UA: A um ano da eleição do novo reitor estes são os nomes mais falados
As eleições para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro (UA) estão agendadas para o dia 3 de junho. Este ato eleitoral define não só a nova composição daquele que é o principal órgão da universidade, como também marca o início da contagem decrescente para a eleição do próximo reitor. A cerca de um ano dessa decisão, a Ria foi procurar saber quais os nomes mais falados para assumir a liderança da universidade. Recorde-se que Paulo Jorge Ferreira, atual reitor da UA, atinge o limite de mandatos e não será recandidato.
Redação
Desde segunda-feira, 14 de abril, que se encontra publicado no site da Universidade de Aveiro (UA) o despacho que determina a “fixação da data de eleição dos membros do Conselho Geral”. No calendário eleitoral disponível, verifica-se que a apresentação das candidaturas decorre de 6 a 7 de maio e a votação no dia 3 de junho.
O Conselho Geral é o órgão do governo da universidade responsável por tomar decisões estratégicas de alto nível. Está previsto nos estatutos da UA e resulta do modelo de governação das universidades públicas portuguesas, introduzido pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), em vigor deste 2007. Entre as principais funções do Conselho Geral estão: eleger o reitor, aprovar o plano de atividade e o relatório de contas, aprovar o plano estratégico, aprovar alterações aos estatutos e apreciar os atos do reitor e do Conselho de Gestão.
Desde o ano da sua criação, em 2009, o Conselho Geral da UA é composto por 19 membros: dez professores e investigadores, três estudantes, um técnico, administrativo e de gestão (TAG) e cinco personalidades externas de reconhecido mérito que são, posteriormente, cooptadas pelos membros anteriormente enunciados.
Não desvalorizando a importância do órgão nas diferentes funções já referidas, é na altura da eleição do reitor que, inevitavelmente, o Conselho Geral acaba por ter maior visibilidade e projeção no seio da comunidade académica.
Com a aproximação da eleição do Conselho Geral, é habitual que surjam na comunidade vozes a apelar à independência dos membros do conselho e à separação dos dois momentos, isto é, uma separação entre a eleição do órgão e a eleição do reitor. Mas a verdade é que, tal como nas restantes Instituições de Ensino Superior (IES), é muito frequente que os membros da comunidade se organizem previamente, no momento da eleição do Conselho Geral, no apoio a eventuais candidatos a reitor.
Uma forma de contornar esta ‘monopolização’ do Conselho Geral, pelos eventuais candidatos a reitor, seria a realização de uma eleição direta para o responsável máximo da instituição. Uma ideia que merece a concordância do atual reitor que ainda em janeiro defendia, em declarações à Ria, que uma eleição direta “é um ato que tende a melhorar e a motivar mais os membros da academia a participarem na sua gestão”. “Eu vejo isso com muitos bons olhos”, acrescentou.
Recentemente, o Governo submeteu à Assembleia da República uma proposta de revisão do RJIES. Apesar da proposta inicial sugerir o modelo de eleição direta do reitor, o documento final acaba por propor, entre outras alterações, um modelo misto para a eleição do reitor: o Conselho Geral tem a responsabilidade de escolher os seus dois candidatos preferidos e a comunidade académica elege, dentro destes, o reitor. Contudo, o Governo caiu e o parlamento foi dissolvido, não sendo de esperar que uma futura revisão do RJIES tenha impacto na eleição do próximo reitor da UA.
Desta forma, o novo Conselho Geral da UA será eleito no dia 3 de junho e a sua composição final será determinante na escolha da novo reitor. Embora as eleições para o reitor na UA só aconteçam em 2026 a Ria sabe que, atualmente, há cinco nomes que começam a ser falados para assumir a liderança da instituição: Amadeu Soares, Artur Silva, Carlos Costa, Nuno Borges Carvalho e Rute Ferreira. A Ria procurou falar com cada um deles e preparou-te um resumo.
Tendo em conta o historial das eleições para o Conselho Geral da UA, em que apenas em 2013 surgiu uma única lista de professores e investigadores, é provável que nas próximas semanas se intensifiquem os contactos com vista à criação de listas.
