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Alberto Souto apresenta nove candidatos às juntas de Aveiro e promete renovação na lista à Câmara

O Salão Polivalente de Nossa Senhora de Fátima foi o local escolhido, este domingo, dia 1 de junho, para a apresentação dos candidatos do Partido Socialista (PS) às Juntas de Freguesia do Município de Aveiro. A iniciativa contou com a presença de José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, que deixou rasgados elogios a Alberto Souto, candidato socialista à Câmara Municipal.

Alberto Souto apresenta nove candidatos às juntas de Aveiro e promete renovação na lista à Câmara
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
02 jun 2025, 15:55

Nove das dez juntas de freguesia do Município de Aveiro já têm candidatos escolhidos pelo PS-Aveiro. Foram apresentados publicamente ontem, dia 1, e, conforme anteriormente avançado pela Ria, a freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz continua sem candidato. Alberto Souto de Miranda, candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro (CMA), assegurou, no entanto, que o processo está a ser tratado “rapidamente”. “Nos próximos dias vamos encontrar [um candidato], ainda estamos com muito tempo para fazer essa seleção”, aponta. Recorde-se que o PS-Aveiro chegou a anunciar Armando Dias, proprietário de uma empresa de construção civil, como candidato a esta freguesia, mas o nome acabaria por cair por “motivos familiares”, segundo informação partilhada à Ria.

Questionado sobre os candidatos à Assembleia Municipal e Câmara Municipal, Alberto Souto refere que “ainda não há” novidades a apresentar. Apesar disso, avançou à Ria “a linha de orientação” que está a ser seguida na escolha desses candidatos. O objetivo, sublinha, “é termos na Assembleia Municipal pessoas que tenham características para estar na Assembleia Municipal, (…) que saibam apresentar as suas ideias, defendê-las, criticar a Câmara, defender-nos da oposição, no fundo, parlamentares ativos, não meramente passivos”.

Para a lista à Câmara Municipal, o candidato socialista pretende “pessoas muito competentes, capazes de gerir vários dossiês”, afirmando ainda que “está clarificado” que os atuais vereadores da oposição - Fernando Nogueira, Rosa Venâncio e Rui Soares Carneiro - não deverão integrar a sua equipa. “Agradecendo o trabalho duro e difícil que tiveram que desempenhar nestes anos de oposição, a estratégia política - que foi compreendida por todos - é que deve haver uma renovação, e, portanto, o PS irá apresentar nomes novos para a vereação”, frisa. Importa recordar que nem Rosa Venâncio nem Rui Soares Carneiro tinham sido inicialmente eleitos vereadores nas eleições autárquicas de 2021. No entanto, após a suspensão dos mandatos de Manuel Sousa e Joana Valente - ambos eleitos pela coligação PS/PAN - acabariam por assumir funções como vereadores da oposição socialista.

Em declarações à Ria, Alberto Souto salienta ainda que há espaço para que as soluções sejam encontradas com membros fora do partido. “Nós queremos que toda a gente que está de boa vontade e tem disponibilidade cívica possa ser candidato: para as freguesias, para a Assembleia Municipal, (…) para o Executivo Municipal”, sustenta. A Ria sabe que circula nos bastidores do partido a possibilidade de Paula Urbano Antunes, atual presidente do PS-Aveiro, integrar a lista à CMA liderada por Alberto Souto. Nesse cenário, é provável que Alberto Souto opte por independentes, sem filiação partidária, para os restantes lugares elegíveis.

José Luís Carneiro em Aveiro: “Temos um dos melhores quadros cívicos e políticos do país como candidato”

A iniciativa contou com a presença de José Luís Carneiro. O candidato a secretário-geral do PS - e provável sucessor de Pedro Nuno Santos - sublinhou à Ria estar confiante na obtenção de um bom resultado nas autárquicas que se disputam em setembro ou outubro deste ano, mesmo depois do PS ter sido derrotado nas legislativas do passado dia 18 de maio. “Temos um dos melhores quadros cívicos e políticos do país como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (…) para voltar a colocar Aveiro onde já esteve quando foi presidente da Câmara: uma das cidades referências do país na inovação, na criatividade e na procura por um crescimento da economia com justiça social”, aponta o candidato a secretário-geral do PS.

