RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Pedro Mónica apresenta projeto autárquico para São Bernardo com a equipa toda em palco

A ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) apresentou Pedro Mónica como candidato à Junta de Freguesia de São Bernardo, num evento marcado pela apresentação de propostas, elogios a Ribau Esteves e críticas à gestão socialista.

Pedro Mónica apresenta projeto autárquico para São Bernardo com a equipa toda em palco
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
19 jul 2025, 12:45

O final da tarde de sexta-feira, dia 18, ficou marcada na freguesia de São Bernardo pela apresentação do candidato à Junta de Freguesia por parte da Aliança Mais Aveiro. Pedro Mónica subiu ao palco, instalado no Parque Infantil de São Bernardo, juntamente com a sua equipa, para apresentar aquele que considera ser o “melhor projeto” para a freguesia.

Foram várias as propostas apresentadas pela candidatura da ‘Aliança Mais Aveiro’ para a freguesia de São Bernardo, com o local que serviu de pano de fundo para a apresentação de Pedro Mónica a ser apontado como um dos locais a ser intervencionados de forma prioritária. “O local onde nos encontramos será a futura alameda Padre Félix, que além de homenagear o homem que tanto fez pela nossa terra, pretende que seja a nova centralidade da nossa freguesia. E com o apoio da nossa Câmara Municipal, será uma realidade”, anuncia Pedro Mónica no seu discurso.

A requalificação “do edifício da sede da junta e da Sociedade Musical de Santa Cecília, com a ampliação prevista”, os “projetos do corredor ecológico e do Parque da Quinta do Peixinho”, a construção de “uma nova via de ligação de acesso à variante 235” e a requalificação “da rotunda da Cruz Alta” são também algumas das empreitadas e vontades apontadas pela candidatura da ‘Aliança Mais Aveiro’ para o seu mandato. A limpeza e manutenção dos espaços verdes e arruamentos são ainda apontadas como características do atual executivo e algo que o agora candidato pretende manter.

O desporto é também um ponto que mereceu a redobrada atenção por parte de Luís Souto de Miranda e Pedro Mónica. “É bom lembrar que a Câmara Municipal de Aveiro fez um investimento muito grande naquela infraestrutura [Pavilhão Desportivo de São Bernardo]”, afirma Luís Souto. “Penso que chegou a altura de investir mais, requalificar este mesmo pavilhão, dar um novo impulso à prática desportiva dos nossos jovens e de toda a comunidade”, atenta o candidato à Câmara de Aveiro. “Vamos transformar aquele espaço num verdadeiro polo de excelência desportiva e de lazer”, avança.

À Ria, Pedro Mónica afirma que “Aveiro precisa de infraestruturas desportivas” e o projeto da Aldeia Desportiva de São Bernardo “foi um projeto inovador”. “O grande objetivo é criar também ali uma zona, no perímetro à volta daquela zona, que também chame as pessoas para prática desportiva”, anuncia o candidato à freguesia.

Antigo centro de saúde mental é “dossiê prioritário”, com a vida das associações e coletividades a serem chamadas à mesa por Pedro Mónica

“Um dossiê prioritário” é, tanto para Pedro Mónica como para Luís Souto de Miranda, o antigo centro de saúde mental. “Vamos pôr mãos à obra, resolver aquele problema e dar nova vida a um espaço e criar com ele uma nova centralidade para São Bernardo e para todo o município de Aveiro”, aponta Luís Souto de Miranda no seu discurso.

À Ria, Pedro Mónica frisa que o antigo centro de saúde mental “é dos melhores espaços que Aveiro tem neste momento”, por se encontrar próximo do centro da cidade. O candidato à freguesia aponta que se continua a prestar serviços de “apoio a todas as pessoas que têm uma dependência de algo” no local, mas defende que “é preciso criar condições mais dignas para prestar aquele serviço às pessoas”.

