Aveiro: Orçamento e pacote fiscal aprovado apesar dos votos contra da oposição
A última Assembleia Municipal ficou marcada pela aprovação das Grandes Opções do Plano (GOP) e do pacote fiscal com os votos contra do BE, PCP, PAN, PS e abstenção do Chega. A oposição criticou a falta de investimento em habitação social por parte do atual executivo, alegando que este tinha capacidade para reduzir os impostos.
Ana Patrícia Novo
JornalistaA Assembleia Municipal reuniu na passada sexta-feira, dia 22, para a apreciação e votação das GOP e do pacote fiscal para 2025. As medidas fiscais vão manter em 2025 os valores em vigor este ano. A participação no IRS fixa-se assim em 5%, a Derrama em 1,5% e a Taxa Municipal de Direito de Passagem (TMDP) em 0,25%. Foi ainda discutida a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a 0,35% para os prédios urbanos, bem como o agravamento de 30% para casas desocupadas. Existem ainda cerca de seis mil agregados que vão beneficiar do IMI familiar – medida que se traduz numa redução do imposto tendo em conta o número de dependentes do agregado familiar.
Na apresentação das Grandes Opções do Plano e Orçamento José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, realçou a “capacidade de investimento muito relevante” de uma autarquia que considera ter atingido um “patamar de normalidade” no que toca à dívida do empréstimo do Fundo Municipal. “É sempre bom lembrar: recuperamos a câmara, temos essa fortaleza e temos um serviço de dívida para continuar a tratar”, sublinhou o autarca.
O orçamento de 218,2 milhões de euros, já apresentado no final do mês passado, foi aprovado na assembleia mas não conquistou a oposição. As bancadas do Partido Socialista (PS), do Partido Pessoas–Animais–Natureza (PAN), do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP) valeram 11 votos contra a proposta do atual executivo. O Chega (CH) absteve-se.
O PCP realçou o baixo investimento em habitação social, sendo apoiado pelo BE que reforçou ainda existir a falta de políticas no sentido da habitação, nomeadamente no que diz respeito à regulação do preço da mesma. O Bloco criticou ainda a falta de investimento na rede de transportes públicos e a carência de respostas de ação social em serviços públicos. O PAN apontou discordar das opções tomadas relativamente à aplicação dos fundos provenientes dos impostos e realçou ainda não existirem propostas relativas à preservação ambiental. Fernando Picado, do PS, apontou o grau de incerteza como “indo além do que é habitual”.
A Assembleia contou ainda com a aprovação do Plano Estratégico Educativo do Município de Aveiro (PEEMA) com votação favorável por parte do PS, do Partido Social Democrata (PSD), do CDS – Partido Popular (CDS-PP) e do Partido Popular Monárquico (PPM). Bloco, Chega e PAN abstiveram-se e o PCP votou contra.
Partidos à esquerda desejavam descida do pacote fiscal
O pacote fiscal é, informa José Ribau Esteves, “a exata repetição daquilo que estamos a executar em 2024”. “É sempre fácil na oposição dizer ‘cortem na receita’”, ironizou o autarca aveirense em resposta às intervenções da oposição.
Na discussão, António Nabais, deputado municipal eleito pelo PCP criticou o facto de a votação do GOP anteceder a discussão do pacote fiscal referindo que a prática “vai contra o bom senso, contra a lógica e contra o que devia ser a prática comum”. “Aprovar o orçamento antes das deliberações que a sustentam é tomar o que é certo como incerto, é a demonstração da falta de respeito pelo papel autónomo da assembleia perante a Câmara é, no fundo, falta de cultura democrática”, sublinhou António Nabais. O deputado comunista defendeu ainda a “diminuição da carga fiscal municipal e na cidade”. António Nabais criticou em especial os “critérios e valores do IMI familiar” por considerar não se tratar de “um instrumento de justiça fiscal”.
