Autárquicas: Jurisdição da distrital de Aveiro do PS anula candidatura de Luís Canelas a Espinho
A Comissão de Jurisdição da distrital de Aveiro do PS anulou a eleição concelhia que indicou Luís Canelas como candidato à Câmara nas eleições autárquicas de Espinho, revelou hoje fonte socialista, indicando que o processo terá que ser repetido.
Redação
Em declarações à Lusa, o presidente da Comissão de Jurisdição, Jorge Almeida, explicou que a deliberação de segunda-feira se deveu ao facto de a votação realizada em fevereiro pelos militantes de Espinho alegadamente não ter recolhido o mínimo de 50% dos votos contabilizados, como é requerido pelos estatutos do partido – já que o nome do ex-vice-presidente da Câmara, atual vereador sem pelouros e também presidente da concelhia do PS, só obteve 18 votos favoráveis, face a 12 num segundo candidato, dois nulos e quatro abstenções. Já na jurisdição distrital, a decisão de anular a escolha de Luís Canelas foi unânime, como realçou Jorge Almeida: “os membros da Comissão de Jurisdição são eleitos pelo método de Hondt, pelo que representam todas as fações dentro do partido, e tomaram a decisão por unanimidade. Todos votaram a favor da nulidade da eleição da concelhia”.
Segundo o advogado, há agora as seguintes alternativas: ou a votação é repetida na concelhia de Espinho, o que Jorge Almeida considera improvável dado que essa estrutura “é presidida por Luís Canelas e ele não quererá correr o risco de ver outro candidato ser eleito”, ou segue recurso para a Comissão Nacional de Jurisdição do PS, sendo que, “nesse caso, a decisão final pode demorar imenso tempo e não ser tomada a tempo das eleições”. Se esse impasse se verificar, a opção restante é que seja a direção nacional do partido a tomar uma posição hierarquicamente válida, o que “também poderá ser delicado, face à fragilidade da situação atual do PS”, na sequência dos resultados das legislativas de domingo e da anunciada saída do seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos.
Questionado sobre o assunto, Luís Canelas – que foi anunciado como o cabeça de lista em Espinho em detrimento da atual presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz, que tomou posse em 2023 após a renúncia de Miguel Reis no âmbito do processo Vortex – diz-se “totalmente focado na preparação da candidatura, na constituição da equipa e na definição das melhores soluções para o futuro de Espinho”. Quanto à nulidade do processo que o elegeu, adiantou apenas que “o assunto relativo à deliberação da Comissão de Jurisdição da Federação de Aveiro está a ser tratado nas instâncias próprias do Partido Socialista, através dos mecanismos legais e estatutários adequados”.
Entretanto, a Mesa da Comissão Política Concelhia de Espinho, presidida por Liliana Carvalho, informou que vai “interpor recurso junto da Comissão Nacional de Jurisdição”, porque “discorda frontalmente da decisão proferida” ao nível distrital e a considera “infundada, injusta e desprovida de qualquer fundamento estatutário”. Em nota, a concelhia defende que “o ato realizado foi uma designação de candidato a cargo político, nos termos do artigo 67.º dos Estatutos do PS, e não uma eleição interna – distinção expressamente prevista nos próprios estatutos e no Regulamento Eleitoral Interno” do partido. Além disso, a reclamação que deu origem à revisão do procedimento e à sua consequente anulação “foi apresentada 16 dias após a designação, prazo que a Mesa considerou manifestamente extemporâneo e violador do princípio da segurança jurídica”.
Garantindo que o processo de escolha de Luís Canelas “decorreu com total legalidade, transparência e participação democrática”, a nota assinada por Liliana Carvalho refere que não foram identificadas quaisquer irregularidades durante a votação e que essa foi até levada a cabo “na presença do presidente da Federação de Aveiro, Hugo Oliveira, e do presidente da Jurisdição de Aveiro, [o próprio advogado] Jorge Almeida”. A concelhia conclui que irá agora aguardar o parecer da Comissão Nacional de Jurisdição, mas antecipa que, caso necessário, está “disposta a recorrer aos tribunais, para cabal esclarecimento do tema”.