O espaço é, segundo Pedro Mónica, “uma pescadinha de rabo na boca”, aproveitando o tema para criticar a gestão autárquica de Alberto Souto de Miranda. “Houve uma promessa - não desta câmara, mas de câmaras anteriores - em distribuir o espaço do antigo centro de saúde mental para as associações de São Bernardo. Houve um protocolo que foi assinado em 98/99 e o que é certo é que quando as associações e as coletividades começaram a pedir esse espaço, viemos a chegar à conclusão de que afinal a Câmara nunca poderia ter feito esse protocolo porque o terreno e o edifício não eram deles”, afirma Pedro Mónica.

Para o candidato, a solução passa por tornar o espaço um local que integre a população e “que aquele espaço abandonado seja utilizado”, frisando a falta de espaços como uma das principais dificuldades da vida das associações e coletividades de São Bernardo. O antigo centro de saúde mental é, assim, visto como uma possibilidade para acolher tanto o serviço que lá continua a funcionar, como também a atividade das associações. No âmbito do associativismo, Pedro Mónica não esconde também a vontade de uma eventual “reativação da Associação de Jovens de S. Bernardo”.

Ainda sobre o antigo centro de saúde mental, Luís Souto de Miranda afirma que “logo após a posse, iniciarei negociações com o governo e com todas as entidades competentes para garantir uma solução definitiva, uma solução que respeite e defenda os interesses de São Bernardo e de todo o município”, reparando que a candidatura da Aliança Mais Aveiro tem “condições para garantir essa sintonia política entre a junta, a câmara e o governo do país”. À Ria, Luís Souto de Miranda esclarece que “são décadas em que nada ali é resolvido”, frisando, no entanto, que o edifício “é da administração central”.

Luís adianta a possibilidade de ali se desenvolver “um centro de saúde”, mas afirma que a solução terá de ser estudada junto do Governo.” “O que nós não vamos permitir é que aquela área fique no esquecimento”, assegura Luís Souto. “Acho que temos ali uma oportunidade, até por força dos terrenos que a câmara ali tem, e, portanto, queremos olhar para aquilo com um sentido futuro. E vamos falar muito com o governo sobre isso e muito em breve”, reafirma.

Os cuidados de saúde são também uma preocupação da candidatura da Aliança em São Bernardo. Pedro Mónica alerta que os cuidados primários de saúde na freguesia “ainda utilizam as instalações cedidas pela paróquia há mais de 40 anos”. “Reconhecemos que nos últimos anos estes serviços de saúde, embora parcialmente deslocados para Oliveirinha, tiveram uma melhoria considerável na resposta para a nossa população, mas que obriga a deslocação de alguns quilómetros, tendo muitas vezes que pagar um valor elevado no transporte. Por isso, julgamos que melhores condições deverão ser estudadas pelo simples facto de que as atuais instalações de São Bernardo, mesmo renovadas, não servem a população como se deseja”, repara.

Apresentação de Pedro Mónica não poupou críticas a Alberto Souto e elogios a Ribau Esteves

À semelhança da apresentação de Rui Cordeiro, também a apresentação de Pedro Mónica contou com críticas à candidatura e gestão autárquica do socialista Alberto Souto de Miranda e com elogios à liderança de José Ribau Esteves. “Todos nos lembramos do que foi viver com uma câmara endividada, incapaz de cumprir os seus compromissos, sem margem para investir no que verdadeiramente importa às pessoas. Não devemos esquecer isso, não podemos esquecer. Porque foi com muito trabalho, com muito rigor, com muita responsabilidade que conseguimos recuperar a saúde financeira do nosso município”, atira Luís Souto de Miranda.

Luís Souto reforça ainda que a candidatura da Aliança Mais Aveiro “é um compromisso que assumimos com seriedade”, apontando que “da nossa parte, não estamos aqui para prometer tudo a todos, estamos para continuar a servir com responsabilidade com verdade, com os pés assentes no chão”. “Não confundimos ambição o querer com a imprudência”, frisa. Alerta que o projeto de Pedro Mónica “é arrojado (…) mas foi também previamente validado comigo e tem e faz parte também do meu compromisso”.