A diminuição da carga fiscal é também defendida por João Moniz, do BE. O deputado eleito considerou que a taxa de IMI devia descer especialmente “quando (…) temos um executivo municipal que se diz de boa saúde financeira, com forte capacidade de investimentos”. À semelhança do deputado comunista, João Moniz manifestou-se também contra a aplicação da taxa de direitos de passagem. “Esta taxa é injusta porque (…) as empresas fazem repercutir esse valor na fatura dos seus clientes, isto é injusto”, afirmou João Moniz.
Também o deputado Francisco Picado, do Partido Socialista (PS), concorda com a ideia da descida de impostos. “Havendo margem para descer, obviamente que tenderíamos a ir nesse sentido”, revela o deputado socialista. “São opções diferentes, mas manda quem pode”, concluiu. Também Pedro Rodrigues, deputado eleito pelo PAN referiu na sua intervenção que gostaria “de ver as taxas, que mais tarde ou mais cedo caem sobre os munícipes, o mais baixo possível”.
Em resposta às críticas, em especial no que concerne ao IMI, Bruno Costa, deputado eleito pelo PSD reforçou que o atual executivo cumpriu com as promessas eleitorais feitas que tínhamos prometido. “Na globalidade, mantemos o pacote fiscal. Previsibilidade fiscal e manutenção dos pacotes fiscais permite às pessoas e às empresas ter capacidade de ver a mais longo prazo, permite manter à autarquia a capacidade de investimento, permite manter a solidez financeira: é o pacote fiscal que permite manter o orçamento que acabamos de aprovar”, referiu. Manuel Prior, do PSD aproveitou ainda as críticas da oposição, nomeadamente por parte do PS no que concerne ao valor do IMI, para lembrar que “a nossa [PSD] proposta eleitoral era descer para 0,35; na altura a proposta do Partido Socialista era descer para 0,38. Nós já vamos em 0,35, por isso não desce mais porque já ultrapassou”, atirou.
Ocupação da Palestina marcou o fecho da Assembleia Municipal
O BE levou à Assembleia a moção ‘Defesa da cessação da ofensiva das forças armadas israelitas e apoio à ajuda humanitária’ bem como a ‘Defesa de não contratação da empresa envolvida no esforço de guerra, no genocídio em gaza e na ocupação ilegal de colonatos’. O problema tinha já sido denunciado pelo partido através de um comunicado referente à concessão dos transportes públicos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) à Busway, empresa de capitais israelitas.
As propostas levadas à Assembleia pelo bloquista João Moniz visam a exclusão da atual empresa “da concessão dos autocarros no final do atual contrato” e a criação de “um código de ética no âmbito da CIRA para contratações públicas que preveja a exclusão de concursos de qualquer concorrente envolvido em violações de direitos humanos ou do direito internacional”. A proposta propõe ainda instar o Governo português a adotar um conjunto de medidas com o objetivo da desocupação israelita da Palestina.
Ambas as moções foram rejeitadas e recebidas com desagrado pelas bancadas do PS, PSD e Chega. “Gastando o tempo que as moções merecem, votamos contra ambas”, firmou Manuel Prior, deputado do PSD. Gabriel Bernardo, deputado do Chega, referiu discordar “radicalmente que uma proposta destas tenha lugar nesta assembleia”, tendo abandonado o plenário após indicar que o seu voto seria contra a proposta. Por parte do PS, a moção foi considerada por Pedro Pires da Rosa como “surreal”.
Pedro Rodrigues, do PAN, referiu que “se por um lado acompanhamos a condenação da brutalidade da guerra praticada por Israel na faixa de Gaza, também não podemos deixar de referir as mortes israelitas às mãos dos grupos terroristas palestinianos”, tendo declarado abstenção na votação das propostas. O PCP, por sua vez, votou “circunstancialmente” a favor das propostas do Bloco, tendo aproveitado a ocasião para reforçar que “é desde sempre e por princípio contra a privatização ou concessão a privados no serviço de transportes”.
