Aveiro abre três novos concursos públicos num valor total de cerca de 8 milhões de euros
A reunião de câmara desta terça-feira, dia 24, vai contar com a deliberação da abertura de três novos concursos públicos, respeitantes à remodelação do antigo edifício da Biblioteca Municipal de Aveiro e às requalificações do Parque de Campismo de São Jacinto e do edifício da antiga Junta de Freguesia da Vera Cruz – Escola do Adro. As empreitadas correspondem a um investimento que ascendem, em conjunto, aos 8 milhões de euros.
Redação
O Museu de Arte Cerâmica volta a concurso público, no valor de 4,8 milhões de euros, registando um aumento de 1 milhão face ao último concurso. O prazo da execução mantem-se nos 540 dias. Recorde-se que a oposição se absteve de votar a última proposta apresentada em reunião camarária, apontando ter “muitas dúvidas com o conteúdo e a forma da solução encontrada”.
A reunião contará ainda com a abertura do terceiro concurso para a requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto, com um valor base de 2,3 milhões face aos anteriores 1,6 milhões. O prazo de execução contratual mantém-se nos 210 dias, dá nota a autarquia. O primeiro concurso para a empreitada foi lançado há um ano.
Também a requalificação da antiga Junta da Vera Cruz volta a ser alvo da abertura de um novo concurso público, com um valor de 809 mil euros e um prazo de execução de 180 dias. A intervenção no imóvel, aponta a autarquia em comunicado, pretende “responder à necessidade de resolver um conjunto significativo de patologias construtivas, assegurando também a reorganização dos espaços interiores, com o objetivo de tornar o edifício mais funcional, polivalente e adaptado às exigências atuais de utilização”.
Recomendações
Família Bóia acusa Ribau Esteves de “falsas declarações” e promete sede para o SC Beira-Mar
Logo no arranque do texto, António Paulo Bóia, em representação da família, desmente frontalmente o autarca: “Não é verdade que a família Bóia pretenda fazer um prédio de seis pisos no seu terreno como afirmou! O nosso projeto (…) é ao nível de rés-do-chão mais 3.º andar (três e não seis!)”. Segundo a família, a proposta apresentada à CMA corresponde em altura ao prédio de escritórios vizinho e é até um piso mais baixo do que os conhecidos “prédios cor-de-rosa” do mesmo quarteirão. Recorda ainda que a cércea projetada está em linha com outros empreendimentos já aprovados pela autarquia, como na Rua Cais do Alboi e na Rua da Liberdade. Na reunião extraordinária da Câmara Municipal de 27 de agosto, Ribau Esteves tinha sido taxativo ao justificar a oposição à pretensão dos Bóia: “O problema da família de António Paulo Bóia não é o hotel: o problema é não construir um prédio de 6 pisos no terreno deles. (…) Vocês já estão a ver: um prédio de 6 pisos, dupla frente, com o ponto de observação da cidade, seguramente o mais privilegiado de todos. (…) Para o proprietário era fantástico. (…) Mas a nossa opção urbana é não.” As palavras do autarca são agora rebatidas pela família com documentação entregue à Ria: a memória descritiva e justificativa do projeto submetido à autarquia que comprova que o pedido de licenciamento era apenas para rés-do-chão mais três andares, afastando a versão apresentada pelo presidente da Câmara. Num dos pontos mais duros do comunicado, a família Bóia acusa Ribau Esteves de ter usado o Plano de Pormenor (PP) para atingir diretamente a família. “Este facto vem, pois, publicamente confirmar qual é o único propósito deste PP: a obsessão pessoal do presidente pela não construção no nosso terreno”, acusam, acrescentando que todo o processo foi desenhado para “secar” o valor do terreno e forçar uma negociação com o promotor do hotel ao reduzir o preço em caso de expropriação - já que o plano destina a sua parcela a jardim público. As críticas ganham ainda mais peso quando confrontadas com as declarações do próprio Ribau Esteves durante a mesma reunião. O presidente da CMA admitiu que poderia ter avançado com o licenciamento do hotel através da figura de Empreendimento de Caráter Estratégico (previsto no novo PDM de 2019), mas preferiu elaborar um Plano de Pormenor para “densificar” juridicamente o processo, assumindo que previa o conflito com outros proprietários. “Porque é que nós quisemos densificar com um Plano de Pormenor? Precisamente, porque aconteceu aquilo que era a minha previsão. Porque os proprietários (…) queriam construir e não podem construir – e negociaram com a empresa investidora e não chegaram a acordo”, disse. A família Bóia vai mais longe e acusa Ribau Esteves de privilegiar o promotor do hotel, alegando que o critério para travar o seu projeto esteve ligado ao valor das vistas. “O critério subjacente à sua real não aprovação (…) foi afinal o de cortarmos as vistas ao promotor da torre estrela do projeto de apartamentos e hotel. (…) Muito menos compreendemos – e aceitaremos! – que tal possa suceder para privilegiar outro privado em novo projeto gigante com iguais ‘vistas’!”, escreve