Legislativas: Campanha entra hoje na última semana com AD e PS a cruzarem-se em Espinho
A campanha eleitoral entra hoje na última semana com os partidos a terem ações de norte a sul do país e as comitivas da AD e PS a cruzarem-se na feira de Espinho, terra de Luís Montenegro.
Redação
Ao nono dia da campanha para as eleições legislativas de domingo, o presidente do PSD vai estar às 10:30 na feira de Espinho, seguindo depois para Chaves, onde vai contactar a população, e ao final da tarde vai estar em Vila Real para novamente contactar com a população e fazer um comício.
O secretário-geral do PS também vai estar na feira de Espinho, mas meia hora mais cedo, do que Luís Montenegro. Pedro Nuno Santos segue depois para um almoço na Figueira da Foz e para Coimbra, onde às 17:30 contacta com a população e às 19h00 tem um comício.
Ainda pelo norte vai andar a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, que começa o dia em Braga, passa também pela feira de Espinho e termina em Coimbra.
Lisboa e Almada são os locais escolhidos para hoje pela comitiva da CDU, com o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, a visitar de manhã a Escola Artística António Arroio e a contactar com profissionais de saúde na Gare do Oriente. Durante a tarde tem um encontro com profissionais da cultura e com a população em Almada, terminando o dia com um comício em Alpiarça (Santarém).
Também em Lisboa vai estar o porta-voz do Livre, Rui Tavares, onde às 08:00 faz uma deslocação de autocarro entre a Pontinha e o Arco do Cego para apresentação de propostas sobre corredores BUS, seguindo depois para o Seixal (Setúbal) onde às 16h00 visita o refúgio dos Gatos do Bairro.
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, vai estar hoje em campanha no distrito de Faro para visitar uma empresa de biotecnologia de algas em Olhão, além de um jantar comício em Albufeira.
O Bloco de Esquerda estará também no Algarve, tendo Mariana Mortágua marcado para as 10:00 um encontro com moradores que lutam pelo direito à habitação em Loulé e para as 16:00 uma visita ao memorial do forte de Peniche, em homenagem aos presos políticos e à resistência antifascista.
Também no Algarve vai estar o presidente do Chega, onde tem uma arruada às 17:00 em Portimão, depois de passar durante a manhã por Évora.
Concorrem a estas eleições antecipadas 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.
Recomendações
Legislativas: PAN foi à feira de Espinho apelar ao voto para eleger grupo parlamentar
Num dia em que vários partidos políticos optaram por fazer campanha eleitoral na feira semanal de Espinho, incluindo PS e AD, entre outros, Inês Sousa Real encontrou muita gente zangada, em particular com os partidos que têm governado o país. “As pessoas sentem que as suas vidas foram postas em causa e que passam mais tempo a discutir, em tricas políticas, do que propriamente a falar dos problemas dos portugueses” e é, por isso, que disse ter ficado “emocionada” com os desabafos de muitas pessoas, sobretudo das mais idosas, reformadas e que se preocupam com a causa animal. “Muitos deles hoje pediram-nos isso mesmo, mais apoio”, afirmou. Em Espinho, terra natal de Luís Montenegro, a porta-voz do PAN disse ter sido bem recebida, acima de tudo, porque “as pessoas têm compreendido que o PAN tem trabalhado”. Com uma única deputada no parlamento, o PAN tem sido “uma força que não esquece as preocupações dos portugueses” e, por isso mesmo, “parte com a legitimidade de pedir um grupo parlamentar”. “As pessoas querem quem trabalhe no Parlamento, não querem quem lá esteja agarrado aos telemóveis, como acabei de ouvir, não querem quem lá esteja efetivamente a zelar pelos seus interesses pessoais ao invés de zelar pelos interesses do país”, frisou. Questionada pelos jornalistas com quem preferia cruzar-se, se PS e AD viessem na sua direção, Inês Sousa Real respondeu assim: “Nós já deixámos bem claras as diferenças que nos marcam com ambos os partidos, seja com a AD de Luís Montenegro, que fez recuos significativos na causa animal, o que reforça a importância do PAN estar no parlamento”. “E em matéria daquilo que é a crise climática, é difícil aproximarmo-nos de uma força política como a AD quando sabemos que querem cortar e cortaram mais 700 milhões de euros para a combater ou até mesmo quando ambos [os partidos] ignoram aquilo que é um dos