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Hospital da Feira vai passar a ter estacionamento pago 24 horas por dia

O Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira, vai passar este mês a ter estacionamento pago para utentes, acompanhantes e visitas, anunciou hoje a unidade, que atribui à necessidade de aliviar a pressão sobre os lugares disponíveis.

Hospital da Feira vai passar a ter estacionamento pago 24 horas por dia
Redação

Redação

06 mai 2025, 14:11

Segundo fonte da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que tem sede no referido hospital do distrito de Aveiro, ainda não está definida a data para ativação da medida, mas uma das datas avançadas como prováveis é já esta quinta-feira. O certo é que a cobrança vai afetar os “mais de 180 lugares” disponíveis para os veículos do público externo, que passará agora a estacionar numa zona mais próxima da entrada principal do hospital.

“O novo sistema visa responder aos desafios de mobilidade que, nos últimos anos, resultam num aumento da pressão sobre o espaço de estacionamento no hospital, e procura garantir que os lugares de aparcamento sejam utilizados exclusivamente pelos utentes e acompanhantes”, adianta a administração da ULS. Questionada sobre o preço a praticar no estacionamento, fonte do hospital não o adiantou, mas uma visita ao local já permite identificar na sinalética própria que o primeiro quarto de hora será gratuito – a pensar nos automobilistas que se deslocam ao local apenas para aí deixar um utente – e que, daí em diante, cada nova fração de 15 minutos custará 30 cêntimos – num total de 1,20 euros por hora.

Para os funcionários do hospital continua a haver uma zona de parque reservada, mas essa é generalizadamente reconhecida como insuficiente, sobretudo durante os turnos diurnos, pelo que parte do pessoal também deverá recorrer à zona paga – sem que a já referida fonte do hospital indique se esses trabalhadores usufruirão de um preço diferente em relação ao dos restantes utilizadores. Realçando que o São Sebastião “era uma das últimas instituições hospitalares no país a manter há vários anos o estacionamento gratuito”, a administração da ULS EDV adianta que assumirá ela própria a gestão do novo sistema, que funcionará ininterruptamente durante 24 horas, nos 365 dias do ano, com barreiras para controlar o acesso dos veículos e “câmaras de videovigilância para aumentar a segurança de pessoas e bens”.

Quanto à receita gerada pela nova medida, o compromisso da ULS é que será “reinvestida no hospital, contribuindo para a contínua evolução dos serviços de saúde oferecidos” por essa unidade. Medidas idênticas ainda não estão anunciadas para os hospitais de São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Ovar, que também integram a ULS EDV, mas a administração informa que, no âmbito da sua nova estratégia de mobilidade, para a Feira também “está prevista uma melhoria da capacidade de estacionamento para bicicletas e veículos que transportam pessoas com deficiência”, quando essas viaturas sejam portadoras de cartão ou dístico legal para o efeito.

Entretanto, são três as principais situações que funcionários e utentes esperam ver resolvidas pelo novo sistema de estacionamento pago: “que se demore menos tempo a arranjar lugar” para o carro; que os lugares disponíveis “passem a ser maiores”, porque até aqui eram “pequenos demais e estavam sempre a provocar riscos” e outros estragos nas viaturas; e que deixem de verificar-se os “abusos” de pessoas que se servem do estacionamento do hospital em dias de eventos com grande procura no centro da Feira, “como o [festival] Imaginarius ou a Viagem Medieval”, e que, para “apanhar o autocarro para o Porto à porta do hospital, deixam o carro estacionado lá dentro todo o dia, enquanto vão trabalhar”.

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Legislativas: candidatos por Aveiro debatem amanhã na Universidade
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Legislativas: candidatos por Aveiro debatem amanhã na Universidade

A iniciativa contará com três rondas de questões aos candidatos e, conforme adiantado ontem, as temáticas incidirão sobre a vida dos jovens portugueses e estudantes do Ensino Superior, bem como temas estruturantes para a população do distrito de Aveiro. A última ronda será composta por perguntas enviadas pela população. As questões devem ser enviadas para o email [email protected] até às 11h do dia de amanhã (dia7), mas apenas duas serão integradas no debate. A discussão contará ainda com uma ronda final onde cada candidato poderá fazer um apelo ao voto. Organizado pela Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e pela Ria – Rádio Universitária de Aveiro, o debate vai contará com Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), Hugo Oliveira (PS), Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN) e será moderado por Isabel Marques, diretora de informação da Ria. Também Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv fará uma intervenção no princípio da iniciativa. O debate é aberto à comunidade académica e ao público em geral, até à lotação máxima do auditório. Se não conseguir garantir um lugar, poderá assistir à transmissão em direto através da página de Facebook da Ria – Rádio Universitária de Aveiro.