António Paulo Bóia. O comunicado responde ainda às acusações de especulação imobiliária. “Gerar mais património legalmente não é nenhum crime, nem está errado. (…) Se o nosso pequeno projeto com 2.000 m2 construtivos cria exponencial riqueza segundo o raciocínio do presidente, então, para um projeto como o do promotor (…) com 40.000 m2, poderemos assumir que se tratará da potenciação de ganhos multimilionários a um só promotor.” Para a família Bóia, o contraste é evidente: Ribau Esteves alertou para a possibilidade de os seus apartamentos alcançarem valores na ordem dos “4 milhões de euros”, mas não demonstrou a mesma preocupação relativamente à valorização do terreno e do negócio dos investidores do hotel, aos quais o Plano de Pormenor abre a porta para erguerem um edifício de 12 andares. A terminar, a família anuncia um gesto simbólico: disponibilizar parte do edifício que pretende erguer voltado para o Rossio para acolher a futura sede administrativa e frente-loja do Sport Clube Beira-Mar. “Após ter conhecimento desta forma de ‘ataque estratégico’, decidimos efetuar novo sacrifício pessoal, como sinal do nosso especial carinho e dedicação a Aveiro”, refere o comunicado, garantindo que a direção do clube já foi informada da intenção. A reação da família Bóia surge a cerca de 24 horas da Assembleia Municipal de Aveiro, que esta terça-feira, 2 de setembro, irá reunir para a última palavra sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. É neste palco político que se decidirá o futuro do projeto, num processo que tem dividido a cidade e que promete também prolongar-se nos tribunais. A Ria apurou que os grupos parlamentares municipais estão a realizar as habituais reuniões preparatórias e que vários deputados e presidentes de Junta equacionam pedir substituição para esta sessão, procurando, de forma estratégica, evitarem uma associação a uma aprovação de um dos temas mais sensíveis da atualidade aveirense. ESCLARECIMENTO RELATIVO ÀS FALSAS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE AVEIRO A NOSSO RESPEITO Após conhecimento público daquilo que entendemos ser as gravíssimas afirmações do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, proferidas na passada reunião pública extraordinária do Executivo Municipal em 27/08/2025, referentes à aprovação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, venho, em representação da Família Bóia, efetuar publicamente um desmentido cabal sobre o teor das mesmas no que a nós nos diz respeito, bem como contextualizar o porquê dessa presumida gravidade associada às declarações proferidas. Assim, e desde já, podemos comunicar que NÃO É VERDADE que a família Bóia pretenda fazer um prédio de 6 pisos no seu terreno como afirmou! O nosso projeto - que deu entrada na Câmara - é ao nível de rés-do-chão mais 3º andar (TRÊS e NÃO SEIS!), correspondendo em altura à cércea exatamente igual ao nível do prédio de escritórios que lhe está contíguo (“empena e gaveto”) e até possui um piso abaixo da cota máxima dos prédios “cor-de-rosa” que lhe são vizinhos imediatos no quarteirão. A altura que ambicionamos corresponde, igualmente, à recentemente aprovada por este mesmo executivo, em 2 prédios muito próximos, do outro lado do canal, um na Rua Cais do Alboi e outro na Rua da Liberdade (mesmo à saída da ponte da dubadoura). (NOTA: Com esta confusão de perceção das alturas dos prédios demonstrada pelo Sr. presidente, será bom que os aveirenses devam estar atentos à autorização final do projeto de licenciamento não vá, em idêntico equívoco, aprovar uma torre estrela de 24 andares em vez dos 12…) Estas graves afirmações, cujo único objetivo previsível será o de tentar prejudicar a nossa imagem em Aveiro na defesa da nossa legítima pretensão, invocando um falso pretexto para a não aprovação de construção do nosso terreno, e assim desviar a atenção da finalidade real - como à frente explicaremos- da criação deste Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Esta apresentação pública prestada pelo presidente do Executivo num órgão deliberativo municipal como argumento de reprovação constitui, pois, uma manobra de diversão, com potenciais repercussões patrimoniais graves para a nossa família que não iremos tolerar. Ainda - e tal como afirmou nessa mesma reunião - cita-se: “nós podíamos licenciar o hotel sem plano de pormenor perfeitamente” e “aconteceu o que eu previa com um proprietário”, surgem agora as provas do que se suspeitava e alegávamos amiúde. É QUE ESTE FACTO VEM POIS PUBLICAMENTE CONFIRMAR QUAL É O ÚNICO PROPÓSITO DESTE PP: A OBSESSÃO PESSOAL DO PRESIDENTE PELA NÃO CONSTRUÇÃO NO NOSSO TERRENO. Só que, relembra-se os menos atentos, tudo isto foi efetuado às custas dos contribuintes! Pergunta-se, evidentemente, quanto não terá custado a preparação de todo este PP (dos nossos bolsos, leia-se) se não havia tal necessidade? Os aveirenses podem ter sido enganados nesta matéria… A este propósito tudo parece então indiciar que esta constatável estratégia de “secar” a