José Luís Carneiro sublinhou ainda o trabalho feito por Alberto Souto, “nomeadamente na melhoria das condições de vida dos cidadãos de Aveiro, na melhoria das suas infraestruturas e dos seus equipamentos”, aspetos que voltou a frisar durante a sua intervenção. Na sua intervenção, o atual deputado à Assembleia da República e antigo ministro salientou a importância do papel dos presidentes de junta, frisando que “é nas freguesias que está o primeiro contacto com o Estado”.

Alberto Souto acredita ainda “que as pessoas sabem distinguir o que é uma eleição autárquica do que é uma eleição legislativa”. “Gosto de dar o exemplo do Dr. Girão Pereira, quando ganhava o CDS sempre nas autárquicas e o PSD ganhava sempre nas legislativas (…) e eu espero que aqui aconteça o mesmo, que o PSD tenha ganho para as legislativas e que eu vá ganhar as autárquicas”.

Relativamente ao crescimento do Chega e as expectativas para as autárquicas, o socialista admite alguma preocupação, considerando que “ninguém sabe qual vai ser o comportamento dos eleitores do Chega nas autárquicas”. “Uma coisa é protestarmos, porque em termos nacionais não há resposta para problemas que são mais macro (…) isso traz muito descontentamento e muita frustração, outra coisa é ao nível das autarquias, em que é mais difícil que esses sentimentos se concentrem todos também”, aponta. Acredita, no entanto, “que o PS e as nossas propostas trazem esperança às pessoas e que vamos conseguir resolver parte dos problemas das pessoas trabalhando com as pessoas de todos os partidos”.

A apresentação contou ainda com a presença e intervenções de Hugo Oliveira, presidente da federação distrital do PS de Aveiro e de Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia. O salão contou com lotação esgotada e estiveram também presentes Filipe Neto Brandão, deputado na Assembleia da República, Porfírio Silva, antigo deputado socialista pelo círculo de Aveiro, João Sarmento, presidente da Juventude Socialista de Aveiro, e vários autarcas socialistas do concelho e da região.

“Muitas coisas evoluíram, mas há muitas coisas que estão como estavam quando nós saímos”, diz Alberto Souto

À Ria, o candidato socialista à Câmara de Aveiro frisou ainda que a realização da iniciativa na freguesia de Nossa Senhora de Fátima teve como objetivo “dar um sinal político simbólico de que vamos dar prioridade e particular atenção à qualidade de vida que se tem nas freguesias”. “Sabemos o que queremos, sabemos como se constrói o futuro (…), a nossa missão estratégica para Aveiro está no nosso blog que é todo um programa: um futuro com todos, com todas as pessoas, porque queremos progressão social e com todo o território, porque queremos equidade e equilíbrio territorial”, frisou Alberto Souto na sua intervenção.

O antigo edil de Aveiro sublinhou ainda vontade de melhorar a qualidade do alojamento, expandir os serviços de creches e de apoio aos mais velhos. A mobilidade, cultura e a necessidade de atrair investimento para a cidade foram também temáticas enfatizadas por Alberto Souto.

O socialista encontrou ainda espaço para criticar o atual executivo, sublinhado que “ficam, nestes 12 anos, duas marcas que descaracterizaram Aveiro: a destruição da Avenida Lourenço Peixinho e a destruição do Rossio e fica uma terceira marca, talvez a mais grave: a falta de respeito pelos adversários e pelos próprios correligionários”. Alberto Souto frisou ainda que “muitas coisas evoluíram, mas há muitas coisas que estão como estavam quando nós saímos”. “A Antiga Lota está como estava há 20 anos, o Centro de Saúde Mental está como estava há 20 anos, os parques verdes prometidos nunca foram construídos, o Eixo Aveiro-Águeda não saiu do papel, o novo hospital continua em estado comatoso, a Capital Europeia da Cultura vimo-la por um canudo (…), o terreno para o Tribunal continua num parque-estacionamento”, enumerou o socialista.

