RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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GNR apreendeu quase duas toneladas de amêijoa sub-dimensionada em Aveiro

A Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR apreendeu 1.750 quilos de amêijoa-japonesa sub-dimensionada em Aveiro, informou hoje aquela força de segurança.

GNR apreendeu quase duas toneladas de amêijoa sub-dimensionada em Aveiro
Redação

Redação

27 jan 2025, 14:01

Em comunicado, a GNR esclareceu que os bivalves foram apreendidos durante uma ação de fiscalização destinada a garantir o cumprimento das normas de comercialização e transporte de moluscos bivalves vivos que decorreu na sexta-feira.

Segundo a mesma nota, os militares da Guarda inspecionaram uma viatura que transportava amêijoa-japonesa com dimensões inferiores às legalmente estabelecidas, motivo que levou à apreensão do produto.

"No seguimento da ação, foi ainda identificado o condutor, um homem de 32 anos, e elaborado o respetivo auto de contraordenação, com uma coima que pode atingir os 125 mil euros", refere a GNR, adiantando que os bivalves apreendidos, depois de verificação higiossanitária, serão destruídos.

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Reitor da UA nomeado ‘profissional do ano’ pela Rotary Club de Aveiro
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Reitor da UA nomeado ‘profissional do ano’ pela Rotary Club de Aveiro

Em declarações à Ria, Senos Matias, presidente do Rotary Club de Aveiro deu nota de que os rotários, “sendo um grupo de profissionais homenageiam sempre uma personalidade que se distingue não só pelo seu trabalho profissional, mas pelo seu impacto na sociedade”. No caso do professor e reitor Paulo Jorge Ferreira, o presidente do Rotary de Aveiro destacou a carreira profissional como professor universitário, sublinhando os prémios científicos ganhos e “toda a sua atividade editorial em revistas científicas”. A sua eleição para reitor é também um dos aspetos destacados para a atribuição da distinção. “A partir de 2018 o papel do professor Jorge Paulo Ferreira na Universidade de Aveiro tem sido muitíssimo importante: quer na projeção da universidade no país, quer no estrangeiro”, enfatizou Senos Matias. A homenagem vai ser prestada no jantar de ‘Homenagem ao Profissional’ que se realiza no próximo dia 10 de fevereiro, pelas 20h no Hotel Imperial. O Rotary Club é uma rede global que trabalha no sentido de solucionar problemas mundiais. A organização tem como missão “servir ao próximo, difundir a integridade e promover a boa vontade, paz e compreensão mundial por meio da consolidação de boas relações entre líderes profissionais, empresariais e comunitários”, lê-se no site.

"Casa de Memória" em Aveiro vai reunir espólio "tratado quase como lixo"
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"Casa de Memória" em Aveiro vai reunir espólio "tratado quase como lixo"

“Temos o projeto em curso com o objetivo de até final do primeiro semestre deste ano lançarmos o concurso público da obra”, disse o presidente da Câmara de Aveiro, durante a apresentação do projeto que irá nascer no espaço do antigo Colégio Dr.º Alberto Souto, em Aradas. Ribau Esteves explicou ainda que o novo edifício, designado de “Casa de Memória”, vai reunir todo o espólio da autarquia, incluindo fundos diversos da Câmara, onde se integra a Imagoteca, o Museu de Aveiro/Santa Joana e o Teatro Aveirense, o banco do azulejo e reservas de museus, que se encontra disperso por vários locais. O autarca criticou ainda a “forma inacreditavelmente desajeitada”, como o anterior executivo tratou o arquivo municipal, que "estava completamente ao monte, tratado quase como lixo, disperso por uma série de edifícios municipais, desde o estádio, o parque de feiras, as instalações dos serviços municipalizados, e sem cadastro”. Todo o material em reserva, segundo Ribau Esteves, vai passar a estar disponível para poder ser consultado por investigadores ou meros curiosos. “Vamos ter um edifício para guardar, cuidar e partilhar, porque a lógica do edifício não é uma lógica tradicional de guarda, é uma lógica de espaço aberto, de edifício cultural”, afirmou. A “Casa de Memória” faz parte do Quarteirão de Artes e Cultura de Aveiro, no âmbito do projeto de reconversão do antigo colégio dr.º Alberto Souto – Creative Change Academy, em Aradas, que se encontra na fase de estudo prévio e que representa um investimento global de 16 milhões de euros. A maior parte deste valor vai para a “Casa de Memória”, que está orçada em cerca de 8,5 milhões de euros. Na mesma zona irá ainda surgir um espaço de criação, que inclui uma “Black box”, uma residência artística e um espaço de trabalho e criação, num investimento de seis milhões de euros, ficando os restantes 1,5 milhões de euros para os arranjos exteriores. Na mesma ocasião, foi assinado o acordo de adesão do município de Aveiro à Rede Portuguesa de Arquivos que irá permitir alcançar, por esta via, maior visibilidade e contribuindo para uma maior difusão do património arquivístico do concelho. “A rede tem um conjunto vasto de vantagens, partilha de informação, entrada em redes europeias, a que a nossa direção-geral já está integrada, para partilhas de documentação, de boas práticas”, realçou o autarca. A decisão de integração nesta Rede teve em conta as funções atribuídas ao Arquivo Municipal de Aveiro, com competências e instrumentos que lhe permitem conservar, organizar, descrever arquivisticamente e disponibilizar toda a documentação que lhe é confiada, bem como o investimento que a autarquia tem realizado na informatização e digitalização da documentação do Arquivo Municipal.