nova construção à volta da “torre-estrela” com este plano, deverá ser só uma: forçar-nos a uma negociação com o promotor da torre dos apartamentos/hotel e reduzir o valor do terreno drasticamente em processo de expropriação, por passar a ter uma tipologia de terreno de jardim público por si equacionada. Mas há mais considerandos importantes a referir. O presidente afirmou que o terreno da família Bóia constitui-se um “ponto de observação da cidade, seguramente o ponto mais privilegiado de todos”, revelando inclusive que, por comparação com a luxuosa zona do Cais da Fonte Nova, os apartamentos ali a edificar eram de valorização muito superior, porque possuíam as melhores vistas da cidade e que tal não poderia ser! Sobre estas asserções, retira-se evidentemente que o critério subjacente à sua real não aprovação, e que move pessoalmente o responsável do executivo sempre é e foi, como temos vindo a referir publicamente, afinal, o de cortarmos as vistas ao promotor da torre estrela do projeto de apartamentos e hotel. Além disso, igualmente, entendemos ser muito grave que seja um presidente de Câmara a decidir per si o critério de que, se um terreno urbano - e urbanizado! -, que foi legitimamente comprado, e cujo direito de construção resultou para sempre até deliberado numa Assembleia Municipal, não possa permitir ser edificado, assumindo publicamente como a sua fundamental argumentação o facto de ter as melhores vistas da cidade! Em bom rigor, muito menos compreendemos - e aceitaremos! - que tal possa suceder, ao invés, para privilegiar outro privado em novo projeto gigante com iguais “vistas”! Podemos ainda deduzir a partir do afirmado, que sugere que a Família Bóia retiraria vantagens especulativas enormes, ganhando milhões com essa edificação. Será bom esclarecer o Sr. presidente que gerar mais património legalmente não é nenhum crime, nem está errado. Aliás, esse deve ser o desígnio económico de uma nação: criar riqueza! Além disso, construir não fica de graça e está cada vez mais caro devido aos fatores mão-de-obra e material. Mas queremos aqui relevar um ponto que sobressai deste tema e que se potencia como algo igualmente grave: ora, se o nosso pequeno projeto com 2.000 m2 construtivos cria exponencial riqueza segundo o raciocínio do presidente, então, para um projeto como o do promotor que o presidente pretende aprovar com nova construção exclusiva no quarteirão e que prevê – conforme divulgado no anúncio da Remax - uma capacidade bruta de edificação de 40.000 m2 (VINTE VEZES MAIS!) poderemos assumir que se tratará (utilizando as suas próprias palavras e cálculos aritmético-financeiros) da potenciação de ganhos multimilionários a um só promotor. E resulta, igualmente, que, dessa alegada especulação patrimonial e vantagem adquirida, o Sr. presidente tem, inclusive, perfeito conhecimento económico-financeiro da mesma e mesmo assim a quer patrocinar urbanisticamente. Além do mais, ressalva-se aos mais curiosos interessados que, até ao momento, não são conhecidas quaisquer contrapartidas públicas para Aveiro por parte do promotor. Na verdade, nem sequer cedências públicas do seu terreno… Sobre este assunto, aproveitamos para referir novamente, que estes novos indícios de alegados crimes de abuso de poder e prevaricação, serão adicionados rapidamente à nossa iminente ação judicial criminal, com vista ao cabal apuramento dos factos envolvendo, naturalmente, tudo e todos que ao nível do município participaram e vierem a colaborar deste estranho processo urbanístico. PROVA DE AVEIRISMO E HUMILDADE DOS BÓIAS Após ter conhecimento desta forma de “ataque estratégico”, perpetrado pelo responsável do executivo, aos valores sócio-economicos sempre defendidos pela Família Bóia, decidiu esta, uma vez mais efetuar novo sacrifício pessoal, como sinal do nosso especial carinho e dedicação a Aveiro, e para que não restem dúvidas da nossa postura comunitária, oferecendo um espaço na edificação prevista sobre o nosso terreno voltado para o rossio, para que ali possa surgir a FUTURA SEDE ADMINISTRATIVA E ÁREA DE FRENTE-LOJA DO SPORT CLUBE BEIRA-MAR . Esta nossa resolução corresponde ao desejo do nosso pai (Eng. Manuel Bóia) de que naquele edifício pudessem um dia ficar algumas instituições importantes de Aveiro (principalmente a residência do governador civil, cargo infelizmente extinto e portanto agora prejudicada). A direção do SPORT CLUBE BEIRA-MAR já foi, entretanto, informada desta nossa pretensão, sendo recetiva à mesma. António Paulo Bóia
Teatro Aveirense fecha 2025 com Bumba na Fofinha, António Fagundes e Noiserv