Amadeu Soares, diretor do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM)
Amadeu Soares é professor catedrático no Departamento de Biologia da UA, tendo sido o diretor deste departamento durante vários anos. Formou-se em Biologia pela Universidade de Coimbra e doutorou-se na Universidade de Sheffield, no Reino Unido. Atualmente é o diretor do CESAM.
Em declarações à Ria assegurou que, apesar do seu nome ser falado, não pondera “de todo” ser reitor. “Brevemente serei reeleito diretor do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), que é a maior unidade de investigação da UA e essa é a minha prioridade”, afirmou. Apesar disso, Amadeu Soares quis deixar claro que a UA precisa de uma “grande mudança do plano estratégico” e que concorda com a “eleição direta do reitor” numa futura revisão do RJIES, não querendo avançar com nenhum nome “preferido” para o lugar.
Recorde-se que Amadeu Soares já foi candidato a reitor da UA, em 2010, mas na altura não alcançou o voto de qualquer elemento do Conselho Geral e acabou por falhar a eleição. Tal como reforçou, é um dos docentes mais críticos da estratégia que a universidade tem seguido.
Artur Silva, vice-reitor para a Investigação, Inovação e Formação de Terceiro Ciclo e Acreditação dos Ciclos de Estudos
Além de vice-reitor, Artur Silva é professor catedrático no Departamento de Química da UA e presidente do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance. Licenciou-se em Física e Química Via Ensino e doutorou-se em Química Orgânica pela UA.
Em declarações à Ria, Artur Silva mostrou-se “disponível” para ocupar o lugar de reitor até pelo “longo percurso” que tem na UA. “Eu fui aluno desta casa e continuei a minha carreira sempre aqui. Eu cheguei aqui em 1982. (…) Estive sempre disponível perante os cargos que desenvolvi e perante a forma com que sempre me dediquei a esta casa. Coloquei a UA a ser parte da minha família e a ser a minha casa, onde estou mais tempo do que na minha própria família”, reconheceu.
O atual vice-reitor recordou também à Ria que “há vários anos” já chegou a estar envolvido numa candidatura. “Há oito anos estive com o senhor reitor e ele escolheu-me como vice-reitor. Nessa altura também disse que estaria disponível e estou a cumprir o segundo mandato como vice-reitor. Se a UA quiser que nos próximos anos seja eu o reitor, estarei disponível”, vincou.
A Ria sabe que Artur Silva tem o apoio do atual reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, apesar deste pretender manter-se equidistante do processo eleitoral, cumprindo o seu papel institucional.
Relativamente ao método atual de eleição do reitor, Artur Silva deu nota que este “é o que é, com as regras que nós temos”. “Se me perguntar se a proposta do RJIES era aquela que eu mais apoiava, eu diria que tem traços interessantes na forma de eleger. Há alguns que teria mais dúvidas e as percentagens que foram postas eu acho que deviam ser mais equilibradas”.
Carlos Costa, professor catedrático no Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT)
Carlos Costa, tal como Artur Silva, é alumni da UA. Licenciou-se em Planeamento Regional e Urbano e é mestre e doutor em Turismo pela Universidade de Surrey, no Reino Unido. Durante vários anos foi diretor do DEGEIT e atualmente é o diretor do programa doutoral em Turismo na UA.
Contactado pela Ria frisou não ter nada a comentar “sobre o assunto”, mas a Ria sabe que Carlos Costa tem participado em conversas sobre o futuro da UA e sobre a eleição do próximo Conselho Geral.
Nuno Borges Carvalho, diretor do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI)
Nuno Borges Carvalho doutorou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela UA e é, atualmente, professor catedrático no DETI e investigador principal do Instituto de Telecomunicações (IT).
Em declarações à Ria, Borges Carvalho descartou tal possibilidade e referiu que, neste momento, não é candidato a “nada”. “No passado, os reitores costumavam vir sempre de um departamento e o último reitor foi aqui [do Departamento] de Eletrónica. Agora, se calhar, tem de vir um reitor de outro lado, com outras visões e depois, quem sabe no futuro, voltar a Eletrónica. Não me corto, no futuro. Nesta eleição e neste momento, não”, frisou.
