CDU critica opções de política de habitação do PSD/CDS
A Coligação Democrática Unitária (CDU) acusa PSD/CDS de falhar na política de habitação, sublinhando a contribuição do executivo para o agravamento da crise habitacional.
Redação
Em comunicado de imprensa, a Comissão Coordenadora de Aveiro da Coligação Democrática Unitária (CDU) denuncia “o falhanço da política de habitação do executivo municipal PSD-CDS”. A comunicação chega na sequência da última sessão da Assembleia Municipal e da proposta de alienação de património municipal no valor de 15,1 milhões de euros, vista pelos comunistas como uma contribuição “para a escalada especulativa sobre a Habitação no Concelho”.
António Salavessa, deputado municipal pelo PCP, tinha já alertado na última assembleia municipal para a existência de uma única operação a preços controlados [na freguesia de São Bernardo] “no meio de um conjunto de operações que vão contribuir para o aumento da bolha imobiliária em Aveiro”, sublinhou. A Coligação Democrática acusa ainda, no comunicado, a Câmara de Aveiro de abdicar “de candidaturas próprias a apoios públicos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” usando como justificação “possuir outra «estratégia», de suposta aposta na habitação, através do investimento privado a «custos controlados», renegando, (…) ao contrário da esmagadora maioria dos municípios, a elaboração da Estratégia Local de Habitação”.
“A política de habitação da maioria PSD-CDS não serve os interesses do povo de Aveiro”, alerta a CDU. A coligação aponta, junto da falta de política para “nova habitação pública”, a falta de condicionalismo à proliferação de Alojamento Local e ainda o apoio da Lei dos Solos como algo “que serve apenas os interesses especulativos”.
A CDU refere ainda que “ao arrepio de toda a evidência e estatística oficial existente” o executivo municipal “insistiu em depositar a solução para o aquecimento do mercado em mais construção privada, alicerçando-a frequentemente em projetos de reabilitação urbana que pouco respondem às necessidades das populações, antes aos interesses privados”. Consideram ainda as opções do PSD/CDS como “incompreensíveis” e prejudiciais à possibilidade de “desenvolvimento de habitação pública no Município”.
“É do conhecimento público (…) que o Município atravessa uma grave crise habitacional, com preços, quer para compra quer para arrendamento, completamente desfasados dos rendimentos da maioria da população, o que resulta na impossibilidade para muitos aveirenses, famílias e jovens, de aquisição ou arrendamento de casa em Aveiro”, lê-se na nota.“A CDU, apelando ao envolvimento de todos os aveirenses na defesa do Direito à habitação, denuncia e condena as responsabilidades do atual e os últimos governos do País, e acusa a maioria PSD-CDS na Câmara Municipal de Aveiro de prosseguir uma política que não resolve os problemas existentes na Habitação e que de facto os agrava”, concluem.
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Simão Santana e Rogério Carlos afastam-se da Comissão Política do PSD, Ribau Esteves em silêncio
A reunião estava marcada para as 21h30, na sede do PSD-Aveiro, na Avenida Lourenço Peixinho. A expectativa era grande no seio dos dirigentes sociais-democratas. Desde a intervenção de Ribau Esteves no Congresso Nacional do PSD, em outubro do ano passado - onde apelava à direção nacional do partido para não criar “problemas” na escolha do candidato em Aveiro, pressionando uma solução dentro do seu executivo – muitas foram as movimentações e as jogadas de bastidores no seio do partido. Foi já muito perto da meia-noite que a notícia chegou oficialmente à comunicação social, por via de uma nota de imprensa. “Considerando o processo eleitoral autárquico em curso e as decisões da Comissão Política Nacional, que apenas comunicou o ato consumado ao Presidente da Comissão Política da Secção poucos minutos antes do seu anúncio público, e por considerar que o processo é politicamente lesivo do Partido Social Democrata, apresentei o meu pedido de demissão do cargo de presidente da Comissão Política da Secção de Aveiro do PSD, com efeitos imediatos. Do mesmo modo, demitiram-se ainda os seguintes elementos: Rogério Carlos, vogal”, lê-se na nota enviada pelo presidente demissionário Simão Santana. Fontes próximas do PSD-Aveiro afirmaram à Ria que a decisão de Simão Santana e Rogério Carlos foi vista como “coerente”, pois “a direção nacional do partido ao conduzir todo o processo de escolha de forma unilateral deixou-os sem qualquer margem