UA: Nave Multiusos recebe esta quinta-feira o “Future XPO Portugal”
A Nave Multiusos na Universidade de Aveiro (UA) vai acolher esta quinta-feira, 10 de abril, o Future XPO Portugal, um dos maiores eventos de empreendedorismo da Europa. A iniciativa vai incluir keynote speakers, debates, startups, investidores nacionais e internacionais e oportunidades de networking.
Redação
A iniciativa resulta da parceria entre a UA e a Startupbootcamp Portugal e pretende dar palco a empreendedores com ideias inovadoras, os quais poderão efetuar o pitch do seu projeto ou apresentar o seu negócio no espaço de exposição.
Numa nota enviada à Ria, a UA esclarece que a iniciativa contará com keynote speakers, debates e palestras, “onde serão partilhadas ideias de negócio audaciosas, com impacto real em setores como a indústria, a inteligência artificial e a longevidade, saúde e bem-estar”. Entre os oradores presentes estará Tiago Vaz Serra, diretor de Investimentos na Plural; José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro; Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território ou Nelma Fernandes, presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Os estudantes podem, ainda, participar num hackathon, onde serão desafiados a desenvolver soluções inovadoras. A equipa vencedora ganha uma viagem a Amesterdão para explorar o ecossistema europeu de inovação. A programação na íntegra pode ser consultada aqui.
Os bilhetes para o evento podem ser adquiridos aqui sendo que a comunidade STEP UP Universidade de Aveiro Empreendedora associou-se a este evento, contando os membros da academia, assim como as Startups da UA, com “condições especiais”: “20% de desconto no Innovator Ticket”; “20% de desconto Startup Booth & Pitch Ticket” e “50 bilhetes gratuitos para estudantes (atribuídos por ordem de chegada)”. “Os interessados em obter qualquer um dos descontos indicados, deverão enviar um e-mail para [email protected]. Haverá também um espaço de exposição reservado às startups não selecionadas, permitindo lhes apresentar o seu negócio aos participantes. As mesmas poderão ainda participar no evento, tirar partido das oportunidades de networking e dar a conhecer o seu projeto aos presentes”, esclarece a nota.
A Startupbootcamp é um dos maiores programas de aceleração do mundo, com uma comunidade que engloba mais de 50 000 pessoas. Trata-se de uma rede global de aceleradoras focadas na indústria, que trabalham no sentido de prosperar startups, dando-lhes acesso direto a uma rede internacional de parceiros, investidores e mentores mais relevantes nas suas áreas de atuação.
Recomendações
Nos 50 anos, reitor realça que “2/3” dos estudantes do DLC-UA entraram na primeira opção
Foi na tarde da passada terça-feira, dia 3, no Auditório Renato Araújo, no Edifício Central e da Reitoria da Universidade de Aveiro (UA), que Paulo Jorge Ferreira começou por fazer um elogio ao trabalho dos responsáveis do Departamento que, segundo o próprio, “está a fazer muita coisa certa”. Olhando para os números do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior do passado verão, o responsável indicou alguns dados. Apesar de só ter “157” vagas, o que corresponde a “5%” de todas as vagas disponibilizadas a cursos de humanidades em Portugal, “12%” dos que procuraram estes cursos escolheram a Universidade de Aveiro. Da mesma forma, “6%” dos que tinham notas de acesso superiores ou iguais a 16 também escolheram a UA. O reitor aponta que os quatro cursos do Departamento trouxeram para a instituição “4,4” candidaturas por vaga, o que contrasta com a média dos 69 cursos de humanidades nacionais: “1,9”. Paulo Jorge Ferreira diz ainda que “2/3” dos admitidos tinham na Universidade de Aveiro a primeira opção e que, se se fizesse a média da opção em que entraram os estudantes do DLC, o resultado seria de “1,5”. Numa reflexão sobre o lugar que o Departamento ocupa, o responsável da UA referiu que Portugal já não é hoje um país “periférico” e que pode ser visto como “eixo central”. Nesse sentido, apontou à ligação que o DLC estabelece com a Ásia – nomeadamente, à China. “Há, em certa medida, cada vez menos periferias. O nosso lugar no mundo não é ditado pela geografia, mas pelas escolhas que fazemos. E a nossa liberdade de escolher decorre de uma das mais importantes conquistas da modernidade académica, a autonomia da geografia”, aponta. O reitor entende que essa autonomia, que diz que “se pratica e renova”, se define no momento em que um Departamento de Línguas e Culturas assume o papel de “consciência crítica da Universidade”. A autonomia, aponta, também passa pela afirmação do português como “língua de conhecimento e cultura”. “O que custa ao português e a outras línguas um quase monolinguismo académico que nós vemos hoje tão bem instalado em todas as áreas à nossa volta?”, questiona, assumindo que a língua é “o nosso único ativo global”. Nas comemorações do cinquentenário, Ana Margarida Ramos, diretora do Departamento, explicou que “ao longo destes 50 anos o DLC se transformou profundamente” e