RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Gente de Maior Idade aprende a fazer bordados palestinianos em Ílhavo

Uma oficina de bordado palestiniano é uma das atividades programadas que consta da agenda trimestral do programa Maior Idade do município de Ílhavo, hoje apresentada, com atividades de cultura, ciência, solidariedade e convívio.

Gente de Maior Idade aprende a fazer bordados palestinianos em Ílhavo
Redação

Redação

01 out 2025, 14:47

A programação reparte-se por três equipamentos municipais: “Laboratório do Envelhecimento”, em Ílhavo, “Fórum Maior Idade”, na Gafanha da Nazaré, e a “Sala de Estar”, na Gafanha da Encarnação. Entre as iniciativas culturais destaca-se a oficina de bordado palestiniano “Tatreez”, a 20 de novembro, orientada por Rita Alsalaq, que dará a conhecer esta arte ancestral e identitária.

O Laboratório do Envelhecimento vai focar-se na “produção de conhecimento”, recebendo investigadores portugueses e estrangeiros, na área da saúde e envelhecimento. Referência também no programa para o ciclo de cinema “Persistência na Paixão”, de 03 a 07 de novembro, e à exposição sobre o luto “Barro de Saudade”, de 02 a 12 de dezembro.

Uma mostra de cachecóis e o lançamento de peças de roupa para animais abandonados, de 26 de novembro e 04 de dezembro, exibem resultados das oficinas de tricô. A música e as artes performativas também estarão presentes, com aulas de dança, cavaquinhos, ukuleles e teatro, sendo de destacar a apresentação da revista “Maiores à Solta” no dia 27 de novembro, às 19:00, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.

O Fórum Maior Idade será dedicado à educação ambiental e saúde, com realce para a exposição “Arvoredo Urbano”, patente até dezembro. Serão realizadas iniciativas ambientais como a feira de trocas “Trocar É Chique", no dia 15 de novembro, e passeios de caráter interpretativo e científico, nomeadamente à Pateira de Frossos, a 16 de novembro.

A Sala Estar celebra o primeiro aniversário a 19 de dezembro com uma festa aberta à comunidade.

O espaço terá oficinas práticas de “literacia digital, segurança e autonomia”, como “Burlas Informáticas a Evitar”, e “Como usar a App Saúde 24” e todas as sextas-feiras, às 10:00, realizam-se aulas de literacia digital para a utilização de computador.

A programação inclui ainda atividades regulares como aulas de dança, ritmos, hidroginástica, relaxamento, oficinas de tricô e macramé, jogos tradicionais e estimulação cognitiva.

Recomendações

Pateira de Fermentelos recebeu nova ceifeira aquática para combater invasão de jacintos-de-água
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Pateira de Fermentelos recebeu nova ceifeira aquática para combater invasão de jacintos-de-água

Conforme assinala o Município de Águeda em declarações à Agência Lusa, o equipamento que foi adquirido nos Países Baixos vem substituir a ceifeira que tem sido utilizada e que já tem 18 anos. Com este investimento de 700 mil euros, a autarquia afirma que a capacidade de resposta na remoção e controlo da espécie invasora vai ser aumentada. No entanto, Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, admite que a remoção dos jacintos “é uma operação com alguma complexidade” e que vai ser impossível extinguir completamente a espécie infestante.

Cordão dunar entre as praias da Barra e Costa Nova reforçado com dragados
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Cordão dunar entre as praias da Barra e Costa Nova reforçado com dragados