maiores flagelos do nosso país, a violência doméstica”, disse. Assim, acrescentou, “seja cruzando-nos com Luís Montenegro ou com Pedro Nuno Santos, o PAN não deixará nunca de ser um contraponto em relação aos grandes partidos, e os portugueses contam com isso”. Questionada sobre o aumento da mortalidade infantil, em 2024, a dirigente do PAN referiu que já tinha deixado “bastante claro”, que Luís Montenegro “falhou aos portugueses” quando disse que iria ter mais respostas ao nível dos médicos de família e de maior prevenção no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e “falhou nesse objetivo” porque há “mais de 39 mil pessoas” sem médico de família, como também “os portugueses chegam ao verão, ao Natal e também à Páscoa e continuam a ver as urgências fechadas”. “O PAN já deixou muito claro que nós queremos apostar na medicina de prevenção, de proximidade, nas unidades de saúde familiar, tem que haver investimento no SNS, tem que haver maior prevenção, em particular também naquilo que é a obstetrícia, saúde materna ou infantil (…), na saúde mental ou até mesmo nas doenças oncológicas”, sublinhou. Em relação ao voto dos emigrantes portugueses, em particular, às dificuldades que tem surgido nesta e em eleições passadas, o PAN irá “apreciar, efetivamente, o que é que se está a passar, o que é que se passou nas mesas de voto para garantirmos que ninguém é inibido de votar” para contribuir na próxima legislatura para que diminuem as burocracias que estão associadas ao voto dos nossos portugueses na diáspora”.
Azeméis com mais animais, máquinas de costura e triciclos no Mercado à Moda Antiga
Com o seu centro histórico fechado ao trânsito para acomodar tabernas, bancas de vendas, palcos, oficinas e outras estruturas lúdicas, Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, alberga assim a 26.ª edição do evento, que envolve o trabalho de coletividades, instituições sociais, escolas e artesãos, num total de 160 entidades cujos membros trajam a rigor para o efeito. O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge Ferreira, lembrou que essa recriação histórica evoca o mercado que, entre finais do século XIX e inícios do XX, se realizava semanalmente na antiga Praça dos Vales e já na altura integrava uma significativa componente de jogos tradicionais, à semelhança da sua réplica atual. “A edição de 2025 do Mercado à Moda Antiga mantém a mesma pujança dos anos anteriores, manifestando um arrojo e uma criatividade que procuram, acima de tudo, ir ao encontro das expectativas de quem nos visita, mas reafirmando também a sua vertente pedagógica, ao gerar dinâmicas que permitem a partilha intergeracional de saberes, de conhecimento e de vivências únicas e enriquecedoras”, declarou à Lusa o autarca socialista. Nessa componente pedagógica, Joaquim Jorge Ferreira realçou o contacto com os “animais de quinta”, este ano “agrupados numa exposição revista e melhorada com a participação da [empresa] Fazenda dos Animais e do Centro Hípico e Terapêutico de Carregosa”, e igualmente abordados nos jogos da área temática “O campo na cidade”. “O meio rural ocupará assim um espaço onde crianças e famílias poderão interagir com o mundo animal, decorado à época, e contactar com monitores preparados para esclarecer dúvidas e interagir com os visitantes”, notou o presidente da Câmara. Outra faceta em destaque na programação de 2025 é o que Joaquim Jorge Ferreira definiu como “uma cativante exposição de máquinas de costura antigas”, à qual se juntam ainda “experiências com triciclos” de outros tempos, para usufruto dos mais novos, e o já “tradicional desfile de trajes de época”, no que o autarca disse estar refletida “a preocupação para com o rigor histórico do evento”. Ocupando cerca de 4.000 metros quadrados distribuídos por várias ruas da cidade, a 26.ª edição do Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis comercializa desde refeições, petiscos e doces já confecionados até frutas e legumes a granel, assim como enchidos regionais, mel e compotas, plantas e flores, passadeiras e outros têxteis artesanais, peças de madeira, couro e ferro, etc. Com entrada livre em todas as atividades, o programa propõe igualmente concertos de música popular, espetáculos de folclore, atuações de ardinas e estátuas vivas, performances de teatro e circo, sessões de contos infantis e um carrossel infantil artesanal.