Recomendações
Luís Souto de Miranda reúne com juntas de freguesia para alcançar “programa eleitoral diferenciado”
Segundo a nota, foram “praticamente três semanas” de “proximidade e diálogo” com os atuais presidentes de junta em que o candidato fez, em parceria, “o balanço do trabalho efetuado, elencando não só as conquistas e os projetos de sucesso, mas também as dificuldades sentidas, os constrangimentos que impediram o concretizar de obras, e, por fim, as necessidades mais prementes para os próximos anos”. Luís Souto de Miranda referiu que o balanço da iniciativa “foi muito positivo” realçando que é “importante estar próximo das pessoas, e neste tipo de campanhas, as bases são as juntas de freguesias e as suas populações. Só conversando, diretamente, com elas, é que se pode ter uma política de proximidade, de sentir as suas dores, de viver de perto as suas alegrias, de poder contribuir com obra para o bem-estar de todos”. Com a “troca de ideias efetiva”, o candidato pela Aliança Mais Aveiro sugeriu ainda que deu mais um passo para construir um “programa eleitoral diferenciado”. “Aumentei muitíssimo o conhecimento da realidade de cada uma das freguesias e, dessa forma, do município. Recebemos muitos e importantes contributos para a construção do programa, que tem de ser ambicioso, mas realista, numa linha de continuidade, mas onde há espaço para introduzir novos caminhos, sempre com as pessoas no centro da nossa visão”, garantiu. A nota refere ainda que do “diálogo tido com os atuais presidentes de junta, foram identificadas as associações e entidades de cada uma das freguesias, as quais irão agora, numa segunda ronda de visitas ao terreno, reunir com Luís Souto Miranda, com o objetivo de continuar “a evoluir no diagnóstico, alicerçar ideias e convicções” e construir, também, um programa mais forte e mais próximo das pessoas”.
Acesso ao túnel da Avenida Santa Joana condicionado ao trânsito a partir desta terça-feira
“A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) informa que, no âmbito da empreitada de requalificação da Rua Comandante Rocha e Cunha, será necessário proceder ao corte de trânsito no acesso ao túnel da Avenida Santa Joana, em duas fases distintas, para execução de trabalhos de pavimentação”, informa a nota. A primeira fase inicia esta terça-feira, 13 de maio e decorrerá até ao dia 21 de maio. A empreitada implica o corte de trânsito no acesso ao túnel da Sé, no sentido rotunda do Hospital / rotunda do Paraquedista, “abrangendo a Avenida 5 de Outubro, desde a Rua Padre Arménio Alves Costa Jr. (junto ao Calçado Guimarães) até à rotunda do Paraquedista e zona de transição para a Avenida dos Congressos da Oposição Democrática”. A segunda fase iniciará a 22 de maio e “irá afetar a Avenida dos Congressos da Oposição Democrática, no sentido Avenida Central / rotunda do Paraquedista, incluindo a ligação à Avenida 5 de Outubro”. Na nota, a autarquia esclarece que a mesma deverá estar concluída até ao dia 3 de junho. A empreitada da Rua Comandante Rocha e Cunha tem um custo da CMA de “212 mil euros” e está a ser executada pela empresa "Urbiplantec – Urbanizações e Terraplanagens, Lda".
