Artistas portugueses juntam-se a campanha internacional por mais proteção de direitos face à IA
Vários artistas portugueses, entre os quais Diogo Piçarra, Dino D’Santiago e a dupla Calema, juntaram-se a uma campanha internacional que apela a uma maior proteção dos direitos dos criadores “face ao rápido avanço da Inteligência Artificial”.
Redação
De acordo com a Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos (Audiogest), num comunicado hoje divulgado, ao todo são 17 os artistas portugueses que “dão voz ao apelo internacional para uma maior proteção dos direitos dos criadores face ao rápido avanço da Inteligência Artificial (IA), numa iniciativa promovida pela Audiogest, que assim se associa à campanha ‘Stay True To The Act’”.
Com esta campanha, iniciada pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), pretende-se “sensibilizar os decisores políticos europeus para a urgência de garantir que os sistemas de IA respeitam as regras de propriedade intelectual, promovendo um futuro onde a criatividade humana e a inovação tecnológica possam crescer lado a lado”.
A lista de artistas portugueses que se associaram à campanha, através de pequenos vídeos, inclui, além de Diogo Piçarra, Dino D’Santiago e a dupla Calema, Fernando Ribeiro (dos Moonspell), Pedro Abrunhosa, João Cabrita, Miguel Ângelo (Delfins), Tomás Wallenstein (Capitão Fausto), João Gil, Diogo Zambujo, (Joana) Dela Marmy, Carlos Leitão, João Couto, Afonso Dubraz, Domingos Guerreiro (Puro Rock), Mastiksoul e Satiro.
Segundo a Audiogest, “a campanha continua aberta a todos os artistas que queiram juntar a sua voz a esta causa”.
A campanha “Stay True To The Act” tem como objetivo principal “a proteção dos direitos de autor e a inovação, preconizando que, para que a criação artística continue a florescer, os criadores devem manter o controlo sobre a forma como as suas obras são utilizadas e ser devidamente remunerados por esse uso”.
Os participantes na campanha defendem que os sistemas de IA que utilizem obras criativas “devem ser transparentes e respeitar as regras de direitos de autor em vigor” e “requerer o consentimento explícito dos seus autores, uma vez que a criatividade não pode ser extraída sem autorização e uma perspetiva de crescimento conjunto”.
Além disso, defendem que a União Europeia “deve garantir um ecossistema onde a inovação tecnológica e o mercado criativo possam prosperar em equilíbrio”.
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Mais de 43 mil alunos colocados no Ensino Superior e a maioria ficou onde queria
Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil, e as previsões de haver menos alunos a entrar no ensino superior confirmaram-se: Na 1.º fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados 43.899 estudantes, o que corresponde a uma diminuição de 12,1% em relação ao ano passado. Por outro lado, aumentou a percentagem de candidatos que conseguiu uma vaga, atingindo-se o valor mais alto de sempre de 90,1% de colocados, mais quatro pontos percentuais do que em 2024. A maioria (63,1%) conseguiu ficar colocada na sua primeira opção e 90,9% numa das suas três primeiras opções de candidatura, sendo também estes os valores mais elevados dos últimos anos. Para o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), este aumento percentual revela “um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”. Os cursos de Engenharia Aeroespacial, Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão e Bioengenharia voltam a ser aqueles em que é mais difícil um lugar, já que os últimos colocados tiveram uma média mínima de 18 ou mais valores. Os números mostram que este ano havia mais 626 vagas e menos nove mil candidatos. Resultado: Sobraram 11.513 vagas, o valor mais elevado da última década. Os dados mostram ainda que aumentaram em 20,3% os estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica, havendo agora 1.199 novos alunos que ocuparam todas as vagas disponibilizadas na 1.º fase. “Nos últimos três anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 64,9%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, sublinha o MECI em comunicado enviado para as redações. Nos cursos de medicina, que voltam a estar entre os cursos com as médias de acesso mais elevadas, ficaram colocados 1.647 estudantes. Olhando para os cursos mais competitivos, ou seja, aqueles em que há mais candidatos em 1.