Dia Internacional e Noite Europeia dos Museus celebrados no Museu Marítimo de Ílhavo
A inauguração da exposição “Azul em Festa”, pelas 16h30 de dia 17, é apontado pelo município como o destaque das celebrações. Com curadoria de Fátima Marques Pereira, a exposição pretende, segundo nota enviada às redações, “celebra o olhar, o gesto e a presença das mulheres no território simbólico e real do mar”. A exposição reúne assim obras de artistas mulheres que “abordam o mar como espaço vivido, imaginado e transformado, onde se cruzam o íntimo e o coletivo, o corpo e a paisagem, a história e o presente”, refere a mesma nota. A mostra vai ficar patente na sala de exposições temporárias e no decorrer do percurso expositivo do Museu até ao dia 19 de outubro. A abertura da exposição é precedida, pelas 15h30, pela performance “Sonoridade Táctil”, criada pelo Núcleo de Criação e Investigação Artística entre Expressões e Linguagens - SUSPENSÃO - no âmbito do projeto de residência artística “SOM E GESTO em síntese do existir”, aponta a autarquia. Ainda no âmbito da assinalação da Noite Europeia dos Museus, o Museu Marítimo de Ílhavo estará aberto das 21h30 às 24h00, com entrada gratuita, visitas livres e a dinamização de um peddy paper. O período da manhã conta, pelas 11h, com uma visita pela exposição de fotografia de Eduardo Martins, “Património em rede: um peixe, uma comunidade, dois países”. Também no dia 17 de maio, entre as 10h e as 16h, volta a realizar-se uma ação de formação em torno da “Literacia do Oceano”, desta vez sob o tema “Economia Azul Sustentável e Regenerativa”. A sessão conta com dinamização por parte de Álvaro Sardinha, especialista em Economia Azul. A ação de formação é certificada pelo Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos de Ílhavo, Vagos e Oliveira do Bairro, e destina-se a educadores e professores. A inscrição pode ser feita através do site oficial ou através do email [email protected].
Comédia infantil do Nobel Egas Moniz em livro e peça de teatro em Estarreja
A obra, escrita pelo Nobel da Medicina português para os seus sobrinhos-netos, foi adaptada para livro e peça de teatro no âmbito das comemorações dos 150 anos do seu nascimento, informa a autarquia. A apresentação do livro, com ilustrações de Cinara Saiónára, na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, decorre no sábado, pelas 15:00, segundo adianta uma nota de imprensa da Câmara de Estarreja. “Este conto revela a faceta lúdica e a transversalidade do neurocientista, num texto com 89 anos”, destaca a nota, revelando que já será feito “um momento de interpretação da obra” no lançamento do livro pelo Grupo de Teatro Infantil do Município de Estarreja (Trama). A estreia da adaptação teatral propriamente dita terá lugar só a 22 de junho, com encenação e adaptação de Leandro Ribeiro, encerrando as comemorações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz, iniciadas no ano passado. O programa comemorativo inclui ainda a exposição “Egas Moniz – Um Encontro”, patente até dia 24 na Casa da Cultura e o concerto de “Alma de Coimbra”, dia 31, no Cine-Teatro. As celebrações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz visam homenagear a vida e o legado do cientista nascido em Avança, no concelho de Estarreja, distrito de Aveiro.