Em outubro, o destaque vai para “Sombra”, solo de stand-up de Bumba na Fofinha, que regressa a Aveiro a 2 de outubro para duas sessões. Logo depois, entre 8 e 11, a cidade volta a ser palco do PRISMA / Art Light Tech, festival de arte e tecnologia inserido na Aveiro Tech Week, que chega à 7.ª edição com o tema “A Forma das Coisas”. O mês inclui ainda concertos de Bombazine (dia 16) e Carlos Fino com a Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro (dia 17), a estreia de mais um espetáculo comunitário do Cantar-o-Lar (dia 26), uma nova edição do Festival Novos Bardos (27 a 31) e termina com “O Meu Super Herói”, de Elmano Sancho (dia 31). O mês de novembro arranca com a ópera “Adilson”, de Dino D’Santiago (dia 7), coproduzida pelo Teatro Aveirense. Segue-se a estreia de “Gosto, Logo Existo”, projeto que junta a Orquestra das Beiras e o LP Studio (dia 15). A comédia brasileira “Dois de Nós”, com António Fagundes, Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins, sobe ao palco de 20 a 23. O encerramento dos Festivais de Outono’25 acontece a 28, e Noiserv atua no dia seguinte. Em dezembro, a programação abre com o Trio Catch, formação alemã que se apresenta pela primeira vez em Portugal. A estreia de “Precópio”, da Red Cloud Teatro de Marionetas, ocupa o palco de 5 a 7. A música mantém-se em evidência com um concerto solidário que junta a Banda do Exército - destacamento do Porto e a Banda Sinfónica do Conservatório de Música de Aveiro (dia 6), o projeto Girls 96 (dia 11) e o regresso dos Danças Ocultas com o seu 10.º álbum (dia 12). O mês inclui ainda a estreia nacional de “A Caminho da Escola”, da companhia Campi Qui Pugui (dia 14), e encerra com o tradicional Concerto Coral - Cantar o Natal, no dia 21, da Escola Artística do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, o Teatro Aveirense ultrapassou no primeiro semestre de 2025 os números do ano anterior, quando Aveiro foi Capital Portuguesa da Cultura. Citado na nota, para José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro ,este resultado “é reflexo de uma estratégia cultural consistente, assente numa programação qualificada, na requalificação do edifício e na valorização dos recursos técnicos e humanos”. Já José Pina, diretor do teatro, sublinhou “o aumento sustentado da adesão do público e a capacidade de o teatro afirmar-se nacional e internacionalmente, com uma programação atual, desafiante e transversal, enraizada na comunidade local”. No reforço da infraestrutura técnica, o Município anunciou a aquisição de novos projetores, num investimento de “41 mil euros”, elevando para “660 mil euros” o total aplicado desde 2020 em equipamentos. Este investimento, garante a autarquia, tem sido fundamental para atrair estreias e produções de grande escala. Entre as novidades do trimestre destaca-se ainda a publicação dedicada à terceira edição do Laboratório de Dramaturgia, iniciativa do Centro de Documentação do Teatro Aveirense, criado em 2021 para valorizar o espólio histórico e registar a atividade atual.
Fábrica Centro Ciência Viva recebe jovens de seis países para debater alterações climáticas
Ao longo dos cinco dias do “Campus Internacional Climántica – eCO2rivers”, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, os jovens entre os 13 e os 18 anos terão a oportunidade de participar em workshops de dança, canto, improvisação teatral e musical, artes plásticas, fotografia, edição de vídeo, DJ, holografia e robótica. O programa, assente numa abordagem STEAM, procura desenvolver produtos de comunicação de ciência através da arte, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a emergência climática. O evento conta ainda com a participação de 12 investigadores e 38 divulgadores de ciência da Universidade de Aveiro e de instituições espanholas. A organização é partilhada entre a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o projeto Climántica. Segundo explica a nota, com base no conhecimento adquirido no campus, os alunos estão a trabalhar em equipas para desenvolver dois tipos de projetos: um teatro musical e várias curtas-metragens de sensibilização ambiental sobre as alterações climáticas. Está ainda a decorrer um programa de capacitação de professores do 3º ciclo do ensino básico e secundário, que inclui palestras com investigadores e workshops. O evento final de encerramento está marcado para o dia 3 de setembro, das 11h30 às 13h00, no auditório do Centro de Congressos de Aveiro. Na ocasião serão apresentadas as curtas-metragens produzidas pelos alunos, bem como o teatro musical. A iniciativa contará com a presença de Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, de Rogério Carlos, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, de Francisco Soñora-Luna, da Universidade de Santiago de Compostela e coordenador do projeto Climántica e de Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A edição deste ano do Campus Internacional Climántica surge no âmbito do projeto europeu eCO2rivers, focado no impacto das alterações climáticas nos rios e zonas húmidas da Península Ibérica, e que tem como propósito criar um documentário e materiais educativos que promovam o cuidado com estes ecossistemas. A Universidade de Aveiro, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, integra o consórcio responsável, juntamente com o IES Virxe do Mar e o IES Lope de Veja (Espanha) e a Associação Diogo de Azambuja (Portugal).
