Mais de 2.000 grávidas ou pessoas em licença parental dispensadas do trabalho
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) recebeu em 2024 mais de 2.000 comunicações de empresas que não iriam renovar o contrato de trabalho a termo ou pretendiam despedir grávidas ou pessoas em licença parental.
Redação
Segundo o jornal Público, que cita um relatório da CITE, este valor é o segundo valor mais elevado em cinco anos, apenas superado em 2020. Nos despedimentos, 2024 foi o pior ano, de acordo com os dados do mais recente relatório sobre o progresso da igualdade entre mulheres e homens no trabalho, no emprego e na formação profissional citado pelo Público.
O Código do Trabalho indica que as empresas são obrigadas a comunicar à CITE a intenção de pôr fim à relação laboral com trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes, além de trabalhadores que se encontrem a gozar a licença parental ou que sejam simultaneamente cuidadores. Esta comunicação serve para que a CITE possa analisar a validade do motivo para o fim do vínculo laboral.
De acordo com o relatório, em 2024, a CITE recebeu 1.894 comunicações relativas à não renovação de contratos de trabalho a termo, 138 referentes à cessação de contrato em período experimental e outras 138 sobre despedimentos. No total, foram 2.170 comunicações, um valor “apenas ultrapassado em 2020, quando o total chegou às 2.299, graças a um maior peso da não renovação dos contratos a termo (2107), já que o número de despedimentos foi menor, situando-se nos 130”, escreve o Público.
Segundo o jornal, depois do pico de 2020, as comunicações têm vindo a subir - foram 1.366 em 2021, 1.625.em 2022 e 1.917 em 2023 —, mas a presidente da CITE, Carla Tavares, diz que não é possível perceber se há mais casos ou se são as empresas que estão a cumprir melhor a sua obrigação, comunicando mais. “Não conseguimos delinear essa fronteira e, provavelmente, nunca saberemos”, disse Carla Tavares, acrescentando: “Já propus que se estabelecesse uma interligação de dados, que nos permitisse perceber se as pessoas que obtêm licença por maternidade continuam a fazer descontos, o que nos permitiria saber se havia casos que não estavam a ser comunicados. Mas não foi feito”.
Seja qual for a razão, a responsável assume que os números “são sempre elevados” e, nestes últimos anos, têm envolvido mulheres com nomes estrangeiros. “Pode não significar nada, mas temo-nos apercebido de que há muitos nomes estrangeiros. Não significa que não sejam pessoas portuguesas, mas há esta coincidência”, conta.
Nos cinco anos referidos no relatório (2020-2024), o total de comunicações de não renovação do contrato de trabalho a termo envolvendo grávidas ou as outras situações referidas chegou às 8.299. Já os despedimentos chegaram aos 534 e a cessão do contrato de trabalho em período experimental afetou 544 pessoas.
Ou seja, “no total das três situações houve pelo menos 9.377 pessoas afetadas”, escreve o Público, acrescentando que a intervenção da CITE permitiu “reverter algumas destas situações”, mas os números são reduzidos.
O relatório indica que no ano passado houve 15 casos comunicados de não renovação do contrato a termo em que a entidade empregadora acabou por recuar.