O candidato social-democrata aproveitou ainda para criticar a publicação de Alberto Souto de Miranda, onde o mesmo acusa o atual executivo de ser irresponsável pela abertura de “concursos de milhões” em final de mandato. “Nas últimas semanas, chegaram a propor rasgar contratos, o que apresenta o minar da confiança no município. Com isso, afastam empresários e com eles o investimento, a criação de riqueza e de emprego; dizem-se socialistas, mas ameaçam os trabalhadores”, atira Luís Souto de Miranda.

“Temos de trabalhar muito até dia 12 de outubro na divulgação do nosso projeto, das nossas equipas, porta a porta, amigo a amigo, familiar a familiar. Vamos ganhar as eleições para a Junta de Freguesia de São Bernardo, para a Assembleia Municipal, para a Câmara Municipal”, assegura Luís Souto de Miranda, que fez questão de lembrar que atualmente o PSD/CDS-PP/PPM “é poder em todas as freguesias”.

Também Henrique Vieira, atual presidente da Junta de Freguesia de São Bernardo, subiu a palco para apoiar a candidatura de Pedro Mónica, para lembrar a sua gestão e criticar o socialista. “Foi um privilégio servir esta comunidade e trabalhar incansavelmente para melhorar a vida de todos”, começa por afirmar o atual presidente de São Bernardo. O autarca lembrou várias das empreitadas levadas a cabo pelo seu executivo, transmitindo acreditar que Pedro Mónica “é o líder certo para dar continuidade aos projetos que estão aí na forja e levar a nossa comunidade ao próximo nível”.

Também Henrique Vieira aproveitou a ocasião para “denunciar aqueles que fazem promessas megalómanas e que deixaram o nosso município na bancarrota: as empresas e as juntas sentiram isso na pele”. Henrique atenta para os mandatos de Élio Maia e para o primeiro mandato de José Ribau Esteves como alturas em que o município e as Juntas estiveram “amarrados às dívidas e penhoras provocadas pelo Partido Socialista”. “Felizmente, Ribau Esteves conseguiu pôr as contas em dia. Não queremos, nem vamos permitir o regresso ao passado”, frisa.

A iniciativa contou ainda com a presença de Ana Oliveira, presidente da Comissão Concelhia do CDS-PP, bem como de Sara Ferreira em representação da Comissão Concelhia do PSD. Também Leonardo Maio e Carlota Braga, representantes, respetivamente, da Juventude Social Democrata de Aveiro (JSD) e da Juventude Popular, marcaram presença no evento.

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Urgências de Obstetrícia e Ginecologia de Aveiro encerradas este fim de semana
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As urgências de Obstetrícia e Ginecologia dos hospitais de Almada (Garcia de Orta), Setúbal, Aveiro e Leiria e a de Ginecologia de Vila Franca de Xira vão estar encerradas no sábado, o mesmo acontecendo com a urgência de Pediatria de Vila Franca de Xira. No domingo estarão fechadas as urgências de Ginecologia/ Obstetrícia de Almada, Setúbal, Vila Franca de Xira, Santarém, Aveiro e Leiria, mantendo-se igualmente encerrada a urgência de Pediatria em Vila Franca de Xira. Hoje estão encerradas quatro urgências de Ginecologia e Obstetrícia: Aveiro, Santarém, Barreiro e Almada. Quanto às urgências referenciadas, que apenas recebem casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou pela linha SNS 24, o portal indica que funcionarão neste regime no sábado e no domingo as urgências pediátricas do Hospital Amadora-Sintra (entre as 00:00 e as 08:00 e as 20:00 e 24:00) e do Hospital Beatriz Ângelo (Loures). Também a funcionar neste regime de referenciação estão as urgências de Obstetrícia e Ginecologia dos hospitais de Braga e S. Francisco Xavier (Lisboa), tanto no sábado como no domingo. No dia de hoje, o portal indica que estão referenciadas as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do São Francisco Xavier e do Hospital de Braga, assim como a urgência de Pediatria do Amadora-Sintra, esta última durante a noite (das 20:00 às 24:00). As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

