Autárquicas Aveiro: Advogado aveirense Pedro Teixeira avalia candidatura como independente à CMA
Pedro Teixeira, advogado aveirense com 47 anos e natural da União das Freguesias de Glória e Vera-Cruz, confirmou, esta segunda-feira, 10 de março, à Ria, que está a avaliar avançar com uma candidatura independente às eleições autárquicas de 2025 à Câmara Municipal de Aveiro (CMA).
Questionado pela Ria sobre se confirmava que no passado sábado, 8 de março, tinha participado num almoço com o intuito de avançar com uma candidatura independente ao Município de Aveiro, Pedro Teixeira corroborou a afirmação. “É verdade… Aconteceu porque há (…) um determinado projeto (…) que está a ser pensado e está a ser analisado pelo melhor de Aveiro e para os aveirenses, mas não posso dizer muito mais do que isso”, afirmou. “Posso dizer que se reuniram várias pessoas no sentido de pensar sobre Aveiro e desse almoço, no sábado, surgiram novas ideias para Aveiro que eu acho que são muito importantes”, completou.
Interpelado ainda se considera que há espaço para uma candidatura independente, o advogado aveirense afirmou que “sem dúvida”. “Porque me parece que no enquadramento da política autárquica, neste momento, há espaço para pessoas independentes, com convicções próprias e genuínas, muito diferentes de todas aquelas que estão a ser apresentadas”, considerou. Sobre quem integrará esse projeto, Pedro Teixeira preferiu não adiantar nomes à Ria, mas realçou que o mesmo será composto, entre outros, por “empresários, professores, médicos, juristas e advogados”.
O advogado aveirense reafirmou ainda à Ria que o interesse por liderar uma candidatura independente não se deve a estar “descontente” com a realidade política atual, nem às candidaturas dos restantes partidos políticos. “Agora, efetivamente, acho que os candidatos, neste momento, têm as suas ideias e nós temos outras ideias diferentes, mais abrangentes, com outro querer para Aveiro. Portanto, não estou descontente com as outras ideias, não vou dizer que as outras ideias estão erradas ou estão mal, ou que eu considero que não são boas, mas acho que temos melhores”, sublinhou.
Sobre quando surgiu o interesse para ser o próximo presidente da Câmara de Aveiro, Pedro Teixeira disse que a ideia começou “há dois meses”. “Foi uma ideia que começou a amadurecer e estamos a ver se realmente temos as condições necessárias para isso (…) Eu também não lhe estou a dizer que o irei fazer, mas estou a dizer que há um grupo pensado e estruturado para isso”, vincou, assegurando ainda que “tem” perfil para ser presidente da CMA.
À Ria, o advogado adiantou também que não foi iniciativa própria a formação desse grupo para o projeto. “Foi esse grupo que me fez a mim… Mas, efetivamente, e é isso que me agrada, é ver tantas pessoas que me querem bem e que me querem nessa posição”, exprimiu.
No que toca à data para tomar uma decisão final, mais uma vez, Pedro Teixeira preferiu não revelar, destacando que o tempo “não o preocupa”. “Conto na próxima semana reunir-me com algumas pessoas que podem dar este maior aporte a esta candidatura. Conto falar com determinadas pessoas. Aliás, já falei e estou à espera de algumas respostas que também estão a pensar em termos familiares. Se vir que tenho equipa avanço… Agora, saber se é daqui a uma semana ou a duas, não sei”, afirmou.
Numa etapa final da conversa, o advogado assegurou que “há muitas pessoas” em Aveiro que olham para uma eventual candidatura sua como uma “nova esperança”. “Porque posso trazer alguma coisa de novo para Aveiro que não está ligado aos partidos, que não tem história do passado político e que pode ser uma lufada de ar fresco”, garantiu.
Pedro Teixeira é advogado e investigador jurídico. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e possui um Título de Suficiência Investigadora pela Universidade de Salamanca. Doutorando em Direito na Universidade de Vigo, pós-graduado em Direito pela Universidade de Lisboa e pós-graduado em Direito pela European V. Academy. Autor de diversos livros, tendo recebido diferentes prémios e menções honrosas. Foi ainda, recentemente, mordomo na Mordomia de São Gonçalinho.