Recomendações
'Burnout' e saúde mental afetam portugueses mas só 3% fazem terapia
“No geral, 66% dos europeus já experimentaram esgotamento [‘burnout’], sentiram-se à beira dele ou, pelo menos, relataram sentimentos associados a ele”, um aumento considerável em comparação com o recorde anterior de 60% em 2024”, salienta o ‘STADA Health Report 2025’, realizado em 22 países. Segundo o estudo, a que a agência Lusa teve acesso, os valores mais elevados foram registados na Irlanda (80%) e na Hungria (76%). A nível europeu, as mulheres (71%) são mais propensas a sentirem esgotamento do que os homens (60%) e há também uma diferença marcante na experiência geracional, com 75% dos europeus com menos de 34 anos a relatarem sentimentos de esgotamento, em comparação com 71% dos 35 aos 54 anos e apenas 53% dos com 55 anos ou mais. Portugal ocupa a 8.ª posição entre os 23 países europeus analisados no que diz respeito ao bem-estar psicológico, com 64% dos inquiridos a classificarem a sua saúde mental como “boa” ou “muito boa”. A Roménia (84%), a Bulgária (80%), a Sérvia e a Suíça (ambas com 74%) apresentam os valores mais altos. Já a Hungria surge no lado oposto, com apenas 44% dos participantes a avaliarem positivamente a sua saúde mental. Desde 2022, os portugueses têm mantido uma perceção estável da sua saúde mental, com ligeiras melhorias nos indicadores negativos: A percentagem dos que se consideram com “má saúde mental” caiu de 10% em 2022, para 9% em 2023, 8% em 2024 e para 6% em 2025). Já a avaliação “muito boa” da saúde mental subiu de 13% em 2022, para 22% em 2023, mas registou ligeiras quedas nos anos seguintes: 20% em 2024 e 19% em 2025. O estudo também mostra que a perceção de que o estilo de vida e a situação económica afetam a saúde mental aumenta com a idade: Vai dos 45% nos jovens dos entre os 25 e os 34 anos até 78% nos maiores de 70 anos. Revela ainda que 73% consideram ter um estilo de vida saudável e 55% avaliam positivamente a sua situação financeira. As preocupações financeiras (32%), o ‘stress’ no trabalho (26%) e a solidão (10%) são os principais fatores apontados para os problemas de saúde mental. A solidão é mais referida pelos mais jovens (28% dos 18-24 anos) e pelos mais velhos (39% dos maiores de 70 anos). Apesar do impacto sentido, apenas 21% procuram ajuda externa para melhorar a saúde mental, enquanto 46% recorrem a estratégias próprias e 31% dizem não fazer nada. Entre as principais formas de autocuidado apontadas estão passar tempo com amigos e familiares (23%) e fazer exercício físico (19%). Os principais motivos apontados pelos inquiridos para não procurar apoio são o custo (25%), a perceção de ineficácia (22%), o desgaste emocional (9%), sentirem-se estigmatizados quando procuram ajuda (5%) e terem falta de apoio da família e amigos (4%). O estudo também avaliou o teletrabalho, concluindo que trouxe efeitos positivos para 71% dos portugueses: 42% destacam o melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, 31% dizem sentir-se mais produtivos, 29% afirmam ter menos ‘stress’ e 23% referem melhoria da saúde mental. No entanto, há quem aponte efeitos negativos, como dificuldades em desconectar-se do trabalho (14%), sentir-se mais isolado e sozinho (13%) e ser mais difícil ficar motivado e focado (11%). O inquérito aponta também que 60% dos europeus consideram que a saúde mental e física não são tratadas de forma igualitária no sistema de saúde do seu país. Esta perceção de desigualdade é particularmente forte em Espanha (78%), Hungria e Bulgária (76% cada) e Portugal (70%), ao contrário dos participantes na Suíça (40%) e no Uzbequistão (47%). O inquérito ‘online’ foi realizado pela consultora Human8 em fevereiro e março e contou com amostras de 1.000 a 2.000 inquiridos, entre os 18 e os 99 anos, em cada país.