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Discursos políticos marcam Feriado Municipal: Luís Souto projeta futuro e Ribau Esteves despede-se
A sessão solene comemorativa do Feriado Municipal de Aveiro teve início às 11h30, na Praça da República, com o tradicional hastear da bandeira, a execução do hino da cidade e a presença de uma guarda de honra, assinalando simbolicamente o arranque oficial das celebrações. Às 11h45, nos Paços do Concelho, decorreu a cerimónia de entrega das condecorações honoríficas municipais, distinguindo cidadãos e instituições cujo mérito e contributo se destacaram no desenvolvimento do município. Entre os homenageados estiveram figuras como Aurora Cunha, João Neto, Rosa Alice Branco, Zacarias Andias (a título póstumo), Fernando Vasconcelos, bem como as instituições Academia de Saberes e a Associação de Natação Centro Norte de Portugal. A sessão solene iniciou-se com os discursos de Luís Souto de Miranda, atual presidente da Assembleia Municipal e de José Ribau Esteves, presidente cessante da Câmara Municipal de Aveiro. Ambos optaram por intervenções marcadamente políticas, nas quais enalteceram as políticas municipais dos últimos anos e dirigiram críticas à oposição. Luís Souto de Miranda destacou o simbolismo da data, sublinhando que o feriado municipal “é sempre uma ocasião de reflexão, de balanços e de perspetivarmos o futuro”. Referiu-se também à relevância das distinções atribuídas, considerando-as uma “boa tradição” que valoriza “o mérito” e incentiva “novos exemplos para o futuro”. Num momento de reconhecimento público, Luís Souto assinalou o fim do ciclo autárquico de Ribau Esteves, sublinhando o “enorme serviço que prestou ao município ao longo dos três mandatos”. Em tom crítico, e perante a presença de Alberto Souto de Miranda- ex-presidente da Câmara entre 1998 e 2005-, lembrou as dificuldades financeiras herdadas da governação socialista, apontando que “só com a recuperação financeira se criaram as condições para o que fomos gradualmente assistindo em Aveiro: uma rede escolar e de centros de saúde que hoje não nos envergonha, bem pelo contrário; um centro urbano onde se destacam as importantes obras do Rossio e da Avenida, que, ainda que polémicas, são hoje claramente do apreço e usufruto geral, com notórios efeitos na dinamização do comércio e dos serviços”. O presidente da Assembleia Municipal elencou ainda algumas das obras que considera “bem conseguidas”, como a requalificação da “Rua da Pêga” e das “Avenidas 25 de Abril e Mário Sacramento”. Na área da mobilidade, destacou a aposta no “ferry elétrico Salicórnia”, nos “autocarros elétricos” e nas “bicicletas bugas 1 e 2”. Reconhecendo que “nada disto foi feito sem erros”, acrescentou que “só não erra quem nunca decide”. “Deixemos para um outro momento a avaliação do que eventualmente justifica correção e saibamos ter, pelo menos, a objetividade de reconhecer que a capacidade de realização foi ímpar”, apelou, dirigindo-se diretamente a Ribau Esteves. A cultura foi também destacada como área estratégica de investimento, contrariando críticas de alegado desinteresse. “A cultura, ao contrário do que alguns velhos do restelo clamavam, não só não foi esquecida como contou com importante investimento”, afirmou. O discurso terminou com uma reflexão sobre os desafios que se colocam ao município no futuro próximo, nomeadamente o impacto das transformações tecnológicas, o envelhecimento da população e as novas prioridades ambientais e sociais. Referiu o trabalho da Assembleia Municipal Jovem e o papel das novas gerações, que, segundo Luís Souto, “querem mais e melhor mobilidade suave, mais espaços verdes, mais desporto para todos, uma digitalização responsável, inclusão e solidariedade social”. E concluiu que “em Aveiro, município que se quer sempre na vanguarda, não poderemos ficar indiferentes a estas novas agendas”. Num tom mais leve, mas não menos sugestivo, Luís Souto lançou ainda uma indireta a Ribau Esteves, questionando-o sobre o seu futuro após deixar a autarquia: “Não sei se ele hoje vai revelar, mas ainda não revelou”, disse, arrancando algumas risadas discretas de quem se encontrava pelos Paços do Concelho. No último Feriado Municipal enquanto presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves fez um discurso marcado pela emoção, balanços positivos e