RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

UA: 128 das 320 camas das novas Residências do Crasto disponíveis já no início do próximo ano letivo

A Universidade de Aveiro (UA) deverá disponibilizar, já no início do próximo ano letivo 2025/2026, mais 128 camas para os estudantes com a conclusão da construção de dois dos cinco novos blocos de residências universitárias previstos para o Campus do Crasto. A informação foi avançada por Alexandra Queirós, vice-reitora para as matérias relativas às políticas para a cultura e a vida nos campi, em entrevista à Ria.

UA: 128 das 320 camas das novas Residências do Crasto disponíveis já no início do próximo ano letivo
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
17 jan 2025, 15:02

As 320 camas previstas para as novas Residências do Crasto resultam de um investimento superior a 18,5 milhões de euros no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). A obra prevê a construção de cinco edifícios: o lote A que contempla três blocos – cujas obras iniciaram-se em outubro de 2024 e que deverão ficar concluídas “em fevereiro de 2026” - e o lote B que contempla dois blocos – com construção iniciada em março de 2024 e que deverá ficar concluída até “julho de 2025”.

Em entrevista à Ria, Alexandra Queirós garantiu que a obra está a correr bem “dentro do que era esperado”. “Por bloco são 64 novas camas (…) Cada bloco é idêntico e está distribuído na zona do Crasto, entre o campo sintético e as residências que existem (…)”, adiantou. Segundo a mesma, as novas residências querem ser mais do que um simples dormitório. “(…) A lógica da sustentabilidade social esteve sempre muito presente (…) Nós não quisemos que fosse uma mera residência (um dormitório), mas que tivesse espaços que facilitassem e promovessem o convívio entre os residentes (…)”, sublinhou.

Entre os exemplos para promover essa “sustentabilidade social”, a vice-reitora apontou o espaço da cozinha que pretende ser mais do que um “espaço de refeição” ou a opção por quartos duplos [particularidades que não aconteciam nas residências anteriormente construídas pelos diferentes campus da UA]. “Os quartos duplos foram intencionais e uma preocupação em arranjar uma solução que nos permitisse de alguma forma garantir que os estudantes não se isolam em quartos sozinhos até numa lógica de promoção de saúde mental (…)”, explicou. Além disso, há ainda, entre outros aspetos “um pátio interior (…) em cada bloco que promove essa interação (…) sendo que a própria distribuição do espaço de cada um dos blocos permite esta interação”, continuou.

Alexandra Queirós adiantou ainda que houve “uma série de indicadores muito relacionados com a saúde mental” que empurraram a UA a apostar na “sustentabilidade social”. “(…) Achamos que assim conseguimos evitar situações críticas de isolamento, como aconteceram em anos anteriores, porque no quarto individual acabamos por não conseguir ter ali nenhuma referenciação (…)”, lamentou. A vice-reitora esperançou que quer que estes novos espaços se tornem uma “segunda casa” para os estudantes. “A lógica foi arranjar algumas funcionalidades que nos permitissem também ter um bocadinho desse conforto de casa e não termos de sair da residência para ir estudar ou para ir tomar um café com um amigo”, concluiu.

Como será o projeto da nova residência?

A Ria consultou o projeto das novas residências onde é possível ler que cada bloco é constituído por 3 pisos, organizados em torno de galerias envidraçadas que ligam o interior e exterior, mantendo contacto visual com o pátio central.

Segundo o mesmo, o pátio central será a “entrada principal dos edifícios, acessível por um percurso pedonal de 20 metros”, que terá também o propósito do encontro, convívio, reuniões e permanência para os estudantes. Relativamente ao acesso aos pisos superiores, o mesmo será garantido por duas caixas de escadas, uma no hall de receção e outra será “uma estrutura circular de betão que contrasta com o restante edifício”.

O espaço vai ainda contemplar a instalação de painéis fotovoltaicos para “garantir sustentabilidade e autonomia energética”. Sobre a escolha da fachada do edifício em tijolo e betão armado, a opção está relacionada com a “linguagem arquitetónica dos restantes edifícios da universidade”.