Câmara da Mealhada lança concurso para requalificação de extensão de saúde do Luso
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Câmara da Mealhada lança concurso para requalificação de extensão de saúde do Luso

O lançamento do concurso público para a requalificação da extensão foi aprovado por unanimidade, na última reunião de Câmara, que decorreu na segunda-feira. O preço base para o concurso público é de 308 mil euros e o prazo de construção de 150 dias. Em comunicado, a Câmara da Mealhada explicou que a intervenção na extensão de saúde pretende requalificar e adaptar o edifício para aumentar a eficiência energética. Pretende ainda melhorar as condições de acessibilidade, nomeadamente para utentes com cadeira de rodas, a qualidade, o conforto e a segurança das instalações e dos equipamentos para utentes e profissionais. “Os trabalhos incluem a reparação de fachadas, pinturas interiores e exteriores, a iluminação de tetos, a reparação e fissuras e eliminação de humidades, a substituição de pavimentos, a vedação e reparação de vãos exteriores, entre outros”, referiu. Na mesma reunião, a Câmara liderada por António Jorge Franco (Movimento Independente Mais e Melhor) aprovou também a atribuição de apoios a três associações do concelho, no valor global de quase 13 mil euros. Para o Sport Clube Carqueijo foi aprovado um apoio de 6.801,03 euros, que se destinam a ajudar na construção de um anexo às bancadas, de forma a ampliar o bar e instalações existentes. Já o projeto Escoliadas Júnior, programa de promoção das artes e teatro junto dos alunos do 1.º ciclo do ensino básico, mereceu a atribuição de um subsídio no valor de 4.000 euros. A “Associação Trilhos Luso-Bussaco” foi contemplada com um subsídio de 1.931,10 euros, no âmbito da organização da sétima edição do “Trail Trilhos Luso-Bussaco”, no domingo.

Lufthansa pode ter benefícios fiscais superiores a 1,5 ME por criar fábrica em Santa Maria da Feira
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Lufthansa pode ter benefícios fiscais superiores a 1,5 ME por criar fábrica em Santa Maria da Feira

Em causa está a anunciada Lufthansa Technik Portugal S. A., cuja unidade industrial de reparação de peças de motores e componentes de aviões deverá começar a operar na Feira no final de 2027, mediante um “investimento de 227,6 milhões de euros” e a criação de “526 empregos” – dos quais 325 até 2028 e os restantes até 2030. Para atender a esse esforço financeiro, a Câmara Municipal da Feira decidiu por unanimidade (maioria PSD e PS) apoiar a instalação da fábrica ao abrigo do Regime de Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo, que é um instrumento do Governo só aplicável se a autarquia envolvida aceitar prescindir dos impostos a que teria direito. Na prática, são duas as grandes receitas de que a câmara vai prescindir: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de que a Lufthansa Portugal ficará isenta por cinco anos até ao valor total de 40.000 euros, e o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), de que haverá isenção até ao limite de 1,5 milhões de euros, numa única operação, por altura da compra dos terrenos da nova fábrica. O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria, justificou à Lusa esses apoios: “A instalação da Lufthansa Technik Portugal representa um investimento internacional de enorme relevância no concelho, quer pelo volume, com mais de 227 milhões de euros, quer pela criação de mais postos de trabalho qualificado, numa área de forte componente tecnológica e com elevado valor acrescentado”. Para o autarca social-democrata, a aprovação unânime desses benefícios fiscais demonstra a disponibilidade do território “para acolher e apoiar projetos de interesse estratégico” e reflete “um espírito de total cooperação institucional com o Governo”, uma vez que a instalação da Lufthansa Technik, além de reforçar a “centralidade económica e industrial do concelho”, também contribui “para a afirmação de Portugal como um destino competitivo e atrativo para a indústria de ponta”. Os mais de 1,5 milhões de euros de benefícios em causa estão, contudo, dependentes da observância de três condições: a primeira é o cumprimento de todas as cláusulas do contrato de investimento a estabelecer entre a empresa e o Estado Português; a segunda é que “a isenção só se aplica a imóveis que sejam adquiridos até 31 de dezembro de 2025 e que comprovadamente se destinem à instalação da unidade industrial”; e a terceira é que as mesmas isenções ficam invalidadas se a fábrica fechar antes do final de 2035. Segundo Amadeu Albergaria, a Lufthansa Technik Portugal vai ser construída especificamente na zona industrial do LusoPark e terá uma atividade focada na inspeção, teste, manutenção e reparação de componentes de aeronaves e peças dos seus motores. Essa unidade constituirá o primeiro projeto da empresa que pertence à companhia aérea alemã Lufthansa em Portugal e antecipa-se como “um investimento transformador” face ao crescente impacto mundial da indústria aeronáutica e o seu potencial de exportação. A empresa pertence à companhia aérea alemã Lufthansa.