que “o mosaico de línguas se expandiu”. Apesar de “mais cosmopolita”, salienta que a “cultura de atenção, o cuidado e a proximidade” foi sempre uma constante. Se o DLC já habitou dois edifícios ao longo da sua história e a ambição de um novo espaço “mais moderno e mais eficiente” é uma realidade, Ana Margarida Ramos também aponta que “não são as paredes que fazem o departamento”. Apesar de não poder estar presente na celebração do cinquentenário do DLC, o cardeal e poeta Tolentino Mendonça foi cabeça-de-cartaz da sessão. Durante o discurso, que durou pouco menos de meia-hora, procurou refletir sobre a importância das humanidades e do saber universitário nos dias de hoje, perspetivando também o futuro do Departamento. “O típico do saber universitário não é subtrair, através de mecanismos de especialização. Pelo contrário, em vez de encapsular ou confiscar, o saber universitário devolve conhecimento à comunidade […], alarga a multiplicidade de perspetivas e coloca-as ao serviço de todos”, começou por apontar o também Doutor Honoris Causa da UA. A Universidade, diz Tolentino Mendonça, “não vive de fragmentos autónomos, mas considera todos os saberes como ferramentas ao serviço da nossa comum humanidade”. Segundo explica, a realidade é “heterogénea, descontínua e complexa”, pelo que são necessárias “ferramentas múltiplas”. “É essa multiplicidade que o Departamento [de Línguas e Culturas] fomenta e sistematiza, que permite que se manifeste em cada estudante […] um interesse pela humanidade e um amor ao mundo”, conclui. O cardeal destaca também que a transição cultural que estamos a viver “constitui um acelerador histórico que não volta para trás”. Com isso em mente, afirma que, neste contexto, o papel das Universidades passa por “ajudar cada um a viver na primeira pessoa”. Nas palavras de Tolentino Mendonça, “as sociedades do futuro potenciam sempre mais a importância e a centralidade do conhecimento, que é a matéria-prima da Universidade, porventura recorrendo a paradigmas mais interdisciplinares e colaborativos, certamente acentuando a vantagem do trabalho em rede. O futuro não dispensa esses laboratórios de equidade, pensamento e inovação que as universidades e os departamentos constituem”.
UA: Leonor Lopes é candidata à presidência da AAUAv
Em entrevista à Ria, Leonor explicou que a sua candidatura surge da convicção de que os estudantes enfrentam “entraves cada vez mais graves ao acesso e permanência ao Ensino Superior”. “A pressão no mercado de habitação está a intensificar-se, os preços continuam a subir e não existem residências suficientes para todos os estudantes. Há também outros entraves, a níveis mais específicos, regionalmente, como os transportes e também com o facto de a ação social ser insuficiente”, enumerou. Na sua visão, a associação liderada por Joana Regadas tem desenvolvido um trabalho relevante, mas a estudante acredita que é possível “ir mais longe”. “A minha candidatura propõe-se a ir mais longe na reivindicação dos direitos dos estudantes e a mobilizar muito mais estudantes do que têm sido mobilizados para esse tipo de causas recentemente”, referiu. Sobre como mobilizar mais estudantes para as reivindicações da AAUAv, a estudante apontou como exemplo a mobilização dos estudantes, em Lisboa, contra o aumento das propinas. “A Associação Académica posicionou-se contra o aumento da propina, (…) mas o que aconteceu em Aveiro é que não levámos tantos estudantes como eu acredito que (…) a Universidade de Aveiro tem potencial de levar para esta manifestação”, afirmou. No seguimento, Leonor Lopes apontou que é necessário um maior contacto da AAUAv com os estudantes. “Existem contactos pelas redes sociais da Associação Académica que chegam a muita gente, mas são necessárias iniciativas feitas presencialmente nos campus da Universidade, em que chamassem, por exemplo, estudantes a ouvir e a falar ao microfone”. Sem querer revelar pormenores sobre a sua lista, a estudante de 20 anos adiantou que Bernardo Santos será o mandatário da candidatura. “O Bernardo Santos é um colega que sempre partilhou destas opiniões de que o espaço académico também é um espaço reivindicativo”, descreveu. Leonor Lopes disse ainda que, além da direção, a sua candidatura vai concorrer também à Mesa da Assembleia Geral (MAG) e ao Conselho Fiscal e de Jurisdição (CFJ). Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, também Joana Regadas, atual presidente da direção da AAUAv já anunciou que será recandidata ao cargo. Lembre-se que, como noticiado, a entrega de listas para a AAUAv encerrou na passada quarta-feira, 3 de dezembro, pelas 23h59. O dia de ontem e de hoje, 5 de dezembro, são destinados à “correção e suprimento de deficiências e decisão sobre as candidaturas”, com as candidaturas aceites a ser publicadas a 9 de dezembro. A campanha eleitoral tem início a 10 de dezembro, quarta-feira, e prolonga-se até dia 16, terça-feira. Depois do dia de reflexão, as votações decorrem ao longo do dia 18, quinta-feira, com os resultados a serem publicados no dia seguinte.