Discursos políticos marcam Feriado Municipal: Luís Souto projeta futuro e Ribau Esteves despede-se
A sessão solene comemorativa do Feriado Municipal de Aveiro teve início às 11h30, na Praça da República, com o tradicional hastear da bandeira, a execução do hino da cidade e a presença de uma guarda de honra, assinalando simbolicamente o arranque oficial das celebrações. Às 11h45, nos Paços do Concelho, decorreu a cerimónia de entrega das condecorações honoríficas municipais, distinguindo cidadãos e instituições cujo mérito e contributo se destacaram no desenvolvimento do município. Entre os homenageados estiveram figuras como Aurora Cunha, João Neto, Rosa Alice Branco, Zacarias Andias (a título póstumo), Fernando Vasconcelos, bem como as instituições Academia de Saberes e a Associação de Natação Centro Norte de Portugal. A sessão solene iniciou-se com os discursos de Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal e de José Ribau Esteves, presidente cessante da Câmara Municipal de Aveiro. Ambos optaram por intervenções marcadamente políticas, nas quais enalteceram as políticas municipais dos últimos anos e dirigiram críticas à oposição. Luís Souto de Miranda destacou o simbolismo da data, sublinhando que o feriado municipal “é sempre uma ocasião de reflexão, de balanços e de perspetivarmos o futuro”. Referiu-se também à relevância das distinções atribuídas, considerando-as uma “boa tradição” que valoriza “o mérito” e incentiva “novos exemplos para o futuro”. Num momento de reconhecimento público, Luís Souto assinalou o fim do ciclo autárquico de Ribau Esteves, sublinhando o “enorme serviço que prestou ao município ao longo dos três mandatos”. Em tom crítico, e perante a presença de Alberto Souto de Miranda- ex-presidente da Câmara entre 1998 e 2005-, lembrou as dificuldades financeiras herdadas da governação socialista, apontando que “só com a recuperação financeira se criaram as condições para o que fomos gradualmente assistindo em Aveiro: uma rede escolar e de centros de saúde que hoje não nos envergonha, bem pelo contrário; um centro urbano onde se destacam as importantes obras do Rossio e da Avenida, que, ainda que polémicas, são hoje claramente do apreço e usufruto geral, com notórios efeitos na dinamização do comércio e dos serviços”. O presidente da Assembleia Municipal elencou ainda algumas das obras que considera “bem conseguidas”, como a requalificação da “Rua da Pêga” e das “Avenidas 25 de Abril e Mário Sacramento”. Na área da mobilidade, destacou a aposta no “ferry elétrico Salicórnia”, nos “autocarros elétricos” e nas “bicicletas bugas 1 e 2”. Reconhecendo que “nada disto foi feito sem erros”, acrescentou que “só não erra quem nunca decide”. “Deixemos para um outro momento a avaliação do que eventualmente justifica correção e saibamos ter, pelo menos, a objetividade de reconhecer que a capacidade de realização foi ímpar”, apelou, dirigindo-se diretamente a Ribau Esteves. A cultura foi também destacada como área estratégica de investimento, contrariando críticas de alegado desinteresse. “A cultura, ao contrário do que alguns velhos do restelo clamavam, não só não foi esquecida como contou com importante investimento”, afirmou. O discurso terminou com uma reflexão sobre os desafios que se colocam ao município no futuro próximo, nomeadamente o impacto das transformações tecnológicas, o envelhecimento da população e as novas prioridades ambientais e sociais. Referiu o trabalho da Assembleia Municipal Jovem e o papel das novas gerações, que, segundo Luís Souto, “querem mais e melhor mobilidade suave, mais espaços verdes, mais desporto para todos, uma digitalização responsável, inclusão e solidariedade social”. E concluiu que “em Aveiro, município que se quer sempre na vanguarda, não poderemos ficar indiferentes a estas novas agendas”. Num tom mais leve, mas não menos sugestivo, Luís Souto lançou ainda uma indireta a Ribau Esteves, questionando-o sobre o seu futuro após deixar a autarquia: “Não sei se ele hoje vai revelar, mas ainda não revelou”, disse, arrancando algumas risadas discretas de quem se encontrava pelos Paços do Concelho. No último Feriado Municipal enquanto presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves fez um discurso marcado pela emoção, balanços positivos e agradecimentos a diversos setores da