a “eleição direta do reitor” numa futura revisão do RJIES, não querendo avançar com nenhum nome “preferido” para o lugar. Recorde-se que Amadeu Soares já foi candidato a reitor da UA, em 2010, mas na altura não alcançou o voto de qualquer elemento do Conselho Geral e acabou por falhar a eleição. Tal como reforçou, é um dos docentes mais críticos da estratégia que a universidade tem seguido. Além de vice-reitor, Artur Silva é professor catedrático no Departamento de Química da UA e presidente do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance. Licenciou-se em Física e Química Via Ensino e doutorou-se em Química Orgânica pela UA. Em declarações à Ria, Artur Silva mostrou-se “disponível” para ocupar o lugar de reitor até pelo “longo percurso” que tem na UA. “Eu fui aluno desta casa e continuei a minha carreira sempre aqui. Eu cheguei aqui em 1982. (…) Estive sempre disponível perante os cargos que desenvolvi e perante a forma com que sempre me dediquei a esta casa. Coloquei a UA a ser parte da minha família e a ser a minha casa, onde estou mais tempo do que na minha própria família”, reconheceu. O atual vice-reitor recordou também à Ria que “há vários anos” já chegou a estar envolvido numa candidatura. “Há oito anos estive com o senhor reitor e ele escolheu-me como vice-reitor. Nessa altura também disse que estaria disponível e estou a cumprir o segundo mandato como vice-reitor. Se a UA quiser que nos próximos anos seja eu o reitor, estarei disponível”, vincou. A Ria sabe que Artur Silva tem o apoio do atual reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, apesar deste pretender manter-se equidistante do processo eleitoral, cumprindo o seu papel institucional. Relativamente ao método atual de eleição do reitor, Artur Silva deu nota que este “é o que é, com as regras que nós temos”. “Se me perguntar se a proposta do RJIES era aquela que eu mais apoiava, eu diria que tem traços interessantes na forma de eleger. Há alguns que teria mais dúvidas e as percentagens que foram postas eu acho que deviam ser mais equilibradas”. Carlos Costa, tal como Artur Silva, é alumni da UA. Licenciou-se em Planeamento Regional e Urbano e é mestre e doutor em Turismo pela Universidade de Surrey, no Reino Unido. Durante vários anos foi diretor do DEGEIT e atualmente é o diretor do programa doutoral em Turismo na UA. Contactado pela Ria frisou não ter nada a comentar “sobre o assunto”, mas a Ria sabe que Carlos Costa tem participado em conversas sobre o futuro da UA e sobre a eleição do próximo Conselho Geral. Nuno Borges Carvalho doutorou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela UA e é, atualmente, professor catedrático no DETI e investigador principal do Instituto de Telecomunicações (IT). Em declarações à Ria, Borges Carvalho descartou tal possibilidade e referiu que, neste momento, não é candidato a “nada”. “No passado, os reitores costumavam vir sempre de um departamento e o último reitor foi aqui [do Departamento] de Eletrónica. Agora, se calhar, tem de vir um reitor de outro lado, com outras visões e depois, quem sabe no futuro, voltar a Eletrónica. Não me corto, no futuro. Nesta eleição e neste momento, não”, frisou. Na opinião do diretor do DETI, o Conselho Geral devia de ser “independente da eleição do reitor”. “A eleição do reitor devia de ser por sufrágio universal e o Conselho Geral fazer a sua missão principal de monitorizar e avaliar o funcionamento adequado de todos os órgãos da universidade, nomeadamente, da reitoria como já o fez no passado”, relembrou. Rute Ferreira é ainda professora catedrática no Departamento Física da UA. Licenciou-se em Engenharia Física e doutorou-se em Física pela UA. Atualmente, integra o Conselho Geral, eleita em 2021 pelo movimento “Melhor UA: Projetar os Próximos 50 anos”. Este movimento, elegeu 3 dos 10 mandatos atribuídos aos professores e investigadores no Conselho Geral. A Ria tentou entrar em contacto com Rute Ferreira, mas até ao momento ainda não foi possível obter qualquer declaração. Apesar disso, a Ria sabe que Rute Ferreira é das vozes mais críticas dentro do atual Conselho Geral.