para continuarem”. O que estes militantes sociais-democratas não conseguem entender é a posição de Ribau Esteves. “É o grande responsável da situação criada e nem apareceu na reunião. Durante todos estes meses passou o tempo a dar entrevistas e a fazer intervenções públicas a criar pressão no Montenegro e agora, depois de tudo o que aconteceu, deixa cair os seus principais soldados sem qualquer comentário ou palavra de apoio? O recato que agora Ribau Esteves está a ter é o recato que não quis ter durante todo este período”, apontam. Recorde-se que Ribau Esteves é o atual Presidente da Mesa da Assembleia de Secção do PSD e, até ao momento, não se associou à demissão dos homens fortes da sua máquina, Simão Santana e Rogério Carlos. A Ria sabe que circula nos bastidores do PSD, a nível local, distrital e nacional, a possibilidade de Luís Montenegro encontrar uma “saída airosa” para Ribau Esteves, de forma a que este não crie mais instabilidade no seio do PSD-Aveiro e declare apoie a Luís Souto de Miranda. Nos próximos dias os dirigentes do PSD-Aveiro voltarão a reunir, desta vez para escolherem uma solução interina depois da saída do atual presidente da secção local, Simão Santana. Alguns dirigentes locais defendem que deverá ser Luís Souto de Miranda a conduzir este processo da escolha do novo presidente da concelhia, pois é o momento do partido estar unido e articulado para disputar as próximas eleições autárquicas.
Última hora: Simão Santana e Rogério Carlos demitem-se da Comissão Política do PSD-Aveiro
Última hora: Simão Santana e Rogério Carlos demitem-se da Comissão Política do PSD-Aveiro. [Em atualização] Notícia completa pode ser consultar aqui.
Autárquicas 2025: socialista Alberto Souto de Miranda apresenta propostas para habitação
Contrariamente ao que acontece a nível nacional, “o atual Executivo, dispondo de terrenos para construção, anda a alienar os mesmos e renunciou às verbas do PRR, a custo zero, que estavam disponíveis para construir habitação”, começa por referir Alberto Souto no texto introdutório às propostas socialistas para a habitação no município de Aveiro. “A insensibilidade social e o desprezo pela dignidade humana são incompreensíveis”, apontou o socialista no início da sua publicação. Na última assembleia municipal o tema central foi também o da habitação com PS, BE e PCP a votarem contra a alienação de património no valor de 15,1 milhões de euros. A oposição ao atual executivo consideraram que a venda vai contribui para a diminuição da quantidade de terrenos e imóveis disponíveis para investimento futuro em habitação social e consequentemente para o aumento da bolha imobiliária na cidade. Como soluções, o socialista aponta a aprovação da Estratégia Local de Habitação, “instrumento legal indispensável para planeamento e financiamentos”, repara Alberto Souto. O socialista apresentou ainda o “Programa comprar para arrendar”, onde o município contratualizaria com operadores imobiliários a aquisição de imóveis habitacionais que seriam depois “colocados diretamente no mercado de arrendamento acessível”. Alberto Souto sublinhou ainda a necessidade de “dar resposta imediata às situações urgentes através de um «Programa de arrendamento e subarrendamento municipal»”, propondo que o município assuma o arrendamento a preço de mercado e subarrende “a preços mais acessíveis a quem deles necessitar, suportando o diferencial”, lê-se nas propostas apontadas. Alberto Souto abre portas também à negociação com os proprietários de Alojamento Local (AL), propondo “o arrendamento na época baixa, para dar resposta a situações de resposta imediata” e a criação de um programa que estimule a “transferência dos AL para o mercado de arrendamento”. Apoiar a construção a custos controlados, incentivar a construção de prédios para arrendar e a reabilitação de “todos os bairros sociais (negociando com o IHRU)” são também ideias que constam das propostas apresentadas pelo candidato socialista às eleições autárquicas. No que toca à esfera das residências universitárias, Alberto Souto propõe “negociar com a Universidade e com privados a cedência de terrenos para a construção de residências universitárias”, utilizando a negociação com o Estado de mobilização “do terreno em frente ao Tribunal para habitação/residência universitária” assim como a “a transformação do estabelecimento prisional de Aveiro em residência universitária”. Com a Universidade, o socialista propõe ainda negociar “a transformação dos silos da antiga Moagem” para residência universitária.