Na opinião do diretor do DETI, o Conselho Geral devia de ser “independente da eleição do reitor”. “A eleição do reitor devia de ser por sufrágio universal e o Conselho Geral fazer a sua missão principal de monitorizar e avaliar o funcionamento adequado de todos os órgãos da universidade, nomeadamente, da reitoria como já o fez no passado”, relembrou.
Rute Ferreira, vice-diretora do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO)
Rute Ferreira é ainda professora catedrática no Departamento Física da UA. Licenciou-se em Engenharia Física e doutorou-se em Física pela UA. Atualmente, integra o Conselho Geral, eleita em 2021 pelo movimento “Melhor UA: Projetar os Próximos 50 anos”. Este movimento, elegeu 3 dos 10 mandatos atribuídos aos professores e investigadores no Conselho Geral.
A Ria tentou entrar em contacto com Rute Ferreira, mas até ao momento ainda não foi possível obter qualquer declaração. Apesar disso, a Ria sabe que Rute Ferreira é das vozes mais críticas dentro do atual Conselho Geral.
Recomendações
AAUAv vai a eleições a 18 de dezembro; Joana Regadas não revela se será recandidata
O calendário eleitoral indica que as candidaturas aos órgãos para que se disputam eleições têm até aos próximos dias 2 e 3 de dezembro para entregar as listas, tendo assim cerca de três semanas para avançar. Os dias que se seguem, 4 e 5, são destinados à “correção e suprimento de deficiências e decisão sobre as candidaturas”, com as candidaturas aceites a ser publicadas a 9 de dezembro. A campanha eleitoral tem início a 10 de dezembro, quarta-feira, e prolonga-se até dia 16, terça-feira. Depois do dia de reflexão, as votações decorrem ao longo do dia 18, quinta-feira, com os resultados a serem publicados no dia seguinte. Para já, ainda não é conhecida nenhuma lista candidata e, contactada pela Ria, Joana Regadas também preferiu não adiantar se tem planos de se recandidatar ao cargo. Os primeiros passos do processo começam a ser dados nas próximas semanas, com a publicação dos cadernos eleitorais provisórios a acontecer no dia 26 de novembro. Entre 27 e 28 de novembro é dado espaço aos estudantes para apresentarem reclamações relativamente aos cadernos e, no dia 2 de dezembro, os cadernos definitivos devem ser publicados. Tal como avançado pela Ria, em 2024, Joana Regadas, pela Lista A, e João Carrilho, pela Lista E, disputaram o cargo de presidente da direção da AAUAv para o mandato de 2025. Na ocasião, Joana Regadas acabou por vencer. Há 19 anos que a AAUAv não era liderada por uma mulher.
UA: Maioria dos docentes e investigadores já votou para as eleições do Conselho Científico
Segundo dados recolhidos pela Ria junto da Comissão Eleitoral, excluindo as secções de voto na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Águeda (ESTGA) e na Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro –Norte (ESAN)- que já encerrou as urnas-, votaram, até às 14h40, para o Conselho Científico, na Galeria Multiusos na Zona Técnica Central do Campus Universitário de Santiago, na primeira circunscrição, que contempla os departamentos de Ambiente e Ordenamento, de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, de Engenharia de Materiais e Cerâmica, de Engenharia Civil e de Engenharia Mecânica, no subgrupo A já votaram "30%" dos docentes e investigadores e no subgrupo B "33%". Na segunda circunscrição, que inclui os departamentos de Biologia, de Física, de Geociências, de Matemática, de Química e de Ciências Médicas e a Escola Superior de Saúde, o número sobe no subgrupo A para “54%” e no subgrupo B decresce para “29%”. Na terceira circunscrição, que inclui os departamentos de Educação e Psicologia, de Comunicação e Arte, de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo, de Línguas e Culturas e de Ciências Sociais, Políticas e do Território e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração,o subgrupo A registava “40%” e o subgrupo B “44%”. Relembre-se que cada circunscrição está subdivida em dois subgrupos: o ‘A’ relativo a professores e investigadores de carreira e o ‘B’ relativo a restantes docentes e investigadores em regime de tempo integral, com contrato de duração