ª opção com notas iguais ou superiores a 17 valores, entraram 4.524 novos estudantes, o que representa um aumento de 10% face ao ano passado. Por outro lado, diminuíram os colocados em cursos nas áreas de competências digitais: Há 6.447 caloiros, menos 16,7% que no ano anterior. Os alunos colocados na 1.ª fase têm agora quatro dias, entre segunda e quinta-feira, para se inscreverem. Sendo que poderão voltar a candidatar-se à 2.º fase, cujas candidaturas também começam na segunda-feira. Além das 11.513 vagas que agora sobraram, na 2.º fase surgem novos lugares deixados por alunos que não concretizaram a matrícula e inscrição. Estas novas vagas dependentes de alunos que desistam do lugar serão divulgadas apenas a 2 de setembro no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior, sendo ainda possível nessa altura alterar uma candidatura já feita. As candidaturas para a 2.º fase terminam a 03 de setembro e os resultados serão divulgados a 14 de setembro. Podem concorrer à 2.ª fase os que não ficaram agora colocados e os que tendo conseguido um lugar pretendem mudar de curso. No entanto, “se estes estudantes forem colocados na 2.ª fase, a colocação na 1.ª fase, bem como a matrícula e inscrição que realizaram, são anuladas”, recorda a tutela. Os candidatos colocados na 1.ª fase que não procederam à respetiva matrícula e inscrição também podem voltar a inscrever-se na 2.º fase, segundo as regras.
Ribau Esteves defende “reforma profundíssima” no combate aos incêndios
Ribau Esteves advoga que o país precisa de uma reforma “profundíssima e séria” para acabar com a “doença crónica” que é a “performance absolutamente absurda, negativíssima, dos incêndios”. Para ter um combate de qualidade, o autarca, que também é vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), defende que a aposta nos meios aéreos é fundamental. O objetivo é conseguir uma reação rápida às ignições que são mais facilmente controladas se detetadas ao início. “Se demorar um dia, dois, três ou 10 dias a mobilizar meios aéreos, por exemplo, pois com certeza que a única coisa que eu vou ter no incêndio é o seu crescimento, até porque sabemos bem que os meios terrestres não têm capacidade operacional em certas tipologias de espaço geofísico”, considera Ribau Esteves. Nesse sentido, o presidente assinala também a reformulação do sistema de combate de terra. No entender do autarca, muitas corporações de bombeiros estão limitadas do ponto de vista dos recursos humanos. Outra preocupação do presidente da Câmara Municipal de Aveiro prende-se com a falta de poder de comando dos autarcas. Como responsáveis pela Proteção Civil Municipal, os presidentes “têm que comandar”, entende Ribau Esteves. Para isso, defende que tem de existir uma reformulação de toda a rede que existe atualmente. Os autarcas têm também um importante papel na pressão sobre os proprietários para limparem os terrenos, defende Ribau Esteves. No entanto, “não vale a pena ter ilusões” de cumprir totalmente, uma vez que não há meios disponíveis. O presidente diz ter apresentado uma proposta de plano de ação ao anterior governo de Luís Montenegro, mas que não recebeu qualquer resposta. A meta seria ter a “capacidade de usar a posse administrativa de parcelas de minifúndio onde os proprietários não fazem o seu trabalho, têm uma expectativa de venda com valores muito altos, e isso obviamente provoca um risco de incêndio” Ribau Esteves defende que a prioridade deve ser sempre dada à prevenção. Assim, defende que deve ser reforçada a ação punitiva dos incendiários, obrigando-os a “cuidar da floresta para que ela seja mais resiliente ao fogo”. Este tipo de moldura penal, associada à limitação da liberdade, é “fundamental” para dissuadir os cidadãos do crime de fogo posto, acredita. Uma nova Lei das Finanças Locais é outra das reivindicações do autarca. A ideia seria recompensar município como o Sabugal para que consigam “capacitar-se para proteger, por exemplo, a sua capacidade de fixação de carbono, que tem em muito maior condição do que têm os municípios mais urbanos do litoral do país”.
Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP entra em vigor com 1.200 polícias
Com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2023, algumas competências desta força de segurança passaram para a esfera da PSP e, agora, as operações de afastamento, readmissão e retorno de pessoas em situação irregular, que tinham sido atribuídas à Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), ficam a cargo da PSP. O objetivo, explicou a PSP em comunicado, é que, “a médio prazo”, a UNEF funcione com cerca de 2 mil pessoas, incluindo “polícias, técnicos especializados, prestadores de serviços e voluntários da sociedade civil e de organizações não governamentais”. Esta necessidade de aumento de trabalhadores é resultado, não só das novas competências agora atribuídas, mas também da implementação do novo sistema de entradas e saídas que vai funcionar a partir de 12 de outubro de 2025 e da implementação do Pacto Europeu para as Migrações e Asilo a partir do próximo ano. Além das operações de afastamento e de retorno, que eram da competência da AIMA, a vigilância, fiscalização e controlo de fronteiras aéreas, que eram já competência da PSP, ficam também concentradas na nova unidade, que ficará sob a liderança do diretor nacional desta polícia. A UNEF vai também passar a abrir processos de contraordenação no âmbito do regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional. O objetivo é que as atuais divisões de segurança aeroportuárias e controlo fronteiriço da PSP, criadas na sequência da extinção do SEF e situadas nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Açores e Madeira, sejam integradas na UNEF. No entanto, a transferência das divisões para a UNEF será um processo “gradual e faseado" de modo a garantir "articulação com as unidades da PSP existentes”, explicou a PSP. À Lusa, o dirigente sindical da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Santos, alertou para o problema que se arrasta nesta polícia relacionado com a falta de efetivo e admitiu reservas em relação a esta nova unidade, apontando “mais sobrecarga para os polícias”. Esta nova unidade resultou de uma proposta do Governo, cujo projeto teve algumas alterações pedidas pelo Chega, que ainda tentou mudar o nome da unidade, mas sem sucesso. A proposta do Governo foi aprovada na Assembleia da República, em julho, com os votos a favor do PSD, Chega, IL e CDS, a abstenção do PS e JPP e votos contra dos restantes partidos de esquerda.
Setor pirotécnico critica proibições em cidades e zonas costeiras
Numa nota enviada à agência Lusa, a Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE), que já tinha alertado para os avultados prejuízos que as empresas do setor estão a ter este ano devido aos fortes incêndios, considera que os alertas emitidos pelo executivo devem excluir os contextos urbanos e costeiros, para dar algum fôlego financeiro à atividade. “O setor está solidário com o país neste momento de tragédia e reafirma que a segurança é prioridade absoluta, mas não aceita ser visto como responsável por um problema que não tem origem na pirotecnia. Recorde-se que, por lei, não há espetáculos em áreas florestais há quase 20 anos”, lembra a ANEPE. Para a associação, esta decisão do Governo, que vigora desde 02 de agosto, “tem efeitos devastadores”, já que “o verão representa mais de metade do volume de negócios e estão em causa cerca de 15.000 postos de trabalho diretos e indiretos”. Entre as medidas possíveis, a ANEPE defende “decisões baseadas em critérios técnicos claros”, como os mapas de perigo de incêndio do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a avaliação concreta de cada local. “É fundamental distinguir zonas florestais de contextos urbanos e costeiros”, salienta, recordando que “os espetáculos já obedecem a planos de segurança rigorosos, validados por bombeiros, forças de segurança e autarquias”. A ANEPE lamenta ainda que o Governo não tenha demonstrado disponibilidade para ouvir o setor. “Muitas empresas e profissionais vivem hoje em suspenso, sem informação clara e a conhecer as decisões apenas pelos meios de comunicação social”, dizem. A ANEPE apela ao Governo para que “abra de imediato canais de diálogo com o setor, de forma a encontrar soluções equilibradas que protejam simultaneamente as florestas e os milhares de postos de trabalho que dependem desta atividade”. Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal. Segundo dados oficiais provisórios, até hoje, 20 de agosto, arderam mais de 222 mil hectares em todo o país.