Autárquicas 2025: Luís Souto de Miranda promete “inovação”, mas sem rutura com o passado
Simão Santana, presidente da concelhia do PSD Aveiro confirmou, esta segunda-feira, 3 de fevereiro à Lusa que Luís Souto de Miranda seria o candidato do PSD à CMA, dando nota que “foi uma decisão da direção nacional do PSD”. Em entrevista à Ria, Luís Souto de Miranda falou já como candidato do PSD à CMA recordando que tinha tornada pública “há bastante tempo” a sua disponibilidade, referindo-se a uma entrevista a uma rádio local. “Portanto, toda a gente sabia e as pessoas que vão acompanhando sabiam que havia esta possibilidade”, afirmou. Questionado sobre o facto de disputar a presidência da Câmara de Aveiro com o irmão Alberto Souto de Miranda, que liderou a autarquia aveirense, entre 1998 e 2005, e que também já anunciou a sua candidatura pelo PS, o atual presidente da Assembleia Municipal referiu que “calhou”. “Como eu tenho dito, nós temos posições políticas muito distintas e na nossa família sempre crescemos num ambiente em que a política esteve sempre presente. Sempre nos habituamos a ter debates políticos e que terminaram sempre bem. Espero e acredito que este também acabará bem”, realçou. Luís Souto avançou ainda à Ria que não conversou com o seu irmão a anunciar que iria ser candidato, mas que Alberto Souto “já sabia há muito desta possibilidade”. “Claro que fomos conversando, ao longo dos anos, sobre vários temas e a possibilidade de eu vir a ser candidato era um tema que também nós abordávamos. Não houve propriamente um pedido de licença para ser candidato, porque isso não fazia sentido (…) Estou certo de que ele não ficou surpreendido com a notícia”, exprimiu. Relativamente às críticas da concelhia do PSD Aveiro de que Alberto Souto de Miranda tem vindo a ser alvo, o presidente da Assembleia Municipal relembrou que a “política se combate no terreno político”. “Combatendo as ideias, os projetos, o posicionamento político e, portanto, é nesse enquadramento que eu me incluo e me situarei sempre”, reforçou. A Ria tentou ainda contactar Alberto Souto de Miranda sobre a candidatura do seu irmão, mas este referiu que não iria fazer qualquer comentário [sobre o nome de Luís Souto] à comunicação social. Interpelado ainda se a sua candidatura representa um romper do ciclo de José Ribau Esteves, presidente da CMA, Luís Souto de Miranda disse que da sua parte “não há vontade de romper com o ciclo”. “É evidente que há aqui uma mudança de ciclo, pelo simples facto do presidente Ribau não poder ser candidato (…) Mas não há uma vontade de rutura com o projeto. Aliás, eu tenho estado com este projeto vai fazer oito anos”, reforçou. “É evidente que é uma nova fase, mas o meu propósito é a valorização de todo o trabalho que tem vindo a ser feito, mas com elementos de inovação que a seu tempo eu indicarei”, continuou. Tal como a Ria já avançou, este domingo, a decisão pelo nome do atual presidente da Assembleia Municipal apanhou muitos de surpresa e a decisão está a provocar grande instabilidade no seio do PSD-Aveiro. Para Luís Souto esta realidade “é normal”. “No enquadramento, mudança de ciclo em que várias seriam as possibilidades… As pessoas foram-se posicionando de acordo com a sua opinião e é perfeitamente legítimo. Agora estamos naquela fase em que a notícia está quente… Para algumas pessoas poderá ter sido uma surpresa e algumas ficaram muito satisfeitas (…) Haverá certamente uma ou outra menos satisfeita, mas eu estou convencido da unidade do partido. Isso é o que me dá também muita força e estou convencido disso”, sustentou. Recorde-se que Simão Santana, presidente da concelhia do PSD-Aveiro que tinha garantido à Ria que a decisão do candidato do PSD à CMA seria devidamente articulada entre a estrutura local, a distrital e a nacional, marcou uma reunião com carácter de urgência para esta segunda-feira, 3 de fevereiro, às 21h30, na sede local do PSD-Aveiro. Sobre o resultado desta reunião, Luís Souto de Miranda referiu preferir “aguardar”. “Eu tenho aguardado