O discurso de Alberto Souto ficou ainda marcado pela resposta às críticas da oposição relativamente à sua gestão financeira, no período de 1998 a 2005. “Eu tenho muito orgulho no que nós conseguimos construir e não me estou a esquecer do Estádio nem na dívida que ele provocou (…). Foi aprovado, convém que todos o lembremos, quando o PSD e o CDS estavam em maioria na Câmara Municipal, e foi aprovado por unanimidade”, lembra. O socialista reforçou a ideia no final do seu discurso, prometendo para o futuro uma gestão autárquica “com prudência financeira e as contas certas”.

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Segundo nota camarária enviada às redações, a intervenção foi realizada no âmbito de uma operação conjunta com a E-Redes, com a instalação de novas luminárias LED, substituindo as antigas estruturas degradadas por equipamentos mais seguros, modernos e eficientes. "Esta operação insere-se na estratégia de modernização da iluminação pública em todo o município, garantindo o reforço da segurança, o conforto no espaço público e a eficiência na gestão energética, contribuindo para uma cidade mais sustentável", refere a mesma nota.

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Em declarações à Ria, os vereadores socialistas Fernando Nogueira e Rosa Venâncio deram nota de que tinham sido esclarecidos relativamente à sua não continuidade na nova lista à Câmara Municipal que está a ser construída por Alberto Souto de Miranda. Já o vereador Rui Soares Carneiro reconhece ter sido informado da renovação da equipa, mas deixa a nota que “nunca foi clarificado” sobre o “grau” dessa renovação. Rui Soares Carneiro acrescenta, no entanto, que a “renovação teria de existir sempre”, afirmando que apesar de gostar do trabalho que faz e das funções que desempenha, “nunca foi questionado se estaria disponível ou não, ou se estaria interessado ou não” em manter as funções de vereador. Depois de deixar no ar a ideia de que estaria disponível para continuar nas atuais funções, o atual vereador da oposição sublinhou, no entanto, estar “sempre disponível” para acompanhar a campanha de Alberto Souto nestas eleições autárquicas. Confrontado sobre a possibilidade de integrar a lista à Assembleia Municipal, Rui Soares Carneiro afirma que perante um convite dessa natureza “teria de pensar” sobre o assunto. “Não digo nem que sim nem que não, ainda há muitas opções em aberto, atualmente. Essa é uma delas. Poderá haver outras - agora, qualquer uma delas, a ser colocada, teria que ter uma reflexão da minha parte”, esclarece. O vereador mais novo da oposição aproveitou a ocasião para alertar para a “responsabilidade e disponibilidade” das pessoas que integram as listas do partido como independentes, depois de Alberto Souto, em declarações à Ria, reconhecer que está a pensar incluir pessoas sem filiação partidária na sua equipa. “É uma coisa que eu já defendo internamente no partido há muito tempo (…). Concordo com a participação de independentes e da comunidade civil [nas listas]”, embora considere que a “responsabilidade e disponibilidade” para assumir cargos deva ser mantida caso tenham de “prestar um serviço na oposição”. Recorde-se que Rui Carneiro e Rosa Venâncio não foram eleitos vereadores nas eleições autárquicas de 2021, tendo ambos assumido funções após Manuel Sousa e Joana Valente, eleitos pela coligação PS/PAN, terem suspendido os mandatos. Joana Valente não tinha filiação partidária e foi incluída como independente nas listas de Manuel Sousa. Fernando Nogueira, por sua vez, acredita que “o candidato à Câmara deve ter liberdade e latitude para escolher com quem quer trabalhar”. “O trabalho feito na oposição é trabalho duro, a perspetiva de ser Executivo é sempre uma perspetiva mais aliciante, mas o movimento da política é feito de alternâncias e até de regressos”, acrescenta ainda o vereador Fernando Nogueira que assegura apoiar a renovação levada a cabo por Alberto Souto. A perspetiva é partilhada também por Rosa Venâncio. A vereadora garante que contava já com a renovação da equipa, apontando acreditar que o PS pode vir “a conquistar a Câmara Municipal”. “Enquanto socialista o meu compromisso é contribuir para que haja uma grande vitória do Partido Socialista para a Câmara”, conclui Rosa Venâncio.