sociedade civil, aproveitando também para reforçar o seu compromisso com a cidade até ao final do mandato. “Quero deixar o meu testemunho de tanta determinada esperança na vida, de aposta nos homens, de fé em Deus”, declarou, evocando ainda o simbolismo do nascimento, ao referir-se ao aniversário dos gémeos Maria José e José Maria, filhos de colaboradores próximos. “Com eles fazemos a festa da vida, do nascer e do crescer, de quem acredita, aposta e realiza”, refletiu José Ribau Esteves. O autarca celebrou a dinâmica cultural do município, sublinhando o sucesso da iniciativa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, “um sucesso de múltiplas características”, com “mais de 700 espetáculos” e “criatividade que nasceu e veio para ficar”. Considerou ainda tratar-se de uma “relevante ação de marketing territorial” que “deu mais Aveiro a Portugal e ao mundo”. Ribau Esteves destacou igualmente obras estruturantes como a requalificação do Rossio e das pontes, a instalação do monumento da Muralha de Aveiro e o novo Ferryboat Elétrico Salicórnia, uma aposta em mobilidade e ambiente. “Foram dez milhões de euros de investimento em conforto para os passageiros, redução de custos e aumento da eficiência energética e dando a 2024 o ano recorde de passageiros. Cerca de 203 mil pessoas utilizaram o Salicórnia para a travessia marítima entre o Forte da Barra e São Jacinto”, indicou. No domínio do turismo, sublinhou os “indicadores de recorde” com “quase 350 mil pessoas” nos museus e nos postos de turismo e lojas turísticas e “mais de 74 mil espectadores no Teatro Aveirense”. Realçou as edições “2024 e 2025” da Maratona da Europa Aveiro dando ainda nota que a atividade já “ostentou o selo da World Athletics” e “entrou para o grupo das 100 melhores maratonas do mundo”. Em jeito de homenagem a Aurora Cunha e João Neto, declarou: “Agradecendo-vos muito terem dado o vosso enorme mundo à nossa terra de Aveiro. Agora vossa terra de Aveiro”. Na reta final do discurso, Ribau Esteves fez um agradecimento emocionado pelos 12 anos de liderança autárquica. “Foram 12 anos fantásticos, de vida individual e coletiva, cheios de conquistas e surpresas, tarefas duras, lutas novas e pesadas”. E acrescentou que “nos outros seis [anos], tivemos os primeiros quatro para tratar das graves patologias da Câmara de Aveiro, consequência da má gestão do Partido Socialista”. Afirmando ter devolvido “a credibilidade institucional” e construído “a relevância política da Câmara de Aveiro”, agradeceu a colaboração dos colegas, cidadãos e adversários políticos “pela lealdade da presença e a coragem da luta”. Sobre o futuro político, deixou claro que “os cidadãos de Aveiro tomarão a decisão que entenderem por bem no dia das eleições autárquicas de 2025. E eu entregarei ao meu sucessor, com cuidado, um cuidado dossiê de transição e uma câmara muito boa, com muito boas contas, com muita boa gestão, bem diferente da péssima Câmara que eu recebi”. Ribau Esteves encerrou o seu discurso com uma nota de fé e compromisso. “Seguimos em frente para mais e melhor Município de Aveiro. Vamos continuar a trabalhar para cumprir o programa eleitoral que os cidadãos escolheram com folgada maioria em setembro de 2021”. Relativamente aquele que será o seu futuro, questionado pela Ria, no final da sessão, o autarca afirmou que esta pergunta “não tem resposta” nesta fase, agradecendo a curiosidade: “É sinal de consideração e amizade”, comentou. À Ria disse ainda haver “várias hipóteses” e que estão, neste momento, “em aberto e em desenvolvimento”. “Tudo com grande qualidade, mas a seu tempo. Logo que as coisas estejam decididas, obviamente, que eu tornarei público. Tenho também essa obrigação para com as pessoas”, exprimiu. Sobre o prazo para revelar a sua decisão avança que “muito provavelmente” a mesma decorrerá “no último trimestre deste ano”. Se continuará na vida política, Ribau Esteves admite manter-se se surgirem “boas oportunidades”. Caso contrário, regressará ao setor empresarial, “de onde venho”, afirmou. Após os discursos, seguiu-se a entrega das sete distinções honoríficas municipais. No total, foram condecoradas cinco personalidades que foram distinguidas com medalha de Mérito Municipal em grau prata e duas entidades que foram distinguidas com medalha de Mérito Municipal em grau cobre.