sempre serenamente todo este processo (…) Nunca pressionei ninguém no sentido de ser a escolha do meu nome e assim vou continuar. Sei que a minha indicação tem uma força muito grande, porque tem o apoio do presidente do partido e primeiro-ministro [Luís Montenegro]. Eu acho que isso, neste momento, já diz muito. Acredito que todo o partido, em Aveiro, me apoiará. Nem posso imaginar de outra forma ou as pessoas do partido a apoiar o Partido Socialista… Não consigo imaginar esse cenário”, frisou. Questionado também pela Ria quando recebeu o convite, por parte da nacional do PSD, o presidente da Assembleia Municipal optou por não divulgar destacando que “isso são mecanismos internos”. “Com certeza que isto é um processo que foi sendo amadurecido. Não nasceu da noite para o dia (…) É todo um processo em que o partido fez a sua reflexão a vários níveis, estudou várias opções variáveis e foi entendido que o meu nome reunia as melhores possibilidades. Estamos aqui para ganhar e é esse o objetivo”, reiterou. Sobre se o seu nome foi a primeira opção do PSD, a nível nacional, Luís Souto disse que “isso tem de perguntar a quem decidiu” reafirmando que está feliz com a escolha do partido pelo seu nome. “Eu estou muito confiante em que nós vamos ganhar estas eleições. Temos todos os argumentos para ganhar e espero estar à altura do desafio”, salientou. Neste seguimento, o presidente da Assembleia Municipal adiantou que “ainda não é o tempo” para anunciar aquela que será a sua equipa. “Nós vamos agora fazer o levantamento das possibilidades e a seu tempo serão indicadas as pessoas que vão de facto acompanhar essa equipa (…) ganhadora e competente. São estes os critérios”, assegurou. “(…) Ainda agora houve o lançamento do nome… Isto tem as suas fases e a seu tempo será comunicado”, finalizou. A Ria tentou também contactar Simão Santana ao que este referiu que este “é um assunto que está com a direção nacional do partido” e que não tinha “nenhuma declaração a prestar”.
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Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou. O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.
Simão Santana e Rogério Carlos afastam-se da Comissão Política do PSD, Ribau Esteves em silêncio
A reunião estava marcada para as 21h30, na sede do PSD-Aveiro, na Avenida Lourenço Peixinho. A expectativa era grande no seio dos dirigentes sociais-democratas. Desde a intervenção de Ribau Esteves no Congresso Nacional do PSD, em outubro do ano passado - onde apelava à direção nacional do partido para não criar “problemas” na escolha do candidato em Aveiro, pressionando uma solução dentro do seu executivo – muitas foram as movimentações e as jogadas de bastidores no seio do partido. Foi já muito perto da meia-noite que a notícia chegou oficialmente à comunicação social, por via de uma nota de imprensa. “Considerando o processo eleitoral autárquico em curso e as decisões da Comissão Política Nacional, que apenas comunicou o ato consumado ao Presidente da Comissão Política da Secção poucos minutos antes do seu anúncio público, e por considerar que o processo é politicamente lesivo do Partido Social Democrata, apresentei o meu pedido de demissão do cargo de presidente da Comissão Política da Secção de Aveiro do PSD, com efeitos imediatos. Do mesmo modo, demitiram-se ainda os seguintes elementos: Rogério Carlos, vogal”, lê-se na nota enviada pelo presidente demissionário Simão Santana. Fontes próximas do PSD-Aveiro afirmaram à Ria que a decisão de Simão Santana e Rogério Carlos foi vista como “coerente”, pois “a direção nacional do partido ao conduzir todo o processo de escolha de forma unilateral deixou-os sem qualquer margem para continuarem”. O que estes militantes sociais-democratas não conseguem entender é a posição de Ribau Esteves. “É o grande responsável da situação criada e nem apareceu na reunião. Durante todos estes meses passou o tempo a dar entrevistas e a fazer intervenções públicas a criar pressão no Montenegro e agora, depois