RJIES passa o teste mais fácil e é aprovado na generalidade no Parlamento
O debate parlamentar realizado na véspera revelou, contudo, que o consenso está longe de estar alcançado. A discussão expôs clivagens profundas sobre a governação das universidades e politécnicos, sobre os limites da autonomia institucional, o papel dos membros externos nos órgãos máximos e até sobre a própria estrutura do sistema binário do Ensino Superior. Ainda que esta primeira votação valide apenas os princípios gerais do diploma, quase todas as bancadas anteciparam que a especialidade poderá alterar significativamente o texto final. A sessão começou com a intervenção de Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS, que recuperou o percurso político da proposta e criticou a interrupção sofrida na legislatura anterior. “Já na legislatura anterior o Governo tinha agendado na Assembleia da República a discussão para revisão do RJIES, mas o assunto acabou por não avançar porque as oposições se uniram para derrubar o primeiro Governo da Aliança Democrática”, recordou, insistindo que “graças à espiral destrutiva das oposições, esta reforma foi adiada.” Para o centrista, a proposta agora apresentada “vai no bom caminho porque reforça três pilares fundamentais do Ensino Superior: a flexibilidade, a autonomia e a responsabilidade.” Seguiu-se o PS, que procurou enquadrar o debate no contexto alargado das reformas iniciadas em 2022 e interrompidas por dissoluções parlamentares. Porfírio Silva lembrou que “o processo de revisão do RJIES começou em 2022, passou por duas dissoluções do parlamento, vamos ver se é desta”, reafirmando a disponibilidade socialista para “uma discussão em especialidade rica, plural, de aprofundamento das soluções.” Porém, sinalizou reservas face ao modelo apresentado pelo Governo, alertando que “é preocupante que a proposta do Governo pareça promover a homogeneização. No fim de contas, todas as Instituições de Ensino Superior concorrerão para serem universidades”. As preocupações socialistas foram ecoadas mais tarde por Aida Carvalho, deputada socialista que sublinhou o papel histórico do PS na valorização do politécnico - desde a introdução dos doutoramentos até à criação da categoria das universidades politécnicas - destacando o trabalho realizado pelo último Governo socialista, que em 2023 criou uma comissão independente para avaliar o RJIES. Por último, a deputada aproveitou para antecipar uma das matérias centrais que o PS pretende alterar na especialidade: a composição e ponderação eleitoral dos órgãos máximos das instituições. “Quer para a eleição do Conselho Geral, quer para a eleição do reitor, apresentamos os seguintes critérios de ponderação: 45% para os docentes e investigadores, 25% para os estudantes, 15% para o pessoal técnico e administrativo e 15% para membros externos.” Esta proposta contrasta com o modelo do Governo, que concede maior liberdade às instituições na definição desses pesos, criando tetos mínimos (10%) e máximos (50%). Do lado do PSD, o deputado Bruno Faria procurou valorizar o processo de auscultação conduzido pelo Executivo e insistiu que o RJIES vigente se encontra ultrapassado. Defendeu que a proposta foi “construída com diálogo, que ouviu a sociedade, as instituições, os estudantes, os professores e investigadores e o pessoal técnico” e reforçou que “durante demasiado tempo este regime jurídico não acompanhou a evolução das instituições.” Para os sociais-democratas, a proposta clarifica e fortalece o sistema binário, permitindo que Portugal afirme “com clareza” universidades com vocação académica e científica e universidades politécnicas com forte orientação para o conhecimento aplicado - alinhando o país com o espaço europeu de Ensino Superior. No final do debate, a deputada social-democrata Ana Gabriela Cabilhas reiterou a expectativa de que a discussão na especialidade decorra com “lealdade institucional” e deixou uma crítica ao PS e ao Chega, lembrando que “se uniram recentemente para evitarem o descongelamento das propinas no Ensino Superior”, alertando para o risco de nova convergência que “desvirtue” a proposta do Governo para o novo RJIES. À esquerda, o PCP marcou a sua completa discordância com a arquitetura do sistema