Jovens representaram 59% dos novos contratos de crédito à habitação até agosto
“Os recentes benefícios para acesso dos jovens à primeira habitação própria permanente têm contribuído para o crescimento do crédito à habitação”, tendo os jovens passado “a ter maior expressão no novo crédito”, refere o Banco de Portugal (BdP) numa análise divulgada. Assim, se entre janeiro de 2022 e julho de 2024 o peso dos jovens nos novos contratos para aquisição de habitação própria permanente foi de 44%, em agosto de 2024 - após a entrada em vigor do decreto-lei que isenta os jovens do pagamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto do Selo (IS) - o peso dos jovens aumentou para 53% do montante de novos contratos. Já considerando os primeiros oito meses de 2025, em que se fizeram também sentir os efeitos de uma outra medida que estabeleceu o regime de garantia pessoal do Estado para jovens até 35 anos, estes representaram já 59% do montante de novo crédito para aquisição de habitação própria permanente. De acordo com o banco central, até agosto, o montante acumulado de novos contratos de crédito para habitação própria permanente atingiu os 12.000 milhões de euros, o que compara com 8.200 milhões em igual período de 2024. Os jovens até 35 anos, inclusive, contrataram 7.100 milhões daquele total, superando os 3,5 mil milhões registados em igual período de 2024. Já os mutuários com idade superior a 35 anos contrataram um montante de 4.900 milhões de euros, apenas mais 200 milhões do que nos primeiros oito meses de 2024. Considerando o período a partir de janeiro de 2022, o montante mensal de novos contratos de crédito para aquisição de habitação própria permanente registou um valor mínimo em abril de 2023 (598 milhões de euros) e uma tendência de crescimento desde então. No que diz respeito ao montante médio de crédito concedido aos jovens para aquisição de habitação própria permanente, “praticamente não se alterou” entre janeiro de 2022 (136,1 mil euros) e dezembro de 2023 (134,7 mil euros). Contudo, em 2024 “iniciou-se uma tendência de aumento deste valor”, que subiu para 159,2 mil euros em agosto, após a entrada em vigor do diploma que isenta os jovens do pagamento de IMT e IS. Em agosto deste ano, o montante médio de crédito para habitação própria permanente concedido aos jovens foi de 192,6 mil euros, o que representa um aumento de 43% relativamente a dezembro de 2023. Já para os mutuários com mais de 35 anos, o montante médio de crédito concedido para aquisição de habitação própria permanente aumentou menos no mesmo período: passou de 127,3 mil euros em dezembro de 2023 para 159,2 mil euros em agosto de 2025, o que corresponde a uma variação de 25%. Os dados divulgados hoje pelo BdP indicam ainda que o preço médio da habitação própria permanente adquirida com recurso a crédito pelos jovens aumentou 8% nos primeiros oito meses de 2025, passando de 218,4 mil euros em dezembro de 2024 para 235,7 mil euros em agosto de 2025. No período homólogo tinha subido 14%. O banco central nota que o preço médio da habitação própria adquirida pelos jovens se manteve abaixo do dos mutuários com mais de 35 anos, tendo este diferencial aumentado nos primeiros oito meses deste ano. Em agosto, as casas adquiridas com recurso a crédito por maiores de 35 anos custavam, em média, 275,4 mil euros, mais 39,8 mil euros do que no caso dos jovens. Em 2024, o diferencial médio tinha sido de 29,0 mil euros. Apesar de as casas adquiridas com recurso a crédito pelos jovens terem um preço médio mais baixo face aos restantes mutuários, os jovens obtêm um montante médio de crédito superior, evidenciando um menor recurso a capitais próprios por parte destes últimos. Em agosto de 2025, o montante médio dos créditos obtidos pelos jovens representava 82% do preço médio de aquisição das habitações, acima do peso de 58% observado entre os mutuários com mais de 35 anos. Nos primeiros oito meses deste ano, com a entrada em vigor da garantia pessoal do Estado, aquele rácio aumentou sete pontos percentuais entre os jovens, enquanto para os mutuários com mais de 35 anos se reduziu em um ponto percentual. Considerando o ‘stock’ de crédito à habitação, atingiu 107.100 milhões de euros em agosto, dos quais 23% referentes a contratos com mutuários jovens, mais três pontos percentuais face ao período homólogo. Em agosto, este ‘stock’ cresceu 8,4% em termos homólogos, tendo os jovens contribuído para a quase totalidade da variação. Segundo o BdP, o ‘stock’ de crédito à habitação apresentou taxas de variação anuais positivas e crescentes desde junho de 2024, tendo os dois escalões etários dos mutuários contribuído para esta aceleração: O contributo dos mutuários jovens passou de 2,7 pontos percentuais em junho de 2024 para 8,2 pontos percentuais em agosto de 2025, enquanto o dos mutuários com mais de 35 anos passou de -2,6 pontos para 0,1 pontos percentuais.