“Terminada a época balnear, encontra-se a decorrer a intervenção de reforço do cordão dunar, entre a Costa Nova do Prado e a Praia da Barra, na zona que foi afetada pela agitação marítima e subida do mar, em fevereiro passado”, dá conta a autarquia em nota de imprensa. A operação, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), contempla a alimentação artificial da praia a sul do esporão da Barra, numa extensão aproximada de 700 metros. Para o reforço do cordão dunar são utilizados inertes provenientes das dragagens de manutenção realizadas pelo Porto de Aveiro. “Esta solução permite repor a areia e reforçar a proteção natural da frente costeira”, salienta o texto.  Além da deposição de dragados, será ainda removido um pequeno esporão localizado a sul do esporão da Barra, considerado obsoleto. Os materiais provenientes do desmantelamento desse esporão “vão ser reaproveitados para reforçar a raiz do esporão da Barra e mitigar os efeitos da erosão sobre o cordão dunar naquela zona”. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, a intervenção “visa proteger e conservar a linha de costa, funcionando como uma defesa passiva contra a erosão e antecipando riscos agravados pelas alterações climáticas”.  O prazo de execução previsto, tanto para a alimentação artificial de areia, como para a remoção do esporão sul e consolidação do esporão da Barra, é de cerca de um mês, segundo avança a autarquia. Em fevereiro, o mar avançou vários metros sobre as dunas, devido às marés e à forte ondulação, e destruiu parte do passadiço que ligava as praias da Barra e Costa Nova. Na ocasião, o presidente da Câmara de Ílhavo queixou-se de que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não intervinha para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentando que, desde 2020, não eram feitas recargas de areia, defendendo a deposição de sedimentos como medida para conter o avanço do mar.

Empresa de Ovar cria lanchas de autor para atenuar dilema ambiental de barcos abandonados
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Empresa de Ovar cria lanchas de autor para atenuar dilema ambiental de barcos abandonados

Instalada em Esmoriz, no referido município do distrito de Aveiro, a Ohnos resulta de um conceito desenvolvido por João Gonçalves e Cátia Rebelo, dois engenheiros eletrotécnicos e de computadores que, tendo atividade profissional noutros setores, se lançaram na náutica artesanal para dar resposta a um “grande problema ambiental da atualidade”. “O fim de vida da maioria das embarcações é um problema muito complicado de resolver, porque, mesmo com uma lancha pequena, o abate é tão caro e tão complicado que os proprietários optam simplesmente por abandoná-la ou então afundam-na de propósito para a darem como perdida”, declara à Lusa o fundador e gestor de projetos da marca, João Gonçalves. Mesmo que o barco esteja numa zona de atracagem permitida, “fica mais barato ao proprietário pagar uns tostões por ano à marina do que desfazer-se dele em definitivo, porque não há quem trate devidamente do assunto” e descarte peças e materiais de acordo com as “complicadas” normas de reciclagem do setor. Para Cátia Rebelo, cofundadora e diretora de estratégia da Ohnos, é isso que explica a presença de “tantos barcos abandonados nas margens do rio Douro ou nas praias da Torreira, todos cheios de ferrugem, fugas de óleo” e com fibra de vidro “impossível de decompor”, o que gera um problema ambiental crescente que “a atual legislação portuguesa não está a saber tratar”. Para lidar com isso, o processo produtivo da empresa começa pela identificação de embarcações sem utilização cujos cascos sejam viáveis e, após um diagnóstico positivo, a respetiva compra. A partir daí, o casco é libertado de todos os elementos supérfluos e, uma vez limpa essa carcaça “mesmo até à fibra”, ela começa a ser adaptada ao novo desenho de João Gonçalves – no caso dos barcos por ele idealizados – ou às especificações indicadas pelo cliente – quando há uma encomenda prévia. Além de “sistemas de combustível topo de gama”, as embarcações ganham assim decks e solários de cortiça criados a partir de moldes próprios, mobiliário exclusivo como cadeiras de skipper com orientação variável para proa ou popa, dupla hélice para maior estabilidade e propulsão, motores de última geração em termos de consumo e desempenho ambiental, âncoras em aço inoxidável 316L, luzes LED subaquáticas, comandos digitais, diários de bordo, etc. Face a características como essas e a determinadas certificações, os preços finais são desta ordem: uma lancha com seis metros de comprimento custará cerca de 60.000 euros, uma de 10 metros pode chegar aos 280.000 e aquela em que a Ohnos está a trabalhar atualmente, com 14 metros e duas cabines, ainda não tem custo definido, mas será de valor bem mais elevado. “Uma embarcação destas não é aquele artigo de luxo produzido em massa, com vários exemplares iguais para todas as pessoas que tenham capacidade financeira de os comprar”, realça Cátia Rebelo. “É um artigo único, irrepetível, para quem aprecia verdadeira exclusividade e valoriza trabalho artesanal exigente”, defende. João Gonçalves afirma que “não há ninguém na Península Ibérica a produzir assim, com este nível de customização e de design próprio,” e, embora confiante de que “há mercado em Portugal” para o tipo de barco em causa, confia no potencial da Ohnos para também atrair clientes de outros países, sobretudo aqueles “onde há mais prática náutica e cultura da água” devido à proximidade a grandes rios e lagos. A expectativa de Cátia Rebelo é que a empresa apoiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência no âmbito da medida “Vouchers para Startups - Novos Produtos Verdes e Digitais” possa criar duas a três embarcações por ano, com recurso a uma equipa que, além dos engenheiros fundadores, também envolve carpinteiros, eletricistas, designers, técnicos de programação CNC e outros especialistas em transporte náutico. O prazo de entrega será de oito meses e João Gonçalves justifica: “Não é trabalho que se possa apressar, porque muitas das peças que utilizamos nem sequer existem em Portugal e outras são concebidas por encomenda a partir de desenhos nossos, com especificações definidas caso a caso, barco a barco”.

