Bairro Comercial Digital de Albergaria-a-Velha dinamiza comércio local
O Bairro Comercial Digital de Albergaria regista já a adesão de 180 comerciantes ao 'marketplace', de acordo com o balanço hoje feito pela autarquia, ao fazer um ano de projeto.
Redação
A iniciativa, lançada pela Câmara de Albergaria-a-Velha no ano passado num investimento superior a 900 mil euros, “visa modernizar o comércio local, reforçando a sua competitividade, atratividade e capacidade de adaptação à transição digital”. “Encontra-se em fase avançada, o desenvolvimento de um marketplace digital, com cerca de 180 comerciantes já aderentes, aproximando o comércio tradicional de novos públicos e oportunidades, com o objetivo de atingir os 200 participantes”, adianta uma nota de imprensa sobre o projeto.
De acordo com a mesma informação, o município tem promovido sessões de formação no âmbito do programa “+Próxima”, do Turismo de Portugal, com o objetivo de capacitar comerciantes e pequenos empresários nas áreas da digitalização, inovação e excelência no atendimento, que contaram com 135 participantes. Para António Loureiro, presidente da câmara municipal, “o sucesso do projeto depende agora da adesão ativa dos comerciantes à utilização das ferramentas digitais e ao carregamento de conteúdos”. “É fundamental fortalecer a ligação entre o comércio local e a comunidade para projetar Albergaria-a-Velha como um destino de confiança, inovação e hospitalidade”, salienta.
Segundo a autarquia, o projeto está já a transformar o centro urbano da cidade, através da criação de uma identidade gráfica própria visível em diversos suportes físicos e digitais. Em colaboração com os lojistas foi feito também o reforço da rede de Wi-Fi gratuita no centro da cidade.
A intervenção inclui ainda a instalação de mupis digitais e ecrãs interativos em pontos estratégicos do centro urbano, permitindo a divulgação em tempo real de produtos, serviços e eventos. “O Bairro Comercial Digital – A Arte de Bem Receber afirma-se assim como uma aposta clara na valorização do comércio local e na transformação digital do território, contribuindo para um município mais inteligente, conectado e acolhedor”, conclui a nota.
Recomendações
Orçamento Participativo de Ílhavo 2025 com quatro projetos vencedores
“Água para todos”, de Maria Francisca Melo, “Esterilizar é amar e responsabilizar”, de Sandra Almeida, “Maiores a Rodar pelo Ambiente”, de Helena Fidalgo e “Escola mais acessível”, de Matilde Carneiro, foram os projetos vencedores da edição de 2025 do Orçamento Participativo de Ílhavo. Os resultados foram divulgados na quinta-feira, dia 25. O projeto mais votado, com 203 votos, foi “Água para todos”, apresentado por Maria Francisca Melo, de 23 anos. Com um valor estimado de 15 mil euros, o projeto propõe a instalação de bebedouros em locais de prática desportiva, acessíveis a pessoas e animais, dá nota a autarquia. Em segundo lugar, com 200 votos, ficou o projeto “Esterilizar é amar e responsabilizar”, da autoria de Sandra Almeida, de 43 anos. A proposta visa a criação de vales para esterilização de animais de companhia, apoiando financeiramente famílias residentes no concelho e promovendo o bem-estar animal, a saúde pública e a responsabilidade comunitária. A proposta tem um orçamento de 30 mil euros. “Maiores a Rodar pelo Ambiente” é o terceiro projeto mais votado. Apresentado por Helena Fidalgo, de 71 anos, recolheu 178 votos e conta com um valor estimado de 20 mil euros. Prevê a aquisição de três bicicletas elétricas adaptadas para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, a utilizar nos espaços da Maior Idade. O projeto incluirá ainda um programa de voluntariado com foco em atividades ambientais. A quarta proposta vencedora foi “Escola mais acessível”. Idealizada por Matilde Carneiro, de 17 anos, com um total de 3 mil euros, a proposta pretende garantir maior autonomia a alunos com mobilidade reduzida ou temporariamente limitada, através da implementação de um sistema de cartão de acesso ao elevador escolar. “A edição de 2025 contou com uma dotação total de 100.000 euros, com um limite máximo de 70 mil euros por projeto”, informa a nota enviada às redações. A concurso foram submetidas 30 propostas – mais oito do que na edição anterior - e mais de metade foram apresentadas por participantes até aos 23 anos. Também O número de votos também aumentou, com 717 pessoas a participar na votação, mais 166 do que em 2024. Das propostas submetidas, 22 foram validadas e avançaram para a fase de votação, aponta ainda a Câmara de ílhavo. Esta foi a terceira edição da iniciativa, reforçando “o compromisso da Câmara Municipal de Ílhavo com a participação cidadã e evidenciando o crescente envolvimento da população no desenho e melhoria do território”, apontam ainda. Os resultados detalhados podem ser consultados através do site oficial da iniciativa.