Universidades chamadas a verificar autenticidade de documentos de alunos e professores estrangeiros
Em meados de setembro, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) recebeu uma proposta de protocolo a celebrar com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em que as instituições de ensino superior (IES) ficariam responsáveis pela “recolha, análise e remessa da documentação necessária” para ceder vistos e autorizações de residência a alunos, professores e investigadores estrangeiros. As instituições teriam de recolher “dados pessoais”, como a morada ou contacto telefónico, e enviá-los à AIMA, segundo a proposta de colaboração a que a Lusa teve acesso. As IES seriam também obrigadas a enviar todos os documentos necessários para avançar com os pedidos de autorização ou vistos, devendo previamente “atestar a respetiva veracidade e fiabilidade” desses mesmos documentos. O texto do protocolo atribui onze obrigações às instituições, que também teriam de “envidar todos os esforços” para garantir a presença dos requerentes nas lojas da AIMA e até “comunicar com antecedência possível” caso não pudessem estar presentes. A proposta foi entregue ao CRUP que, numa primeira reunião, levantou “algumas preocupações”. O assunto está agora nas mãos da Comissão de Internacionalização do CRUP, que irá pronunciar-se e apresentar sugestões, contou à Lusa o presidente do conselho de reitores, Paulo Jorge Ferreira. “Há aqui problemas graves a ultrapassar. Há informação pessoal e sensível de estudantes, professores e investigadores que nos pedem que seja partilhada ou passada a outros”, alertou Paulo Jorge Ferreira, questionando qual “a legitimidade e enquadramento legal que permite às instituições passar informações pessoais”. A verificação da autenticidade de documentos poderá ser outro dos problemas: “Não compete às universidades verificar a legalidade dos documentos”. “As universidades não são entidades policiais, nem têm trabalhadores com formação para fazer esse tipo de verificação”, acrescentou, lembrando que seria preciso contratar mais funcionários para operacionalizar o modelo proposto. Além disso, as instituições teriam também de desenvolver uma série de outras atividades e tarefas, como promover ações para divulgar a lei de estrangeiros ou assegurar a presença dos interessados em ações de formação da AIMA. Paulo Jorge Ferreira sublinhou que “o protocolo é facultativo e só adere quem quer”, mas as verbas do Orçamento de Estado só cobrem cerca de 72% dos custos com recursos humanos, ou seja, a proposta apresentada iria agravar ainda mais a situação financeira das instituições. Apesar das críticas, o presidente do CRUP reconheceu que “a proposta é muito bem-intencionada”, porque tenta responder a um problema sentido pelas IES portuguesas, que recebem cada vez mais estudantes internacionais. Os alunos estrangeiros representam já cerca de 5% do total de estudantes no ensino superior em Portugal. “A chegada de talento exterior ao país é muito bem-vinda e um dos obstáculos é precisamente a carga burocrática para legalizar a situação dos alunos no nosso país. As dificuldades de legalização desencorajam os estudantes de nos procurarem e isso é um obstáculo a internacionalização”, disse. Por isso, o CRUP vai convidar a AIMA para uma reunião ainda este mês para debater o protocolo e apresentar algumas propostas. Para o reitor da Universidade de Aveiro, a solução para o problema não pode passar por “sobrecarregar as IES com mais tarefas”. Em alternativa, Paulo Jorge Ferreira lembrou uma medida já em vigor na sua universidade, que em 2019 recebeu um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) para apoiar a respetiva comunidade internacional e "retirar dos CLAIMs locais a sobrecarga que a universidade estava a provocar”. Na opinião do reitor, as IES poderiam ceder um espaço nos seus campus para fornecerem este serviço, que “seria tripulado por pessoas das agências” ou formadas para aquelas tarefas: “Nós cedíamos o espaço e eles providenciavam o serviço”. A Lusa contactou a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Técnicos, que disse não ter ainda recebido o documento, que também prevê as mesmas obrigações para os institutos politécnicos. Também a AIMA foi contactada pela Lusa, não tendo respondido até ao momento.