Iniciativa Liberal critica posição da Câmara relativamente aos artistas de rua
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“A Câmara de Aveiro quer que todos os contribuintes paguem aos artistas de rua. O que é só mais um absurdo vindo da câmara nesta questão”, começa por apontar o comunicado do partido da IL. No texto lê-se ainda que a autarquia “persegue artistas com a Polícia Municipal, impede atuações espontâneas, recusa rever o regulamento prometido”, quer agora “transformar arte livre em programação oficial”. As críticas surgem após a reportagem da Ria que dá nota das barreiras denunciadas pelos artistas de rua. “Em vez de permitir que os artistas trabalhem e ganhem a vida com liberdade, propõem um modelo centralizado”, continua o partido. “Só atua quem for escolhido e pago pela Câmara”, denunciam. O partido considera ainda que o modelo adotado pela autarquia quer controlar ao invés de apoiar a cultura. “Eventualmente mais um contrato feito com as empresas do costume”, atiram. O comunicado avança ainda que a Iniciativa Liberal “propõe o contrário”, defendendo “licenciamento simples e acessível” e “liberdade para atuar, com regras proporcionais”. Prometem, ainda, atuar “sem favoritismos nem perseguições”, ainda que apontem acreditar ser necessária “fiscalização”. “A cultura vive da liberdade, não da autorização do presidente da Câmara”, frisam. “Só com uma cultura viva e acessível é que Aveiro será, verdadeiramente, uma cidade de cultura”, considera o partido.

Celme Tavares é a candidata do BE à presidência da Junta de Freguesia de Santa Joana
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Celme Tavares é a candidata do BE à presidência da Junta de Freguesia de Santa Joana

Celme Tavares é licenciada em Ciências da Comunicação e mestre em Comunicação e Multimédia e membro suplente das Comissões Paritária e de Trabalhadores da Universidade de Aveiro. Integra ainda a Comissão Coordenadora Concelhia de Aveiro do Bloco de Esquerda e tem representado o BE na Assembleia Municipal de Aveiro. É ainda eleita na Assembleia de Freguesia de Santa Joana, “estando a cumprir o seu segundo mandato e tem como principais prioridades para esta campanha autárquica a habitação, mobilidade e acessibilidade, transportes e qualidade de vida dos cidadãos”, realça uma nota enviada à Ria. Nessa nota, o BE esclarece que a candidata defende uma “governação de proximidade”, com “transparência e envolvimento da população nas decisões da autarquia e soluções para os problemas mais imediatos que afetam a população: acesso à habitação, melhoria e limpeza do espaço público, reforço da mobilidade sustentável e do compromisso da autarquia com o ambiente e proteção dos recursos naturais, bem como o reforço de respostas sociais dirigidas aos mais idosos e pessoas vulneráveis”. A candidatura defende ainda “respostas sociais, económicas e culturais que vão ao encontro da diversidade das necessidades dos seus habitantes”. Sobre a equipa refere que a mesma estará empenhada na transformação para uma Santa Joana “aprazível e atrativa para viver e trabalhar”. Citada na nota, Celme Tavares considera que a Câmara de Aveiro continua “a falhar em construir uma política de mobilidade coerente, sustentável e centrada nas necessidades dos munícipes”. Defende uma Junta de Freguesia com capacidade “de reivindicar essas e outras intervenções”. Entre as reivindicações estão: a “travessia pedonal e ciclável no Eixo Rodoviário Aveiro – Águeda”, o “bom planeamento do território”; a “habitação social”; “boa gestão de transportes públicos e segurança rodoviárias”; “redução do limite de velocidade”; “implementação de medidas de acalmia da velocidade nas zonas residenciais”; “falha na recolha de resíduos urbanos”; “limpeza das ruas”; “práticas alternativas na gestão dos espaços públicos” e a “não utilização de glifosato e herbicidas nocivos às pessoas, animais e ambiente”. Recorde-se que já nas eleições autárquicas de 2013, 2017 e 2021 Celme Tavares foi a candidata do BE a esta junta de freguesia. Nas últimas eleições autárquicas a coligação “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM) venceu a junta de Santa Joana com “53,40%”. O Bloco de Esquerda alcançou “8,16%” dos votos.