Recomendações
ADASCA promove recolhas de sangue semanais
A ADASCA vai estar a realizar uma recolha de sangue durante a tarde desta quarta-feira, dia 12, no Mercado de Santiago. A partir das 15h e até às 19h a associação vai estar a receber os dadores que tenham interesse em contribuir para a causa. Se tem 18 ou mais anos, pelo menos 50 kg e é saudável, pode doar sangue. Antes da recolha terá de assinar o formulário de consentimento informado e passará por um breve exame médico. Na sexta-feira, dia 14, a associação vai voltar a estar no Mercado para uma nova recolha. Se não tiver oportunidade de comparecer nestes dois dias a ADASCA promove, no mês de março, mais quatro campanhas de recolha. Serão realizadas sempre às quartas e sextas-feiras, dias 19, 21, 26 e 28, também no Mercado de Santiago e no horário entre as 15h e as 19h.
Câmara de Aveiro quer fim de aterro de Eirol e aponta incineração como alternativa
No âmbito da gestão de resíduos no Município de Aveiro, a Câmara deu nota de que continua a pressionar o Governo para que o aterro sanitário, atualmente instalado na freguesia de Eirol, seja encerrado. Em alternativa o município sugere que seja feita “a incineração (da fração resto)” a realizar “noutra localização da Região Centro”. Em comunicado, a Câmara recorda ainda que o aterro em questão “está perto de esgotar a sua capacidade e que a ERSUC pretende, até junho de 2028, expandi-lo até uma capacidade de 1.200.000 toneladas”. “Para a CMA é tempo (…) de começar a pensar numa nova solução técnica, que entendo dever ser a incineração, noutra localização da Região Centro. Há mais de duas décadas que os resíduos de vários municípios da Região são dirigidos para Aveiro, no aterro sanitário de Taboeira e no UTMB de Eirol. Uma vez esgotada a capacidade da Unidade de Tratamento Mecânico-Biológico (UTMB) de Eirol e do seu aterro sanitário, o destino dos resíduos deverá passar a ser outro”, defende José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. O autarca saúda ainda a “solução apontada no ‘Plano de Ação TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Ambientais’”, apresentada na passada sexta-feira, dia 7, que assume a construção de “uma Incineradora na Região Centro, terminando com a deposição em aterro”. A nota faz ainda referência a um parecer que terá sido enviado por José Ribau Esteves, em janeiro do corrente ano, ao grupo de trabalho supramencionado onde assumiu “uma posição clara sobre esta matéria”. No parecer lê-se que Aveiro considera “urgente” a decisão em investir “numa nova estrutura de unidades de tratamento e valorização de Resíduos Urbanos”, lamentando “o arrastamento da abordagem deste assunto assumido por Governos anteriores”. A comunicação do edil aveirense ao grupo de trabalho frisa, ainda, que entende a construção da incineradora como uma hipótese “muito relevante” e defende “a opção por uma Incineradora para a denominada “fração resto”, com uso de tecnologia moderna), em simultâneo com a continuidade da operação do UTMB e seu Aterro com condicionante de limitação temporal e concretização prévia de investimentos que aumentem a sua sustentabilidade ambiental e boa relação com as zonas urbanas envolventes”.
BE-Aveiro denuncia exclusão de Aveiro do investimento hospitalar anunciado pelo Governo
A medida foi anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro e noticiada pela Ria, deixando o Hospital de Aveiro de fora da lista de hospitais a serem alvo de investimento por parte do Governo. Para o BE, esta decisão ignora a crescente pressão sobre os serviços de saúde em Aveiro. O partido afirma que os tempos de espera para consultas continuam elevados e a capacidade instalada revela-se insuficiente para responder às necessidades da população. "A exclusão de Aveiro deste investimento é um erro grave e injustificável", afirma o BE, acrescentando que a região tem registado crescimento demográfico e necessita de um hospital modernizado e devidamente equipado. O partido defende que o Hospital de Aveiro deve ser incluído no plano de investimento, com reforço da capacidade de internamento, ampliação dos blocos operatórios e contratação de mais profissionais de saúde. João Moniz, candidato do BE à Câmara Municipal de Aveiro, reforça que "esta decisão evidencia também a necessidade de um executivo municipal mais exigente e de uma maior coordenação entre as autarquias da região, que têm falhado reiteradamente na defesa dos interesses das populações do Baixo Vouga". O candidato apontou ainda a questão das portagens na A25, referindo que a permanência dos últimos pórticos entre Aveiro e Albergaria-a-Velha continua a penalizar os munícipes e a mobilidade regional. O Bloco de Esquerda exige que o Governo reveja a decisão e inclua o Hospital de Aveiro no plano de requalificação hospitalar, garantindo melhores condições de atendimento e reforçando a qualidade dos serviços de saúde na região.