Votação antecipada nas autárquicas por motivos profissionais começa na quinta-feira
Na quinta-feira termina ainda a recolha dos votos antecipados de estudantes, doentes internados ou presos (não privados de direitos políticos) que requereram exercer o seu direito de voto. A votação antecipada por motivos profissionais pode ser feita entre 02 e 07 de outubro na Câmara Municipal do município onde o eleitor está recenseado, perante o presidente da câmara, que pode excecionalmente fazer-se substituir pelo vice-presidente ou por qualquer vereador do município. Os trabalhadores abrangidos nas exceções que permitem o voto antecipado devem levar um cartão de identificação e um documento comprovativo do impedimento emitido pelo superior hierárquico ou entidade patronal ou outro documento que comprove suficientemente a existência do impedimento. Estão abrangidos neste voto antecipado os trabalhadores dependentes, independentes ou profissionais liberais, assim como militares, agentes das forças e serviços de segurança interna, bombeiros ou agentes da Proteção Civil que no dia das eleições não possam deslocar-se às secções de voto por motivos profissionais. Também os trabalhadores dos setores marítimo, aeronáutico, ferroviário ou rodoviário de longo curso que tenham a previsão de estarem a trabalhar nesse dia podem votar antecipadamente. Os outros profissionais abrangidos são os membros de delegações oficiais do Estado em deslocação ao estrangeiro em representação do país, os elementos das seleções nacionais em representação oficial no estrangeiro, pessoas coletivas dos setores público, privado ou cooperativo e representantes das organizações representativas dos trabalhadores ou das atividades económicas. Depois de se identificar e fazer prova do impedimento, o eleitor receberá os três boletins de voto (um branco para a Assembleia de Freguesia, um amarelo para a Assembleia Municipal e um verde para a Câmara Municipal) e dois envelopes (um azul e um branco). Os boletins de voto serão introduzidos no envelope branco, que é fechado e introduzido, juntamente com o documento comprovativo do impedimento, no envelope azul, que também é então fechado. O eleitor receberá um recibo comprovativo do exercício do direito de voto. O presidente da Câmara, ou seu representante, enviará o envelope azul à mesa da assembleia de voto do eleitor, ao cuidado da respetiva Junta de Freguesia, até 08 de outubro. Mais de 9,3 milhões de eleitores estão inscritos para votar nas eleições autárquicas de 12 de outubro, dos quais mais de 41 mil são cidadãos estrangeiros recenseados em Portugal, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI). A campanha oficial para as eleições autárquicas decorrerá até 10 de outubro, sexta-feira que antecede o dia eleitoral. Os dados provisórios da CNE estimam que se candidatam nestas autárquicas 817 forças políticas e movimentos, dos quais 618 são candidaturas de grupos de cidadãos eleitores, 181 candidaturas de diferentes coligações partidárias e ainda de 18 partidos políticos. De acordo com os números provisórios, no total, as candidaturas apresentaram 1.588 listas às câmaras municipais, 1.524 às assembleias municipais e 9.750 a assembleias de freguesia. Nas eleições autárquicas, que decorrem entre as 08:00 e as 19:00 de 12 de outubro, os eleitores vão eleger os órgãos dirigentes de 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia. Outras 37 freguesias vão escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes.