Aveiro: IL sugere seguro municipal para reduzir tempos de espera na saúde
De acordo com o partido, mais de um milhão de portugueses não têm médico de família e, só na região do Baixo Vouga, em 2023, “mais de 40 mil cidadãos ficaram sem acompanhamento clínico”. “Em Aveiro, esta realidade repete-se, com muitas famílias e idosos a esperarem meses por uma consulta ou, simplesmente, a desistirem de procurar ajuda”, realça. Enquanto as obras no Hospital Infante D. Pedro continuam sem avançar, a IL defende que a autarquia deve procurar “soluções paralelas”. Entre elas, o apoio à instalação de novas unidades privadas de saúde, a celebração de protocolos com hospitais privados e IPSS e a criação de um seguro municipal. Recorde-se que tal como noticiado pela Ria, na última reunião camarária, José Ribau Esteves, presidente do Município de Aveiro, avançou que a adjudicação do projeto de ampliação do Hospital foi reclamada pela empresa que ficou em segundo lugar. Com este novo atraso, o calendário inicialmente previsto poderá ficar novamente comprometido. Segundo a proposta, o Seguro de Saúde Municipal permitiria aos cidadãos recorrer a consultas, exames e tratamentos em clínicas locais, reduzindo tempos de espera. A medida teria também uma cobertura reforçada para os idosos. Numa nota final, a IL Aveiro sublinha ainda que “como partido responsável” não propõe esta medida de “forma demagógica e populista”. Através da consulta de informação sobre outros concelhos, a IL estima um custo anual de cerca de “3,8 milhões de euros” -equivalente a cinco euros por mês por habitante - acrescido de menos de dois milhões de euros para reforçar a proteção dos cerca de “17 mil idosos com mais de 65 anos”. O valor total, segundo o partido, representaria “menos de 4% do orçamento da autarquia em 2025 e que devolve dignidade, liberdade e acesso efetivo à saúde”.
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Família Bóia acusa Ribau Esteves de “falsas declarações” e promete sede para o SC Beira-Mar
Logo no arranque do texto, António Paulo Bóia, em representação da família, desmente frontalmente o autarca: “Não é verdade que a família Bóia pretenda fazer um prédio de seis pisos no seu terreno como afirmou! O nosso projeto (…) é ao nível de rés-do-chão mais 3.º andar (três e não seis!)”. Segundo a família, a proposta apresentada à CMA corresponde em altura ao prédio de escritórios vizinho e é até um piso mais baixo do que os conhecidos “prédios cor-de-rosa” do mesmo quarteirão. Recorda ainda que a cércea projetada está em linha com outros empreendimentos já aprovados pela autarquia, como na Rua Cais do Alboi e na Rua da Liberdade. Na reunião extraordinária da Câmara Municipal de 27 de agosto, Ribau Esteves tinha sido taxativo ao justificar a oposição à pretensão dos Bóia: “O problema da família de António Paulo Bóia não é o hotel: o problema é não construir um prédio de 6 pisos no terreno deles. (…) Vocês já estão a ver: um prédio de 6 pisos, dupla frente, com o ponto de observação da cidade, seguramente o mais privilegiado de todos. (…) Para o proprietário era fantástico. (…) Mas a nossa opção urbana é não.” As palavras do autarca são agora rebatidas pela família com documentação entregue à Ria: a memória descritiva e justificativa do projeto submetido à autarquia que comprova que o pedido de licenciamento era apenas para rés-do-chão mais três andares, afastando a versão apresentada pelo presidente da Câmara. 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O presidente da CMA admitiu que poderia ter avançado com o licenciamento do hotel através da figura de Empreendimento de Caráter Estratégico (previsto no novo PDM de 2019), mas preferiu elaborar um Plano de Pormenor para “densificar” juridicamente o processo, assumindo que previa o conflito com outros proprietários. “Porque é que nós quisemos densificar com um Plano de Pormenor? Precisamente, porque aconteceu aquilo que era a minha previsão. Porque os proprietários (…) queriam construir e não podem construir – e negociaram com a empresa investidora e não chegaram a acordo”, disse. A família Bóia vai mais longe e acusa Ribau Esteves de privilegiar o promotor do hotel, alegando que o critério para travar o seu projeto esteve ligado ao valor das vistas. “O critério subjacente à sua real não aprovação (…) foi afinal o de cortarmos as vistas ao promotor da torre estrela do projeto de apartamentos e hotel. (…) Muito menos compreendemos – e aceitaremos! – que tal possa suceder para privilegiar outro privado em novo projeto gigante com iguais ‘vistas’!”, escreve António Paulo Bóia. O comunicado responde ainda às acusações de especulação imobiliária. “Gerar mais património legalmente não é nenhum crime, nem está errado. (…) Se o nosso pequeno projeto com 2.000 m2 construtivos cria exponencial riqueza segundo o raciocínio do presidente, então, para um projeto como o do promotor (…) com 40.000 m2, poderemos assumir que se tratará da potenciação de ganhos multimilionários a um só promotor.” Para