Recomendações
Ílhavo inicia campanha anual de vacinação antirrábica e de identificação eletrónica
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, no Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Ílhavo (CROACI), o atendimento será efetuado “às quartas-feiras, entre as 9h00 e as 13h00, sem necessidade de marcação prévia”. Fora deste horário, o atendimento poderá ser realizado mediante agendamento. Durante os meses de junho e julho, a campanha percorrerá as quatro freguesias do Município, com sessões descentralizadas, sempre às 14h30, nos seguintes locais e datas. Na Freguesia de São Salvador decorrerá no dia 6 de junho, no Mercado Municipal de Ílhavo e no dia 13 de junho no estacionamento junto à capela de Vale de Ílhavo; na Gafanha da Nazaré passará no dia 20 de junho, no estacionamento nas traseiras da junta de freguesia; na Gafanha da Encarnação decorrerá no dia 27 de junho, no Cais dos Pescadores da Costa Nova, no dia 4 de julho, junto ao salão cultural Manuel das Neves e no dia 11 de julho no cruzamento entre a Rua do Carmo e a Rua da Escola; na freguesia da Gafanha do Carmo passará no dia 18 de julho na Praça Padre Gonçalves, junto à Igreja. A nota esclarece ainda que, de acordo com a DGAV, “esta campanha destina-se exclusivamente a cães, estando excluídos gatos e furões”. “A vacina antirrábica administrada tem uma duração de imunidade de três anos. No entanto, a licença canina emitida pela Junta de Freguesia mantém-se obrigatória com periodicidade anual. Os detentores devem confirmar no boletim sanitário dos seus animais se a vacinação se encontra atualizada”, lê-se. A vacinação antirrábica apenas será realizada se o cão estiver previamente identificado eletronicamente (microchip). “Caso não esteja, será efetuada a colocação do microchip no momento da vacinação”, continua. O Município de Ílhavo esclarece ainda que para o “registo dos dados no recibo e/ou ficha de microchip, os detentores devem apresentar os seguintes elementos: nome completo, morada, número do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, NIF (número de identificação fiscal) e contacto telefónico”.
Árvores finlandesas que morrem e renascem estarão no Imaginarius com plantas para comer
Esses são alguns dos aspetos na base da performance “Phloem” (termo inglês para “Floema”), que, resultando de uma encomenda pela direção do referido evento do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, combinará gastronomia com circo contemporâneo, artes mediáticas, luz e som – sempre com exibições gratuitas às 22:00 de quinta, sexta e sábado no jardim da Biblioteca Municipal, mediante reserva prévia de lugares. O conceito já foi ensaiado no Imaginarius Centro de Criação, onde a diretora artística da Lumo esteve em residência artística, e combinará em palco duas gamas de adereços vegetais: uma seleção de urtigas, dente-de-leão, funcho selvagem e outras ervas silvestres recolhidas na Feira e preparadas durante o próprio espetáculo, para dar a provar à plateia durante a exibição; e troncos das chamadas “árvores Keto”, transportados por estrada desde a Finlândia para funcionarem como cenário – inclusive como mesa onde se servirá a arte culinária da performance. A particularidade dessas árvores é o seu ciclo de vida, que lhes confere o estatuto de “únicas no mundo”, como explica Hanna Misala: “elas podem viver a primeira vez por 300 a 400 anos e depois morrem por 30 a 50. É aí que se transformam numa árvore Keto – dura, cinzenta – que se mantém de pé por mais 300 a 400 anos”. As árvores escolhidas para Santa Maria da Feira foram “cuidadosamente selecionadas e todas têm um significado diferente” no espetáculo, já que “umas foram usadas só para produzir floema, outras serão utilizadas para fazer sons e outras funcionarão como aparelhos aéreos” para acrobacias dos performers. Quanto à culinária do