de tudo o que aconteceu, deixa cair os seus principais soldados sem qualquer comentário ou palavra de apoio? O recato que agora Ribau Esteves está a ter é o recato que não quis ter durante todo este período”, apontam. Recorde-se que Ribau Esteves é o atual Presidente da Mesa da Assembleia de Secção do PSD e, até ao momento, não se associou à demissão dos homens fortes da sua máquina, Simão Santana e Rogério Carlos. A Ria sabe que circula nos bastidores do PSD, a nível local, distrital e nacional, a possibilidade de Luís Montenegro encontrar uma “saída airosa” para Ribau Esteves, de forma a que este não crie mais instabilidade no seio do PSD-Aveiro e declare apoie a Luís Souto de Miranda. Nos próximos dias os dirigentes do PSD-Aveiro voltarão a reunir, desta vez para escolherem uma solução interina depois da saída do atual presidente da secção local, Simão Santana. Alguns dirigentes locais defendem que deverá ser Luís Souto de Miranda a conduzir este processo da escolha do novo presidente da concelhia, pois é o momento do partido estar unido e articulado para disputar as próximas eleições autárquicas.
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Autárquicas 2025: socialista Alberto Souto de Miranda apresenta propostas para habitação
Contrariamente ao que acontece a nível nacional, “o atual Executivo, dispondo de terrenos para construção, anda a alienar os mesmos e renunciou às verbas do PRR, a custo zero, que estavam disponíveis para construir habitação”, começa por referir Alberto Souto no texto introdutório às propostas socialistas para a habitação no município de Aveiro. “A insensibilidade social e o desprezo pela dignidade humana são incompreensíveis”, apontou o socialista no início da sua publicação. Na última assembleia municipal o tema central foi também o da habitação com PS, BE e PCP a votarem contra a alienação de património no valor de 15,1 milhões de euros. A oposição ao atual executivo consideraram que a venda vai contribui para a diminuição da quantidade de terrenos e imóveis disponíveis para investimento futuro em habitação social e consequentemente para o aumento da bolha imobiliária na cidade. Como soluções, o socialista aponta a aprovação da Estratégia Local de Habitação, “instrumento legal indispensável para planeamento e financiamentos”, repara Alberto Souto. O socialista apresentou ainda o “Programa comprar para arrendar”, onde o município contratualizaria com operadores imobiliários a aquisição de imóveis habitacionais que seriam depois “colocados diretamente no mercado de arrendamento acessível”. Alberto Souto sublinhou ainda a necessidade de “dar resposta imediata às situações urgentes através de um «Programa de arrendamento e subarrendamento municipal»”, propondo que o município assuma o arrendamento a preço de mercado e subarrende “a preços mais acessíveis a quem deles necessitar, suportando o diferencial”, lê-se nas propostas apontadas. Alberto Souto abre portas também à negociação com os proprietários de Alojamento Local (AL), propondo “o arrendamento na época baixa, para dar resposta a situações de resposta imediata” e a criação de um programa que estimule a “transferência dos AL para o mercado de arrendamento”. Apoiar a construção a custos controlados, incentivar a construção de prédios para arrendar e a reabilitação de “todos os bairros sociais (negociando com o IHRU)” são também ideias que constam das propostas apresentadas pelo candidato socialista às eleições autárquicas. No que toca à esfera das residências universitárias, Alberto Souto propõe “negociar com a Universidade e com privados a cedência de terrenos para a construção de residências universitárias”, utilizando a negociação com o Estado de mobilização “do terreno em frente ao Tribunal para habitação/residência universitária” assim como a “a transformação do estabelecimento prisional de Aveiro em residência universitária”. Com a Universidade, o socialista propõe ainda negociar “a transformação dos silos da antiga Moagem” para residência universitária.