atual. Paula Santos defendeu que “a existência de dois subsistemas de ensino, apesar de atribuírem os mesmos graus académicos, só tem contribuído para a perpetuação de desigualdades”, argumentando que esta diferenciação tem levado “à desvalorização do ensino superior politécnico e à sua estigmatização.” Para o PCP, a solução passa por abandonar o sistema binário e adotar “um sistema único de Ensino Superior que elimine a separação artificial entre universidades e politécnicos.” A deputada rejeitou também o regime fundacional, afirmando que “a transformação das instituições em fundações insere-se na estratégia de privatização e mercantilização em curso (…)”. O partido propõe substituir o Conselho Geral por um Senado composto apenas por membros internos e criar uma Assembleia da Instituição para a eleição do reitor. O Bloco de Esquerda, pela voz de Mariana Mortágua, centrou a crítica na aproximação entre governação universitária e modelos empresariais. “O Governo insiste no mesmo modelo, que mercantiliza, que trata o ensino universitário como se fosse uma empresa e que subjuga os interesses da investigação e do ensino de qualidade aos interesses do mercado”, afirmou, mantendo a oposição bloquista ao regime fundacional e à participação de membros externos na governação das instituições. Em sentido inverso, o Chega colocou a ênfase na necessidade de reforçar a autonomia institucional e reduzir a intervenção do Estado. Rui Cardoso defendeu que “deve ser valorizada a autonomia, a sustentabilidade, a eficiência e a democraticidade nas instituições” e insistiu que “não deve ser o Estado a impor, devem ser as instituições. Deve ser quem está no terreno, quem melhor conhece, a decidir sobre o futuro das suas instituições.” Apelou ainda a uma lei “menos burocrática, estável no tempo, de longo alcance temporal” e criticou aquilo que considerou uma excessiva interferência política: “Durante anos de mais permitimos que a classe política capturasse aquilo que é a investigação científica e aquilo que é a Academia em Portugal.” Também a Iniciativa Liberal manifestou abertura ao trabalho em especialidade, destacando que pretende rever a duração do mandato do reitor e defendendo que o provedor do estudante deve ter um modelo colegial refletido também no seu funcionamento e não apenas na sua forma de eleição A deputada liberal sublinhou ainda que o pessoal não docente “não pode ser menorizado” e concordou com a manutenção de membros externos no Conselho Geral. Com posições tão diferentes, a votação da generalidade representa apenas um primeiro passo num processo que se prevê prolongado. A aprovação valida os princípios orientadores do diploma, mas não fixa a sua forma final. O texto seguirá agora para análise detalhada na Comissão de Educação e Ciência, onde será sujeito a audições com instituições, sindicatos, associações estudantis, etc, bem como a propostas de alteração dos partidos, antes de regressar ao plenário para votação final global. Só então poderá seguir para promulgação pelo Presidente da República. Desta forma, o processo que agora se inicia antecipa vários meses de intensa negociação política, num cenário onde praticamente todas as bancadas já anunciaram a intenção de alterar pontos centrais do diploma apresentado pelo Governo.
GrETUA recebe sessão de curtas-metragens seguida de concerto e DJ set no sábado
Segundo explica o grupo universitário, o mote para esta noite será dado pela sessão de curtas Porto Femme, que seguirá a linha do festival de cinema feminista promovido pela XX Element desde 2016, o Porto Femme Film Festival. Segue-se depois o concerto dos Youth Yard, banda vianense constituída por Gonçalo Azevedo, Katie Sousa, Diogo Costa, Hanna Rios e João Quinhentas, que desde 2022 assinaram já os álbuns “Yard Sale” (2023) e “Straight to the Point” (2024). A banda, que se estreia em Aveiro este fim-de-semana, “navega pelas sonoridades do post-punk e do garage rock” e “tem feito bastante estrada no circuito alternativo”, diz a nota. O evento termina com o DJ set de Mayan, artista sonora na área da música eletrónica, que levará o resto da noite ao som hipnótico do house, do psytrance e do deep techno. O evento não requer reserva, mas os bilhetes à porta terão um custo de 4 €.