Note-se que as novas residências do Crasto foram pensadas e desenhadas pela equipa do GabCampi, gabinete de arquitetura da UA, sob a coordenação do arquiteto Joaquim Oliveira.

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Universidade

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Em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, explicou que o evento nasceu de uma necessidade sentida no terreno. “A ideia surge um bocadinho por aquilo que foi uma necessidade que foi reconhecida não só por nós, mas também pelos estudantes que vieram ao nosso encontro. De facto, a realidade dos estudantes de doutoramento é muito diferente da realidade de mestrado e de licenciatura”, alertou. Segundo esta, o encontro teve como objetivo “perceber a realidade dos estudantes de doutoramento que têm uma faixa etária muito grande e formas de trabalho completamente diferentes”. “O que nós fizemos neste primeiro momento foi discutir algumas das temáticas que identificamos que afetam mais o dia a dia deles”, contou. Entre os temas abordados estiveram o financiamento da investigação, as oportunidades do pós-doutoramento e a saúde mental. “Nós sabemos e chegou mesmo até nós (…) alguns alertas devido ao isolamento dos estudantes de doutoramento. É um trabalho muito individual, às vezes competitivo entre as áreas e acaba por ser muito difícil acompanhar estes estudantes no seu dia a dia”, atentou. Com "mais de dois mil estudantes" de doutoramento a entrar na UA, "anualmente", a presidente da direção da AAUAv sublinhou a importância de olhar com atenção para esta comunidade. “A UA tem recebido cada vez mais alunos de doutoramento e nós, enquanto AAUAv, não fazia sentido continuarmos de olhos fechados para esta comunidade que tem um peso cada vez maior e que necessita também de ter uma aproximação deste lado que é de advogo por eles, quer seja internamente ou nacionalmente”, defendeu, acrescentando ainda que “há cada vez menos oportunidades dentro da academia para estes estudantes ficarem”. Com um olhar crítico sobre a proposta de lei para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que prevê, entre outras medidas, o combate à endogamia académica, Joana Regadas destacou que esta é uma das questões que mais preocupa a AAUAv. “Não acreditamos que a forma proposta seja a solução para esta problemática. Há de facto um problema que tem de ser reconhecido com a endogamia, no entanto, a solução não passa por proibir ou não permitir a contratação destes estudantes”, afirmou. Recorde-se que segundo a proposta de lei do novo RJIES, tal como noticiado pela Ria, “nos três anos subsequentes à obtenção do grau de doutor, um doutorado não pode ser contratado como docente ou investigador, nem exercer funções docentes ou de investigação, na instituição que lhe conferiu esse grau”. Além da presidente da direção da AAUAv, o primeiro encontro contou ainda com a presença de António Gil, diretor da Escola Doutoral da UA (EDUA) e de Artur Silva, vice-reitor para as matérias atinentes à investigação, inovação e formação na UA. Segundo Joana Regadas, a intenção da AAUAv é dar continuidade a estes encontros, com uma nova edição prevista já para “outubro”.