espetáculo (que era um dos requisitos da chamada artística lançada pela direção do festival, para valorizar o estatuto da Feira como Cidade Criativa da UNESCO no domínio da gastronomia), Hanna Maisala antecipa: “a comida que vamos provar é o coração da árvore, o seu floema”. A artista revela que, na Finlândia, a chamada “farinha de floema” é tradicionalmente acrescentada à farinha branca como ingrediente para fabrico de pão, dada a sua capacidade de “enchimento”, valorizada sobretudo em tempos de guerra e períodos de fome. “O património associado à produção de farinha de floema já quase desapareceu na atualidade e agora é super difícil encontrá-la, pelo que se tornou um produto de luxo que custa 170 euros por quilo”, realça Hanna Maisala. “Mas nós conseguimos produzir alguma dessa farinha a partir de pinheiros que trouxemos do nosso país e encontrámos uma pessoa em Portugal que conseguiu fabricar mais para usarmos no espetáculo”, adianta a artista. Todos esses aspetos sobre as árvores keto e o seu floema vão combinar-se ainda com sons de folhagem e ramos, do estalar de troncos e com relatos humanos na voz real não apenas de finlandeses, mas também de cidadãos do Reino Unido, onde a companhia já atuou, e de Portugal, graças a gravações no Museu de Santa Maria de Lamas, onde a companhia também esteve em residência artística. O objetivo é que todos esses elementos possam “refletir a vida de uma árvore ao longo de centenas de anos”, numa metáfora sobre fragilidade e renovação – mesmo quando todo o trabalho “progride rumo à escuridão”. “Fundir gastronomia e arte aprofunda o simbolismo de elementos naturais como a madeira e preparar os alimentos cria uma nova ligação aos ciclos da natureza”, refere Hanna Maisala, defendendo que desses gestos sobressai assim “a possibilidade de esperança” e a consciência de que “a vida continua, apesar da sua fragilidade”.
Porto de Aveiro lança concurso superior a 8,1 ME para fornecer energia a navios
A “Empreitada de Construção da Subestação 60/15KV 2x20MVA no Porto de Aveiro”, tem um investimento previsto de 8,103 milhões de euros e um prazo de execução de 480 dias. “Este concurso representa o segundo passo concreto no reforço da infraestrutura elétrica do porto, dando continuidade à empreitada lançada em março deste ano para a “Construção da Linha Mista a 60kV SE Gafanha - SE APA”, explica a administração portuária em nota de imprensa. A primeira intervenção prevê a construção de uma linha de alta tensão, parcialmente subterrânea e parcialmente aérea, que ligará a subestação da Gafanha da Nazaré à futura subestação, agora a concurso. “Estas iniciativas fazem parte de um plano alargado que visa aumentar significativamente a capacidade do Porto de Aveiro em fornecer e receber energia elétrica, colmatando as atuais limitações da infraestrutura existente, que condicionam a expansão e modernização das atividades portuárias”, justifica a nota. Segundo o texto, entre os principais objetivos está a implementação de soluções para o fornecimento de energia elétrica a navios durante a sua permanência no porto, permitindo a redução de fontes de energia fósseis e, consequentemente, das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE). A construção da subestação elétrica “insere-se no objetivo estratégico da APA, S.A. — "Descarbonização e Sustentabilidade", no contexto das ações que visam a descarbonização das operações portuárias e a concretização da neutralidade carbónica até 2050, conforme definido na estratégia para a transição energética da autoridade portuária, aprovada em fevereiro de 2021”, acrescenta. “Com este investimento, o Porto de Aveiro reforça o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, a inovação tecnológica e a competitividade do sistema portuário nacional, contribuindo para uma economia mais verde e resiliente”, conclui.