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“Vale de Ílhavo-Natal na Aldeia” chega no próximo fim de semana e traz música, animação e tradições
Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, “Vale de Ílhavo – Natal na Aldeia” será um fim de semana dedicado às pessoas, às tradições e ao património desta aldeia, recentemente integrada na rede “Aldeias de Portugal”. O primeiro dia, 13 de dezembro, será focado nas decorações, na música e nos sabores regionais. Às 10h00, realiza-se a “Rota das Decorações de Natal”, um percurso que convida a descobrir presépios, luzes e arranjos natalícios preparados pela comunidade. O ponto de partida será no Salão Paroquial de Vale de Ílhavo. Os interessados em participar na preparação das decorações – presépios, grinaldas e adornos de rua – podem inscrever-se até hoje, 9 de dezembro, na sede da Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”. A tarde promete ainda ser de animação. Pelas 15h00, Freddy Strings e o grupo de catequese de Vale de Ílhavo darão um concerto no Salão Paroquial. Na mesma tarde, pelas 16h00, haverá ainda um workshop de papas de abóbora e bilharacos, iguarias típicas da região, no Restaurante D. Mena. Segue-se, às 17h00, um workshop e prova de vinhos da região, com a Carvalho & Carriça Vinhos, na Rua do Calado, nº8, em Vale de Ílhavo. Já no dia seguinte, 14, o sabor do Natal chega à mesa. Às 10h00, realiza-se um workshop de bolo-rei, na sede da ACR “Os Baldas”. No final, cada participante poderá levar para a sua casa o seu bolo-rei acabado de fazer. Todas as atividades são gratuitas, mas requerem inscrição prévia através do e-mail: [email protected].
Nos 50 anos, reitor realça que “2/3” dos estudantes do DLC-UA entraram na primeira opção
Foi na tarde da passada terça-feira, dia 3, no Auditório Renato Araújo, no Edifício Central e da Reitoria da Universidade de Aveiro (UA), que Paulo Jorge Ferreira começou por fazer um elogio ao trabalho dos responsáveis do Departamento que, segundo o próprio, “está a fazer muita coisa certa”. Olhando para os números do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior do passado verão, o responsável indicou alguns dados. Apesar de só ter “157” vagas, o que corresponde a “5%” de todas as vagas disponibilizadas a cursos de humanidades em Portugal, “12%” dos que procuraram estes cursos escolheram a Universidade de Aveiro. Da mesma forma, “6%” dos que tinham notas de acesso superiores ou iguais a 16 também escolheram a UA. O reitor aponta que os quatro cursos do Departamento trouxeram para a instituição “4,4” candidaturas por vaga, o que contrasta com a média dos 69 cursos de humanidades nacionais: “1,9”. Paulo Jorge Ferreira diz ainda que “2/3” dos admitidos tinham na Universidade de Aveiro a primeira opção e que, se se fizesse a média da opção em que entraram os estudantes do DLC, o resultado seria de “1,5”. Numa reflexão sobre o lugar que o Departamento ocupa, o responsável da UA referiu que Portugal já não é hoje um país “periférico” e que pode ser visto como “eixo central”. Nesse sentido, apontou à ligação que o DLC estabelece com a Ásia – nomeadamente, à China. “Há, em certa medida, cada vez menos periferias. O nosso lugar no mundo não é ditado pela geografia, mas pelas escolhas que fazemos. E a nossa liberdade de escolher decorre de uma das mais importantes conquistas da modernidade académica, a autonomia da geografia”, aponta. O reitor entende que essa autonomia, que diz que “se pratica e renova”, se define no momento em que um Departamento de Línguas e Culturas assume o papel de “consciência crítica da Universidade”. A autonomia, aponta, também passa pela afirmação do português como “língua de conhecimento e cultura”. “O que custa ao português e a outras línguas um quase monolinguismo académico que nós vemos hoje tão bem instalado em todas as áreas à nossa volta?”, questiona, assumindo que a língua é “o nosso único ativo global”. Nas comemorações do cinquentenário, Ana Margarida Ramos, diretora do Departamento, explicou que “ao longo destes 50 anos o DLC se transformou profundamente” e que “o mosaico de línguas se expandiu”. Apesar de “mais cosmopolita”, salienta que a “cultura de atenção, o cuidado e a proximidade” foi sempre uma constante. Se o DLC já habitou dois edifícios ao longo da sua história e a ambição de um novo espaço “mais moderno e mais eficiente” é uma realidade, Ana Margarida Ramos também aponta que “não são as paredes que fazem o departamento”. Apesar de não poder estar presente na celebração do cinquentenário do DLC, o cardeal e poeta Tolentino Mendonça foi cabeça-de-cartaz da sessão. Durante o discurso, que durou pouco menos de meia-hora, procurou refletir sobre a importância das humanidades e do