SASUA abre candidaturas ao alojamento para o próximo ano letivo com previsão de até “800 camas”
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Estão oficialmente abertas as candidaturas ao alojamento nas residências universitárias da Universidade de Aveiro (UA) para o ano letivo 2025/2026. Os estudantes que já se encontram alojados em 2024/2025 e pretendem renovar o seu lugar devem submeter a candidatura até “31 de julho de 2025”. Os resultados serão comunicados por email institucional até “30 de agosto”, conforme se lê no site da UA. A candidatura é realizada através de formulário próprio, disponível online. Os estudantes que apresentem o pedido depois da data-limite serão colocados em lista de espera, ficando sujeitos à existência de vagas. Os estudantes realojados manterão o quarto ou residência, desde que não haja impedimentos ou pedido de mudança indicado no formulário. Em entrevista à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), admite que a procura pelo alojamento poderá ser ainda “maior” este ano, acompanhando o aumento geral dos pedidos de apoio social. “Este ano, ultrapassámos os 4600 pedidos. (…) A universidade está cada vez mais a ser procurada por estudantes deslocados (…) e, com isso, é expectável que haja também um aumento do número de pedido de apoios sociais, onde se inclui o alojamento”, afirmou. Do total de pedidos recebidos, cerca de “1500 estudantes” solicitaram alojamento para este ano letivo. Questionado sobre a possibilidade de haver mais camas disponíveis no ano letivo de 2025/2026, João Ribeiro explica que “há várias variáveis” envolvidas, mas a expectativa é de que a redução na oferta “não seja significativa” em relação à atual, que conta com “cerca de 800 camas disponíveis”. “O campus de Santiago está em renovação com vários edifícios. Nós neste momento já temos a libertação de um edifício concluído que é o Bloco A1 e há três blocos que é expectável que sejam libertados porque estão a ser intervencionados (…) até ao início do ano letivo. No entanto, há outros quatro que vão ser intervencionados a partir de agora e, portanto, é admissível que não estejam disponíveis no início do ano letivo”, explicou. Ainda assim, João Ribeiro partilhou que a expectativa é que no próximo ano estejam disponíveis entre “700 e 800 camas”. “É também expectável — embora sem garantias — que pelo menos um dos edifícios das novas residências no Crasto esteja concluído e disponível no último trimestre do ano”, acrescentou. A possibilidade de recorrer novamente à Pousada da Juventude para reforço da oferta também está em cima da mesa. “Esse mecanismo, a manter-se, iremos recorrer a ele, seguramente”, garantiu o diretor delegado dos SASUA. Recorde-se que este ano, de forma excecional, foram disponibilizadas 22 camas adicionais em Aveiro no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, através de protocolos com a Movijovem e o INATEL. No total, esse plano disponibilizou 706 camas, sendo 603 em pousadas da juventude. O diretor delegado dos SASUA lembrou ainda que os estudantes que não obtenham vaga em residência universitária poderão recorrer ao complemento de alojamento, apresentando contrato e recibos de arrendamento aos SASUA. A UA espera ainda poder firmar acordos com o setor privado, no chamado “eixo 2” da linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior, embora ainda sem confirmações definitivas. Recorde-se ainda que para os novos estudantes, a candidatura ao alojamento só deverá ser feita após a publicação dos resultados do concurso nacional de acesso e matrícula na UA. Já os estudantes internacionais e de mobilidade (Erasmus) que pretendam alojamento devem contactar a Divisão Internacional da UA: [email protected].

Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos
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Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos

Os membros eleitos para o CG no passado dia 3 de junho tomaram posse esta segunda-feira e reuniram pela primeira vez, cumprindo com o Regulamento da Eleição, para proceder à cooptação dos membros do Conselho Geral da UA. Luís Castro, conselheiro eleito pela Lista ‘UA2030’, foi quem presidiu à primeira assembleia, conforme consta no regulamento. À Ria, Luís Castro apontou o caráter sigiloso da reunião, frisando, no entanto, que a mesma decorreu com “normalidade”. O ponto único – a apresentação de propostas para os cinco membros externos a cooptar – foi discutido e “terminou de maneira efetiva: digamos que até de forma diferente de anos anteriores, em que houve necessidade de vários dias para chegar à conclusão”, indica Luís Castro. Note-se que a presidência do CG será assumida por um dos membros cooptados, assim que os convites forem aceites. Caso algum dos membros não aceite o convite, o CG terá de voltar a reunir para apresentar e votar novas propostas. A cerimónia de tomada de posse contou com o discurso de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, que enalteceu e agradeceu ao CG cessante, frisando as “provas” que este deixou. “Como reitor sinto que não poderia alcançar tanto nem ir tão longe se não fosse com o apoio, com o discernimento e com a ajuda do Conselho Geral”. Neste seguimento, o reitor destacou ainda “os membros externos” pelo “ato de generosidade, de altruísmo e de abnegação” ao ajudarem a universidade “a pensar no seu futuro”, bem como a conhecê-la e a recomendá-la. Sobre o presidente cessante do CG, Paulo Jorge Ferreira deixou também um “agradecimento especial”. “Perante todos os momentos, (…) demonstrou altruísmo, paciência, dedicação e generosidade com o seu tempo que eu considero inexcedível”, refletiu. Por sua vez, António Oliveira, presidente cessante do CG, dirigiu uma palavra aos novos membros realçando que “farão o melhor e contribuirão para o desenvolvimento, progresso e afirmação da Universidade de Aveiro, não só no âmbito das instituições de ensino superior, mas também na interação com os outros órgãos da universidade e com a região”. Numa nota final, Paulo Jorge Ferreira aproveitou ainda a ocasião para agradecer a todos os que colaboraram na realização do ato eleitoral, sublinhando o CG entretanto eleito como “uma mudança boa”. “É também o momento para nós pensarmos um bocadinho acerca da trajetória passada e do que conseguimos fazer juntos”, exprimiu.