Feira espera 9.000 pessoas em prova com 39 carros artesanais feitos pela comunidade
O número é o indicado pela organização do evento, a associação Malapeiros Rolantes, que diz ter registado essa audiência na edição de 2024 e espera mantê-la ou superá-la este ano, já que o percurso de 1,8 quilómetros no centro da freguesia de São João de Ver, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atrai muita gente “que gosta deste tipo de gincana, com os carros a descer por curvas muito acentuadas, numa estrada de declive considerável”. Com um aumento de 25% no número de equipas participantes, já que em 2024 elas eram 31 e este ano chegam às 39, a iniciativa implica um investimento na ordem dos 20.000 euros, à base sobretudo de donativos e patrocínios, e envolve o trabalho de cerca de 200 pessoas, no que se incluem 62 pilotos e copilotos – entre os quais o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, e, noutro carro, o seu irmão Nuno Albergaria, presidente da Junta de São João de Ver. Para Vítor Duarte, que preside à associação Malapeiros Rolantes, essa participação demonstra “o brio comunitário da freguesia, que se envolve com entusiasmo na construção dos carros – todos sem motor e movidos só por força da gravidade, mas podendo demorar umas 40 horas a criar e custar muito dinheiro, consoante o empenho e o engenho das equipas” que neles trabalham. “Há uns carros que são feitos por membros da mesma família, na garagem ou pátio de casa; há outros que são feitos por colaboradores da mesma empresa, nas horas vagas; e ainda há aqueles que são feitos por dois ou três amigos que podem nem perceber muito de mecânica, mas se juntam por carolice para criar uma máquina que, mesmo se não for muito rápida, é sempre divertida”, garante o presidente da associação. Essa componente lúdica prende-se com o facto de cada equipa escolher um tema ao seu gosto para decoração das viaturas e muitas vezes evocar nessa estética temas relacionados com a freguesia e o concelho – apostando, por exemplo, num veículo em forma de rolha de champanhe, em alusão à indústria corticeira, ou num carro com a forma de malápio, em referência à maçã autóctone que ficou para a história por ter sido oferecida pelos habitantes ao rei D. Manuel II, na sua passagem pela freguesia para inaugurar a Linha Férrea do Vouga, e depois atirada pelas crianças aos comboios que passaram a atravessar São João de Ver. Vítor Duarte nota, contudo, que a festa já não se restringe a participantes do concelho da Feira e este ano alarga-se também a equipas do Carregal do Sal, município do distrito de Viseu onde “também há adeptos do bom humor, da alegria e de alguma adrenalina, já que o troço implica sempre algum risco, dadas as curvas apertadas da estrada, a inclinação do piso e os diversos obstáculos da gincana”.
Museu do Vinho Bairrada acolhe exposição sobre história do espumante até dezembro
O Museu do Vinho Bairrada, no concelho de Anadia, vai acolher, a partir de sábado, a exposição temporária “Espumante | Bairrada Terra-Mãe”. De acordo com esta autarquia do distrito de Aveiro, este novo núcleo expositivo visa prestar uma homenagem à história, à tradição e ao pioneirismo que fazem da região Bairrada, uma referência nacional e internacional na produção de espumantes. A mostra, que revela de forma detalhada a génese do espumante em Portugal, estará patente ao público até ao dia 31 de dezembro.