agradecimentos a diversos setores da sociedade civil, aproveitando também para reforçar o seu compromisso com a cidade até ao final do mandato. “Quero deixar o meu testemunho de tanta determinada esperança na vida, de aposta nos homens, de fé em Deus”, declarou, evocando ainda o simbolismo do nascimento, ao referir-se ao aniversário dos gémeos Maria José e José Maria, filhos de colaboradores próximos. “Com eles fazemos a festa da vida, do nascer e do crescer, de quem acredita, aposta e realiza”, refletiu José Ribau Esteves. O autarca celebrou a dinâmica cultural do município, sublinhando o sucesso da iniciativa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, “um sucesso de múltiplas características”, com “mais de 700 espetáculos” e “criatividade que nasceu e veio para ficar”. Considerou ainda tratar-se de uma “relevante ação de marketing territorial” que “deu mais Aveiro a Portugal e ao mundo”. Ribau Esteves destacou igualmente obras estruturantes como a requalificação do Rossio e das pontes, a instalação do monumento da Muralha de Aveiro e o novo Ferryboat Elétrico Salicórnia, uma aposta em mobilidade e ambiente. “Foram dez milhões de euros de investimento em conforto para os passageiros, redução de custos e aumento da eficiência energética e dando a 2024 o ano recorde de passageiros. Cerca de 203 mil pessoas utilizaram o Salicórnia para a travessia marítima entre o Forte da Barra e São Jacinto”, indicou. No domínio do turismo, sublinhou os “indicadores de recorde” com “quase 350 mil pessoas” nos museus e nos postos de turismo e lojas turísticas e “mais de 74 mil espectadores no Teatro Aveirense”. Realçou as edições “2024 e 2025” da Maratona da Europa Aveiro dando ainda nota que a atividade já “ostentou o selo da World Athletics” e “entrou para o grupo das 100 melhores maratonas do mundo”. Em jeito de homenagem a Aurora Cunha e João Neto, declarou: “Agradecendo-vos muito terem dado o vosso enorme mundo à nossa terra de Aveiro. Agora vossa terra de Aveiro”. Na reta final do discurso, Ribau Esteves fez um agradecimento emocionado pelos 12 anos de liderança autárquica. “Foram 12 anos fantásticos, de vida individual e coletiva, cheios de conquistas e surpresas, tarefas duras, lutas novas e pesadas”. E acrescentou que “nos outros seis [anos], tivemos os primeiros quatro para tratar das graves patologias da Câmara de Aveiro, consequência da má gestão do Partido Socialista”. Afirmando ter devolvido “a credibilidade institucional” e construído “a relevância política da Câmara de Aveiro”, agradeceu a colaboração dos colegas, cidadãos e adversários políticos “pela lealdade da presença e a coragem da luta”. Sobre o futuro político, deixou claro que “os cidadãos de Aveiro tomarão a decisão que entenderem por bem no dia das eleições autárquicas de 2025. E eu entregarei ao meu sucessor, com cuidado, um cuidado dossiê de transição e uma câmara muito boa, com muito boas contas, com muita boa gestão, bem diferente da péssima Câmara que eu recebi”. Ribau Esteves encerrou o seu discurso com uma nota de fé e compromisso. “Seguimos em frente para mais e melhor Município de Aveiro. Vamos continuar a trabalhar para cumprir o programa eleitoral que os cidadãos escolheram com folgada maioria em setembro de 2021”. Relativamente aquele que será o seu futuro, questionado pela Ria, no final da sessão, o autarca afirmou que esta pergunta “não tem resposta” nesta fase, agradecendo a curiosidade: “É sinal de consideração e amizade”, comentou. À Ria disse ainda haver “várias hipóteses” e que estão, neste momento, “em aberto e em desenvolvimento”. “Tudo com grande qualidade, mas a seu tempo. Logo que as coisas estejam decididas, obviamente, que eu tornarei público. Tenho também essa obrigação para com as pessoas”, exprimiu. Sobre o prazo para revelar a sua decisão avança que “muito provavelmente” a mesma decorrerá “no último trimestre deste ano”. Se continuará na vida política, Ribau Esteves admite manter-se se surgirem “boas oportunidades”. Caso contrário, regressará ao setor empresarial, “de onde venho”, afirmou. Após os discursos, seguiu-se a entrega das sete distinções honoríficas municipais. No total, foram condecoradas cinco personalidades que foram distinguidas com medalha de Mérito Municipal em grau prata e duas entidades que foram distinguidas com medalha de Mérito Municipal em grau cobre.
