RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria

Enquanto o frio gela ossos e mentes, nos corredores da Universidade de Aveiro há um oásis de conforto digno de uma estância termal: o Edifício Central e da Reitoria. Aqui, o aquecimento central é dos poucos sítios que já se encontra ligado, seguramente por milagre, proporcionando um microclima de "verão eterno" que faria inveja a qualquer noite de fim de semestre no Bar do Estudante.

Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria
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Entretenimento
10 dez 2024, 12:15

No restante campus, a realidade é bem mais glacial. Nos departamentos, estudantes, funcionários e docentes testam, involuntariamente, o conceito de "resiliência climática". Cobertores, luvas e até gorros de lã fazem agora parte do novo traje académico da Universidade de Aveiro. “Estamos a trabalhar na técnica do pinguim: encostadinhos uns aos outros para preservar o calor", revelou um estudante de Engenharia Mecânica, enquanto bufava nas mãos.

Mas nem todos têm essa sorte. Em alguns departamentos, mesmo que ligassem o aquecimento o efeito seria mais simbólico do que prático, fruto do estado dos equipamentos. “Temos consciência disso, mas mesmo assim o calor na UA escapa mais rápido do que o nosso orçamento anual”, desabafou um funcionário da área da manutenção dos Serviços de Gestão Técnica. Os aquecedores, que não sentem uma revisão desde o tempo do Renato Araújo (primeiro reitor eleito da UA), são hoje peças de museu que só aquecem corações… de saudade.

Quando questionada sobre a disparidade climática entre a Reitoria e o resto do campus, uma fonte anónima (que se identificou apenas como "Manuel Mãos Frias") disse: “É uma questão de prioridades. As decisões importantes para a universidade precisam de mentes quentes e corações confortáveis. Os estudantes? Esses que usem cachecol."

Entretanto, os estudantes preparam um novo protesto, já batizado de "Marcha dos Pinguins", para exigir "calor para todos" e "mantas polares para cada departamento". “Se isto continuar assim, o meu próximo Erasmus vai ser no Polo Norte. Ao menos lá, sabemos ao que vamos”, afirmou uma estudante de Economia, enquanto tentava escrever com luvas de ski.

Enquanto isso, o Estagiário da Ria recomenda: se for para a Reitoria, leve protetor solar. Nos departamentos? Gorros, cachecóis e, se possível, um saco de água quente.

Recomendações

Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo
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Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo

Luís Souto, aproveitou este domingo de Páscoa para lançar um vídeo onde ensina os seguidores a cozinhar chanfana. O vídeo é tão longo e didático que a dada altura fazia lembrar as suas aulas de Genética ainda com Power Point em Comic Sans. Fontes próximas admitem que só a introdução demorou mais do que as promessas de Luís Montenegro para a requalificação do Hospital de Aveiro. O vídeo acumula já 13 visualizações, das quais 11 são da esposa do próprio Luís, que o partilhou em todos os grupos de Facebook onde é admin e comentou “meu presidente <3” em cada publicação. Já Alberto Souto, armado em chef rústico, atirou-se ao tradicional cabrito no forno de lenha. Só que a lenha estava molhada - tal como os olhos dos eleitores aveirenses sempre que se lembram do seu último mandato. O vídeo, filmado ao estilo "como acender um forno com zero dignidade", mostra Alberto a soprar brasas com a mesma convicção com que se defendia das críticas sobre endividamento municipal. A dada altura, ouvimos “isto com a antiga equipa da Câmara não acontecia”, mas o cabrito continuou cru e o almoço parece que vai passar a lanche. Fontes próximas garantem que os irmãos não falaram entre si sobre o menu, o que resultou numa quantidade de carne suficiente para alimentar todas as demissões no PSD-Aveiro. A comida era tanta que tiveram de improvisar um novo convidado: Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, que, agora em fim de mandato, anda a aceitar tudo o que seja petiscos e tainadas. Os irmãos Souto, sempre atentos às oportunidades, ponderam agora lançar um outro familiar para reitor da UA. Entretanto, Ribau Esteves, depois de uma semana de recuperação em casa pelas violentas dores de costas que o impediram de sair da cadeira no Hotel Meliá na apresentação de Luís Souto, já foi visto novamente muito irritado com toda a situação. Fontes próximas afirmam que já viu os vídeos e deixou claro que não apoia nenhum dos irmãos. Sobre Alberto diz que “continua igualzinho, a gastar dinheiro em lenha sem critério”. De Luís afirma que “tem mais vocação para chefe de cozinha do que para presidente”. Ribau terá ainda acrescentado: “o Luís foi o único aveirense que acreditou que as obras do Hospital arrancam esta ano… deve pensar que a Câmara é como a Bimby: é carregar num botão e esperar milagres”. O almoço terminou sem intoxicações alimentares, mas não por falta de sorte. Felizmente, como as urgências do Hospital de Aveiro estão encerradas neste domingo de Páscoa, ninguém se atreveu a repetir o prato. “Mais vale prevenir do que precisar de médico”, terá dito um dos convivas, enquanto escondia o tupperware com sobras de cabrito no porta-bagagens.