saber universitário nos dias de hoje, perspetivando também o futuro do Departamento. “O típico do saber universitário não é subtrair, através de mecanismos de especialização. Pelo contrário, em vez de encapsular ou confiscar, o saber universitário devolve conhecimento à comunidade […], alarga a multiplicidade de perspetivas e coloca-as ao serviço de todos”, começou por apontar o também Doutor Honoris Causa da UA. A Universidade, diz Tolentino Mendonça, “não vive de fragmentos autónomos, mas considera todos os saberes como ferramentas ao serviço da nossa comum humanidade”. Segundo explica, a realidade é “heterogénea, descontínua e complexa”, pelo que são necessárias “ferramentas múltiplas”. “É essa multiplicidade que o Departamento [de Línguas e Culturas] fomenta e sistematiza, que permite que se manifeste em cada estudante […] um interesse pela humanidade e um amor ao mundo”, conclui. O cardeal destaca também que a transição cultural que estamos a viver “constitui um acelerador histórico que não volta para trás”. Com isso em mente, afirma que, neste contexto, o papel das Universidades passa por “ajudar cada um a viver na primeira pessoa”. Nas palavras de Tolentino Mendonça, “as sociedades do futuro potenciam sempre mais a importância e a centralidade do conhecimento, que é a matéria-prima da Universidade, porventura recorrendo a paradigmas mais interdisciplinares e colaborativos, certamente acentuando a vantagem do trabalho em rede. O futuro não dispensa esses laboratórios de equidade, pensamento e inovação que as universidades e os departamentos constituem”.
Relatório mostra mais alunos e mais diversidade nas escolas mas há desigualdades nos resultados
"As taxas de conclusão no tempo esperado das crianças e jovens oriundos de famílias e/ou de meios mais fragilizados dos pontos de vista social, económico e cultural, assim como dos alunos de nacionalidade estrangeira, continuam a ser significativamente mais baixas do que as de outros alunos e com diferenças assinaláveis", refere o relatório, da responsabilidade do Conselho Nacional de Educação (CNE). Segundo o CNE, os dados "evidenciam fragilidades nas estratégias de inclusão e na eficácia das medidas de apoio". O relatório salienta que "há mais alunos no sistema educativo e a sua diversidade tem vindo a aumentar, refletindo o tecido social do país", mas a oferta da disciplina de Português Língua Não Materna "é insuficiente para o número de alunos de nacionalidade estrangeira no sistema". Segundo o documento, em 2023/2024, 174.126 crianças e jovens de nacionalidade estrangeira frequentaram a escolaridade obrigatória em Portugal, mais 31.366 do que no ano anterior, o que significa um aumento de 22%, representando 13,6% dos alunos, não adultos, que frequentaram a educação básica e secundária, e 9,5% na educação pré-escolar. O CNE aponta, por outro lado, que “o apoio efetivo a crianças e jovens com necessidades específicas de saúde está em risco face à falta de recursos especializados”, considerando que a monitorização e avaliação das medidas de inclusão são “cruciais para o combate às desigualdades que subsistem no sistema educativo”. O documento assinala que foram “tomadas medidas excecionais e temporárias, como a afetação de pessoal docente e de técnicos especializados aos estabelecimentos públicos de ensino ou o alargamento das estruturas especializadas (Centros de Recursos para a Inclusão, Centros de Apoio à Aprendizagem, escolas de referência), mas alerta que “subsistem desigualdades territoriais, insuficiência de técnicos especializados e de docentes para que as medidas de apoio à aprendizagem e à inclusão possam ser cabalmente concretizadas”. Para combater “efetivamente as desigualdades”, o CNE defende o reforço de recursos humanos e o desenvolvimento de "uma maior articulação entre estruturas de apoio da educação e da saúde". O documento realça, ainda, as “diferenças persistentes e acentuadas entre as classificações internas” atribuídas em escolas públicas e privadas nos cursos científico-humanísticos, que, no caso das privadas, “são, em média, dois valores mais elevadas, favorecendo os seus alunos no acesso à educação superior”. “A transição para a educação superior é igualmente condicionada pelos contextos socioeconómicos de proveniência dos alunos”, assinala o CNE, adiantando que apenas 48% dos estudantes mais desfavorecidos ingressam num curso superior no ano seguinte à conclusão da educação secundária contrastando com 57% dos que não necessitaram de apoios financeiros. "Apesar do aumento do número de diplomados nos níveis de educação superior, que atingiu os 101.213 (mais 5,9% do que no ano anterior), subsiste o desafio de garantir oportunidades equitativas para todos, realça.