Aveiro quer inscrever produção do sal no Inventário do Património Cultural Imaterial
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Aveiro quer inscrever produção do sal no Inventário do Património Cultural Imaterial

O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, um dia depois do aniversário do testamento da Condessa Madona Dias ao Convento de Guimarães, em que aparece a primeira referência escrita ao sítio de Aveiro e à prática da salicultura. “Depois de termos conseguido alcançar esse objetivo importante para o culto de Santa Joana e para a Festa de São Gonçalinho, anunciamos hoje esse trabalho que já estamos a fazer, e que vamos formalizar, proximamente, da inscrição da produção tradicional do sal do Aveiro no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial”, disse o presidente da câmara. Ribau Esteves explicou que o principal objetivo desta candidatura é preservar este património que faz parte da história de Aveiro. “Há aqui um objetivo primeiro que é guardar formalmente esta memória em registo formal e por aí também criar incentivo para a sua preservação, aumentar a atratividade para o seu conhecimento. São objetivos de primeira linha que nós temos com esta inscrição que queremos fazer”, explicou o autarca. A extração de sal é uma atividade milenar em Aveiro, havendo registos da sua prática na região datados de 959, variando a área ao longo dos séculos, consoante as alterações morfológicas da própria ria. De grande relevância económica no passado, sendo, a par da cerâmica, um dos produtos exportados pela região para vários países, a exploração do salgado aveirense, com uma área de quase 2.600 hectares, entrou em declínio e, atualmente, são já poucas as marinhas que se mantêm em atividade. “Em produção são um pouco mais de meia dúzia, não chega a uma dúzia, arredondando a conta”, precisou o autarca. Atualmente, os métodos ancestrais da produção do sal artesanal em Aveiro ainda podem ser observados no Ecomuseu Marinha da Troncalhada, uma salina que foi adquirida pela autarquia em 1995 e transformada num museu ao ar livre.

Alberto Souto de Miranda: que ideias defende para a cidade de Aveiro no seu livro?
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Alberto Souto de Miranda: que ideias defende para a cidade de Aveiro no seu livro?