UA e Ordem dos Engenheiros assinam protocolo para alinhar ensino e mercado de trabalho
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O protocolo visa estreitar sinergias entre o ensino superior e o setor da engenharia, promovendo uma maior articulação entre a academia e as exigências do mercado. Na ocasião, Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, destacou o alinhamento estratégico entre as duas instituições. "Cabe-nos dizer que estamos inteiramente sintonizados com a perspetiva do ensino superior na engenharia em Portugal e particularmente com as escolas deste consórcio”, afirmou. Embora tenha reconhecido que ainda há "muito trabalho a fazer", destacou a importância de um progresso contínuo: "É bom que o conhecimento vá aumentando” e que se intensifique a criação de “pontes e o reconhecimento mútuo” entre ambas as partes. Entre os objetivos centrais do protocolo, destaca-se o compromisso com o alinhamento da formação em engenharia aos mais exigentes padrões europeus. A Ordem dos Engenheiros é, atualmente, a única entidade em Portugal acreditada para atribuir o selo EUR-ACE®, no âmbito da ENAEE (European Network for Accreditation of Engineering Education). Este selo, reconhecido internacionalmente, atesta a qualidade dos cursos de engenharia e assegura que os diplomados estão preparados para competir num mercado de trabalho global e exigente. O bastonário agradeceu ainda à UA pela assinatura do protocolo, considerando-o “mais um motivo de orgulho e mais um passo importante para a Universidade de Aveiro”. Além da assinatura do protocolo, o evento contou ainda com uma sessão que integrou também dois painéis de debate no âmbito do tema “As Microcredenciais e o Ensino ao Longo da Vida”, reunindo dirigentes académicos, especialistas e representantes de empresas. O primeiro painel abordou “A Formação ao Longo da Vida e a Atualização de Competências dos Engenheiros em resposta aos desafios do Sector Industrial” e contou com intervenções de Ana Santana, responsável do departamento de recursos humanos do Grupo Grestel; Pedro Ribeiro, diretor de R&D da Bosch Aveiro e Élio Cardoso, diretor geral da Embeiral Construction. Já o segundo painel debateu “Os Novos Modelos de Ensino e as Novas Tecnologias, as propostas da Academia”, com a participação de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, António Gouveia, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Politécnico de Viseu e Isabel Lança, presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros. Ambas as sessões tiveram como objetivo central debater a importância das microcredenciais como “instrumentos de certificação de aprendizagens obtidas em formações curtas e específicas, permitindo que os engenheiros adquiram e comprovem competências de forma ágil e ajustada às necessidades do mercado”, tal como noticiado, anteriormente, pela Ria.

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Orçamento Participativo de Ílhavo 2025 com quatro projetos vencedores
Região