Feira aumenta de 580.000 para 890.000 euros o valor do novo concurso para Túnel da Cruz
Com esse reforço, aprovado por unanimidade de PSD e PS, o objetivo da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto é impedir que se repita a situação do primeiro concurso, que no passado mês de fevereiro terminou sem propostas válidas. “É do conhecimento público que, neste momento, os municípios de Norte a Sul do país enfrentam dificuldades significativas na contratação de projetos e empreitadas, devido ao elevado volume de investimentos públicos em curso no âmbito do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência”, declara à Lusa o presidente da Câmara, Amadeu Albergaria. A obra em causa tem a designação formal de “Projeto de Requalificação Urbana da Zona da Cruz na EN 223 - Ligação ao Nó da A1 e Desnivelamento da EN 223 do Km 21+600 ao Km22+100, em Santa Maria da Feira” e tem como grande propósito acabar com dois grandes constrangimentos nessa zona. Em primeiro lugar, visa atenuar as dificuldades viárias na circulação entre a zona da cidade mais próxima da autoestrada e os acessos às freguesias periféricas do concelho, assim como aos municípios de São João da Madeira, Arouca e Oliveira de Azeméis; em segundo, pretende eliminar a barreira urbanística entre o centro da cidade da Feira e a urbanização dos Passionistas, que é uma das zonas do concelho com maior crescimento habitacional em anos recentes e tem na referida EN 223 uma barreira física à fluidez de circulação viária e pedonal. Logo que tomou posse como presidente da Câmara, em março de 2024 na sequência da renúncia de Emídio Sousa ao cargo após a sua eleição para o Parlamento, Amadeu Albergaria incluiu na sua lista de prioridades o Túnel da Cruz – que, no subsolo, facilitará o atravessamento rápido da cidade entre as portagens e outras freguesias e concelhos da região, e, à superfície, ficará reservado para trânsito local e espaços verdes, mediante um arranjo urbanístico destinado a unir a cidade ao bairro dos Passionistas. É essa mudança que o autarca social-democrata se propõe viabilizar ao reforçar a verba disponível para o projeto da empreitada. “Queremos garantir as melhores condições para atrair [ao concurso público] uma equipa técnica qualificada, capaz de desenvolver com rigor esta obra estratégica para a mobilidade urbana e para o desenvolvimento sustentável do nosso concelho”, declara Amadeu Albergaria. O estudo prévio para o Túnel da Cruz já teve o aval da Infraestruturas de Portugal, sendo que o investimento global para o efeito, até conclusão efetiva da obra, está estimado em “15 a 20 milhões de euros”.
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Shark Tesis estreia-se na Feira de Entrevistas da UA
Vladyslav Tyshchuk é ucraniano e chegou a Aveiro há dois anos. Estuda no mestrado de Sistemas Energéticos Sustentáveis e é um dos seis primeiros participantes da iniciativa Shark Tesis, uma ação da AAUAv que estreou nesta edição da Semana de Entrevistas. A sua tese, focada em formas de tornar o setor dos transportes mais sustentável em Portugal, foi a última do dia de ontem, dia 19, a ser apresentada. Para Vladyslav, a iniciativa é não só uma experiência prática de apresentação que adquire antes da defesa da tese como significa também a possibilidade de “entrar em contacto com pessoas de algumas empresas”. “Queria ficar em Portugal: depois de defender a tese vou procurar trabalho”, conta o estudante que considera a iniciativa uma “forma muito interessante” de ligar os estudantes e a academia ao tecido empresarial. À Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, admite que a iniciativa nasceu da vontade de “inserir algo diferenciador e inovador” na Feira de Entrevistas. “Achamos que seria a altura ideal para mostrar e para criar ligações entre aquilo que é o conhecimento e a inovação criada em contexto universitário e como é que eles podem chegar até o mundo empresarial”, aponta. A primeira edição do Shark Tesis teve uma boa adesão por parte dos estudantes, mas ainda assim Joana Regadas reconhece que “gostaríamos sempre de ter mais pessoas”. Da iniciativa destaca, ainda, a “diversidade da investigação que é criada nos diferentes ciclos de ensino” e realça como “muito importante” criar “este momento de ligação entre o contexto académico e o mundo empresarial”. O lançamento da iniciativa contou com a apresentação dos projetos de seis estudantes e “foi um pequeno teste” para aquilo que a dirigente associativa aponta como objetivo: voltar a trazer o formato do Shark Tesis em novembro à Feira de Emprego. “Estamos a ainda a perceber como é que temos de otimizar o processo”, admite a representante dos estudantes. Sobre a novidade desta edição – o Shark Tesis – Luís Gomes, técnico superior responsável por parte da organização do evento, aponta que “é um projeto que tem pernas para crescer”. “Acabamos por dar a oportunidade aos estudantes de virem apresentar os seus projetos de fim de curso (…) e também é uma forma de se apresentarem às empresas e se darem a conhecer”, frisa. O responsável pela Feira de Entrevistas dá ainda nota de que o projeto