Foi há cerca de um mês, numa sala de um conceituado hotel da cidade, com vista para uma das obras que mais se orgulha - o Lago do Cais da Fonte Nova, que Alberto Souto de Miranda apresentou o seu livro com 101 ideias para o futuro de Aveiro. Na plateia identificavam-se vários familiares, amigos, atuais e antigos dirigentes políticos (da esquerda à direita), académicos, empresários, militantes socialistas e cidadãos comuns. O livro está distribuído por 11 capítulos – Espaço Público, Rasgar Novos Canais e Valorizar o Plano de Água Existente, A Estatuária e a Decoração Urbanas, Zonas Verdes, Mobilidade/Parques de Estacionamento, Equipamentos Desportivos e Lazer, Políticas Sociais e Equipamentos, Equipamentos Culturais, Urbanismo e Habitação, Ambiente e Alterações Climáticas e Projeto Transversais. Os interessados poderão comprá-lo na Livraria Gigões & Anantes, na Livraria Socodante e na ABC – Livraria e Papelaria. Correndo o risco de ser interpretado com o seu programa eleitoral para as próximas eleições autárquicas, Alberto Souto esclarece logo no início do livro que “não é um programa pré-eleitoral” e justifica: “a sua lógica não é a de apresentar só propostas politicamente corretas, sensatas e imediatamente exequíveis, nem propostas para dar respostas a todas as vertentes que o poder autárquico tem que responder”, reconhecendo inclusive que algumas das propostas seriam “inviáveis no curto período de quatro anos e outras podem ficar desatualizadas rapidamente em função de novas dinâmicas que incidam sobre o território”. Entende-se, por isso, que Alberto Souto, com a publicação deste tipo pretendeu marcar o debate sobre o futuro do Município de Aveiro, em vésperas das eleições autárquicas de 2025 e do seu anúncio como candidato pelo PS. No fundo, um exercício de imaginação da cidade que defende, sendo de esperar que algumas das ideias que integram este livro venham a ser incluídas no programa eleitoral que irá apresentar, em conjunto com o seu partido, nas próximas eleições. Mas afinal de contas que ideias são estas? O que defende o antigo presidente socialista para o Município de Aveiro? A Ria selecionou 5 das 101 ideias apresentadas neste livro. Uma das obras mais polémicas da liderança de José Ribau Esteves à frente da autarquia aveirense foi a obra de requalificação do Rossio. No centro das críticas estava o abate das árvores existentes, a criação de um parque de estacionamento subterrâneo a ainda um projeto adjudicado por cerca de 12 milhões de euros que terminou, na realidade, por custar mais de 20 milhões de euros aos cofres da autarquia aveirense. No seu livro, Alberto Souto afirma que este foi “um projeto infeliz”, “um erro estratégico” e “um projeto falhado”, recordando que “mobilizou a maior manifestação cívica dos últimos anos em Aveiro” [manifestação em que o próprio participou] e que, agora, “importa minorar os danos causados”. Para tal, lança as seguintes propostas: voltar a enterrar os alicerces da Capela de São João – que diz que não têm “interesse arqueológico” - e “plantar árvores nesse local”; replantar a linha de árvores outrora existente, iluminando-a; plantar as palmeiras “para repor a identidade” [afirma que a “a doença que afetou as palmeiras é combatível e evitável”]; abrir um concurso internacional de ideias para instalação no terreno de uma “estrutura leve, coberta, arquitetonicamente icónica” de forma a criar “alguma sombra, algum resguardo” e um “equipamento que acolha eventos de dimensão média”; substituir o atual parque infantil - que denomina como “paupérrimo” – por um “com mais imaginação e expressão”; colocar campos de “street basket” e ainda instalar “um parque de equipamentos de exercício físico adequados a todas as idades”. Vista por muitos como a principal artéria da cidade de Aveiro é, inevitavelmente, uma das obras mais marcantes dos mandatos de José Ribau Esteves, inaugurada em maio de 2023. Se existia um consenso generalizado relativamente à necessidade da sua requalificação, o mesmo já não se pode dizer sobre o projeto executado que foi alvo de duras críticas por parte dos partidos da oposição e de associações cívicas ligadas à mobilidade urbana em bicicleta. No centro das críticas, a criação de uma via partilhada entre veículos de transporte público e bicicletas, a retirada do separador central, o abate de árvores e ainda a “complicação do trânsito e da mobilidade” com o “afunilamento de umas das vias em várias zonas da artéria”. Alberto Souto chama-lhe uma “transformação radical” e uma “oportunidade perdida”, apesar de reconhecer como “positivo” o aumento da “largura dos passeios laterais”. Para o futuro, defende que é necessário “restituir à Avenida a sua função de Alameda”, e por isso torná-la um “espaço público sobretudo vocacionado para as pessoas, sendo a circulação automóvel condicionada e residual, exceto para transportes públicos”. É nesse sentido que propõe a retirada definitiva de todos os lugares de estacionamento, a construção de um parque subterrâneo; a transformação dos atuais lugares de estacionamento numa faixa para transporte público e para “mini-autocarros autónomos elétricos”; a atribuição de uma faixa “limitada drasticamente a circulação viária para moradores” e para “cargas e descargas”; e recuperar o separador central característico da “antiga” avenida, plantando árvores e construindo uma “pista ciclável”. O candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro propõe a criação de um novo canal entre o Canal de S. Roque e a Capela das Barrocas, reconhecendo, no entanto, que “o recente projeto urbanístico [previsto para aquela zona] pode comprometê-lo”. Na sua ideia está “permitir o acesso por barco até às proximidades da capela, rematando numa escadaria monumental para vencer a diferença de cotas”. Segundo Alberto Souto “o canal e a escadaria serviriam para pontuar o novo parque de baixa das Barrocas e permitir visitar um dos nossos monumentos mais originais”. Para esta rua, Alberto Souto defende um “projeto de revitalização comercial que promova e preserve o comércio de proximidade”. Sugere a colocação de uma “cobertura transparente ao longo da rua” que pretende instalar “por cima dos telhados dos edifícios”, ou seja, uma transformação desta rua numa galeria para “dar vida comercial e animação cultural ao centro histórico”. Para o coração da "baixa" da cidade, Alberto Souto propõe criar uma "praça de dimensão relevante", unindo a praça Melo Freitas com a Praça 14 de Julho, afirmando no livro que já no passado teve esta ideia e que "as opiniões eram mais favoráveis do que adversas". Apesar de reconhecer que "a proposta era muito radical e sensível", o antigo presidente da CMA diz que é "o tipo de intervenção que talvez justifique um referendo" e afirma que a proposta "valoriza muito a Praça Melo Freitas e transforma-a no coração mais vibrante da baixa", sugerindo que "as esplanadas dos cafés laterais podem estruturar-se e o remate dos arcos seria mantido". Por último, sugere ainda o regresso da "fonte que foi retirada nos anos 70 e que atualmente está por cima da antiga Caixa Geral de Depósitos". Recorde-se que a secção de Aveiro do Partido Social Democrata (PSD) lançou um comunicado sobre o conteúdo deste livro, chamando-lhe “um trágico regresso ao passado”. “Irrealismo, imitação, falta de compromisso com entidades financiadores nacionais e europeias, megalomania e regresso à bancarrota, é o que de forma muito direta e objetiva está escrito e descrito no documento divulgado”, consideraram na altura os sociais-democratas, numa nota de imprensa enviada à Ria. “Alberto Souto foi coerente com a sua governação e do Partido Socialista à frente da Câmara de Aveiro entre 1998 e 2005: se algum dia o PS e Alberto Souto voltassem a gerir os destinos do Município, então Aveiro estaria a poucos anos de uma nova situação de falência institucional e financeira”, observa ainda a referida nota.