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Movimento Sentir Aradas exige explicações a Catarina Barreto sobre utilização indevida da ADSE
O movimento começa o texto por afirmar que a inscrição de Catarina Barreto foi feita “de forma ilegal”, citando a notícia da Rádio Universitária de Aveiro. Perante estes factos, o partido refere que a presidente da Junta “assumiu os benefícios financeiros” e atira que a mesma “continuou a esconder do público os documentos da sua relação com a ADSE”. No seguimento lança um conjunto de questões: “Como se inscreveu Catarina Barreto na ADSE?; Que documentos seguiram dos meios da Junta de Freguesia de Aradas para a ADSE?; Quem autorizou/aprovou a inscrição na ADSE, pela Junta de Freguesia de Aradas?; Em que Lei, Catarina Barreto, advogada com escritório na praça, estribou a sua “adesão” à ADSE?; Em qual ou em quais reuniões ou sessões de Executivo ou de Assembleia de Freguesia de Aradas apresentou o assunto “ADSE”?; Tendo sido, Catarina Barreto, membro da gestão da ANAFRE quais colegas conheceu que, não sendo funcionários públicos, acederam à ADSE?; Houve mais alguns elementos do Executivo de Aradas para além da Sra. Presidente que tenham sido inscritos ilegalmente na ADSE? Que funcionários públicos da Junta de Freguesia de Aradas, estão inscritos atualmente na ADSE?; Porque não foram entregues na totalidade os documentos requeridos pelo Movimento Sentir Aradas”, lê-se na nota enviada à Ria esta terça-feira. No comunicado, o grupo de cidadãos manifesta ainda “surpresa com a atitude” de Catarina Barreto, acusando-a de tentar “trespassar” responsabilidades para os funcionários da Junta e apontando também “cumplicidade” a Luís Souto de Miranda, candidato da Aliança com Aveiro à Câmara de Aveiro, que o movimento diz manter “um pacto de silêncio”. No final, o Movimento Independente Sentir Aradas apela que a freguesia e o concelho “merecem respeito”. “Afinal, mesmo não facilitando o acesso á informação, a verdade foi revelada. Acima de qualquer entrave à documentação, a atitude demonstrada, a falta de ética durante este processo todo e de desrespeito por todos os Aradenses são inqualificáveis”, atira. “No próximo domingo temos a oportunidade de mudar o rumo desta freguesia”, finaliza. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, durante quase cinco anos, entre janeiro de 2018 e novembro de 2022, Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas, esteve inscrita e utilizou a ADSE apesar de não ter direito a este subsistema de saúde reservado a trabalhadores com vínculo à Administração Pública - o que não é o caso dos eleitos locais.
Secção de Atletismo do SC Beira-Mar anuncia a constituição de uma equipa de alto rendimento
Para além de referir que este é um passo que reforça a secção de atletismo do Beira-Mar, o dirigente nota que “esta projeção contribuirá para fomentar a prática da modalidade nas crianças e jovens aveirenses”. Neste processo, Quintaneiro destaca o papel de Hugo Pinheiro e Ricardo Esteves que, segundo diz, “construíram um percurso de sucesso na modalidade, com credibilidade junto de atletas de elite, assim como de um conjunto de parceiros fortes que garantem a sustentabilidade do projeto”. Já Rui Machado, responsável pela secção de Atletismo do Sport Clube Beira-Mar, afirma que se trata de um “passo importante e devidamente ponderado”. O dirigente adianta que a aposta vai permitir “relançar o nome do clube para patamares nunca antes alcançados na modalidade” e espera que sejam asseguradas novas parcerias para dar melhores condições aos atletas. A época arranca a 1 de outubro e técnico / treinador será Ricardo Esteves. Enquanto a equipa masculina conta com Luís Oliveira, João Almeida, Alexandre Venâncio, Hélder Santos, Cláudio Paulinho, Daniel Sousa, João Mouro e Nuno Cunha Santos, a equipa feminina faz-se representar por Carla Martinho, Susana Godinho Santos, Joana Ferreira, Rafaela Fonseca, Susana Cunha, Beatriz Rios e Ana Marta Pinto. Como objetivo, o clube assume querer conquistar “resultados de relevo” no âmbito Distrital, Nacional e Internacional, bem como ter grande representação na Seleção Nacional.