Bugalho desafia Carneiro a dizer se quer dialogar com PSD ou acusá-lo de aliança com Chega
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Bugalho desafia Carneiro a dizer se quer dialogar com PSD ou acusá-lo de aliança com Chega

Bugalho falava num almoço em Águeda (distrito de Aveiro), no âmbito da volta nacional autárquica do PSD, que no domingo não contou com a presença do líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro. Na sua intervenção, depois dos elogios à obra local, o cabeça de lista da AD nas últimas europeias disse ser o momento de fazer um balanço “não necessariamente feliz” dos primeiros três meses da liderança do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro. “Eu acho que já se percebeu que não se percebe nada sobre o Dr. José Luís Carneiro”, começou por acusar. O eurodeputado criticou o líder do PS por, neste período, ter desafiado o Governo “para cinco pactos de regime” e, ao mesmo tempo, acusado o executivo de estar coligado com o Chega. “O PS quer fazer acordos com alguém que acusa de estar ao lado do Chega. É um pouco estranho. Eu acho que é tempo do Dr. José Luís Carneiro se decidir, se quer dialogar ou se quer acusar, se quer soluções ou se quer problemas, se quer acordos em nome do interesse nacional, ou se quer o populismo do seu interesse partidário”, criticou. Bugalho frisou ainda que, apesar de o secretário-geral do PS ter dito que os seus candidatos “nunca negociariam com o partido de André Ventura”, existe um numa capital de distrito “a dizer que vai negociar com quem quiser”, numa referência a João Azevedo, em Viseu. “Nós, nas nossas candidaturas locais, não temos nada a ver nem com uns, nem com outros: nem com aqueles que dizem que os políticos são todos iguais, nem com aqueles que querem que fique tudo na mesma”, afirmou. E acrescentou: “Eu acho que é tempo de dizer à liderança do PS que quem ganhou as eleições ao Chega foi o PSD. Quem vai continuar a ganhar as eleições ao Chega será o PSD. E quem perdeu as eleições para o Chega foi o PS. É uma grande diferença”. O eurodeputado aproveitou para deixar duas perguntas a José Luís Carneiro sobre o mais recente pacote do Governo sobre habitação, que tem merecido muitas críticas do socialista. “Há ou não falta de casas disponíveis no mercado para adquirir ou arrendar em Portugal? Sim ou não? Sabemos todos que há. Segunda pergunta, as medidas deste Governo vão ou não colocar mais casas no mercado? Sim ou não?”, desafiou. Bugalho disse querer fazer até “uma aposta com os vários líderes da oposição”: “Se aprovarem na Assembleia da República a descida do IVA para a construção, vamos ver se daqui a um ou dois anos a receita fiscal não vai aumentar, apesar dessa descida do IVA”, disse. Sobre Águeda, o eurodeputado elogiou não só os projetos desenvolvidos pelo movimento “Juntos por Águeda” nos últimos dois mandatos, como o facto de o PSD ser um partido aberto “a independentes” e “aos melhores de cada comunidade”. Em Águeda, o candidato do PSD (numa coligação com o MPT) é o atual presidente da Câmara, o independente Jorge Almeida, que prometeu manter o município como um dos concelhos com mais baixos impostos do país. Além de Jorge Almeida, concorrem à Câmara de Águeda Catarina Martins (Chega), Milton Matos (CDU), Cláudia Afonso (BE), Antero Almeida (CDS) e Francisco Vitorino (PS). As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.