não inferior a um ano, que sejam titulares do grau de doutor, qualquer que seja a natureza do seu vínculo à instituição. No caso da primeira e da segunda circunscrição, tanto no subgrupo A como no B, o número de mandatos atribuídos não difere: quatro para o subgrupo A e três para o subgrupo B. Já no caso da terceira circunscrição, tanto o subgrupo A como o B, elege três mandatos. Recorde-se que as urnas abriram às 8h30 e encerram às 17h30. À exceção da ESAN, que já encerrou por terem votado a totalidade de docentes e investigadores, mantêm-se abertas as urnas na Galeria Multiusos na Zona Técnica Central do Campus Universitário de Santiago e na sala 5.2.5 na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Águeda. Tal como avançado pela Ria, depois de dois movimentos de docentes e investigadores se terem enfrentado nas urnas pela composição do Conselho Geral, o mesmo cenário repete-se agora na eleição para o Conselho Científico. Neste caso, foram apresentadas à Comissão eleitoral as listas: “Construir o Futuro, Cuidar a UA” e a “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação”. A lista ‘Construir o Futuro, Cuidar a UA’, mais próxima da atual equipa reitoral, inclui vários nomes que transitaram da candidatura ao Conselho Geral do movimento ‘UA2030’, como Paulo Vila Real (Civil), Susana Sardo (DECA), Graça Azevedo (ISCA), Nuno Durães (Geociências), Sara Moreno Pires (DCSPT) e Lara Carramate (Física). Já a lista ‘futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação’, associada à oposição à atual liderança da Universidade, recupera figuras do movimento ‘UA50’ que concorreu ao Conselho Geral, como Rui Aguiar (DETI), Armando Machado (DEP) e Manuel António Coimbra (Química).
UA recebe ex-ministro Fernando Medina para falar sobre o Orçamento de Estado esta quinta-feira
A cerca de uma semana de começar o debate e a votação na especialidade do Orçamento de Estado para 2026, Fernando Medina vai falar aos estudantes da UA sobre os “desafios e perspetivas” que o Orçamento de Estado envolve. Segundo escrevem os alunos, trata-se de uma “oportunidade única para compreender, com quem esteve sempre no centro das decisões, como se constrói e gere o Orçamento de Estado, e o seu impacto na economia portuguesa”. Recorde-se que Fernando Medina foi ministro das Finanças entre 2022 e 2024 no governo do PS liderado por António Costa. Em 2024, nas eleições legislativas em que o PS acabou por sair derrotado, Fernando Medina foi eleito deputado à Assembleia da República, sendo que, nas eleições de 2025, recusou integrar as listas do partido.
Universidades de Aveiro e de Coimbra receberam “Leadership Camp’ 25” do IEEE Portugal
Ao passo que o primeiro dia da atividade, sexta-feira, dia 17, foi passado em Coimbra, o segundo, sábado, foi dividido entre ambas as cidades e o último, domingo, passou-se exclusivamente em Aveiro. No total, 45 membros das direções das diferentes “student branches” – os IEEE de cada Universidade – a nível nacional, bem como dos respetivos “chapters” – ramificações de cada “branch” que têm como foco uma área de engenharia mais específica. Nas palavras do presidente da “student branch” da UA, que está a cumprir o terceiro ano de Engenharia e Gestão Industrial na Universidade de Aveiro, o evento “deu a cada participante uma perspetiva da IEEE tanto a nível nacional como internacional, permitindo também networking e contacto interpessoal”. Para além dos momentos de confraternização entre os responsáveis das várias partes do país, a “student branch” da UA destaca, em comunicado de imprensa, a mesa-redonda com Pedro Fonseca, professor da UA Pedro Fonseca, que “discorreu sobre as dificuldades iniciais, os marcos alcançados e as lições aprendidas ao longo dos anos” da IEEE. No evento houve também espaço a uma sessão “focada nas oportunidades de crescimento profissional dentro da IEEE”. Os “Leadership Camps” são organizados pela IEEE Portugal desde 2014 e desde aí já passaram por várias universidades do país, como a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico ou a Universidade do Minho. No último ano, a iniciativa tinha acontecido na Universidade do Porto.