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
Estagiário

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025

“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Estagiário

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro

Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou.  O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
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Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro

"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.

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AAUAv quer mais apoios e maior flexibilidade para os trabalhadores-estudantes da UA
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AAUAv quer mais apoios e maior flexibilidade para os trabalhadores-estudantes da UA

Em declarações à Ria, Joana Regadas lembrou que muitos estudantes são forçados a trabalhar para sustentar os seus estudos, frequentemente em condições precárias e sem recorrer ao estatuto de trabalhador-estudante. “Muitos acabam por não pedir o estatuto, ou por desconhecimento ou porque o trabalho que têm é precário e não conseguem sequer provar que estão a trabalhar”, referiu. Segundo dados recolhidos junto da UA, tal como avançado pela Ria, a maioria dos estudantes com estatuto são mulheres e frequentam o segundo ciclo de estudos. No entanto, Joana Regadas acredita que o número real é significativamente superior. “A realidade é que está cada vez mais caro frequentar o Ensino Superior, os rendimentos das famílias não têm aumentado, nem têm conseguido equiparar-se àquele que tem sido o aumento das despesas - e já vimos uma diminuição nos candidatos ao Ensino Superior”, alertou. O pedido de estatuto pode atualmente ser feito apenas até 31 de outubro, com validade para um ou dois semestres, dependendo do contrato de trabalho do estudante. Maria João Soares, diretora dos Serviços de Gestão Académica (SGA), justificou a data com a regra que impede os estudantes de reprovarem por faltas após esse ponto do calendário académico. Apesar de compreender esta razão, Joana Regadas insiste na necessidade de adaptar os prazos às necessidades reais dos estudantes. “Muitos estudantes não contam ter essa necessidade [de trabalharem]. Só depois de estarem aqui e perceberem que de facto não conseguem ter uma qualidade de vida ou dar resposta a todas as necessidades financeiras (…) é que percebem que têm de facto de arranjar um trabalho part-time, full-time - e a Universidade tem de conseguir dar resposta a estas necessidades”, afirmou. Preocupada com o aumento de casos de abandono escolar por dificuldades em conciliar trabalho e estudos, a presidente da direção da AAUAv adianta que está a trabalhar com Sandra Soares, vice-reitora para o ensino e formação da UA, e com Pedro Lages, provedor do estudante, para encontrar uma solução. “A ideia é encontrar uma solução que seja fazível, mas que também vá ao encontro das necessidades levantadas pelos estudantes”, referiu. No último Encontro Nacional de Dirigentes Associativos (ENDA), a AAUAv defendeu a criação de dois momentos ao longo do ano letivo para o pedido de estatuto: no primeiro e no segundo semestre. A dirigente associativa reiterou ainda a preocupação com os custos crescentes do Ensino Superior - em particular o alojamento - e as declarações de Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, sobre o descongelamento das propinas a partir do próximo ano letivo. “As propinas são apenas mais uma gota num balde que já está a transbordar. Descongelá-las seria um retrocesso face às conquistas do movimento estudantil”, avisou. Já sobre os artigos de opinião da nova secretária de Estado do Ensino Superior, Cláudia S. Sarrico - nomeadamente a introdução de empréstimos reembolsáveis em função dos rendimentos futuros dos diplomados, tal como defendido num artigo de opinião publicado no Observador a 20 de dezembro de 2022 -, Joana Regadas foi clara: “As declarações são mais preocupantes. Acho que há aqui um desconforto muito grande e o movimento estudantil terá de se unir para mostrar que, de facto, este não é o caminho com o qual vamos compactuar”. Na reta final da entrevista, a presidente da direção da AAUAv, vincou que o “ensino nunca pode estar reservado apenas a alguns”. “Todos devem ter a oportunidade de começar na mesma linha de partida, independentemente das condições socioeconómicas. A UA tem a oportunidade de ser pioneira e exemplo nacional ao antecipar soluções para esta realidade que se agrava a cada ano”, insistiu.