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Universidades chamadas a verificar autenticidade de documentos de alunos e professores estrangeiros
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Universidades chamadas a verificar autenticidade de documentos de alunos e professores estrangeiros

Em meados de setembro, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) recebeu uma proposta de protocolo a celebrar com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em que as instituições de ensino superior (IES) ficariam responsáveis pela “recolha, análise e remessa da documentação necessária” para ceder vistos e autorizações de residência a alunos, professores e investigadores estrangeiros. As instituições teriam de recolher “dados pessoais”, como a morada ou contacto telefónico, e enviá-los à AIMA, segundo a proposta de colaboração a que a Lusa teve acesso. As IES seriam também obrigadas a enviar todos os documentos necessários para avançar com os pedidos de autorização ou vistos, devendo previamente “atestar a respetiva veracidade e fiabilidade” desses mesmos documentos. O texto do protocolo atribui onze obrigações às instituições, que também teriam de “envidar todos os esforços” para garantir a presença dos requerentes nas lojas da AIMA e até “comunicar com antecedência possível” caso não pudessem estar presentes. A proposta foi entregue ao CRUP que, numa primeira reunião, levantou “algumas preocupações”. O assunto está agora nas mãos da Comissão de Internacionalização do CRUP, que irá pronunciar-se e apresentar sugestões, contou à Lusa o presidente do conselho de reitores, Paulo Jorge Ferreira. “Há aqui problemas graves a ultrapassar. Há informação pessoal e sensível de estudantes, professores e investigadores que nos pedem que seja partilhada ou passada a outros”, alertou Paulo Jorge Ferreira, questionando qual “a legitimidade e enquadramento legal que permite às instituições passar informações pessoais”. A verificação da autenticidade de documentos poderá ser outro dos problemas: “Não compete às universidades verificar a legalidade dos documentos”. “As universidades não são entidades policiais, nem têm trabalhadores com formação para fazer esse tipo de verificação”, acrescentou, lembrando que seria preciso contratar mais funcionários para operacionalizar o modelo proposto. Além disso, as instituições teriam também de desenvolver uma série de outras atividades e tarefas, como promover ações para divulgar a lei de estrangeiros ou assegurar a presença dos interessados em ações de formação da AIMA. Paulo Jorge Ferreira sublinhou que “o protocolo é facultativo e só adere quem quer”, mas as verbas do Orçamento de Estado só cobrem cerca de 72% dos custos com recursos humanos, ou seja, a proposta apresentada iria agravar ainda mais a situação financeira das instituições. Apesar das críticas, o presidente do CRUP reconheceu que “a proposta é muito bem-intencionada”, porque tenta responder a um problema sentido pelas IES portuguesas, que recebem cada vez mais estudantes internacionais. Os alunos estrangeiros representam já cerca de 5% do total de estudantes no ensino superior em Portugal. “A chegada de talento exterior ao país é muito bem-vinda e um dos obstáculos é precisamente a carga burocrática para legalizar a situação dos alunos no nosso país. As dificuldades de legalização desencorajam os estudantes de nos procurarem e isso é um obstáculo a internacionalização”, disse. Por isso, o CRUP vai convidar a AIMA para uma reunião ainda este mês para debater o protocolo e apresentar algumas propostas. Para o reitor da Universidade de Aveiro, a solução para o problema não pode passar por “sobrecarregar as IES com mais tarefas”. Em alternativa, Paulo Jorge Ferreira lembrou uma medida já em vigor na sua universidade, que em 2019 recebeu um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) para apoiar a respetiva comunidade internacional e "retirar dos CLAIMs locais a sobrecarga que a universidade estava a provocar”. Na opinião do reitor, as IES poderiam ceder um espaço nos seus campus para fornecerem este serviço, que “seria tripulado por pessoas das agências” ou formadas para aquelas tarefas: “Nós cedíamos o espaço e eles providenciavam o serviço”. A Lusa contactou a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Técnicos, que disse não ter ainda recebido o documento, que também prevê as mesmas obrigações para os institutos politécnicos. Também a AIMA foi contactada pela Lusa, não tendo respondido até ao momento.