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Mais de 43 mil alunos colocados no Ensino Superior e a maioria ficou onde queria
Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil, e as previsões de haver menos alunos a entrar no ensino superior confirmaram-se: Na 1.º fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados 43.899 estudantes, o que corresponde a uma diminuição de 12,1% em relação ao ano passado. Por outro lado, aumentou a percentagem de candidatos que conseguiu uma vaga, atingindo-se o valor mais alto de sempre de 90,1% de colocados, mais quatro pontos percentuais do que em 2024. A maioria (63,1%) conseguiu ficar colocada na sua primeira opção e 90,9% numa das suas três primeiras opções de candidatura, sendo também estes os valores mais elevados dos últimos anos. Para o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), este aumento percentual revela “um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”. Os cursos de Engenharia Aeroespacial, Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão e Bioengenharia voltam a ser aqueles em que é mais difícil um lugar, já que os últimos colocados tiveram uma média mínima de 18 ou mais valores. Os números mostram que este ano havia mais 626 vagas e menos nove mil candidatos. Resultado: Sobraram 11.513 vagas, o valor mais elevado da última década. Os dados mostram ainda que aumentaram em 20,3% os estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica, havendo agora 1.199 novos alunos que ocuparam todas as vagas disponibilizadas na 1.º fase. “Nos últimos três anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 64,9%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, sublinha o MECI em comunicado enviado para as redações. Nos cursos de medicina, que voltam a estar entre os cursos com as médias de acesso mais elevadas, ficaram colocados 1.647 estudantes. Olhando para os cursos mais competitivos, ou seja, aqueles em que há mais candidatos em 1.ª opção com notas iguais ou superiores a 17 valores, entraram 4.524 novos estudantes, o que representa um aumento de 10% face ao ano passado. Por outro lado, diminuíram os colocados em cursos nas áreas de competências digitais: Há 6.447 caloiros, menos 16,7% que no ano anterior. Os alunos colocados na 1.ª fase têm agora quatro dias, entre segunda e quinta-feira, para se inscreverem. Sendo que poderão voltar a candidatar-se à 2.º fase, cujas candidaturas também começam na segunda-feira. Além das 11.513 vagas que agora sobraram, na 2.º fase surgem novos lugares deixados por alunos que não concretizaram a matrícula e inscrição. Estas novas vagas dependentes de alunos que desistam do lugar serão divulgadas apenas a 2 de setembro no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior, sendo ainda possível nessa altura alterar uma candidatura já feita. As candidaturas para a 2.º fase terminam a 03 de setembro e os resultados serão divulgados a 14 de setembro. Podem concorrer à 2.ª fase os que não ficaram agora colocados e os que tendo conseguido um lugar pretendem mudar de curso. No entanto, “se estes estudantes forem colocados na 2.ª fase, a colocação na 1.ª fase, bem como a matrícula e inscrição que realizaram, são anuladas”, recorda a tutela. Os candidatos colocados na 1.ª fase que não procederam à respetiva matrícula e inscrição também podem voltar a inscrever-se na 2.º fase, segundo as regras.