Mata do Bussaco com 500 mil visitantes e saldo positivo de 75 mil euros em 2024
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Mata do Bussaco com 500 mil visitantes e saldo positivo de 75 mil euros em 2024

“2024 foi um ano sensacional, quer em termos de trabalho, quer em termos de receitas. Foi o nosso melhor ano de sempre, conforme espelha o resultado das nossas contas”, referiu Guilherme Duarte. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Fundação Mata Nacional do Bussaco congratulou-se por terem conseguido obter um saldo positivo na ordem dos 75 mil euros. “Quanto ao número de visitantes, 2024 também foi o melhor de sempre. Isso refletiu-se nas entradas e na venda de serviços, em que quase chegámos aos 900 mil euros”, acrescentou. De acordo com Guilherme Duarte, este é “um feito extraordinário”, tendo em conta que “ainda não há muito tempo que o valor era sensivelmente metade”. “Um terço dos 900 mil euros é referente aos bilhetes das entradas, em que contabilizámos cerca de meio milhão de visitantes, os outros dois terços são da venda dos serviços e dos produtos da Mata”, informou. À Lusa, o presidente da Fundação Mata Nacional do Bussaco explicou ainda que têm alguma dificuldade em contabilizar o número exato de visitantes, porque a Mata está aberta 24 horas por dia, mas só são contabilizadas as entradas durante o horário de funcionamento. “Não são contabilizados os clientes do Hotel Palace, nem aqueles que entram no final do dia, sendo sazonal o horário para as entradas. Se for no inverno, trabalhamos das 09:00 às 17:00 e no verão das 08:00 às 20:00”, esclareceu.

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Legislativas: candidatos por Aveiro debatem amanhã na Universidade
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Dia Nacional do Azulejo: Acervo de Ana Velosa e iniciativa de Isabel motiva exposição no DECivil
Universidade

Dia Nacional do Azulejo: Acervo de Ana Velosa e iniciativa de Isabel motiva exposição no DECivil