da AAUAv deverá ser implementado novamente na “tradicional Feira de Emprego” que tem já data e local marcado: de 18 a 20 de novembro, na Caixa UA. O técnico superior deu ainda nota à Ria que a iniciativa contou com a participação de “50 entidades e empresas diferentes a fazer entrevistas de emprego aos estudantes da Universidade de Aveiro” e cerca de 700 estudantes. Alerta, no entanto, que a “seleção para as entrevistas é da responsabilidade das empresas”, o que significa que “nem todos os estudantes que se inscreveram poderão ser chamados”. O caso de Nádia foi um caso de sucesso. A antiga estudante de Marketing e Comunicação Digital inscreveu-se e acabou por ser chamada a algumas entrevistas. “Terminei o meu mestrado o ano passado, em julho, e estou à procura de uma oportunidade de emprego, achei que este programa era perfeito para entrar em contacto direto com empresas”, aponta a antiga estudante. Das entrevistas a que foi chamada, Nádia ficou com “boas expectativas” de que o contacto por parte das empresas possa ser devolvido. “Já estou ativamente à procura de emprego, mas achei que esta era mais uma oportunidade para encontrar mais opções (…) acho que as empresas têm boas propostas”, sublinha a alumni UA. Também Alexandra Meireles, atual estudante de Engenharia e Design de Produto, conseguiu ser chamada a algumas entrevistas de emprego. Ao contrário de Nádia, a estudante está agora a terminar o seu projeto de tese e anda já de olho em “algo para o futuro”. “Já é a segunda vez que venho à feira de emprego, no ano passado foi mais pela experiência, para ter também contacto com o mercado de trabalho e perceber como é que é a logística das entrevistas; este ano já estou à procura de algo mais sério e tenho quatro entrevistas agendadas, acho que estão a correr bem”, partilha a estudante. A iniciativa da Universidade 5.0 contou ainda com a presença da agência Valor T – uma agência para a empregabilidade de pessoas com deficiência. À Ria, Joana Rodrigues, técnica da Valor T, sublinhou que a presença da agência na Feira de Emprego tem como principal objetivo “conseguir captar estudantes universitários que sejam portadores ou não de algum tipo de incapacidade que se queiram juntar a nós para iniciarem o seu percurso profissional”. A agência tem como principal objetivo orientar e apoiar as pessoas com deficiências e/ou incapacidade a entrar no mercado de trabalho. A presença na iniciativa da UA nasce da criação da parceria ‘Valor T IES’, que resulta de um Protocolo entre a Direção-Geral do Ensino Superior, 21 instituições do Ensino Superior (IES) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Universitários concentram-se em Lisboa pelo fim das propinas, mais alojamento e mais apoio social
Os novos protestos dos estudantes do ensino superior começaram a ser desenhados no início do mês e arrancam esta quarta-feira, numa altura em que o novo Governo ainda não tomou posse, até porque não são “uma resposta ao resultado das eleições”, mas sim “uma luta por direitos" que querem ver garantidos há muito, disse à Lusa Guilherme Vaz, presidente da Direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade NOVA de Lisboa. As reivindicações estão resumidas no caderno reivindicativo em oito grandes medidas que abrangem várias áreas, desde o fim das propinas ao alojamento a preços acessíveis ou a mais serviços de psicologia acessíveis aos estudantes. “Já tínhamos decidido que iríamos reivindicar um conjunto de medidas que consideramos urgentes. Sendo que o atual quadro mostra que as nossas reivindicações ficaram ainda mais fragilizadas porque o partido do Governo, que tinha mostrado a intenção de aumentar (o valor) das propinas, vê agora reforçado o número de deputados”, acusou Guilherme Vaz. A iniciativa partiu das associações de estudantes que construíram o apelo “Não Recuamos, Gratuitidade Já!” e que se traduziu na manifestação nacional de estudantes do ensino superior, no passado dia 24 março de 2025. “Queremos deixar bem claro que estamos fartos de promessas e anúncios antecipados que nunca se concretizam. Esta é uma altura em que todos prometem as soluções para amanhã para fazer face aos problemas do ensino superior, mas os estudantes sabem bem ao que muitos vêm”, criticou o presidente da associação de estudantes da FCSH. Guilherme Vaz admite que a concentração em Lisboa possa ser o momento com maior expressão da semana de luta, que decorre entre 21 e 28 de Maio, apelando a ações de outras faculdades e universidades do país. Para já estão confirmadas iniciativas “em Lisboa, Braga, Porto, Covilhã, Coimbra, Setúbal, Aveiro e Algarve (Faro)”, contou Guilherme Vaz. Entre as reivindicações estão o fim da propina, o cumprimento e alargamento do Plano Nacional de Alojamento Ensino Superior (PNAES), o alargamento dos critérios de elegibilidade das bolsas e o aumento do seu valor de referência, assim como a contração de mais psicólogos e de preços mais baixos das refeições nas cantinas. A revisão democrática do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e o fim do subfinanciamento crónico são outras das reivindicações dos estudantes.