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Lançado concurso para estudar reposição dos areais do Furadouro a Esmoriz em Ovar
O procedimento, hoje publicado em Diário da República e aberto até 21 de maio, tem como valor-base de adjudicação os 800.000 euros e estipula 22 meses como prazo para a entidade selecionada apresentar o estudo ambiental, o projeto de obras e ainda “uma análise custo-benefício” da intervenção no distrito de Aveiro. Para a Câmara de Ovar, a abertura do concurso constitui “uma boa notícia para o concelho”, já que concretiza um avanço naquela que é “uma reivindicação há muito assumida pelo Município, que, para além do reforço da defesa aderente e dos quebra-mares destacados, sempre defendeu a necessidade de reposição de areias nas praias como instrumento essencial na mitigação da erosão costeira”. Questionado pela Lusa, fonte da autarquia liderada pelo PSD diz-se, por isso, com “total disponibilidade para colaborar com a APA em todas as fases do processo”, na expectativa de que “o estudo possa ser concluído com a celeridade necessária, de forma a permitir uma resposta concreta, eficaz e duradoura para a proteção do litoral vareiro". A empreitada em causa também abrange a construção de um quebra-mar destacado na praia do Furadouro, sendo que, na análise global das candidaturas, a APA compromete-se a atribuir 70% da ponderação à valia técnica de cada proposta e apenas 30% ao seu preço total.
Câmara de Aveiro assinou protocolos com os Bombeiros num investimento de mais de 400 mil euros
Os protocolos assinados no valor total superior a 404 mil euros com a Associação Humanitária de Bombeiros Guilherme Gomes Fernandes – Bombeiros Novos de Aveiro, e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro – Bombeiros Velhos de Aveiro pretendem assegurar “um patamar de contínua estabilidade e de trabalho em parceria (…), garantindo que não é pela relação com a CMA que surgem dificuldades na gestão das operações”, deu nota a autarquia, através de nota enviada às redações. O apoio traduz-se num investimento de 210.425,47€, incluindo 15.000€ destinados à delegação de São Jacinto, para os Bombeiros Novos, e de 193.574,53€ para os Bombeiros Velhos. A CMA assinou ainda protocolos para comparticipar a aquisição de duas viaturas de combate a incêndios florestais, “num investimento total de 80.000€, financiado através do Portugal 2030 e com cofinanciamento adicional da CMA de 40.000€ por viatura”, dá nota a CMA. A autarquia destaca ainda “o apoio financeiro de 215.000€” destinado às “quatro Equipas de Intervenção Permanente (EIP) em operação no Município”.
Governo anuncia atribuição de 1,5 milhões de euros para ecopontos florestais
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia, que tutela o Fundo Ambiental, a fonte de financiamento, refere que a verba disponível vai permitir apoiar a instalação de ecopontos florestais ou de compostagem em locais do Norte e Centro do país vulneráveis ao risco de incêndio, bem como ações de sensibilização, comunicação e formação. A tutela espera que este apoio permita "uma redução sustentada da média anual da área ardida, promovendo uma gestão ativa das explorações florestais e agrícolas" através de recolha, armazenamento temporário e encaminhamento para compostagem ou centrais de biomassa dos "materiais sobrantes das explorações florestais, agroflorestais e agrícolas". "Ao incentivar o encaminhamento adequado dos sobrantes e eliminar a prática de queimas descontroladas, será também possível diminuir significativamente o número de ignições", acrescenta o ministério no comunicado. As entidades que vão beneficiar do financiamento são maioritariamente autarquias e entidades intermunicipais, nomeadamente dos concelhos de Tábua, Soure, Paredes, Mangualde, Anadia, Vila Nova de Poiares, Vila de Rei, Castelo Branco, Boticas, Paços de Ferreira e Sertã. O período de apresentação de candidaturas decorreu entre 02 de outubro e 20 de dezembro de 2023, tendo a audiência de interessados, para efeitos de contestação dos resultados preliminares, ocorrido entre 25 de março e 08 de abril de 2025. O relatório final de avaliação, assinado pelo diretor do Fundo Ambiental, Marco Rebelo, data de 17 de abril último. Ao todo foram aprovadas 26 das 36 candidaturas submetidas, mas só 16 foram elegíveis para o financiamento disponível (1,5 milhões de euros).
Encontro com a Dança de Aveiro apresenta-se em palco no início de maio
Com o tema “Dança no tempo”, o ECADAv constitui uma mostra pública de dança nas diversas modalidades, com o principal objetivo de divulgar o trabalho desenvolvido pelos diversos grupos, escolas, academias, associações e projetos do Município de Aveiro nas diversas vertentes da Dança. A iniciativa contará com cerca de 190 bailarinos que vão interpretar diversas coreografias por 16 classes de nove escolas e academias nas áreas de hip hop, dança contemporânea, dança clássica, fusion, dancehall, ginástica rítmica, dança oriental e dança aérea. A participação é aberta a toda a comunidade com bilheteira gratuita, mas limitada à lotação do espaço.