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Segundo apurou a Ria, na União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, Esgueira, Santa Joana, Oliveirinha, São Bernardo e São Jacinto, o partido irá lançar novos candidatos. Nas primeiras cinco freguesias, os atuais presidentes de Junta não se poderão recandidatar, sendo que há um dado curioso e comum a todas elas: nenhum dos candidatos escolhidos por Luís Souto, candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, pertence ao atual Executivo, com a esmagadora maioria dos candidatos a saltarem da Assembleia de Freguesia. Já na última freguesia enumerada, São Jacinto, o atual presidente, Arlindo Tavares, não será recandidato por motivos profissionais e a escolha recai sobre a atual tesoureira do Executivo, Cristina Gonçalves. Consulte aqui os nomes mais prováveis para candidatos às juntas de freguesia pela coligação 'Aliança Mais Aveiro' (PSD/CDS/PPM). Cristina Gonçalves deverá ser a escolha. Atualmente tesoureira na junta liderada por Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais, o seu nome foi anunciado em março, durante a primeira e única sessão da jornada “Pensar Aveiro”, promovida pela candidatura de Luís Souto, precisamente em São Jacinto. Na maior freguesia do concelho de Aveiro, a coligação deverá apostar em Glória Leite, diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão. Fernando Marques, presidente da junta, não se recandidata por ter atingido o limite de mandatos. Questionada a 6 de maio pela Ria, Glória Leite não confirmou nem desmentiu a sua candidatura. A Ria sabe que a escolha de Glória Leite não terá agradado ao histórico autarca Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, e a vários militantes do PSD-Aveiro que afirmam que a candidata escolhida é próxima dos socialistas e de Alberto Souto. Entre os descontentes, segundo fontes próximas do partido, estará Ribau Esteves, atual presidente da CMA. Nelson Santos, atual presidente da junta, deverá recandidatar-se para um último mandato. O atual presidente da Junta de Freguesia de Cacia assume um papel ainda mais relevante nestas eleições, pois é visto como um elemento do núcleo duro de Luís Souto, a par de Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha. Rui Cordeiro, primeiro secretário da Assembleia de Freguesia, é apontado como o sucessor de Ângela Almeida, atual presidente de junta, impedida de se recandidatar por ter atingido o limite de mandatos. A Ria sabe que Ângela Almeida teria indicado Isabel Barbosa, atual tesoureira do seu Executivo, para sua sucessora, mas Luís Souto terá optado por Rui Cordeiro. A aposta deverá recair sobre Óscar Ratola Branco, atual presidente da Assembleia de Freguesia. Victor Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, atinge o limite de mandatos e não será recandidato. Catarina Barreto, atual presidente da Junta de Freguesia, deverá manter-se como candidata. Este será o seu último mandato, caso seja reeleita. Recorde-se que a presidente da Junta de Freguesia de Aradas foi a primeira militante do PSD-Aveiro a declarar apoio público à candidatura de Luís Souto. A sua proximidade com o candidato do partido à CMA fez com que vários militantes considerassem o seu nome como provável na lista à Câmara Municipal, mas a Ria sabe que Catarina Barreto será recandidata em Aradas, não estando neste momento incluída no núcleo duro que lidera e define a estratégia da campanha de Luís Souto. Com Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia, afastado pela limitação de mandatos, a coligação deverá apostar em Carolina Santos, atual secretária da Assembleia de Freguesia. Sara Rocha, atual presidente da junta, deverá ser novamente candidata na freguesia de Eixo e Eirol. Também da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz não deverá haver alterações. Miguel Silva, atual presidente, deverá manter-se como candidato da coligação. Henrique Vieira, atual presidente desta Junta de Freguesia, não se pode recandidatar por atingindo o limite de três mandatos consecutivos. A Ria sabe que a escolha deverá recair sobre Pedro Mónica, atual presidente da Assembleia de Freguesia. A Ria continuará a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos das eleições autárquicas em Aveiro, nomeadamente do plenário do PSD-Aveiro previsto para esta noite.