Ílhavo inicia campanha anual de vacinação antirrábica e de identificação eletrónica
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, no Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Ílhavo (CROACI), o atendimento será efetuado “às quartas-feiras, entre as 9h00 e as 13h00, sem necessidade de marcação prévia”. Fora deste horário, o atendimento poderá ser realizado mediante agendamento. Durante os meses de junho e julho, a campanha percorrerá as quatro freguesias do Município, com sessões descentralizadas, sempre às 14h30, nos seguintes locais e datas. Na Freguesia de São Salvador decorrerá no dia 6 de junho, no Mercado Municipal de Ílhavo e no dia 13 de junho no estacionamento junto à capela de Vale de Ílhavo; na Gafanha da Nazaré passará no dia 20 de junho, no estacionamento nas traseiras da junta de freguesia; na Gafanha da Encarnação decorrerá no dia 27 de junho, no Cais dos Pescadores da Costa Nova, no dia 4 de julho, junto ao salão cultural Manuel das Neves e no dia 11 de julho no cruzamento entre a Rua do Carmo e a Rua da Escola; na freguesia da Gafanha do Carmo passará no dia 18 de julho na Praça Padre Gonçalves, junto à Igreja. A nota esclarece ainda que, de acordo com a DGAV, “esta campanha destina-se exclusivamente a cães, estando excluídos gatos e furões”. “A vacina antirrábica administrada tem uma duração de imunidade de três anos. No entanto, a licença canina emitida pela Junta de Freguesia mantém-se obrigatória com periodicidade anual. Os detentores devem confirmar no boletim sanitário dos seus animais se a vacinação se encontra atualizada”, lê-se. A vacinação antirrábica apenas será realizada se o cão estiver previamente identificado eletronicamente (microchip). “Caso não esteja, será efetuada a colocação do microchip no momento da vacinação”, continua. O Município de Ílhavo esclarece ainda que para o “registo dos dados no recibo e/ou ficha de microchip, os detentores devem apresentar os seguintes elementos: nome completo, morada, número do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, NIF (número de identificação fiscal) e contacto telefónico”.
“Feira da Alameda” une estudantes e comerciantes locais na UA
A “Feira da Alameda” acontece uma única vez “todos os semestres de todos os anos”. Em entrevista à Ria, Joana Ferreira, vice-presidente do setor “Aveiro é Nosso” realçou que em relação ao primeiro semestre tiveram um aumento de “duas bancas”. “Inicialmente estávamos a prever cerca de 50 bancas, mas estamos com cerca de 45. Ainda assim, tivemos um aumento de duas [em relação ao primeiro semestre deste ano letivo]”, realçou. Apesar da iniciativa decorrer na UA, a “Feira da Alameda” reúne não só estudantes, mas também comerciantes locais. “Temos cerca de 11 bancas do (…) comércio local daqui de Aveiro”, expôs Joana. Com uma diversidade de produtos que vão desde roupa em segunda mão, bolachas caseiras, bijuteria artesanal, peças em croché e tapeçaria, até copos e velas decorativas, a feira realiza-se apenas hoje, até às 17h00. Entre os projetos presentes, Joana destaca o “Revive Bottles”: “Aqueles rapazes, por exemplo, reaproveitam garrafas de álcool e transformam-nas em copos”, explicou. Além do mais, há ainda artistas de rua a animar o ambiente. “Acho que têm mesmo de vir cá ver o resto”, desafiou Joana Ferreira.