Orçamento Participativo de Ílhavo 2025 com quatro projetos vencedores

“Água para todos”, de Maria Francisca Melo, “Esterilizar é amar e responsabilizar”, de Sandra Almeida, “Maiores a Rodar pelo Ambiente”, de Helena Fidalgo e “Escola mais acessível”, de Matilde Carneiro, foram os projetos vencedores da edição de 2025 do Orçamento Participativo de Ílhavo. Os resultados foram divulgados na quinta-feira, dia 25. O projeto mais votado, com 203 votos, foi “Água para todos”, apresentado por Maria Francisca Melo, de 23 anos. Com um valor estimado de 15 mil euros, o projeto propõe a instalação de bebedouros em locais de prática desportiva, acessíveis a pessoas e animais, dá nota a autarquia. Em segundo lugar, com 200 votos, ficou o projeto “Esterilizar é amar e responsabilizar”, da autoria de Sandra Almeida, de 43 anos. A proposta visa a criação de vales para esterilização de animais de companhia, apoiando financeiramente famílias residentes no concelho e promovendo o bem-estar animal, a saúde pública e a responsabilidade comunitária. A proposta tem um orçamento de 30 mil euros. “Maiores a Rodar pelo Ambiente” é o terceiro projeto mais votado. Apresentado por Helena Fidalgo, de 71 anos, recolheu 178 votos e conta com um valor estimado de 20 mil euros. Prevê a aquisição de três bicicletas elétricas adaptadas para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, a utilizar nos espaços da Maior Idade. O projeto incluirá ainda um programa de voluntariado com foco em atividades ambientais. A quarta proposta vencedora foi “Escola mais acessível”. Idealizada por Matilde Carneiro, de 17 anos, com um total de 3 mil euros, a proposta pretende garantir maior autonomia a alunos com mobilidade reduzida ou temporariamente limitada, através da implementação de um sistema de cartão de acesso ao elevador escolar. “A edição de 2025 contou com uma dotação total de 100.000 euros, com um limite máximo de 70 mil euros por projeto”, informa a nota enviada às redações. A concurso foram submetidas 30 propostas – mais oito do que na edição anterior - e mais de metade foram apresentadas por participantes até aos 23 anos. Também O número de votos também aumentou, com 717 pessoas a participar na votação, mais 166 do que em 2024. Das propostas submetidas, 22 foram validadas e avançaram para a fase de votação, aponta ainda a Câmara de ílhavo. Esta foi a terceira edição da iniciativa, reforçando “o compromisso da Câmara Municipal de Ílhavo com a participação cidadã e evidenciando o crescente envolvimento da população no desenho e melhoria do território”, apontam ainda. Os resultados detalhados podem ser consultados através do site oficial da iniciativa.

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Bairro Comercial Digital de Albergaria-a-Velha dinamiza comércio local
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Bairro Comercial Digital de Albergaria-a-Velha dinamiza comércio local

A iniciativa, lançada pela Câmara de Albergaria-a-Velha no ano passado num investimento superior a 900 mil euros, “visa modernizar o comércio local, reforçando a sua competitividade, atratividade e capacidade de adaptação à transição digital”. “Encontra-se em fase avançada, o desenvolvimento de um marketplace digital, com cerca de 180 comerciantes já aderentes, aproximando o comércio tradicional de novos públicos e oportunidades, com o objetivo de atingir os 200 participantes”, adianta uma nota de imprensa sobre o projeto. De acordo com a mesma informação, o município tem promovido sessões de formação no âmbito do programa “+Próxima”, do Turismo de Portugal, com o objetivo de capacitar comerciantes e pequenos empresários nas áreas da digitalização, inovação e excelência no atendimento, que contaram com 135 participantes. Para António Loureiro, presidente da câmara municipal, “o sucesso do projeto depende agora da adesão ativa dos comerciantes à utilização das ferramentas digitais e ao carregamento de conteúdos”. “É fundamental fortalecer a ligação entre o comércio local e a comunidade para projetar Albergaria-a-Velha como um destino de confiança, inovação e hospitalidade”, salienta. Segundo a autarquia, o projeto está já a transformar o centro urbano da cidade, através da criação de uma identidade gráfica própria visível em diversos suportes físicos e digitais. Em colaboração com os lojistas foi feito também o reforço da rede de Wi-Fi gratuita no centro da cidade. A intervenção inclui ainda a instalação de mupis digitais e ecrãs interativos em pontos estratégicos do centro urbano, permitindo a divulgação em tempo real de produtos, serviços e eventos.  “O Bairro Comercial Digital – A Arte de Bem Receber afirma-se assim como uma aposta clara na valorização do comércio local e na transformação digital do território, contribuindo para um município mais inteligente, conectado e acolhedor”, conclui a nota.