Autárquicas: Bruno Santos Fonseca é o candidato do Livre à Câmara de Aveiro
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Autárquicas: Bruno Santos Fonseca é o candidato do Livre à Câmara de Aveiro

O candidato, que iniciou a sua formação em História na Universidade do Porto em 2012 e prosseguiu com mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação, na mesma instituição, e doutoramento em Relações Internacionais, na Universidade NOVA de Lisboa, apresentou a sua candidatura sublinhando o compromisso com “uma cidade mais justa, progressista, participativa e inclusiva”. Em declarações à Ria, Bruno Fonseca expressou a responsabilidade que sente ao encabeçar esta candidatura. “Eu recebo esta notícia com responsabilidade. Entrei no Livre há dois anos, por primárias abertas, e vi refletidos nos valores do partido a minha forma de estar na sociedade”, afirmou, destacando o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses no distrito de Aveiro. Recorde-se que já nas eleições legislativas, o candidato integrou as listas que tinha como cabeça de lista Filipe Honório. Enquanto membro da coordenação local do Livre, Bruno Santos Fonseca garante que o partido tem crescido no concelho e que a candidatura agora apresentada reflete esse percurso. “A cada passo que o Livre deu no distrito e na cidade de Aveiro, vimos uma maior força e, por isso, apresentamos esta candidatura também agora. Nos últimos anos e meses percebeu-se que a população começou a validar as ideias”, acrescentou. Bruno Fonseca considera possível a eleição de representantes do Livre em Aveiro, graças ao trabalho de “proximidade” já iniciado com associações e estruturas locais. “Estamos a penetrar na sociedade e a falar com as associações. (...) Sentimos que não vai ser fácil, mas a nossa dedicação vai permitir mostrar o nosso lado do Livre”, exprimiu. Entre as prioridades da candidatura estão a habitação e a mobilidade. Sobre a habitação, Bruno Fonseca alerta para os preços “incomportáveis” das casas, não apenas no centro histórico, mas também nas freguesias. “A situação financeira das famílias já não permite viver condignamente em muitas zonas da cidade”, sublinhou. Já no que respeita à mobilidade, partilhou que esta é uma temática que lhe é próxima: “A minha mãe trabalhou sempre com os comboios e foi guarda de passagem de nível. Sobre a linha do 'Vouguinha' lembro-me de ir com a minha mãe para o trabalho e essa linha não mudou nada desde que eu era criança e já tenho 33 anos”, partilhou. “Eu sei que é uma questão que vai para além do Município de Aveiro, mas pode haver um objetivo de sentarem-se à mesa e criar mesmo um plano coletivo de mobilidade que Aveiro seja o peão principal para essa mobilização de mobilidade”, continuou. O candidato defendeu ainda uma rede de mobilidade sustentável e inclusiva, que envolva autocarros, bicicletas e espaços comuns. Além da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal — cujo cabeça de lista será anunciado após processo interno de validação —, o Livre avançará também com candidaturas às juntas de freguesia de Glória e Vera Cruz, Aradas e Esgueira. “Não descartamos a possibilidade de alargar a outras freguesias”, adiantou Bruno Fonseca. “Passamos agora pelo período das eleições primárias [do partido] (…) e agora vai ser o momento de levarmos as candidaturas a plenário para as efetivarmos. Temos nomes já e vamos fazer também esse levantamento com os membros e apoiantes do distrito de Aveiro para apresentarmos (…) possíveis novos candidatos a (…) outras freguesias que não mencionei agora”, explicou. A um mês da data-limite para a entrega das listas no Tribunal de Aveiro – 18 de agosto –, Bruno Santos Fonseca referiu ainda que o partido tem a intenção de as entregar “o mais rapidamente possível”. “Os prazos são os prazos e, em princípio, entregaremos nessa última semana do prazo porque queremos que as listas estejam bem estruturadas e definidas”, concluiu, apontando que as expectativas são altas, mas acompanhadas de “responsabilidade”. Tal como avançado pela Ria, além do Livre, também a ‘Aliança Mais Aveiro’ (coligação PSD/CDS/PPM); o Partido Socialista (PS); o Bloco de Esquerda (BE); a Coligação Democrática Unitária (coligação PCP/PEV) e a Iniciativa Liberal (IL) já apresentaram os seus candidatos. Dos partidos com assento parlamentar na Assembleia da República (AR) apenas o PAN e o Chega não apresentaram candidato.