Campanha Anual de Vacinação Antirrábica e Identificação Eletrónica arranca a 22 de maio em Aveiro
A vacinação antirrábica é obrigatória para todos os cães com três ou mais meses de idade, sendo também obrigatória a identificação eletrónica (microchip). Numa nota de imprensa enviada à Ria, a CMA apela à responsabilidade dos detentores de animais de companhia, reforçando a importância da legalização, que inclui vacinação, microchip e registo. “Fora das datas da campanha, a vacinação e identificação podem ser realizadas ao longo de todo o ano, às quartas-feiras, entre as 14h30 e as 16h30, no Gabinete Médico Veterinário Municipal, localizado na Divisão de Serviços Urbanos, na Zona Industrial de Taboeira (Rua das Fontainhas). Este serviço regular terá início a 21 de maio, com aplicação das mesmas taxas da campanha”, esclarece a nota. Para o registo no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), os proprietários deverão apresentar os seguintes dados: nome completo, morada, Cartão de Cidadão ou BI, NIF e contacto telefónico. “A vacina utilizada nesta campanha confere uma proteção válida por três anos, mas a licença anual na Junta de Freguesia mantém-se obrigatória”, adianta. No serviço, aplicam-se ainda as seguintes taxas: Vacinação Antirrábica, 10 euros; Registo do Microchip: 2,50 euros; Boletim Sanitário (se necessário), 1,00 euros. O calendário da campanha no Município de Aveiro pode ser consultado na íntegra aqui: Glória 22 maio – 10h00 | Parque de Estacionamento do Mercado de Santiago Aradas 23 maio – 10h30 | Largo Acácio Rosa (junto à Junta de Freguesia) 16 setembro – 10h00 | Quinta do Picado (Largo da Capela) Oliveirinha 27 maio – 10h00 | Largo da Capela (Quintãs) 27 maio – 12h00 | Largo da Capela (Costa do Valado) 3 junho – 10h00 | Largo da Feira (Oliveirinha) 3 junho – 12h00 | Largo da Fonte da Nossa Senhora da Guia (Granja) 20 junho – 15h00 | Largo frente à Capela (Moita) São Jacinto 27 junho – 11h00 | Av. Almirante Gago Coutinho (junto à Junta de Freguesia) São Bernardo 15 julho – 10h00 | Rua Cónego Maio, 133 (junto à Junta de Freguesia) Santa Joana 22 julho – 10h00 | Av. D. Afonso V (junto à Junta de Freguesia) Nossa Senhora de Fátima 29 julho – 10h00 | Rua da Igreja (Largo da Junta de Freguesia) Nariz 5 agosto – 10h00 | Largo da Junta de Freguesia (Largo de São Pedro) Requeixo 14 agosto – 10h00 | Rua do Sobral (junto ao Centro Social) Eirol 21 agosto – 10h30 | Campo de Futebol de Eirol Eixo 28 agosto – 10h00 | Parque da Balsa Azurva 28 agosto – 12h00 | Rua Vitorino Nemésio Cacia 2 setembro – 10h00 | Av. Fernando Augusto Oliveira (junto à Junta de Freguesia) Esgueira 9 setembro – 10h00 | Serviços Urbanos – Taboeira
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Autarca de Anadia diz que só com maioria reforçada da AD se conseguirá uma ligação à A1
“Anadia não pode parar porque temos estado na senda do progresso e temos acompanhado todas oportunidades para que o concelho possa continuar a crescer. Acreditamos que, com este governo, um dos investimentos fundamentais, ambicionado há tantas décadas, vai ser possível se a AD vencer - a ligação direta à autoestrada”, vincou Teresa Cardoso, no final da visita deste domingo àquele concelho da Bairrada. De acordo com uma nota de imprensa enviada às redações, a autarca deixou claro que só com aquele investimento “Anadia pode crescer ainda mais”, dizendo-se convencida de que uma maioria reforçada na AD é a forma de lá chegar. Neste seguimento, a presidente da Câmara de Anadia fez um “balanço positivo da governação dos últimos 11 meses” onde destacou