Legislativas: PAN foi à feira de Espinho apelar ao voto para eleger grupo parlamentar
Num dia em que vários partidos políticos optaram por fazer campanha eleitoral na feira semanal de Espinho, incluindo PS e AD, entre outros, Inês Sousa Real encontrou muita gente zangada, em particular com os partidos que têm governado o país. “As pessoas sentem que as suas vidas foram postas em causa e que passam mais tempo a discutir, em tricas políticas, do que propriamente a falar dos problemas dos portugueses” e é, por isso, que disse ter ficado “emocionada” com os desabafos de muitas pessoas, sobretudo das mais idosas, reformadas e que se preocupam com a causa animal. “Muitos deles hoje pediram-nos isso mesmo, mais apoio”, afirmou. Em Espinho, terra natal de Luís Montenegro, a porta-voz do PAN disse ter sido bem recebida, acima de tudo, porque “as pessoas têm compreendido que o PAN tem trabalhado”. Com uma única deputada no parlamento, o PAN tem sido “uma força que não esquece as preocupações dos portugueses” e, por isso mesmo, “parte com a legitimidade de pedir um grupo parlamentar”. “As pessoas querem quem trabalhe no Parlamento, não querem quem lá esteja agarrado aos telemóveis, como acabei de ouvir, não querem quem lá esteja efetivamente a zelar pelos seus interesses pessoais ao invés de zelar pelos interesses do país”, frisou. Questionada pelos jornalistas com quem preferia cruzar-se, se PS e AD viessem na sua direção, Inês Sousa Real respondeu assim: “Nós já deixámos bem claras as diferenças que nos marcam com ambos os partidos, seja com a AD de Luís Montenegro, que fez recuos significativos na causa animal, o que reforça a importância do PAN estar no parlamento”. “E em matéria daquilo que é a crise climática, é difícil aproximarmo-nos de uma força política como a AD quando sabemos que querem cortar e cortaram mais 700 milhões de euros para a combater ou até mesmo quando ambos [os partidos] ignoram aquilo que é um dos maiores flagelos do nosso país, a violência doméstica”, disse. Assim, acrescentou, “seja cruzando-nos com Luís Montenegro ou com Pedro Nuno Santos, o PAN não deixará nunca de ser um contraponto em relação aos grandes partidos, e os portugueses contam com isso”. Questionada sobre o aumento da mortalidade infantil, em 2024, a dirigente do PAN referiu que já tinha deixado “bastante claro”, que Luís Montenegro “falhou aos portugueses” quando disse que iria ter mais respostas ao nível dos médicos de família e de maior prevenção no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e “falhou nesse objetivo” porque há “mais de 39 mil pessoas” sem médico de família, como também “os portugueses chegam ao verão, ao Natal e também à Páscoa e continuam a ver as urgências fechadas”. “O PAN já deixou muito claro que nós queremos apostar na medicina de prevenção, de proximidade, nas unidades de saúde familiar, tem que haver investimento no SNS, tem que haver maior prevenção, em particular também naquilo que é a obstetrícia, saúde materna ou infantil (…), na saúde mental ou até mesmo nas doenças oncológicas”, sublinhou. Em relação ao voto dos emigrantes portugueses, em particular, às dificuldades que tem surgido nesta e em eleições passadas, o PAN irá “apreciar, efetivamente, o que é que se está a passar, o que é que se passou nas mesas de voto para garantirmos que ninguém é inibido de votar” para contribuir na próxima legislatura para que diminuem as burocracias que estão associadas ao voto dos nossos portugueses na diáspora”.