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A candidatura 'Juntos Somos Mais UA', encabeçada por Inês Carlos, foi a única apresentada a sufrágio neste colégio eleitoral e obteve 272 votos. Foram ainda contabilizados 55 votos brancos e 10 nulos. Para além de Inês Carlos como candidata efetiva, a lista tinha ainda como suplentes Vítor Proença, técnico superior nos Serviços de Ação Social, e Cecília Reis, técnica superior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). A mandatária da candidatura era Eva Andrade, gestora de ciência e tecnologia na UACOOPERA – Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade. No manifesto divulgado durante a campanha, o movimento comprometeu-se com uma atuação centrada na valorização profissional, promoção da formação contínua, inclusão e bem-estar dos trabalhadores e no reforço do diálogo com os órgãos de governo da universidade. “Queremos ser uma ponte entre o pessoal TAG e os órgãos de governo da instituição, defendendo os nossos direitos e contribuindo para uma Universidade mais justa, transparente e colaborativa”, lia-se no documento enviado à comunidade académica. A eleição de Inês Carlos marca um novo ciclo de representação dos trabalhadores não docentes e não investigadores no órgão máximo da universidade, num contexto de elevada abstenção que volta a lançar o debate sobre o envolvimento desta comunidade nas decisões institucionais. Na eleição desta comunidade para o Conselho Geral, em 2017, a abstenção ficou pelos 19,33% e, na eleição de 2021, já tinha subido para 48,80%, apesar de, à data, muitos trabalhadores se encontrarem em regime de teletrabalho, em virtude da pandemia de covid-19. Nestas duas eleições, apresentaram-se a votos duas listas, factor que difere em relação a este ano, onde apenas uma lista foi a votos, o que pode ajudar a explicar a elevada taxa de abstenção registada (64,11%). Nota especial também para a subida do número de eleitores: 626 em 2017, 711 em 2021 e 939 nestas eleições. Em termos percentuais, é a comunidade da UA que teve o maior crescimento em número de eleitores em relação às últimas eleições para o Conselho Geral da UA (2021). O Conselho Geral da Universidade de Aveiro é responsável por eleger o reitor, aprovar os estatutos, os planos estratégicos, o orçamento e os relatórios de atividades, sendo composto por representantes de docentes e investigadores, estudantes, pessoal técnico (TAG) e por personalidades externas à academia. Inês Carlos quer aproximar os trabalhadores dos órgãos da Universidade e promete dinamizar a participação dos TAG no Conselho Geral da UA. Num ato eleitoral marcado por uma elevada abstenção, a nova conselheira garante que a sua missão será mostrar que o papel dos trabalhadores “não pode ser apenas simbólico”. “Temos mesmo que sair um bocadinho da nossa zona de conforto, para que o papel não seja considerado uma coisa simbólica”, afirmou. Apesar da ausência de concorrência - a lista 'Juntos Somos Mais UA' foi a única submetida -, Inês Carlos sublinha a importância do resultado: “Confesso que estava com receio das pessoas, exatamente por ser só uma lista, não quisessem votar. Mas não, foi até mais votos do que eu estava à espera.” Questionada sobre como pretende concretizar a valorização dos trabalhadores no Conselho Geral, a técnica superior do Departamento de Química é clara: “A valorização será sempre que possível, conseguirmos propor e articular também com sugestões dadas pelos colegas e propor ao Conselho Geral algumas situações em que possamos dar nota da nossa presença. Não temos pretensões de alterar nada, não é isso que se espera do nosso papel. O nosso papel é mesmo acreditar que nós também fazemos parte e temos voto na matéria.” Inês reconhece o afastamento de muitos colegas do processo institucional. “As pessoas estão desanimadas, sentem que o papel delas não vale a pena, que não vale a pena participar nas coisas", dando nota que "o desinteresse muitas vezes também vem da falta de vermos que o nosso papel está a ser tido em conta; as pessoas acabam por sentir que não fazem a diferença". Para contrariar essa perceção, a recém-eleita quer reforçar a comunicação com os colegas e dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no Conselho Geral: “Vou procurar que se saiba o que é que exatamente estamos a fazer. (...) A minha intenção é que exista mesmo uma ponte entre o Conselho Geral e os restantes TAGs". Além disso, planeia estreitar relações com a Comissão de Trabalhadores e com a Associação de Funcionários da UA (AFUAv), dinamizando atividades e criando espaços de partilha. “Tensionamos ter algumas relações mais próximas com a Comissão de Trabalhadores, reunir com eles, e também com a Associação dos Trabalhadores, para dinamizar algumas atividades", afirma. *Notícia atualizada às 13:05 de 4 de junho de 2025 com as declarações da candidata eleita, Inês Carlos.