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Município de Ílhavo organiza Magusto dedicado à população sénior na sexta-feira
O “Magusto da Maior Idade” pretende juntar os participantes dos equipamentos municipais da maior idade, do programa “Maiores no Movimento” e das entidades locais com respostas na área do envelhecimento. No sentido de “reforçar a importância da proximidade e do reconhecimento das políticas municipais dedicadas à população sénior”, vão estar presentes Rui Dias, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, e Maria Eugénia Pinheiro, vereadora do executivo. O principal objetivo, de acordo com os responsáveis, é “reforçar o compromisso do Município de Ílhavo com a inclusão social, o envelhecimento saudável e o fortalecimento dos laços comunitários, promovendo a partilha de saberes e o sentimento de pertença”. O encontro conta com a atuação do Grupo de Concertinas da Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré.
João Costa é recandidato à Federação Distrital de Aveiro da JS
João Costa é o segundo a posicionar-se na corrida à presidência da Federação Distrital de Aveiro da Juventude Socialista, depois de Bruno Vilhena Pires também já ter anunciado a sua candidatura. No vídeo publicado nas suas redes sociais, o líder da candidatura “Afirmamos Aveiro” afirma que, nos últimos dois anos, viveu um mandato “histórico” de que destaca a “mais concelhias ativas, uma nova estrutura de comunicação e uma estrutura que forma e potencia os seus ativos”. As principais áreas que o candidato destaca na sua apresentação são a educação e o ensino superior, “onde ninguém fica para trás”, o ambiente e a mobilidade, em que aponta à defesa de um “transporte verde e eficaz que sirva todos”, e a habitação e o trabalho, “onde as pessoas se realizam e conseguem cá [em Portugal] viver e constituir família”.
Presidenciais: António Filipe visita e reúne amanhã com a AAUAv
Segundo uma nota de agenda enviada às redações, António Filipe estará, a partir do 12h00, em visita e reunião com a AAUAv. Seguir-se-á, pelas 15h30, uma visita ao Cinanima, em Espinho. Pelas 20h00, já em Ovar, o candidato terá um jantar com apoiantes no Rancho Folclórico “Os Moliceiros”.
Vendedores de castanhas notam menor adesão ao São Martinho e culpam diminuição do “poder de compra”
Perto das 9h30, a Praça Joaquim Melo de Freitas, no coração de Aveiro, enchia-se de fumo e do cheiro a castanhas acabadas de assar. No centro, dois homens visivelmente atarefados tentam dar vazão às encomendas do dia de São Martinho. Interpelado pela Ria, Carlos Amaral, o mais experiente dos trabalhadores, começou por mostrar algumas reticências em falar, tal o volume de trabalho, mas acabou por despender de dois minutos enquanto arranjava castanhas para a encomenda que, dizia, tinha de estar preparada até às 10h00. “A gente tem encomendas e tem de as despachar”, desabafa. No negócio há 21 anos, o vendedor nota que a principal diferença desde os primeiros anos em que esteve na rua está no poder de compra das pessoas. A procura não diminuiu, afirma, uma vez que ainda são muitos os que procuram as castanhas nesta altura do ano, mas o “poder de compra” diminuiu e agora os compradores “acham tudo caro”. O responsável aponta que “as pessoas pensam que [as castanhas] são mais baratas, mas no tempo em que estamos as coisas estão cada vez a aumentar mais”. O próprio dia de São Martinho já não é o mesmo que foi em tempos, segundo Carlos Amaral. Questionado se existe maior procura nesta data, o vendedor diz que “costumava haver, mas agora…”. A experiência do ano passado não foi a mais animadora, uma vez que as vendas – também devido à chuva que se sentiu nesse dia – foram “fraquinhas”. Para este ano, o profissional fica à espera de que as coisas “sejam melhores” e que o “tempo ajude”.