Alberto Souto diz que “preconceito político” camarário deixou mil pessoas à espera de casa condigna
A apresentação estava marcada para as 19h00, mas acabou por atrasar meia-hora. Isto porque, para receber os apoiantes, o Partido Socialista preparou porco no espeto, o que não deixou indiferentes os presentes. Alberto Souto até brincou: “Eu sei que havia ali um atrativo especial, mas estou certo de que não estão aqui pelo que está lá atrás. Estão aqui pelo que está cá à frente”. O porco no espeto foi, no entanto, uma arma de arremesso político para João Morgado, que se candidata à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol. Num ataque ao atual executivo, o ex-presidente, que governou entre 2013 e 2021, afirma “preferir o petisco que oferece” aos “abraços, beijinhos e sorrisos a persuadir ideologias políticas por outros interesses que mais tarde ou mais cedo virão ao de cima”. Depois de prometer não gastar “mais de 5%” do discurso a falar da candidatura da coligação que apelidou de “Aliança mais ou menos com Aveiro”, o candidato continuou na ofensiva. João Morgado acusou Sara Rocha, atual presidente da Junta, de “incompetência” para evitar alguns prejuízos que a freguesia teve durante o mandato. A recordar os oito anos em que presidiu à Junta de Freguesia, o candidato do PS atirou também na direção de José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. João Morgado afirma que, “por estratégia e calculismo político”, o edil “não o deixou trabalhar” em Azurva. Apesar dos esforços que garante terem sido realizados em toda a freguesia, o ex-presidente da Junta aponta nunca ter sido contactado no âmbito da delegação de competências para a manutenção dos espaços verdes em Azurva. Para além disso, o socialista nota ainda que a autarquia “impediu” qualquer trabalho que fosse feito na localidade e que os serviços da Câmara nunca deram a devida resposta. A resposta de Alberto Souto não tardaria. Durante a sua intervenção, o candidato à Câmara Municipal de Aveiro disse que prometia “o mais fácil”: “Comigo haverá obviamente delegação de competências. É assim que se faz boa política, cada um à sua escala a fazer aquilo que consegue fazer melhor”. Ainda no campo das críticas, trouxe de novo o tema da habitação para cima da mesa. À semelhança do que já tinha dito aquando da apresentação do programa do PS para Aveiro, o candidato voltou a criticar o executivo municipal pela tardia apresentação da Estratégia Local de Habitação. Para Alberto Souto, a demora só aconteceu por “preconceito político”, uma vez que a ideia foi apresentada pelo governo do PS. Assim, o ex-autarca considera “inaceitável” que a Câmara tenha preferido “deixar mil pessoas à espera de ter casa condigna do que aprovar a Estratégia Local de Habitação”. Para reverter a situação, Alberto Souto garante vir a trabalhar com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e com todas as verbas ainda disponíveis para conseguir recuperar e construir habitação social na região. Quem também teve a oportunidade de deixar uma bicada, desta feita ao executivo da Junta de Freguesia de Eixo e Eirol, foi Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia de Aveiro do PS. Apresentada como “futura vice-presidente da Câmara Municipal”, a número dois da lista liderada por Alberto Souto destacou o “importante legado” deixado por João Morgado quando foi presidente. Antes de passar a palavra ao candidato, Paula acusou os líderes da Junta de se “demitirem” das suas funções, ao contrário do que diz que o PS tem feito enquanto oposição. A lista de intervenções que a candidatura do PS a Eixo e Eirol quer fazer é, nas palavras de Alberto Souto, “perigosíssima”. Isto porque, a cada reunião que o candidato à Câmara Municipal tinha com os candidatos locais, “aparecia mais um projeto e mais uma ideia”. Não obstante, o candidato garante que é tudo “para fazer” e que no seu programa eleitoral “não há banha da cobra”. O grande destaque de Alberto Souto foi para o projeto de um anfiteatro no Parque de Azurva. Conforme conta, a ideia nasceu quando a candidatura percebeu, na sequência de um concerto da Banda Recreativa Eixense, que a localidade não tinha um espaço para espetáculos ao vivo. Aí, Alberto Souto diz que “se fez luz” e que se começou a imaginar o anfiteatro no declive do parque. Um dia depois, afirma, já a equipa candidata lhe fazia chegar uma imagem do que acreditava que o anfiteatro podia ser. Ainda a propósito do parque, Alberto Souto não quis deixar de homenagear Joaquim Albertino Simões de Oliveira. Pelo que diz ter “labutado” pelo parque, o candidato à CMA garante que, caso seja eleito, vai nomear o espaço de Parque Simões de Oliveira. Outra medida a que o socialista dá