“Eu sou de Aveiro, sou da Beira Mar”, começa por dar nota Isabel da Paula, assistente operacional da secretaria do DECivil, para explicar a sua ligação aos azulejos. “As casas da Beira Mar eram todas com azulejo, tive algumas pessoas da família que estavam na Fábrica Aleluia - na pintura e também no fabrico, de mãos na massa para fazer o azulejo -, e outros também que passaram pelas faianças [fábricas de cerâmica] de São Roque, que também já não existem, pela dos Santos Mártires também”, lembra. Cresceu, portanto, cercada pelo mundo da azulejaria tradicional e vê com alguma tristeza a perda dessa tradição. “A zona da Beira-Mar, não era só marnoto. Era marnotos, eram os trolhas, pedreiros, que eram os da construção civil, e era a cerâmica do azulejo. Era um bairro de tradição”, enfatiza. Não seguiu o caminho da família na tradição azulejar, mas acabou de alguma forma a trabalhar no departamento da UA que ajudou a que fosse possível existir o Dia Nacional do Azulejo. Este ano, a par de Celme Tavares, técnica superior do mesmo departamento, e de Ana Velosa, professora no mesmo departamento, impulsionaram a exposição de 25 azulejos patente a partir do dia de hoje, 6 de maio, no átrio do DECivil. Isabel espera que a iniciativa traga mais amantes do azulejo ao departamento e à universidade e não esconde o sentimento de que a instituição “deveria desenvolver mais nos nossos azulejos [de Aveiro], proteger o que temos e a área do curso de reabilitação deveria ser bem defendida”. “Há uma tradição muito grande na área da cerâmica (…) os poucos azulejos que ainda se vê nas poucas casas deveriam ser bem protegidos”, aponta. O armário branco que guarda a exposição tem exemplares de azulejos vindos de várias partes de Aveiro. “Temos aqui alguns azulejos, alguns que estão aqui são de fábricas que já não existem”, atenta Isabel enquanto enumera: “este, que é da fábrica dos Santos Mártires, que era uma fábrica antiga em Aveiro de azulejos: já não existe; (…) Da fábrica da Fonte Nova, que também já não existe”. Há ainda exemplares da fachada de uma capela antiga, um exemplar de Cândido dos Reis e um em alto relevo que Isabel confidencia achar “lindíssimo”. “E é uma pena... já não são muito comuns”, atira. A mostra, agora patente em DECivil, é composta na verdade por 25 azulejos do acervo pessoal de Ana Velosa, docente do DECivil e uma das pessoas que contribuiu, em nome da Universidade, para que o dia 6 de maio fosse reconhecido como o Dia Nacional do Azulejo. “Procurei ter azulejos que fossem aqui produzidos”, aponta a docente sobre a mostra. “Tem alguns também de Ovar e tem também alguns azulejos degradados, porque nós trabalhamos muito a parte da degradação do azulejo: não é uma exposição assim dos azulejos bonitos, tem degradação e tem azulejos que podem ser utilizados como réplicas”, frisa. Também a história da data e o papel da UA nesse processo é contada pela docente. Começa com a criação do Projeto SOS Azulejos, “um processo coordenado pelo Museu da Polícia Judiciária que teve início devido ao furto de azulejos que começou a ocorrer de forma muito sistemática”, aponta Ana Velosa. Como havia “muito trabalho da Universidade de Aveiro na área do azulejo”, a professora conta que acabou por entrar no projeto, em representação da UA. “Eu trabalhava nessa altura muito com azulejo e estou agora a voltar a trabalhar”, repara. Para a docente o SOS Azulejos foi “um projeto muito dinâmico” e sublinha a disparidade das entidades envolvidas [forças de segurança e instituições de ensino] o que considera reforçar os feitos conseguidos. “Falamos de um projeto com poucas pessoas que conseguiu um Dia Nacional e que conseguiu uma lei”, frisa. Segundo a professora, o “azulejo era menosprezado durante muito tempo pelos portugueses” e a preocupação com a preservação do património azulejar foi começando “quando os turistas chegaram e acharam que era uma coisa muito especial”. “Para alertar para a preservação, pensamos em fazer duas ações: pedir que existisse o Dia Nacional do Azulejo e pedir que existisse uma lei, na qual nós trabalhamos, que não permitisse a demolição de fachadas com azulejo, nem a retirada de azulejo de fachada”, repara Ana Velosa. As propostas foram levadas e aprovadas em Assembleia da República em 2017. A lei passou a vigorar e o dia 6 de maio passou a ser assinalado como o Dia Nacional do Azulejo.  Na vida de Ana Velosa o azulejo, uma peça portuguesa “extremamente identitária”, entrou pela mão da “reabilitação do património edificado”, pela sua origem ser a cidade do Porto e porque teve “a sorte” de se cruzar “com um ateliê de conservação e restauro do Azulejo de Ovar”. O processo da reabilitação do azulejo, a ligação da arquitetura com o material e mesmo o “pôr a mão na massa” são as partes que Ana Velosa aponta mais durante o seu discurso. Lembra, ainda, as várias iniciativas que foram sendo desenvolvidas no âmbito da preservação da cultura do azulejo, destacando uma iniciativa conjunta entre a Câmara Municipal de Aveiro, a UA e a Fábrica de Ciência Viva que, depois da pandemia, viu a sinergia chegar ao fim. “Era uma iniciativa que exigia contacto (…) e nós já tínhamos de alguma forma esgotado o modelo”, repara. “Foi importante, acho que as crianças ganharam muita sensibilidade em relação ao azulejo e acho que teve o tempo teve de ter”, frisa a docente. Para a professora, as autarquias têm vindo “a ser mais sensibilizadas” e “a ter muito mais exigência em relação a esta situação da remoção dos azulejos das fachadas”, algo que considera “extremamente importante para manter a imagem da cidade e a imagem urbana e identitária portuguesa”. Sublinha, ainda, que a própria Universidade tem um património azulejar “relevante” e “com muito interesse”. “Até podíamos ter um percurso de azulejo aqui na Universidade”, sugere Ana Velosa.