Azeméis com mais animais, máquinas de costura e triciclos no Mercado à Moda Antiga
Com o seu centro histórico fechado ao trânsito para acomodar tabernas, bancas de vendas, palcos, oficinas e outras estruturas lúdicas, Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, alberga assim a 26.ª edição do evento, que envolve o trabalho de coletividades, instituições sociais, escolas e artesãos, num total de 160 entidades cujos membros trajam a rigor para o efeito. O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge Ferreira, lembrou que essa recriação histórica evoca o mercado que, entre finais do século XIX e inícios do XX, se realizava semanalmente na antiga Praça dos Vales e já na altura integrava uma significativa componente de jogos tradicionais, à semelhança da sua réplica atual. “A edição de 2025 do Mercado à Moda Antiga mantém a mesma pujança dos anos anteriores, manifestando um arrojo e uma criatividade que procuram, acima de tudo, ir ao encontro das expectativas de quem nos visita, mas reafirmando também a sua vertente pedagógica, ao gerar dinâmicas que permitem a partilha intergeracional de saberes, de conhecimento e de vivências únicas e enriquecedoras”, declarou à Lusa o autarca socialista. Nessa componente pedagógica, Joaquim Jorge Ferreira realçou o contacto com os “animais de quinta”, este ano “agrupados numa exposição revista e melhorada com a participação da [empresa] Fazenda dos Animais e do Centro Hípico e Terapêutico de Carregosa”, e igualmente abordados nos jogos da área temática “O campo na cidade”. “O meio rural ocupará assim um espaço onde crianças e famílias poderão interagir com o mundo animal, decorado à época, e contactar com monitores preparados para esclarecer dúvidas e interagir com os visitantes”, notou o presidente da Câmara. Outra faceta em destaque na programação de 2025 é o que Joaquim Jorge Ferreira definiu como “uma cativante exposição de máquinas de costura antigas”, à qual se juntam ainda “experiências com triciclos” de outros tempos, para usufruto dos mais novos, e o já “tradicional desfile de trajes de época”, no que o autarca disse estar refletida “a preocupação para com o rigor histórico do evento”. Ocupando cerca de 4.000 metros quadrados distribuídos por várias ruas da cidade, a 26.ª edição do Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis comercializa desde refeições, petiscos e doces já confecionados até frutas e legumes a granel, assim como enchidos regionais, mel e compotas, plantas e flores, passadeiras e outros têxteis artesanais, peças de madeira, couro e ferro, etc. Com entrada livre em todas as atividades, o programa propõe igualmente concertos de música popular, espetáculos de folclore, atuações de ardinas e estátuas vivas, performances de teatro e circo, sessões de contos infantis e um carrossel infantil artesanal.
Salas de cinema superam fasquia de um milhão de espectadores em abril
Comparando só o mês de abril, o número de espectadores contabilizados – 1.006.263 – só tem expressão semelhante antes da pandemia da covid-19, quando em abril de 2019 o ICA registou 1.538.195 entradas. Em matéria de receitas de bilheteira, em abril passado as idas ao cinema renderam 6,3 milhões de euros, num aumento de 62% em relação a abril de 2024. No conjunto do quadrimestre deste ano, a exibição comercial de cinema somou 23 milhões de euros de bilheteira e 3,6 milhões de espectadores, o que representa um aumento de 12% e 9,6%, respetivamente, face a igual período de 2024. “Um Filme Minecraft”, de Jared Hess, estreado a 03 de abril, foi o filme mais visto nesse mês e também do quadrimestre, o que terá contribuído para os aumentos registados, já que obteve 433.624 espectadores e 2,7 milhões de euros de bilheteira. “On Falling”, de Laura Carreira, mantém-se o filme português mais visto este ano em sala, com 11.493 entradas e cerca de 70 mil euros de receita de bilheteira. Do total de filmes exibidos este ano no circuito comercial, o cinema português foi visto por 36.610 espectadores (com uma quota de mercado de 1%) e obteve 170.667 euros de receita (0,7% da quota de mercado).