a família Bóia, o contraste é evidente: Ribau Esteves alertou para a possibilidade de os seus apartamentos alcançarem valores na ordem dos “4 milhões de euros”, mas não demonstrou a mesma preocupação relativamente à valorização do terreno e do negócio dos investidores do hotel, aos quais o Plano de Pormenor abre a porta para erguerem um edifício de 12 andares. A terminar, a família anuncia um gesto simbólico: disponibilizar parte do edifício que pretende erguer voltado para o Rossio para acolher a futura sede administrativa e frente-loja do Sport Clube Beira-Mar. “Após ter conhecimento desta forma de ‘ataque estratégico’, decidimos efetuar novo sacrifício pessoal, como sinal do nosso especial carinho e dedicação a Aveiro”, refere o comunicado, garantindo que a direção do clube já foi informada da intenção. A reação da família Bóia surge a cerca de 24 horas da Assembleia Municipal de Aveiro, que esta terça-feira, 2 de setembro, irá reunir para a última palavra sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. É neste palco político que se decidirá o futuro do projeto, num processo que tem dividido a cidade e que promete também prolongar-se nos tribunais. A Ria apurou que os grupos parlamentares municipais estão a realizar as habituais reuniões preparatórias e que vários deputados e presidentes de Junta equacionam pedir substituição para esta sessão, procurando, de forma estratégica, evitarem uma associação a uma aprovação de um dos temas mais sensíveis da atualidade aveirense. ESCLARECIMENTO RELATIVO ÀS FALSAS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE AVEIRO A NOSSO RESPEITO Após conhecimento público daquilo que entendemos ser as gravíssimas afirmações do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, proferidas na passada reunião pública extraordinária do Executivo Municipal em 27/08/2025, referentes à aprovação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, venho, em representação da Família Bóia, efetuar publicamente um desmentido cabal sobre o teor das mesmas no que a nós nos diz respeito, bem como contextualizar o porquê dessa presumida gravidade associada às declarações proferidas. Assim, e desde já, podemos comunicar que NÃO É VERDADE que a família Bóia pretenda fazer um prédio de 6 pisos no seu terreno como afirmou! O nosso projeto - que deu entrada na Câmara - é ao nível de rés-do-chão mais 3º andar (TRÊS e NÃO SEIS!), correspondendo em altura à cércea exatamente igual ao nível do prédio de escritórios que lhe está contíguo (“empena e gaveto”) e até possui um piso abaixo da cota máxima dos prédios “cor-de-rosa” que lhe são vizinhos imediatos no quarteirão. A altura que ambicionamos corresponde, igualmente, à recentemente aprovada por este mesmo executivo, em 2 prédios muito próximos, do outro lado do canal, um na Rua Cais do Alboi e outro na Rua da Liberdade (mesmo à saída da ponte da dubadoura). (NOTA: Com esta confusão de perceção das alturas dos prédios demonstrada pelo Sr. presidente, será bom que os aveirenses devam estar atentos à autorização final do projeto de licenciamento não vá, em idêntico equívoco, aprovar uma torre estrela de 24 andares em vez dos 12…) Estas graves afirmações, cujo único objetivo previsível será o de tentar prejudicar a nossa imagem em Aveiro na defesa da nossa legítima pretensão, invocando um falso pretexto para a não aprovação de construção do nosso terreno, e assim desviar a atenção da finalidade real - como à frente explicaremos- da criação deste Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Esta apresentação pública prestada pelo presidente do Executivo num órgão deliberativo municipal como argumento de reprovação constitui, pois, uma manobra de diversão, com potenciais repercussões patrimoniais graves para a nossa família que não iremos tolerar. Ainda - e tal como afirmou nessa mesma reunião - cita-se: “nós podíamos licenciar o hotel sem plano de pormenor perfeitamente” e “aconteceu o que eu previa com um proprietário”, surgem agora as provas do que se suspeitava e alegávamos amiúde. É QUE ESTE FACTO VEM POIS PUBLICAMENTE CONFIRMAR QUAL É O ÚNICO PROPÓSITO DESTE PP: A OBSESSÃO PESSOAL DO PRESIDENTE PELA NÃO CONSTRUÇÃO NO NOSSO TERRENO. Só que, relembra-se os menos atentos, tudo isto foi efetuado às custas dos contribuintes! Pergunta-se, evidentemente, quanto não terá custado a preparação de todo este PP (dos nossos bolsos, leia-se) se não havia tal necessidade? Os aveirenses podem ter sido enganados nesta matéria… A este propósito tudo parece então indiciar que esta constatável estratégia de “secar” a nova construção à volta da “torre-estrela” com este plano, deverá ser só uma: forçar-nos a uma negociação com o promotor da torre dos apartamentos/hotel e reduzir o valor do terreno drasticamente em processo de expropriação, por passar a ter uma tipologia de terreno de jardim público por si equacionada. Mas há mais considerandos importantes a referir. O presidente afirmou que o terreno da família Bóia constitui-se um “ponto de