Votação antecipada nas autárquicas por motivos profissionais começa na quinta-feira
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Votação antecipada nas autárquicas por motivos profissionais começa na quinta-feira

Na quinta-feira termina ainda a recolha dos votos antecipados de estudantes, doentes internados ou presos (não privados de direitos políticos) que requereram exercer o seu direito de voto. A votação antecipada por motivos profissionais pode ser feita entre 02 e 07 de outubro na Câmara Municipal do município onde o eleitor está recenseado, perante o presidente da câmara, que pode excecionalmente fazer-se substituir pelo vice-presidente ou por qualquer vereador do município. Os trabalhadores abrangidos nas exceções que permitem o voto antecipado devem levar um cartão de identificação e um documento comprovativo do impedimento emitido pelo superior hierárquico ou entidade patronal ou outro documento que comprove suficientemente a existência do impedimento. Estão abrangidos neste voto antecipado os trabalhadores dependentes, independentes ou profissionais liberais, assim como militares, agentes das forças e serviços de segurança interna, bombeiros ou agentes da Proteção Civil que no dia das eleições não possam deslocar-se às secções de voto por motivos profissionais. Também os trabalhadores dos setores marítimo, aeronáutico, ferroviário ou rodoviário de longo curso que tenham a previsão de estarem a trabalhar nesse dia podem votar antecipadamente. Os outros profissionais abrangidos são os membros de delegações oficiais do Estado em deslocação ao estrangeiro em representação do país, os elementos das seleções nacionais em representação oficial no estrangeiro, pessoas coletivas dos setores público, privado ou cooperativo e representantes das organizações representativas dos trabalhadores ou das atividades económicas. Depois de se identificar e fazer prova do impedimento, o eleitor receberá os três boletins de voto (um branco para a Assembleia de Freguesia, um amarelo para a Assembleia Municipal e um verde para a Câmara Municipal) e dois envelopes (um azul e um branco). Os boletins de voto serão introduzidos no envelope branco, que é fechado e introduzido, juntamente com o documento comprovativo do impedimento, no envelope azul, que também é então fechado. O eleitor receberá um recibo comprovativo do exercício do direito de voto. O presidente da Câmara, ou seu representante, enviará o envelope azul à mesa da assembleia de voto do eleitor, ao cuidado da respetiva Junta de Freguesia, até 08 de outubro. Mais de 9,3 milhões de eleitores estão inscritos para votar nas eleições autárquicas de 12 de outubro, dos quais mais de 41 mil são cidadãos estrangeiros recenseados em Portugal, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI). A campanha oficial para as eleições autárquicas decorrerá até 10 de outubro, sexta-feira que antecede o dia eleitoral. Os dados provisórios da CNE estimam que se candidatam nestas autárquicas 817 forças políticas e movimentos, dos quais 618 são candidaturas de grupos de cidadãos eleitores, 181 candidaturas de diferentes coligações partidárias e ainda de 18 partidos políticos. De acordo com os números provisórios, no total, as candidaturas apresentaram 1.588 listas às câmaras municipais, 1.524 às assembleias municipais e 9.750 a assembleias de freguesia. Nas eleições autárquicas, que decorrem entre as 08:00 e as 19:00 de 12 de outubro, os eleitores vão eleger os órgãos dirigentes de 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia. Outras 37 freguesias vão escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes.