Câmara de Oliveira do Hospital investe 250 mil euros em viaturas de proteção e socorro
O investimento base é de 250 mil euros e prevê a aquisição, por meio de concurso público internacional, de dois veículos ligeiros de combate a incêndios (VLCI) e de um veículo de coordenação. Este investimento resulta de uma candidatura ao programa CENTRO2030 2024 37 “Proteção Civil e Gestão Integrada de Riscos (ITI)” e tem como finalidade “dotar o concelho [no distrito de Coimbra] de equipamentos que contribuam para o auxílio e socorro, concretamente em caso de incêndios rurais, e para o reforço da segurança e da resiliência territorial face à ocorrência de eventos extremos de incidência local”.
Últimas
AAUAv promove encontro com estudantes de doutoramento para debater desafios
Em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, explicou que o evento nasceu de uma necessidade sentida no terreno. “A ideia surge um bocadinho por aquilo que foi uma necessidade que foi reconhecida não só por nós, mas também pelos estudantes que vieram ao nosso encontro. De facto, a realidade dos estudantes de doutoramento é muito diferente da realidade de mestrado e de licenciatura”, alertou. Segundo esta, o encontro teve como objetivo “perceber a realidade dos estudantes de doutoramento que têm uma faixa etária muito grande e formas de trabalho completamente diferentes”. “O que nós fizemos neste primeiro momento foi discutir algumas das temáticas que identificamos que afetam mais o dia a dia deles”, contou. Entre os temas abordados estiveram o financiamento da investigação, as oportunidades do pós-doutoramento e a saúde mental. “Nós sabemos e chegou mesmo até nós (…) alguns alertas devido ao isolamento dos estudantes de doutoramento. É um trabalho muito individual, às vezes competitivo entre as áreas e acaba por ser muito difícil acompanhar estes estudantes no seu dia a dia”, atentou. Com "mais de dois mil estudantes" de doutoramento a entrar na UA, "anualmente", a presidente da direção da AAUAv sublinhou a importância de olhar com atenção para esta comunidade. “A UA tem recebido cada vez mais alunos de doutoramento e nós, enquanto AAUAv, não fazia sentido continuarmos de olhos fechados para esta comunidade que tem um peso cada vez maior e que necessita também de ter uma aproximação deste lado que é de advogo por eles, quer seja internamente ou nacionalmente”, defendeu, acrescentando ainda que “há cada vez menos oportunidades dentro da academia para estes estudantes ficarem”. Com um olhar crítico sobre a proposta de lei para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que prevê, entre outras medidas, o combate à endogamia académica, Joana Regadas destacou que esta é uma das questões que mais preocupa a AAUAv. “Não acreditamos que a forma proposta seja a solução para esta problemática. Há de facto um problema que tem de ser reconhecido com a endogamia, no entanto, a solução não passa por proibir ou não permitir a contratação destes estudantes”, afirmou. Recorde-se que segundo a proposta de lei do novo RJIES, tal como noticiado pela Ria, “nos três anos subsequentes à obtenção do grau de doutor, um doutorado não pode ser contratado como docente ou investigador, nem exercer funções docentes ou de investigação, na instituição que lhe conferiu esse grau”. Além da presidente da direção da AAUAv, o primeiro encontro contou ainda com a presença de António Gil, diretor da Escola Doutoral da UA (EDUA) e de Artur Silva, vice-reitor para as matérias atinentes à investigação, inovação e formação na UA. Segundo Joana Regadas, a intenção da AAUAv é dar continuidade a estes encontros, com uma nova edição prevista já para “outubro”.