Aveiro regista aumento na recolha seletiva de resíduos
Em nota enviada às redações, a Câmara Municipal dá nota de que registou um aumento de 35% relativamente à recolha seletiva de resíduos “passando de 5.511 toneladas em 2023 para 7.464 toneladas em 2024”. A autarquia destaca ainda o “significativo incremento nos bioresíduos em estabelecimentos do canal HORECA (hotelaria, restauração e cafés), cantinas de estabelecimentos de ensino, IPSS, entre outros locais”. Segundo a Câmara Municipal a recolha de reciclagem porta-a-porta em 2024 registou uma duplicação comparativamente ao ano de 2023. Dá ainda nota de que a recolha dos bioresíduos sofreram também um aumento, tendo registado em 2024 a recolha de 1.048 toneladas, comparativamente às 406 registadas em 2023. O aumento, justifica a autarquia, “é o resultado de projetos de recolha de resíduos porta-a-porta, implementados pela Câmara de Aveiro em 2023, com a ERSUC”. “Estes números demonstram que os esforços da Câmara Municipal de Aveiro, da Veolia [empresa que recolhe os resíduos] e da ERSUC estão a produzir resultados sólidos e que a Comunidade Aveirense está verdadeiramente empenhada neste percurso de responsabilidade ambiental”, frisa José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro em nota de imprensa. A autarquia destaca ainda que “tem realizado várias ações de sensibilização, junto das comunidades, para a importância da reciclagem e da compostagem doméstica” e investido “em atividades dirigidas aos mais novos, em particular com a iniciativa EcoAventura – Ação pelo Ambiente”.
Últimas
Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos decorre esta sexta-feira na UA
Neste campeonato disputar-se-ão seis jogos (Gatos & Cães, Rastros, Produto, Dominório, Atari Go e Nex), distribuídos por doze categorias. Para esta edição do Campeonato, estão inscritos 1812 alunos, acompanhados por 616 professores, de 343 escolas do Ensino Básico e Secundário de todo o país, incluindo das ilhas. Ao longo de todo o dia, das 9h00 às 17h00, a Nave Multiusos Caixa UA será o palco das competições, sendo que as eliminatórias acontecem de manhã e as finais ocorrem da parte da tarde. A cerimónia de entrega de prémios está prevista para as 17h00. Em paralelo com as competições, decorre um vasto programa de atividades para proporcionar aos participantes momentos lúdicos, interativos e científicos. Espetáculos, palestras, jogos e workshops são algumas das atividades propostas a todos os interessados em passar um dia diferente no campus da UA. O Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos é uma competição inclusiva, por estar preparado para receber alunos com baixa visão ou cegueira, que utilizem jogos adaptados. Contará também com a participação de alunos surdos, tendo sido disponibilizadas no site oficial do evento as regras dos jogos em Língua Gestual Portuguesa. Além da equipa da organização nacional e local, o campeonato conta com a colaboração de 141 voluntários, maioritariamente estudantes universitários, que irão receber e encaminhar os alunos, arbitrar os jogos, assegurar a ordem nos pontos de encontro e a comunicação com a zona de jogo, apoiar os alunos com baixa visão, entre outras funções. Todas as informações sobre o campeonato estão disponíveis aqui. Esta competição é promovida anualmente, desde 2004, pela Associação Ludus, a Associação de Professores de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Agência Ciência Viva. Pelo terceiro ano consecutivo, a organização local é assegurada pela UA, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e do Departamento de Matemática.