Autárquicas: Em campanha, BE ouve utentes em Aveiro e promete remunicipalizar transportes
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Autárquicas: Em campanha, BE ouve utentes em Aveiro e promete remunicipalizar transportes

Citado numa nota de imprensa enviada esta quarta-feira, 1 de outubro, às redações, João Moniz começa por denunciar que das conversas que teve “as queixas contra o mau serviço prestado pela concessionária Transdev são imensas e recorrentes”. “Ao contrário do que é avançado pelo atual executivo e pelo seu herdeiro Luís Souto Miranda [candidato pela ‘Aliança com Aveiro’ ao Município]”, atirou o bloquista. Segundo este as críticas mais frequentes dos utilizadores incidem sobre “os recorrentes atrasos das carreiras, que em alguns casos já causaram problemas sérios junto das suas respetivas entidades patronais”. A estas queixas acrescenta ainda a “supressão de horários sem qualquer aviso prévio” e a “sobrelotação recorrente nos horários da manhã e final de tarde”. Os utentes referiram ainda “a falta de condições mínimas de proteção e conforto de muitas paragens de autocarro espalhadas fora do centro urbano”. Perante este cenário, João Moniz atira que o “PSD/CDS” foram os “grandes responsáveis por este estado lastimável de serviço público”. “O tempo veio dar razão ao Bloco de Esquerda, quando rejeitámos o caminho de destruição da empresa pública de transportes durante os anos de Élio Maia. Da mesma forma que nos deu razão quando recusámos a privatização dos transportes públicos vendida por Ribau Esteves como uma inevitabilidade”, afirma. No seguimento, o partido propõe a remunicipalização da AveiroBus e a criação de uma empresa pública intermunicipal de transportes “capaz de garantir um serviço qualificado, com mais carreiras, horários ajustados às necessidades reais e preços mais acessíveis”. “Esta empresa substituirá o modelo de concessões ruinosas e garantirá um serviço público qualificado, com mais oferta, preços acessíveis e intermodalidade real”, explica. Nas suas tarefas estará a “requalificação e modernização da Linha do Vouga, articulando-a com as ciclovias e o transporte público urbano, e a concretização de um metro de superfície eletrificado que ligue a Linha do Norte, a estação ferroviária, a Universidade de Aveiro, os principais núcleos habitacionais e as praias do concelho de Ílhavo, avaliando a utilização da linha férrea até ao Porto de Aveiro”. “Esta empresa assumirá ainda a gestão das bicicletas partilhadas BUGA, que devem regressar à gratuitidade”, continua o candidato do BE. Na conclusão da nota, João Moniz defendeu ainda a existência de transportes públicos “que liguem o centro às zonas periféricas e às freguesias, que articulem com a bicicleta e a mobilidade pedonal, e que assegurem uma alternativa eficaz e ambientalmente sustentável ao trânsito caótico que se tem vindo a instalar em Aveiro”.

UA recebe Festival Política com Hugo van der Ding, António Brito Guterres e Beatriz Gosta
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UA recebe Festival Política com Hugo van der Ding, António Brito Guterres e Beatriz Gosta

O primeiro a subir a palco é Hugo Van Der Ding, que atua no Auditório Renato Araújo no dia 15, quarta-feira, pelas 21h30. O espetáculo que apresenta, “O que importa é participar”, o autor vai “realizar uma viagem humorística pela História de Portugal recordando episódios insólitos de revoltas, greves e lutas populares”. No dia seguinte, a 16 de outubro, António Brito Guterres propõe uma oficina de cartografia representativa da cidade de Aveiro à luz das tendências globais. O encontro, que tem inscrição obrigatória através do email [email protected] – para onde deve ser enviado nome, contacto telefónico e a indicação da existência ou não de algum condicionamento na mobilidade ou necessidade de Língua Gestual Portuguesa -, acontece a partir das 15h00, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Mais tarde, pelas 19h00, António Brito Guterres fala no Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) sobre "Cidades: espaços de desigualdade e resistência". Às 21h30, Beatriz Gosta fecha a passagem do festival em Aveiro com um espetáculo onde “abordará temas como feminismo, discriminação e preconceito, partindo das inquietações que atravessam também o seu mais recente trabalho, “Resort””.