Orçamento Participativo de Ílhavo 2025 com quatro projetos vencedores
“Água para todos”, de Maria Francisca Melo, “Esterilizar é amar e responsabilizar”, de Sandra Almeida, “Maiores a Rodar pelo Ambiente”, de Helena Fidalgo e “Escola mais acessível”, de Matilde Carneiro, foram os projetos vencedores da edição de 2025 do Orçamento Participativo de Ílhavo. Os resultados foram divulgados na quinta-feira, dia 25. O projeto mais votado, com 203 votos, foi “Água para todos”, apresentado por Maria Francisca Melo, de 23 anos. Com um valor estimado de 15 mil euros, o projeto propõe a instalação de bebedouros em locais de prática desportiva, acessíveis a pessoas e animais, dá nota a autarquia. Em segundo lugar, com 200 votos, ficou o projeto “Esterilizar é amar e responsabilizar”, da autoria de Sandra Almeida, de 43 anos. A proposta visa a criação de vales para esterilização de animais de companhia, apoiando financeiramente famílias residentes no concelho e promovendo o bem-estar animal, a saúde pública e a responsabilidade comunitária. A proposta tem um orçamento de 30 mil euros. “Maiores a Rodar pelo Ambiente” é o terceiro projeto mais votado. Apresentado por Helena Fidalgo, de 71 anos, recolheu 178 votos e conta com um valor estimado de 20 mil euros. Prevê a aquisição de três bicicletas elétricas adaptadas para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, a utilizar nos espaços da Maior Idade. O projeto incluirá ainda um programa de voluntariado com foco em atividades ambientais. A quarta proposta vencedora foi “Escola mais acessível”. Idealizada por Matilde Carneiro, de 17 anos, com um total de 3 mil euros, a proposta pretende garantir maior autonomia a alunos com mobilidade reduzida ou temporariamente limitada, através da implementação de um sistema de cartão de acesso ao elevador escolar. “A edição de 2025 contou com uma dotação total de 100.000 euros, com um limite máximo de 70 mil euros por projeto”, informa a nota enviada às redações. A concurso foram submetidas 30 propostas – mais oito do que na edição anterior - e mais de metade foram apresentadas por participantes até aos 23 anos. Também O número de votos também aumentou, com 717 pessoas a participar na votação, mais 166 do que em 2024. Das propostas submetidas, 22 foram validadas e avançaram para a fase de votação, aponta ainda a Câmara de ílhavo. Esta foi a terceira edição da iniciativa, reforçando “o compromisso da Câmara Municipal de Ílhavo com a participação cidadã e evidenciando o crescente envolvimento da população no desenho e melhoria do território”, apontam ainda. Os resultados detalhados podem ser consultados através do site oficial da iniciativa.
SASUA abre candidaturas ao alojamento para o próximo ano letivo com previsão de até “800 camas”
Estão oficialmente abertas as candidaturas ao alojamento nas residências universitárias da Universidade de Aveiro (UA) para o ano letivo 2025/2026. Os estudantes que já se encontram alojados em 2024/2025 e pretendem renovar o seu lugar devem submeter a candidatura até “31 de julho de 2025”. Os resultados serão comunicados por email institucional até “30 de agosto”, conforme se lê no site da UA. A candidatura é realizada através de formulário próprio, disponível online. Os estudantes que apresentem o pedido depois da data-limite serão colocados em lista de espera, ficando sujeitos à existência de vagas. Os estudantes realojados manterão o quarto ou residência, desde que não haja impedimentos ou pedido de mudança indicado no formulário. Em entrevista à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), admite que a procura pelo alojamento poderá ser ainda “maior” este ano, acompanhando o aumento geral dos pedidos de apoio social. “Este ano, ultrapassámos os 4600 pedidos. (…) A universidade está cada vez mais a ser procurada por estudantes deslocados (…) e, com isso, é expectável que haja também um aumento do número de pedido de apoios sociais, onde se inclui o alojamento”, afirmou. Do total de pedidos recebidos, cerca de “1500 estudantes” solicitaram alojamento para este ano letivo. Questionado sobre a possibilidade de haver mais camas disponíveis no ano letivo de 2025/2026, João Ribeiro explica que “há várias variáveis” envolvidas, mas a expectativa é de que a redução na oferta “não seja significativa” em relação à atual, que conta com “cerca de 800 camas disponíveis”. “O campus de Santiago está em renovação com vários edifícios. Nós neste momento já temos a libertação de um edifício concluído que é o Bloco A1 e há três blocos que é expectável que sejam libertados porque