observação da cidade, seguramente o ponto mais privilegiado de todos”, revelando inclusive que, por comparação com a luxuosa zona do Cais da Fonte Nova, os apartamentos ali a edificar eram de valorização muito superior, porque possuíam as melhores vistas da cidade e que tal não poderia ser! Sobre estas asserções, retira-se evidentemente que o critério subjacente à sua real não aprovação, e que move pessoalmente o responsável do executivo sempre é e foi, como temos vindo a referir publicamente, afinal, o de cortarmos as vistas ao promotor da torre estrela do projeto de apartamentos e hotel. Além disso, igualmente, entendemos ser muito grave que seja um presidente de Câmara a decidir per si o critério de que, se um terreno urbano - e urbanizado! -, que foi legitimamente comprado, e cujo direito de construção resultou para sempre até deliberado numa Assembleia Municipal, não possa permitir ser edificado, assumindo publicamente como a sua fundamental argumentação o facto de ter as melhores vistas da cidade! Em bom rigor, muito menos compreendemos - e aceitaremos! - que tal possa suceder, ao invés, para privilegiar outro privado em novo projeto gigante com iguais “vistas”! Podemos ainda deduzir a partir do afirmado, que sugere que a Família Bóia retiraria vantagens especulativas enormes, ganhando milhões com essa edificação. Será bom esclarecer o Sr. presidente que gerar mais património legalmente não é nenhum crime, nem está errado. Aliás, esse deve ser o desígnio económico de uma nação: criar riqueza! Além disso, construir não fica de graça e está cada vez mais caro devido aos fatores mão-de-obra e material. Mas queremos aqui relevar um ponto que sobressai deste tema e que se potencia como algo igualmente grave: ora, se o nosso pequeno projeto com 2.000 m2 construtivos cria exponencial riqueza segundo o raciocínio do presidente, então, para um projeto como o do promotor que o presidente pretende aprovar com nova construção exclusiva no quarteirão e que prevê – conforme divulgado no anúncio da Remax - uma capacidade bruta de edificação de 40.000 m2 (VINTE VEZES MAIS!) poderemos assumir que se tratará (utilizando as suas próprias palavras e cálculos aritmético-financeiros) da potenciação de ganhos multimilionários a um só promotor. E resulta, igualmente, que, dessa alegada especulação patrimonial e vantagem adquirida, o Sr. presidente tem, inclusive, perfeito conhecimento económico-financeiro da mesma e mesmo assim a quer patrocinar urbanisticamente. Além do mais, ressalva-se aos mais curiosos interessados que, até ao momento, não são conhecidas quaisquer contrapartidas públicas para Aveiro por parte do promotor. Na verdade, nem sequer cedências públicas do seu terreno… Sobre este assunto, aproveitamos para referir novamente, que estes novos indícios de alegados crimes de abuso de poder e prevaricação, serão adicionados rapidamente à nossa iminente ação judicial criminal, com vista ao cabal apuramento dos factos envolvendo, naturalmente, tudo e todos que ao nível do município participaram e vierem a colaborar deste estranho processo urbanístico. PROVA DE AVEIRISMO E HUMILDADE DOS BÓIAS Após ter conhecimento desta forma de “ataque estratégico”, perpetrado pelo responsável do executivo, aos valores sócio-economicos sempre defendidos pela Família Bóia, decidiu esta, uma vez mais efetuar novo sacrifício pessoal, como sinal do nosso especial carinho e dedicação a Aveiro, e para que não restem dúvidas da nossa postura comunitária, oferecendo um espaço na edificação prevista sobre o nosso terreno voltado para o rossio, para que ali possa surgir a FUTURA SEDE ADMINISTRATIVA E ÁREA DE FRENTE-LOJA DO SPORT CLUBE BEIRA-MAR . Esta nossa resolução corresponde ao desejo do nosso pai (Eng. Manuel Bóia) de que naquele edifício pudessem um dia ficar algumas instituições importantes de Aveiro (principalmente a residência do governador civil, cargo infelizmente extinto e portanto agora prejudicada). A direção do SPORT CLUBE BEIRA-MAR já foi, entretanto, informada desta nossa pretensão, sendo recetiva à mesma. António Paulo Bóia
Biblioteca de Ílhavo com mais de 257 mil empréstimos em duas décadas
“Ao longo de 20 anos, a Rede de Bibliotecas de Ílhavo integrou mais de 195 mil exemplares no seu catálogo, registando quase 18 mil leitores inscritos e mais de 257 mil empréstimos”, refere uma nota municipal. Para celebrar “duas décadas de promoção da leitura e da cultura” foi elaborado um programa que começa na quarta-feira e vai até ao dia 27, com uma exposição de ilustração de Pedro Costa, edições especiais da Bebeteca e um Baile Literário. Encontros com autores, ‘workshops’, horas do conto e espetáculos, entre outras atividades, preenchem a programação, que inclui um concerto de Luísa Sobral, no dia 13, às 21:30, na Casa da Cultura de Ílhavo, onde apresentará o seu novo disco, “DanSando”. Os utilizadores da biblioteca têm 20% de desconto nos bilhetes e antes do espetáculo, às 16:00, a artista estará na Biblioteca a apresentar o seu livro.