relevo é a ligação entre a Azurva Alta e Azurva Baixa. Segundo afirma, o arruamento vai permitir ligar o Centro Social ao Largo da Igreja, o que acabará por estruturar o território. Ainda para Azurva, Alberto Souto enunciou a necessidade de intervenção no estacionamento e na iluminação público, bem como da criação de um polidesportivo. Para o resto da freguesia de Eixo e Eirol, o candidato do PS recordou outras propostas que constam do programa apresentado na passada quarta-feira, dia 20. É o caso das duas praias de fluviais que a candidatura quer fazer, uma no Parque da Balsa e outra no Parque de Merendas de Eirol, ou a reabilitação do “abandonado” Complexo Desportivo e Lazer de Eirol. No bairro social da Vila Verde, Alberto Souto considera que o atual executivo teve “má vontade” e “insensibilidade” com a habitação. O caminho, entende, é corrigir os problemas com que sofrem as habitações – nomeadamente, problemas de infiltrações, teto de fibrocimento a precisar de ser substituídos ou necessidade de pintura – e ocupar as casas vazias. Caso avance finalmente a via entre Aveiro e Águeda, o cabeça-de-lista preconiza ainda uma “pequena revolução”. Se se verificar, Alberto Souto aponta que o centro de Eixo terá menos veículos pesados a atravessar e poderá, à semelhança do que o candidato quer fazer em todo o município, beneficiar com passeios mais largos, seguros e cicláveis. A aposta nos passeios e em ciclovias é uma aposta também subscrita por João Morgado. A via para bicicletas é uma proposta que diz nunca ter sido apoiada por Ribau Esteves e que seria importante para conferir segurança a quem anda na antiga estrada 230, após a passagem de nível de São Sebastião, em Eixo. A infraestrutura ligaria Eixo, Eirol e Horta. Às propostas apresentadas por Alberto Souto, acrescem algumas reivindicações de João Morgado. Se o candidato à Câmara Municipal de Aveiro se gaba de ter promovido o saneamento de 98,5% do município quando era presidente, o ex-governante de Eixo e Eirol diz que o 1,5% que ficou a faltar é na freguesia a que se candidata. Para Azurva, João Morgado indica ainda que é sua intenção promover a requalificação da antiga escola primária com o objetivo de criar um centro de atividades lúdicas e culturais.
Tuna Feminina da AAUAv coroada melhor tuna em festival internacional no Peru
As distinções foram uma surpresa para a Tuna, conta Inês Teixeira, uma das organizadoras da viagem. Em conversa com a Ria, a estudante da Universidade de Aveiro explica que a diversidade cultural que se viveu em Lima foi “tão bonita” que as aveirenses não estavam a contar ser galardoadas. Não obstante, confessa estar “muito contente” e receber o prémio de “braços abertos”. Apesar de só dez membros da Tuna terem embarcado rumo à América Latina, Inês Saraiva acredita que a atuação no festival foi muito positiva. A experiência e a troca cultural têm “enriquecido” o grupo, acrescenta a estudante, que nota poder observar o “quão diferentes e semelhantes” são as diferentes tunas femininas do mundo. O VII SANMARTINAS – Festival Internacional da Tuna Femenina de Derecho contou com a presença de sete tunas femininas a concurso, incluindo três tunas peruanas e quatro tunas internacionais (Portugal, Países Baixos, Colômbia e Chile), além de 4 tunas convidadas. A TFAAUAv destaca a particularidade de ser a tuna madrinha da tuna anfitriã, a Tuna Femenina de Derecho da Universidad de San Martín de Porres. Findo o festival, as aveirenses continuam por terras peruanas. Num registo mais descontraído e informal, Inês Saraiva afirma que o grupo tem sido muito bem recebido e diz estar a gostar muito da experiência.
Urgências de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Aveiro encerradas este fim de semana
Além de Aveiro, estarão ainda encerradas, sábado e domingo, as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do hospital do Barreiro e o serviço de pediatria do hospital de Vila Franca de Xira. No sábado, estarão também encerradas as urgências de Obstetrícia e Ginecologia dos hospitais de Setúbal e das Caldas da Rainha, enquanto no domingo o mesmo acontece no Hospital Garcia da Orta. Quanto às urgências referenciadas, que apenas recebem casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou pela linha SNS 24, o portal indica as pediátricas dos hospitais Amadora-Sintra e de Loures, entre as 00:00 e as 24:00, nos dois dias. Referenciadas estarão também as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Braga (sábado das 08:00 às 20:00 e domingo das 08:00 às 24:00), de Santarém (sábado, das 00:00 às 08:30), de Leiria (sábado e domingo, 00:00 - 24:00) e do Amadora-Sintra (domingo, 00:00 - 24:00). As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.