Mau tempo: Depressão Bram coloca Aveiro sob aviso amarelo até amanhã
Portugal continental e o arquipélago da Madeira estão a ser afetados hoje por chuva, vento e agitação marítima devido aos efeitos da depressão Bram, tendo o IPMA emitido já avisos. No caso de Aveiro, Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria, Beja, Coimbra, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu já aviso amarelo até às 06h00 de quarta-feira, devido à ondulação. Também Viseu, Évora, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Portalegre vão-se manter sob aviso amarelo até ao final do dia de hoje por causa da chuva. Já os distritos do Porto, Viana do Castelo e Braga estão sob aviso laranja até às 15h00 de hoje, passando depois a amarelo até às 06:00 de quarta-feira. Segundo o IPMA, Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga estão também sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte com rajadas até 80 km/hora até às 15:00 de hoje. Quanto ao arquipélago da Madeira, o IPMA emitiu aviso laranja para a costa sul e regiões montanhosas da ilha da Madeira por causa da chuva forte até às 12:00 de hoje, passando depois a amarelo até às 15:00 de hoje, e para a costa norte e o Porto Santo. A costa norte da ilha da Madeira está ainda sob aviso amarelo por causa da agitação marítima até às 00:00 de quarta-feira. No que diz respeito ao arquipélago dos Açores, o IPMA colocou o grupo ocidental (Flores e Corvo) sob aviso amarelo por causa da agitação marítima até às 12:00 de hoje. Em comunicado, o IPMA adianta que a depressão Bram (nome atribuído pelo Serviço Meteorológico da Irlanda) formou-se no Atlântico ocidental e avança para leste em direção ao arquipélago dos Açores para depois seguir em direção à Irlanda. Segundo o IPMA, “esta depressão tem associada uma superfície frontal fria de atividade moderada a forte, que irá atravessar o território do continente gradualmente partir da tarde de dia 9 [hoje], de noroeste para sueste, passando na região sul apenas durante a madrugada/manhã de dia 10 [quarta-feira]”. Por causa desta situação, na generalidade do território do continente ocorrerá chuva persistente, e por vezes forte, a partir do início da manhã de hoje no Minho e Douro Litoral, estendendo-se gradualmente às restantes regiões. Adicionalmente, este episódio virá acompanhado de vento forte do quadrante sul no litoral oeste e nas terras altas até meio da tarde de hoje, com rajadas entre 70 e 90 quilómetros por hora (km/h), em especial nas regiões Norte e Centro. “Salienta-se ainda, que à semelhança dos últimos dias e devido à presença de depressões no Atlântico Norte em deslocamento para leste/nordeste, continua um episódio de agitação marítima forte na costa ocidental até à manhã de dia 10 [quarta-feira], prevendo-se ondas de oeste/noroeste com 4 a 5,5 metros de altura significativa, temporariamente de oeste/sudoeste a norte da foz do rio Douro. Está previsto também vento moderado a forte de sudoeste, com rajadas até 70 km/h, e até 85 km/h nas terras altas, rodando gradualmente para norte a partir da tarde e enfraquecendo, e agitação marítima forte até final do dia de hoje, prevendo-se ondas de oeste/noroeste com 4 a 4,5 metros de altura significativa. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe "situação meteorológica de risco moderado a elevado” e o amarelo, quando há uma “situação de risco para determinadas atividades dependentes” do estado do tempo.