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“Os fósseis, descobertos nas formações geológicas da Bacia do Bussaco, correspondem a uma forma gigante de esporos de fungos micorrízicos, até então completamente desconhecida para a ciência”, revelou o investigador do Centro de Geociências (CGEO) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Pedro Correia. De acordo com o paleontólogo, que liderou a investigação, estes fósseis de fungos, pertencentes ao novo género e nova espécie 'Megaglomerospora lealiae', “representam os maiores esporos documentados para a Divisão Glomeromycota do Reino Fungi”. “Apesar da sua pequena dimensão, cerca de 1,6 milímetros de diâmetro, estes fósseis foram um gigante entre os esporos de fungos da classe Glomeromycetes, que existiram há cerca de 300 milhões de anos, no final do período Carbonífero, e nunca antes documentados em fungos glomeromicotanos fossilizados e fungos endomicorrízicos modernos”, descreveu. Para Pedro Correia, a descoberta desta nova espécie na Bacia do Bussaco constitui “um avanço significativo no conhecimento da diversidade e história evolutiva acerca das interações simbióticas mutualisticas entre plantas vasculares e fungos micorrízicos”. “Além disso, estes novos achados correspondem ao primeiro registo de um fungo endomicorrízico descoberto no Carbonífero da Península Ibérica”, acrescentou. Esta descoberta, descrita no jornal internacional Geobios, decorreu em colaboração com Artur Sá, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e Zélia Pereira, investigadora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). “Estes fungos desempenharam um papel essencial na otimização da captação de fósforo e outros nutrientes essenciais, promovendo o desenvolvimento de redes micorrízicas extensas e, consequentemente, estruturas fúngicas de grandes dimensões, quando comparadas com as atuais”, explicaram os envolvidos na descoberta paleontológica. Segundo os investigadores, a relevância desta descoberta reside na confirmação de que as associações simbióticas já desempenhavam um papel crucial na estruturação dos ecossistemas terrestres há cerca de 300 milhões de anos. “O estudo deste novo fóssil, agora descrito, fornece informações importantes sobre as interações entre fungos e plantas, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada dos processos ecológicos que moldaram a flora do Paleozoico”, concluíram. A nova espécie é dedicada a Fernanda Leal, aluna de doutoramento da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da mesma universidade, que contribuiu para a classificação dos fungos fósseis agora descritos pela primeira vez na ciência.

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