Novas terapias virais em investigação na Universidade de Aveiro
O projeto, denominado "ModiVir”, está a ser desenvolvido no Instituto de Biomedicina do Departamento de Ciências Médicas, da Universidade de Aveiro (iBiMED-UA), apostando “numa estratégia antiviral inovadora”. “Os vírus dependem dos RNA de transferência (tRNAs) das células que infetam para produzirem proteínas e multiplicarem-se”, explica uma nota de imprensa. O objetivo do ModiVir “é identificar de que forma os vírus manipulam as modificações dos tRNAs a seu favor e, com esse conhecimento, desenvolver estratégias que impeçam a replicação viral e fortaleçam a resposta do hospedeiro”, esclarece. O projeto irá também criar uma plataforma de testes biológicos, utilizando modelos celulares tridimensionais, “para identificar novos antivirais capazes de modular as modificações de tRNA”. Os investigadores anteveem impactos que vão para além das terapias antivirais, já que “estudos recentes mostram que alterações nas modificações de tRNAs estão ligadas a várias doenças, incluindo cancro e doenças neurodegenerativas”. “Os avanços do ModiVir poderão abrir caminho para novas abordagens terapêuticas que beneficiarão diversas áreas da saúde”, refere a nota de imprensa. O ModiVir é coordenado por Ana Raquel Soares, líder do grupo “tRNA Epitranscriptome and Disease” e investigadora auxiliar no iBiMED-UA, e envolve uma equipa multidisciplinar de especialistas em biologia do RNA, virologia, genómica, biotecnologia molecular e química analítica.
Exército recupera caminhos afetados pelos incêndios em Albergaria-a-Velha
A colaboração do Exército com a câmara será feita através do Regimento de Engenharia N.º 3 e contempla a execução de trabalhos de beneficiação de caminhos rurais e florestais, “visando a melhoria do acesso dos meios de combate a incêndios”. “Através de um Destacamento de Engenharia, sob as orientações do Serviço Municipal de Proteção Civil, vão ser desenvolvidos diversos trabalhos nos caminhos rurais e florestais severamente danificados aquando dos incêndios que devastaram o concelho em 2024”, informa uma nota de imprensa. Segundo revela a mesma fonte, os trabalhos deverão decorrer ao longo dos próximos três meses. “O município está empenhado em construir um concelho mais resiliente e melhor preparado para enfrentar situações extremas como os incêndios florestais”, afirma o texto. O município de Albergaria-a-Velha inaugurou na semana passada o projeto de reabilitação e valorização da rede hidrográfica de áreas afetadas pelos incêndios, numa extensão de sete quilómetros. O projeto interveio em várias ribeiras afluentes dos rios Antuã e Jardim, da Ribeira do Fontão e do Esteiro de Canela, atravessando zonas agrícolas e florestais. Na nota sobre o protocolo hoje celebrado é referido que, “nos termos da Constituição e da lei, incumbe ao Exército colaborar em missões de proteção civil e em tarefas relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida das populações”.
Câmara da Mealhada lança concursos de 1 milhão de euros para três obras no concelho
Em comunicado de imprensa, esta autarquia do distrito de Aveiro explicou que a empreitada com o valor mais alto prevê a requalificação do Largo do Areal e ruas circundantes, em Ventosa do Bairro. Com um preço base de 425 mil euros (+IVA), a intervenção terá seis meses de prazo de execução. “Visa a requalificação urbana do espaço público, através da renovação da pavimentação, refuncionalização de praça com criação de acesso a pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada, sinalização, reformulação do sistema de drenagem pluvial e criação de espaços verdes”, informou. Em Santa Luzia, na freguesia de Barcouço, o concurso público diz respeito à reconversão dos antigos talhos da feira e do espaço da própria feira numa área de apoio a peregrinos, num investimento de 300 mil euros (+IVA). A obra prevê “trabalhos de reconversão do edifício existente, remodelação e reforço do sistema de drenagem pluvial, repavimentação dos espaços públicos, com a colocação de equipamentos e instalação de áreas verdes”, em 300 dias. Já para a Mealhada foi aprovado o lançamento a concurso da empreitada de melhoramento de acessibilidades na Escola Secundária da Mealhada e avenida Comendador Messias Batista, com um preço base de 216 mil euros (+IVA) e cerca de cinco meses de prazo de execução. “O objetivo é a requalificação urbana do espaço público, nomeadamente a pavimentação, criação de lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada, sinalização, reformulação do sistema de drenagem pluvial e criação de espaços verdes”, referiu. Parte deste investimento é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) através do Programa de Intervenção nos Edifícios Públicos (PIEP), integrado na Componente 3 – Respostas Sociais. Segundo o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, a requalificação em Ventosa do Bairro enquadra-se na estratégia de “valorizar as zonas centrais nas sedes de freguesias, nas aldeias e de valorização dos espaços públicos”. “No que se refere a Santa Luzia, já fazemos parte das associações dos Caminhos de Santiago e de Fátima e é uma aposta grande deste município criar condições a caminheiros que têm até algum impacto nas aldeias por onde passam”, destacou António Jorge Franco.