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Os dados são do SPACE I, o relatório anual de estatísticas penais do Conselho da Europa, que foi divulgado esta sexta-feira e que indica que Portugal surge como primeiro na lista dos maiores períodos médios de detenção. Os períodos mais longos foram registados em Portugal - dados relativos a 2023 -, onde o período médio de detenção é de 31,1 meses, no Azerbeijão, que registou 29,7 meses, na Moldávia, com 25,6 meses, e na Roménia, com 25,5 meses. Por oposição, surge a Bulgária, onde a média dentro das cadeias é de 3,9 meses, Alemanha, com 4,2 meses e Croácia e Irlanda do Norte, ambos com 5,2 meses. Em comparação com os dados relativos a 2021, o período médio de detenção aumentou, uma vez que nesse ano foram registados 30,6 meses, sendo que nesse ano Portugal já era também o país que ocupava o primeiro lugar. Uma das explicações para esta realidade que se vive nas cadeias portuguesas poderá estar, admitiu o Conselho da Europa no relatório publicado hoje, no limite do uso de penas de curta duração, que poderá ter resultado “num sentimento de obrigação” por parte dos tribunais para “aplicarem penas mais longas, sobretudo quando consideram a prisão necessária, como nos casos de reincidência”. O documento revela também que Portugal apresenta uma taxa de admissão baixa, mas a população prisional mantém-se acima da média, “possivelmente devido a penas médias mais longas ou à restrição de utilização de alternativas à prisão”. Esta realidade, admite o Conselho da Europa, aumenta o risco de sobrelotação ao longo do tempo. Em relação às idades dos presos, a percentagem de reclusos com idades entre os 18 e os 25 anos, em 2024, era de 6,2% - o valor mais baixo da Europa. Segue-se a Chéquia e a Polónia com 7.7% e o país com mais jovens nas prisões é a Suécia, com 28%. Por outro lado, Portugal surge no pacote de países com mais presos com idades entre 50 e 64 anos, em terceiro lugar, com 21%. À frente está a Eslováquia, com 25%, e Itália, com 24%. Além disso, 4,1% da população prisional em Portugal tem mais de 65 anos, ainda longe da Croácia, que é o país com mais presos com mais de 65 anos - 9,8%.

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“Depois de termos implementado nos territórios sinalizados com carência de professores a medida de apoio à deslocação, que beneficiou mais de 2.800 docentes, estou em condições de anunciar aqui o seu alargamento a partir de 01 de setembro a todos os professores da escola pública”, afirmou Luís Montenegro, na abertura do debate do estado da nação. Montenegro apontou o Estado social como “o pilar da coesão” e a garantia de que “ninguém fica para trás”, dedicando menos de um minuto da sua intervenção inicial à situação na saúde. “Continuamos a cumprir a execução do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, ultrapassando paulatinamente os inúmeros constrangimentos que se acumularam nos últimos anos. Temos vindo a reforçar o Serviço Nacional de Saúde com mais meios, com mais equipamentos e acelerar acordos com os profissionais da saúde para os atrair e reter nas nossas unidades de saúde”, afirmou. A Assembleia da República já tinha aprovado em março, com os votos contra do PSD e CDS-PP, um regime de compensação alargado a todos os professores deslocados, independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada por ter falta de professores, como previa a medida criada pelo Governo no início daquele ano letivo. No entanto, o alargamento do apoio, cujo valor varia entre 150 e 450 euros mensais, conforme a distância, só entraria em vigor com o Orçamento do Estado para 2026, ou seja, a partir de janeiro.

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