que “desde os jovens aos mais idosos, todos tiveram um apoio, uma intervenção muito direta e muito focada”. “O que queremos é que se dê continuidade às políticas implementadas e todas as outras que é necessário implementar. Estou convencida de que os portugueses estão mobilizados para dar uma maioria à AD e, a partir do dia 19, o país possa endireitar e possamos acreditar que Portugal vai mesmo mudar”, sublinhou Teresa Cardoso, reclamando para a região um “olhar mais atento” para outro projeto que interessa a Anadia, a linha de alta velocidade. Na mesma linha, o presidente da Junta de Freguesia de Vilarinho do Bairro recordou que “Anadia é um concelho estratégico na Bairrada e precisa de um governo que consiga dar as condições necessárias para que os empresários da região possam evoluir nos seus investimentos”. Dinis Torres reforçou que o nó da autoestrada “é uma das grandes infraestruturas necessárias neste concelho”, para vincar que “um governo da AD é o único que consegue criar as condições necessárias para que isso seja possível”. “Anadia não pode parar, porque é um concelho estratégico na Bairrada e precisa, essencialmente, do nó da autoestrada. Será através desse nó de ligação à A1 que as nossas empresas podem evoluir e com este governo isso será uma realidade”, concluiu o autarca. Já por Vagos, Silvério Regalado, presidente da Câmara Municipal de Vagos e deputado da AD recordou que o partido criou condições pelo território para que as “empresas pudessem investir, para que as pessoas pudessem ter oportunidades de trabalho e para que as suas famílias pudessem ter condições de vida para escolherem o município de Vagos, o distrito de Aveiro e o país”. “Luís Montenegro mostrou nestes últimos 11 meses que, ao contrário do que diziam, é capaz de liderar e de fazer o melhor para o nosso país. O que mais ouvimos na rua é que Luís Montenegro saiu melhor do que a encomenda. O que dirão os portugueses daqui a quatro anos, depois de termos exercido uma legislatura completa…”, sugeriu.
Emídio Sousa defende que só com a AD será possível aplicar uma “solução definitiva” no Furadouro
Emídio Sousa tutela as obras de defesa da costa, na qualidade de secretário de Estado do Ambiente, tendo lançado a empreitada em curso no Furadouro, orçada em “2,4 milhões de euros”. No final da iniciativa da passada sexta-feira, numa nota de imprensa enviada à Ria, assegurou que o governo está a “desenvolver estudos profundos, que visam a colocação de areia, que é a melhor forma de resolvermos este problema que angustia as gentes que vivem junto ao mar”. Dizendo-se “profundo conhecedor” da costa do distrito de Aveiro, Emídio Sousa destacou a preocupação do governo em relação a quase todo o litoral aveirense, dando exemplos de intervenção como o lançamento da empreitada de reforço dos esporões de Espinho, “no valor de 3,1 milhões de euros”, e a empreitada programada para Ílhavo. “É muito grato para mim estar aqui no Furadouro e perceber que foi o nosso governo a executar os trabalhos. Temos, por isso, de continuar na governação, para aplicarmos a solução definitiva, que passa pela recolocação de areia”, vincou Emídio Sousa. Salvador Malheiro, antigo presidente da câmara local, deputado e recandidato ao lugar, recordou ainda que só com “Luís Montenegro vimos obra no terreno”. O deputado vincou também a importância de a AD se manter no governo, “para ternos a certeza de que a obra não se fica por aqui e de que haverá, de facto, a reposição de dois milhões de metros cúbicos de areia no Furadouro e em Cortegaça, com esporões destacados”.