'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA
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'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA

Destinada ao colégio eleitoral do pessoal ‘não docente e não investigador’, a candidatura afirma-se com “sentido de responsabilidade e compromisso” e defende o reforço da voz dos trabalhadores nos órgãos de decisão da universidade, num email dirigido à comunidade. Para além de Inês Carlos como candidata efetiva, a lista tem ainda como suplentes Vítor Proença, técnico superior nos Serviços de Ação Social, e Cecília Reis, técnica superior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). A mandatária da candidatura é Eva Andrade, gestora de ciência e tecnologia na UACOOPERA – Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade. No manifesto enviado à comunidade, o grupo destaca a importância do Conselho Geral como espaço de decisão estratégica e apela à valorização do papel dos trabalhadores TAG na vida da instituição. Entre as principais propostas, incluem-se: a defesa de condições dignas de trabalho e valorização profissional; a promoção da formação contínua, mobilidade interna e transmissão de conhecimento entre gerações; o incentivo à participação ativa e ao diálogo entre órgãos de governo e trabalhadores; a aposta na inclusão, bem-estar físico e mental e conciliação entre a vida profissional e pessoal; o estímulo ao uso de transportes sustentáveis nas deslocações para os campi; e o compromisso com uma gestão participada, ética e sustentável. “Queremos ser uma ponte entre o pessoal TAG e os órgãos de governo da instituição, defendendo os nossos direitos e contribuindo para uma Universidade mais justa, transparente e colaborativa”, pode ler-se no documento. As eleições para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro realizam-se a 3 de junho de 2025 e amanhã, dia 7 de maio, termina o prazo de entrega de candidaturas dos diferentes colégios eleitorais: docentes/investigadores, pessoal ‘não docente e não investigador’ e estudantes.

Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz
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Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz

A coligação Aliança Mais Aveiro (PSD/CDS/PPM) escolheu Glória Leite como candidata à presidência da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, a maior freguesia do concelho de Aveiro. A informação começou a circular ao longo do dia e foi confirmada por várias fontes ligadas à candidatura de Luís Souto. Glória Leite é atualmente diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão, tendo desenvolvido um percurso profissional ligado à educação e à gestão escolar. No último mandato autárquico, entre 2017 e 2021, integrou o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal de Aveiro, como deputada municipal independente. Segundo fontes próximas do PSD-Aveiro, Glória Leite acabaria por se afastar da política local, em 2021, depois de divergências com o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), José Ribau Esteves. Em declarações à Ria, Glória Leite optou por não confirmar nem desmentir a informação. Até ao momento a Ria não conseguiu entrar em contacto com Luís Souto, candidato à CMA. Recorde-se que a União das Freguesias de Glória e Vera Cruz é atualmente liderada pelo histórico autarca Fernando Marques e que ao longo das últimas semanas circularam pelos bastidores do PSD-Aveiro nomes como Gonçalo Carvalho, ex-presidente da Associação de Andebol de Aveiro, e de Fernando Marques, filho do atual presidente, como eventuais candidatos à presidência desta Junta de Freguesia. Glória Leite (Aliança Mais Aveiro) irá disputar eleições com Bruno Ferreira, atual tesoureiro do Executivo da Junta de Freguesia, que já anunciou a sua candidatura pelo Partido Socialista (PS). Até ao momento não são conhecidos mais candidatos.