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Trotinetas elétricas partilhadas chegam a Águeda depois das bicicletas
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Trotinetas elétricas partilhadas chegam a Águeda depois das bicicletas

A instalação desta rede de trotinetas elétricas de uso partilhado junta-se às bicicletas elétricas de uso partilhado (beÁgueda), um projeto que tem sido ampliado às freguesias, com mais bicicletas e mais parques. A iniciativa “integra a estratégia municipal na área da mobilidade suave e na promoção de políticas de sustentabilidade”, refere uma nota de imprensa da autarquia do distrito de Aveiro. A Câmara de Águeda vai ter o sistema de trotinetas elétricas de uso partilhado disponível em vários locais espalhados pela cidade, tal como já acontece com as bicicletas elétricas. De acordo com a nota, o protocolo aprovado na última reunião do executivo “vai disponibilizar a rede de trotinetas elétricas na cidade, em locais estrategicamente definidos e cumprindo as regras pela legislação em vigor para este tipo de transporte”. Vão ser disponibilizados, com base no protocolo, um total de 200 trotinetas elétricas, “que vão poder circular no perímetro urbano da cidade e zonas adjacentes, desde Recardães a Catraia de Assequins e Trofa, bem como nas zonas industriais de Barrô, Casarão e Macinhata do Vouga”. “Desenvolvemos, desde os últimos anos, uma aposta forte e estratégica na mobilidade suave e na implementação de medidas de sustentabilidade e esta iniciativa alinha-se nesse posicionamento”, disse Edson Santos, vice-presidente da autarquia. Segundo o autarca, esta é mais uma forma de “proporcionar aos cidadãos alternativas para circular na cidade, mais amigas do ambiente e que, simultaneamente, promovem o bem-estar e incentivam a um estilo de vida ativo e saudável”.

Mais de meio milhão de euros investidos no Carnaval de Estarreja
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Mais de meio milhão de euros investidos no Carnaval de Estarreja

O Carnaval de Estarreja mantém a aposta na diversificação das expressões artísticas, anunciando o desfile de quatro escolas de samba, oito grupos de folia, um grupo de passerelle, 17 carros alegóricos e mais de 1300 figurantes, informa uma nota de imprensa. Além do corso há um programa complementar com oficinas, projetos, espetáculos e concertos para diferentes idades, numa programação que começa a 22 de fevereiro e termina a 04 de março, repartindo-se entre o Parque do Antuã e a Praça Francisco Barbosa.  “O município de Estarreja continua a investir na qualidade deste evento âncora da cidade, que em 2024, teve um impacto económico para o território de um milhão de euros”, disse Isabel Simões Pinto.