UA inaugura “BIOMEDIC Lab” para reforçar ensino e inovação em Engenharia Biomédica
Universidade

UA inaugura “BIOMEDIC Lab” para reforçar ensino e inovação em Engenharia Biomédica

Localizado no segundo piso do DFis, o BIOMEDIC Lab assume-se como um espaço moderno, “aprazível” e “mais flexível”. No vidro transparente da entrada, destacam-se, em letras pretas e laranjas, as palavras que lhe dão nome. No interior, ressaltam à vista, entre outros aspetos, as várias mesas-redondas e as cadeiras distribuídas ao longo de todo aquele espaço. Em frente à porta de entrada, uma estante exibe diversos equipamentos, como "mãos programáveis" ou um "medidor de tensão arterial", entre outros. Estes dispositivos fazem parte da vasta gama de recursos avançados ali disponíveis, prontos a serem explorados em contexto de aprendizagem prática. Além da inauguração do espaço, o momento contou com uma mostra de projetos desenvolvidos por estudantes da licenciatura em Engenharia Biomédica, no âmbito da unidade curricular “Laboratórios e Engenharia Biomédica”. Entre os trabalhos apresentados, destacou-se o de Leonor Leal e Tiago Castro, estudantes do 2.º ano, que criaram um “estetoscópio digital” capaz de visualizar em tempo real a frequência cardíaca e respiratória. Tiago explicou à Ria que o dispositivo utiliza um “sensor de infravermelhos” para medir as pulsações, e que, através do uso ou não de uma membrana, é possível captar diferentes tipos de vibrações. “Com a membrana conseguimos detetar as vibrações cardíacas a uma distância curta. Sem a membrana, conseguimos medir as respiratórias a uma distância maior”, apontou. Leonor destacou o potencial do projeto em contextos hospitalares, particularmente na triagem. Segundo a estudante, “muitas vezes, os doentes ficam bastante tempo à espera, e com um sistema destes os médicos teriam acesso imediato a dados como a frequência cardíaca e respiratória, mesmo antes da consulta”, justificou. O projeto foi inicialmente desenvolvido no antigo laboratório de Engenharia Física, e Tiago não escondeu algum saudosismo ao afirmar que teria gostado de ter trabalhado já neste novo espaço. “Está bem organizado, é um espaço que nos pertence e onde podemos trabalhar em conjunto. Teria sido muito mais interessante desenvolver este projeto aqui”, exprimiu. Outro projeto que gerou curiosidade entre os que por lá se encontravam foi o de Carolina Guerra, Diogo Santos e Daniela Costa, do 3.º ano. O grupo desenvolveu uma cadeira de rodas controlada pelos movimentos da cabeça, pensada para pessoas com tetraplegia. Diogo partilhou que, depois de várias ideias em cima da mesa, optaram por esta por ser a mais exequível no tempo disponível e responder a uma necessidade real. “Há soluções para paraplégicos que usam as mãos, mas não conhecíamos uma abordagem prática para tetraplégicos que apenas conseguem mover a cabeça e o pescoço”, contou. Grande parte da construção do protótipo foi feita “fora da sala de aula”, sendo os testes realizados nas sessões práticas. Para Diogo, o novo laboratório representa uma melhoria significativa nas condições de trabalho. Comparando com os espaços anteriores, afirmou que “trabalhar numa mesa-redonda facilita muito mais a comunicação entre o grupo. Antes estávamos em filas, dispersos, e com poucos recursos ao alcance. Este espaço vai melhorar não só esta cadeira, como muitas outras”, considerou. Durante a cerimónia, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, sublinhou o simbolismo do momento com um toque de humor e nostalgia: “Já não cortava uma fita desde o tempo (…) da Nave Multiusos”. “Espero que a seguir a estas salas que venham outras e que elas impulsionem a relação entre a universidade e as empresas”, desejou. João Miguel Dias, diretor do DFis, destacou o percurso que levou à criação deste novo espaço. Lembrou que a formação em Engenharia Biomédica começou na UA em 2016, com um mestrado integrado, e foi-se consolidando com a criação da licenciatura e do mestrado em separado. Mais recentemente, no ano letivo 2023/24, foi lançado o programa doutoral. “Tomámos a iniciativa de criar um laboratório dedicado à biomédica porque acreditamos muito nesta área — é importante para o país e para todos nós”, defendeu. Referindo-se ao espaço, explicou que foi possível requalificar uma zona antes usada para investigação, tornando-a mais “aprazível”, “mais flexível” e totalmente dedicada ao ensino. Aqui, serão lecionadas várias disciplinas e desenvolvidos projetos de mestrado e doutoramento. A realização do “BIOMEDIC Lab” partiu da iniciativa e do apoio financeiro da Sword Health, empresa que nasceu na própria UA e que hoje é uma referência mundial em terapias digitais de saúde. Márcio Colunas, fundador da Sword Health, fez questão de estar presente neste momento simbólico de regresso aquela que considera ser ainda a sua “casa”. “Para mim é um prazer, porque é um voltar a casa. Formei-me aqui, e a Sword nasceu aqui. Hoje desenvolvemos cuidados de saúde apoiados em inteligência artificial, mas queremos manter e reforçar esta ligação com as universidades, especialmente com a Universidade de Aveiro”, vincou. “Há 15 anos, (…) a ligação entre empresas e a Universidade de Aveiro era muito diferente. Queremos cada vez mais essa aproximação”, continuou.