Autárquicas: Alberto Souto (PS) promete revogar hotel de 12 pisos na primeira semana se for eleito
“Não sabemos que maiorias é que vamos ter na Câmara. Se tiver maioria, obviamente posso tomar a medida de revogação do plano de pormenor do Cais do Paraíso na primeira semana. Se não tiver maioria, vamos ter que convencer as outras forças políticas que aquilo é um mostrengo urbanístico, uma aberração total, e estou convencido que não será difícil convencê-los”, disse o candidato. Alberto Souto falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha do PS na feira de Oliveirinha, onde também andou o seu irmão mais novo Luís Souto Miranda, que concorre à presidência da Câmara pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, embora as duas comitivas não se tenham cruzado. Para além do plano de pormenor do Caís do Paraíso, que prevê a construção de um hotel de 12 pisos, o candidato socialista quer também revogar a construção do pavilhão-oficina, no Parque Desportivo de Aveiro, e salvar da demolição a antiga sede da Cerciav. Alberto Souto diz que “os erros são para corrigir, não são para dar continuidade”, mas adverte que primeiro será preciso ver qual é a situação que vai encontrar na Câmara em termos financeiros. “Como vocês sabem, têm sido abertos concursos, adjudicadas obras. O senhor presidente anunciou que estão comprometidos mais de 100 milhões de euros de obras e iremos ter que fazer uma análise criteriosa de tudo isso”, explicou. Alberto Souto percorreu a Feira de Oliveirinha, juntamente com cerca de duas dezenas de candidatos e apoiantes, a cumprimentar os feirantes e os munícipes com quem se cruzava, e a apelar ao voto no PS nas eleições de domingo. Quando a comitiva passou pela zona dos animais de capoeira, o socialista decidiu imitar o cacarejar de uma galinha para os jornalistas, afirmando que costuma fazer sucesso com os netos com esta imitação. “Sou um craque a imitar as galinhas para os meus netos. Faço um sucesso. Vocês querem gravar? Depois não gozam comigo. O Ricardo Araújo Pereira já não tem mais nenhuma emissão pois não?”, disse, antes de fazer a imitação que provocou risos na comitiva. Com esta foi a quarta vez que a candidatura do PS passou pela feira quinzenal de Oliveirinha. O candidato que procura a terceira eleição para a presidência da Câmara de Aveiro, que perdeu em 2005 para Élio Maia, diz que tem sido bem recebido pela população e sente que há um ambiente estimulante. “Em cada 50 pessoas, houve uma que não quis conversar connosco e todas as que pararam para conversar, recebemos palavras de encorajamento, entusiasmo e, portanto, sente-se que há um ambiente muito estimulante. Só no dia 12 é que se sabe”, concluiu. Além de Alberto Souto, são candidatos à Câmara de Aveiro Luís Souto (PSD/CDS-PP/PPM), Diogo Machado (Chega), João Moniz (BE), Isabel Tavares (CDU - PCP/PEV), Miguel Gomes (IL), Ana Rita Moreira (PAN), Bruno Fonseca (Livre) e Paulo Alves (Nós, Cidadãos!). Atualmente, o executivo, presidido pelo social-democrata Ribau Esteves, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, tem seis eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM, e três eleitos da coligação PS/PAN, sendo dois do PS e um independente (ex-PS).
André Ventura vem amanhã a Aveiro para a reta final da campanha de Diogo Soares Machado
De acordo com a agenda divulgada pela candidatura, a iniciativa decorre amanhã, 8 de outubro, a partir das 19h00, no Largo Dr. Jaime Magalhães Lima, junto ao Soldado Desconhecido, no centro da cidade de Aveiro. A presença de André Ventura insere-se nas ações de mobilização do partido nos últimos dias de campanha, que terminam esta sexta-feira. Esta será uma das principais ações de rua da candidatura de Diogo Soares Machado na fase final da campanha eleitoral, numa tentativa de reforçar a proximidade com os eleitores e consolidar o apoio ao partido no concelho.