Hospital da Feira melhora resposta a “tratamentos involuntários” por razões de saúde mental
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Hospital da Feira melhora resposta a “tratamentos involuntários” por razões de saúde mental

O protocolo assinado para o efeito pela referida estrutura – que tem sede no Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira, e a partir daí também gere as unidades de saúde de Arouca, Oliveira de Azeméis, Ovar, São João da Madeira e Vale de Cambra – envolve a Direção-Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais, o Instituto para os Comportamentos Aditivos e Dependências, a Procuradoria da República da Comarca de Aveiro e o respetivo Tribunal Judicial. Miguel Paiva, presidente do conselho de administração da ULS EDV, diz que o projeto é “inovador em Portugal ao nível da colaboração entre várias instituições de ministérios diferentes para resposta a situações sinalizadas que exijam tratamento involuntário” e acredita que a nova estrutura vai “ajudar a cumprir melhor” os objetivos da nova legislação relativa à Saúde Mental, em concreto a Lei 35/2023, que regula o tratamento involuntário dos portadores de doença mental. “Na prática, só os tribunais podem determinar que um cidadão precisa de tratamento, mesmo que seja contra a sua vontade, mas a lei permite que isso seja requerido também pelas pessoas mais próximas do doente, por autoridades de saúde e pelo Ministério Público. O problema é que há várias dificuldades em adequar a resposta dos serviços de saúde e é isso que esta nova esquipa quer ajudar a resolver, garantindo intervenções adequadas a cada situação concreta e rapidez na sua implementação”, declara o administrador à Lusa. O novo formato desta colaboração interinstitucional já esteve a ser testado “informalmente” e logo como primeiro mérito tem o de resolver questões básicas como “dificuldades de linguagem” resultantes da terminologia específica de cada entidade. Um dos médicos envolvidos no projeto, Bernardo Gomes, explica: “só pelo facto de a nova equipa agora ter procedimentos próprios e vias de acesso interpessoal mais rápidas, evitam-se mails, telefonemas, mal-entendidos e respostas tortas em contexto de trabalho”. Além dessa “diminuição do ruído na comunicação entre instituições”, a fase experimental do projeto conduziu também a “menos burocracia” e a soluções mais adequadas para casos que não são necessariamente de caráter judicial. Um exemplo: “Pode haver uma pessoa que vive sozinha, que nega ter necessidades de tratamento e, nas reuniões da nova equipa, vai-se tentar arranjar solução personalizada para convencê-la a ter acompanhamento clínico” ou então recomendar ao tribunal “que a convoque para uma avaliação clinico-psicológica e decidir se ela tem condições de viver sozinha”. Outro caso: “Alguém tentou suicidar-se. Fisicamente, a pessoa já está bem, mas a equipa vai verificar ‘a posteriori’ se ela recebeu o devido acompanhamento e evitar que se repita a tentativa de suicídio”. Um terceiro exemplo da intervenção da nova estrutura: “Há uma pessoa com problemas de saúde mental implicada num processo-crime. A pena pode ser substituída por uma obrigação legal de tratamento, se se articular devidamente uma solução terapêutica em vez da judicial”. Bernardo Gomes diz que o objetivo de todas as intervenções da nova equipa interinstitucional é, em suma, “aumentar os níveis de adesão ao tratamento de problemas de saúde mental, prevenir a recorrência de atos violentos motivados pela doença e aumentar a reinserção social das pessoas que tenham problemas dessa ordem”.

Mau tempo: Proteção Civil registou 48 ocorrências até às 07:00
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Mau tempo: Proteção Civil registou 48 ocorrências até às 07:00

“Entre as 00:00 e as 07:00 tivemos 48 ocorrências, a maioria quedas de árvores, inundações e limpezas de via motivadas pela chuva e vento”, disse à agência Lusa, José Rodrigues da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Segundo José Rodrigues, as regiões mais afetadas foram Aveiro (nove incidentes) e Oeste (seis), e as restantes distribuídas pelo restante território do continente. “Nas ocorrências foram mobilizados 170 operacionais, com o apoio de 69 meios terrestres”, indicou. Portugal tem estado sob o efeito da depressão Herminia com chuva, vento e agitação marítima fortes, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Devido ao mau tempo, o IPMA colocou os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga até às 12:00 de hoje sob aviso vermelho por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de ondas de noroeste com 07 a 08 metros de altura significativa, podendo atingir 14 metros, e vão voltar a estar na quarta e quinta-feira. O IPMA emitiu também aviso vermelho por causa do estado do mar para os distritos de Faro, Setúbal e Beja entre as 03:00 e as 06:00 de quinta-feira. Foram igualmente emitidos avisos de chuva e vento forte para quarta e quinta-feira. O Instituto prevê a partir da madrugada de quarta-feira precipitação forte no norte e centro e rajadas de vento entre os 80 a 100 quilómetros por hora no litoral oeste e terras altas e agitação marítima devido à passagem da depressão Ivo.