Luís Souto de Miranda reúne com juntas de freguesia para alcançar “programa eleitoral diferenciado”
Segundo a nota, foram “praticamente três semanas” de “proximidade e diálogo” com os atuais presidentes de junta em que o candidato fez, em parceria, “o balanço do trabalho efetuado, elencando não só as conquistas e os projetos de sucesso, mas também as dificuldades sentidas, os constrangimentos que impediram o concretizar de obras, e, por fim, as necessidades mais prementes para os próximos anos”. Luís Souto de Miranda referiu que o balanço da iniciativa “foi muito positivo” realçando que é “importante estar próximo das pessoas, e neste tipo de campanhas, as bases são as juntas de freguesias e as suas populações. Só conversando, diretamente, com elas, é que se pode ter uma política de proximidade, de sentir as suas dores, de viver de perto as suas alegrias, de poder contribuir com obra para o bem-estar de todos”. Com a “troca de ideias efetiva”, o candidato pela Aliança Mais Aveiro sugeriu ainda que deu mais um passo para construir um “programa eleitoral diferenciado”. “Aumentei muitíssimo o conhecimento da realidade de cada uma das freguesias e, dessa forma, do município. Recebemos muitos e importantes contributos para a construção do programa, que tem de ser ambicioso, mas realista, numa linha de continuidade, mas onde há espaço para introduzir novos caminhos, sempre com as pessoas no centro da nossa visão”, garantiu. A nota refere ainda que do “diálogo tido com os atuais presidentes de junta, foram identificadas as associações e entidades de cada uma das freguesias, as quais irão agora, numa segunda ronda de visitas ao terreno, reunir com Luís Souto Miranda, com o objetivo de continuar “a evoluir no diagnóstico, alicerçar ideias e convicções” e construir, também, um programa mais forte e mais próximo das pessoas”.
PS defende prolongamento da Linha do Vouga e futuro metro de superfície entre a UA e Ílhavo
Os candidatos a deputados do PS estiveram na semana passada nos concelhos da Murtosa e de São João da Madeira. Na Murtosa, contactaram com a população no mercado local, e em São João da Madeira visitaram uma unidade fabril do setor do calçado, o Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado e a estação da Linha do Vouga. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, os candidatos socialistas pretenderam assinalar, através da visita à estação da Linha do Vouga, “a prioridade que o PS dá à requalificação e valorização daquela linha ferroviária como investimento de relevância distrital, de norte a sul, como instrumento de coesão social e territorial que une o distrito de Aveiro”. Hugo Oliveira, candidato a deputado do PS pelo círculo eleitoral de Aveiro nas eleições legislativas, sublinhou que os deputados do PS continuarão “a defender a valorização da Linha do Vouga, modernizando-a em toda a sua extensão, com um novo modelo de serviço e material circulante com melhores condições; a integração no sistema Andante e a articulação com os restantes serviços ferroviários com ligação ao Porto”. Na região de Aveiro assegurou que apoiarão o “prolongamento da Linha do Vouga, como base de um futuro metro de superfície, com ligação à Universidade e ao concelho de Ílhavo”. Na nota, o PS faz ainda alusão ao seu programa eleitoral referindo que a rede ferroviária “é a espinha dorsal de todo o sistema de transportes”. “Entre 2015 e 2023, o investimento na rede ferroviária passou de menos de 100 milhões de euros para mais de 500 milhões de euros. É fundamental não interromper este ciclo de crescimento do investimento, de forma a assegurar que se mantém a capacidade de resposta do setor público e privado”, referiu.