Teatro Aveirense fecha 2025 com Bumba na Fofinha, António Fagundes e Noiserv
Em outubro, o destaque vai para “Sombra”, solo de stand-up de Bumba na Fofinha, que regressa a Aveiro a 2 de outubro para duas sessões. Logo depois, entre 8 e 11, a cidade volta a ser palco do PRISMA / Art Light Tech, festival de arte e tecnologia inserido na Aveiro Tech Week, que chega à 7.ª edição com o tema “A Forma das Coisas”. O mês inclui ainda concertos de Bombazine (dia 16) e Carlos Fino com a Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro (dia 17), a estreia de mais um espetáculo comunitário do Cantar-o-Lar (dia 26), uma nova edição do Festival Novos Bardos (27 a 31) e termina com “O Meu Super Herói”, de Elmano Sancho (dia 31). O mês de novembro arranca com a ópera “Adilson”, de Dino D’Santiago (dia 7), coproduzida pelo Teatro Aveirense. Segue-se a estreia de “Gosto, Logo Existo”, projeto que junta a Orquestra das Beiras e o LP Studio (dia 15). A comédia brasileira “Dois de Nós”, com António Fagundes, Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins, sobe ao palco de 20 a 23. O encerramento dos Festivais de Outono’25 acontece a 28, e Noiserv atua no dia seguinte. Em dezembro, a programação abre com o Trio Catch, formação alemã que se apresenta pela primeira vez em Portugal. A estreia de “Precópio”, da Red Cloud Teatro de Marionetas, ocupa o palco de 5 a 7. A música mantém-se em evidência com um concerto solidário que junta a Banda do Exército - destacamento do Porto e a Banda Sinfónica do Conservatório de Música de Aveiro (dia 6), o projeto Girls 96 (dia 11) e o regresso dos Danças Ocultas com o seu 10.º álbum (dia 12). O mês inclui ainda a estreia nacional de “A Caminho da Escola”, da companhia Campi Qui Pugui (dia 14), e encerra com o tradicional Concerto Coral - Cantar o Natal, no dia 21, da Escola Artística do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, o Teatro Aveirense ultrapassou no primeiro semestre de 2025 os números do ano anterior, quando Aveiro foi Capital Portuguesa da Cultura. Citado na nota, para José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro ,este resultado “é reflexo de uma estratégia cultural consistente, assente numa programação qualificada, na requalificação do edifício e na valorização dos recursos técnicos e humanos”. Já José Pina, diretor do teatro, sublinhou “o aumento sustentado da adesão do público e a capacidade de o teatro afirmar-se nacional e internacionalmente, com uma programação atual, desafiante e transversal, enraizada na comunidade local”. No reforço da infraestrutura técnica, o Município anunciou a aquisição de novos projetores, num investimento de “41 mil euros”, elevando para “660 mil euros” o total aplicado desde 2020 em equipamentos. Este investimento, garante a autarquia, tem sido fundamental para atrair estreias e produções de grande escala. Entre as novidades do trimestre destaca-se ainda a publicação dedicada à terceira edição do Laboratório de Dramaturgia, iniciativa do Centro de Documentação do Teatro Aveirense, criado em 2021 para valorizar o espólio histórico e registar a atividade atual.
Fábrica Centro Ciência Viva recebe jovens de seis países para debater alterações climáticas
Ao longo dos cinco dias do “Campus Internacional Climántica – eCO2rivers”, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, os jovens entre os 13 e os 18 anos terão a oportunidade de participar em workshops de dança, canto, improvisação teatral e musical, artes plásticas, fotografia, edição de vídeo, DJ, holografia e robótica. O programa, assente numa abordagem STEAM, procura desenvolver produtos de comunicação de ciência através da arte, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a emergência climática. O evento conta ainda com a participação de 12 investigadores e 38 divulgadores de ciência da Universidade de Aveiro e de instituições espanholas. A organização é partilhada entre a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o projeto Climántica. Segundo explica a nota, com base no conhecimento adquirido no campus, os alunos estão a trabalhar em equipas para desenvolver dois tipos de projetos: um teatro musical e várias curtas-metragens de sensibilização ambiental sobre as alterações climáticas. Está ainda a decorrer um programa de capacitação de professores do 3º ciclo do ensino básico e secundário, que inclui palestras com investigadores e workshops. O evento final de encerramento está marcado para o dia 3 de setembro, das 11h30 às 13h00, no auditório do Centro de Congressos de Aveiro. Na ocasião serão apresentadas as curtas-metragens produzidas pelos alunos, bem como o teatro musical. A iniciativa contará com a presença de Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, de Rogério Carlos, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, de Francisco Soñora-Luna, da Universidade de Santiago de Compostela e coordenador do projeto Climántica e de Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A edição deste ano do Campus Internacional Climántica surge no âmbito do projeto europeu eCO2rivers, focado no impacto das alterações climáticas nos rios e zonas húmidas da Península Ibérica, e que tem como propósito criar um documentário e materiais educativos que promovam o cuidado com estes ecossistemas. A Universidade de Aveiro, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, integra o consórcio responsável, juntamente com o IES Virxe do Mar e o IES Lope de Veja (Espanha) e a Associação Diogo de Azambuja (Portugal).