UA lança Centro de Competências para a Gestão de Dados de Investigação
Universidade

UA lança Centro de Competências para a Gestão de Dados de Investigação

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o projeto foi o mais bem classificado entre as “14” candidaturas aprovadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa Nacional de Ciência Aberta e Dados Abertos de Investigação (PNCADAI), inserido no Plano de Recuperação e Resiliência. O UAveiro RDM Center visa oferecer suporte técnico, consultoria e formação em boas práticas de gestão de dados de investigação à comunidade científica da UA. Entre os serviços prestados, destaca-se o apoio à utilização de infraestruturas de publicação de dados, como o repositório institucional DUnAs, bem como o acompanhamento no uso de ferramentas de planeamento e curadoria de dados. O centro atua também como um motor de alinhamento institucional com as diretrizes da European Open Science Cloud (EOSC), promovendo a abertura, transparência e responsabilidade social da ciência. Ao garantir a partilha e preservação dos dados gerados em projetos financiados por fundos públicos nacionais e europeus, o projeto contribui para a consolidação de uma cultura de investigação mais acessível e colaborativa. Para além da criação de políticas institucionais de gestão de dados, o projeto contempla o reforço da capacitação da comunidade académica e científica através de formações específicas. A UA integra ainda uma “rede nacional de data stewards”, profissionais dedicados à gestão de dados de investigação, promovendo “um espaço de partilha, aprendizagem e colaboração”. O projeto, “que decorre até ao final de 2025”, permite à UA “um forte investimento em capacidade de armazenamento e computação, de modo a acomodar as necessidades correntes e de um futuro a médio/longo prazo da sua comunidade científica”, realça ainda a nota. O UAveiro RDM Center resulta de uma colaboração entre diversas unidades da UA, nomeadamente a vice-reitoria para a Investigação, Inovação e Formação de 3.º Ciclo, o Gabinete de Apoio à Investigação, os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia, e os Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação. O UAveiro RDM Center é um projeto colaborativo entre a vice-reitoria de Investigação, Inovação e Formação de 3.º Ciclo, o Gabinete de Apoio à Investigação, os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia e os Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação da UA. Também no âmbito do PNCADAI, foi criado um consórcio, o Re.Data, com coordenação da Universidade do Minho, em parceria com a Universidade de Coimbra e participação do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade Nova de Lisboa, e que tem como missão fomentar uma comunidade nacional dedicada à gestão de dados FAIR, apoiando os 14 centros GDI selecionados pela FCT e assegurando a articulação com a legislação e infraestruturas nacionais e europeias. O ciclo de webinars promovido pelo UAveiro RDM Center arrancou a “12 de junho”.

Vagos Sensation Gourmet aposta na fusão entre gastronomia, tradição e arte
Região

Vagos Sensation Gourmet aposta na fusão entre gastronomia, tradição e arte

De acordo com a organização, o evento “mais saboroso do verão” utilizará como combinação alguns dos “ingredientes mais preciosos” da Praia da Vagueira. “As tradicionais peixeiras, pescadores, vendedores de rua, ‘chefs’, cozinheiros, ‘sommeliers’, músicos e pintores e muitos outros, para a confeção de um prato que juntará, no largo da Praia da Vagueira, a cozinha e a arte, cultivando e trazendo as melhores memórias destes 10 anos de evento”, acrescentou. O Vagos Sensation Gourmet irá decorrer nos dias 04,05,06 e 11,12 e 13 de julho, na Praia da Vagueira, concelho de Vagos, distrito de Aveiro. “A edição deste ano marcará a estreia no evento da ‘chef’, Teresa Horta Colaço (jurada do MasterChefKids), do Francisco Moreira e Carlos Afonso (apresentadores do canal de televisão 24H Kitchen) e de José Diogo Costa (Estrela Michelin e recém-premiado jovem ‘chef’ do ano pelo Guia)”, informou. Já os ‘sommeliers’ responsáveis pelo evento são António Lopes e André Figuinha, acompanhados de talentos em ascensão como Pedro Escoto (Feitoria, Lisboa), eleito Melhor Jovem Sommelier do Ano 2025; Joana Reis (Avenida, Lagos), Sommelier do Ano pela Revista de Vinhos; e Leonel Nunes (Il Galo D’Oro, Funchal), premiado com o Sommelier Award do Guia Michelin. No mundo do bar, a presença internacional de Jarred Brown e Anistatia Miller (Londres) e Fernando Sousa (vencedor do WorldClass Portugal), do The Royal Cocktail Club, no Porto. A apresentação do evento estará a cargo de João Paulo Sousa, da televisão SIC. O Vagos Sensation Gourmet é organizado pela Câmara Municipal de Vagos, em estreita colaboração com as associações e agentes locais.