estão a ser intervencionados (…) até ao início do ano letivo. No entanto, há outros quatro que vão ser intervencionados a partir de agora e, portanto, é admissível que não estejam disponíveis no início do ano letivo”, explicou. Ainda assim, João Ribeiro partilhou que a expectativa é que no próximo ano estejam disponíveis entre “700 e 800 camas”. “É também expectável — embora sem garantias — que pelo menos um dos edifícios das novas residências no Crasto esteja concluído e disponível no último trimestre do ano”, acrescentou. A possibilidade de recorrer novamente à Pousada da Juventude para reforço da oferta também está em cima da mesa. “Esse mecanismo, a manter-se, iremos recorrer a ele, seguramente”, garantiu o diretor delegado dos SASUA. Recorde-se que este ano, de forma excecional, foram disponibilizadas 22 camas adicionais em Aveiro no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, através de protocolos com a Movijovem e o INATEL. No total, esse plano disponibilizou 706 camas, sendo 603 em pousadas da juventude. O diretor delegado dos SASUA lembrou ainda que os estudantes que não obtenham vaga em residência universitária poderão recorrer ao complemento de alojamento, apresentando contrato e recibos de arrendamento aos SASUA. A UA espera ainda poder firmar acordos com o setor privado, no chamado “eixo 2” da linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior, embora ainda sem confirmações definitivas. Recorde-se ainda que para os novos estudantes, a candidatura ao alojamento só deverá ser feita após a publicação dos resultados do concurso nacional de acesso e matrícula na UA. Já os estudantes internacionais e de mobilidade (Erasmus) que pretendam alojamento devem contactar a Divisão Internacional da UA: [email protected].
Feira espera 9.000 pessoas em prova com 39 carros artesanais feitos pela comunidade
O número é o indicado pela organização do evento, a associação Malapeiros Rolantes, que diz ter registado essa audiência na edição de 2024 e espera mantê-la ou superá-la este ano, já que o percurso de 1,8 quilómetros no centro da freguesia de São João de Ver, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atrai muita gente “que gosta deste tipo de gincana, com os carros a descer por curvas muito acentuadas, numa estrada de declive considerável”. Com um aumento de 25% no número de equipas participantes, já que em 2024 elas eram 31 e este ano chegam às 39, a iniciativa implica um investimento na ordem dos 20.000 euros, à base sobretudo de donativos e patrocínios, e envolve o trabalho de cerca de 200 pessoas, no que se incluem 62 pilotos e copilotos – entre os quais o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, e, noutro carro, o seu irmão Nuno Albergaria, presidente da Junta de São João de Ver. Para Vítor Duarte, que preside à associação Malapeiros Rolantes, essa participação demonstra “o brio comunitário da freguesia, que se envolve com entusiasmo na construção dos carros – todos sem motor e movidos só por força da gravidade, mas podendo demorar umas 40 horas a criar e custar muito dinheiro, consoante o empenho e o engenho das equipas” que neles trabalham. “Há uns carros que são feitos por membros da mesma família, na garagem ou pátio de casa; há outros que são feitos por colaboradores da mesma empresa, nas horas vagas; e ainda há aqueles que são feitos por dois ou três amigos que podem nem perceber muito de mecânica, mas se juntam por carolice para criar uma máquina que, mesmo se não for muito rápida, é sempre divertida”, garante o presidente da associação. Essa componente lúdica prende-se com o facto de cada equipa escolher um tema ao seu gosto para decoração das viaturas e muitas vezes evocar nessa estética temas relacionados com a freguesia e o concelho – apostando, por exemplo, num veículo em forma de rolha de champanhe, em alusão à indústria corticeira, ou num carro com a forma de malápio, em referência à maçã autóctone que ficou para a história por ter sido oferecida pelos habitantes ao rei D. Manuel II, na sua passagem pela freguesia para inaugurar a Linha Férrea do Vouga, e depois atirada pelas crianças aos comboios que passaram a atravessar São João de Ver. Vítor Duarte nota, contudo, que a festa já não se restringe a participantes do concelho da Feira e este ano alarga-se também a equipas do Carregal do Sal, município do distrito de Viseu onde “também há adeptos do bom humor, da alegria e de alguma adrenalina, já que o troço implica sempre algum risco, dadas as curvas apertadas da estrada, a inclinação do piso e os diversos obstáculos da gincana”.