RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Manuel Oliveira de Sousa, ex-candidato à CMA, eleito vice-presidente da Federação Distrital do PS

A Comissão Política da Federação Distrital do Partido Socialista (PS) de Aveiro reuniu na passada terça-feira, 7 de janeiro, um mês após o congresso distrital do partido, para eleger a sua mesa, o secretariado Federativo e o vice-presidente da Federação. Manuel Oliveira de Sousa, ex-presidente da concelhia do PS-Aveiro e antigo candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA), foi eleito vice-presidente da Federação, sob proposta do novo presidente da federação socialista, Hugo Oliveira.

Manuel Oliveira de Sousa, ex-candidato à CMA, eleito vice-presidente da Federação Distrital do PS
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
15 jan 2025, 12:17

Em entrevista à Ria, Manuel Sousa diz que recebeu o convite com “gratidão pela confiança depositada” e com “motivação para corresponder à concretização da moção e do plano de atividades que foi desenhado para os próximos dois anos de mandato”. “Pelo caminho que tenho percorrido dentro do partido aumenta a responsabilidade e, evidentemente, essa responsabilidade é proporcional à gratidão para com aqueles que confiam em nós. Há aqui possibilidade de fazermos um pouquinho melhor ao serviço do PS, neste caso, no distrito de Aveiro”, exprimiu.

Relativamente ao secretariado da Federação, órgão executivo da estrutura, no que toca a Aveiro, destaca-se a inclusão de João Sarmento, atual líder da estrutura local da Juventude Socialista. O referido órgão é ainda composto pelos seguintes elementos: Manuel Oliveira de Sousa ( como vice-presidente; Aveiro), Ana Lemos (Oliveira de Azeméis), José Manuel Carvalho (Castelo de Paiva), Rita Pereira (Águeda), Sérgio Lopes (Ílhavo), Rui Rios (Santa Maria da Feira), Catarina Gamelas (Albergaria-a-Velha), Nuno Almeida (Espinho), Nuno Canilho (Mealhada), Helena Terra (Oliveira de Azeméis), Luís Alves (Ovar), Henrique Portela (Santa Maria da Feira), Liliana Carvalho (Espinho) e Filomena Morais (Anadia).

A Ria questionou ainda o ex-presidente da concelhia do PS Aveiro [que perdeu as eleições para a concelhia do partido, em 2022, para Paula Urbano Antunes] sobre o nome de Alberto Souto de Miranda, ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) entre 1998 e 2005, como candidato do PS às eleições autárquicas de 2025, mas Manuel Oliveira de Sousa referiu “não ter nenhuma palavra a dizer”, salientando que este é o momento dos órgãos do partido decidirem. “A concelhia é que tem de fazer esse trabalho. Eu não pertenço à concelhia e, portanto, logo que a concelhia se pronuncie depois falaremos”, afirmou Manuel Oliveira de Sousa.

Relembre-se que Alberto Souto de Miranda manifestou, no passado sábado, 11 de janeiro, a sua disponibilidade para ser o candidato do PS à CMA nas eleições autárquicas de 2025, tal como noticiado pela Ria.

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Novo Governo: Salvador Malheiro entra, Emídio Sousa, Silvério Regalado e Carla Rodrigues continuam
Região

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Silvério Regalado é reconduzido como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, enquanto Emídio Sousa deixar de ser secretário de Estado do Ambiente e passa a ser o novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Carla Rodrigues, ex-deputada e vereadora da oposição na Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis até ao início deste ano, mantém-se também no Governo, como Secretária de Estado Adjunta da Juventude e da Igualdade. Com as nomeações conhecidas esta noite, há novas alterações na lista de deputados do PSD, pelo círculo de Aveiro, que integram a Assembleia da República. Gonçalo Breda Marques, ex-deputado à Assembleia da República e ex-vereador da Câmara Municipal da Mealhada, deverá assumir funções nos próximos dias. Note-se que Firmino Ferreira, atual presidente do PSD-Aveiro e da Junta de Freguesia de Oliveirinha, apesar de não ter sido eleito como deputado, já tinha iniciado funções na Assembleia da República no início desta semana, em virtude de Luís Montenegro, Emídio Sousa e Silvério Regalado integrarem o Governo. A nova composição governativa e parlamentar reforça a presença do distrito de Aveiro nos centros de decisão política nacional, com figuras com percurso autárquico relevante e ligação direta à região.

População de Águeda desafiada a integrar projeto de pintura corporal
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O convite é feito através do AgitLab, programa de residências artísticas do Município, e culminará numa performance no AgitÁgueda – Art Festival 2025. A iniciativa procura que a comunidade partilhe histórias e vivências de Águeda, e que os participantes se candidatem como modelos e bailarinos para a performance. O projeto, concebido pela bicampeã mundial de ‘bodypainting’ Vilija Vitkute e pela coreógrafa Małgorzata Suś, baseia-se em narrativas reais da população para criar uma performance única. “Estamos à procura de modelos com interesse em ‘bodypainting’, dispostos a participar numa criação colaborativa e, simultaneamente, o município convida a comunidade a relatar as suas memórias sobre Águeda”, explicou o vice-presidente da Câmara, Edson Santos, citado numa nota de imprensa sobre o evento. As histórias, que podem ser sobre lugares, tradições ou experiências marcantes, devem ser enviadas até 15 de junho para [email protected], por escrito, áudio ou vídeo, adianta a mesma nota. Com base nessas narrativas, as artistas criarão o espetáculo visual "Onde os mundos se encontram". Para a performance, que será apresentada a 05 e 06 de julho, procuram-se pessoas maiores de 18 anos, residentes em Águeda ou arredores, “sendo desejável que tenham experiência em movimento e se sintam confortáveis com a exposição do corpo”. “As candidaturas para modelos e bailarinos devem ser enviadas até 15 de junho para [email protected], e os ensaios decorrem de 27 de junho a 06 de julho, no Parque Municipal de Alta Vila”, explica a nota.

Sónia Fernandes lidera candidatura do PS em Ílhavo com propostas para habitação e mobilidade
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De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, a candidata à presidência da Câmara Municipal de Ílhavo assumiu que se disponibiliza para esta missão porque acredita “nas pessoas, na força do trabalho sério e na diferença que podemos fazer juntos". “Não trago promessas por cumprir, nem faço parte dos jogos de sempre. Trago a força da renovação, a liberdade de pensar diferente, a coragem de fazer melhor. Não peço confiança por ter um nome feito, peço-a porque tenho um caminho limpo, porque sou um de vós e porque quero fazer parte da mudança que Ílhavo precisa. Acredito que a política se faz com pessoas reais, com verdade, com entrega, com empatia. Com respeito por cada voto, por cada voz, por cada vida”, vincou Sónia Fernandes. Entre as principais prioridades da sua candidatura, Sónia Fernandes apontou a “garantia de creches com vagas para todas as crianças; a promoção de habitação a custos controlados, para que os jovens e famílias possam viver com dignidade, perto da sua terra; a implementação de medidas na área da atração de investimento que promova emprego local, estável, digno e sustentável (…) o apoio à construção de lares, centros de dia e de uma Rede Municipal de Apoio Domiciliário em Proximidade e a promoção de uma rede de transportes públicos que una todo o concelho”. A candidata lembrou ainda que o PS nasceu da luta por liberdade, justiça e igualdade. “Queremos estar com as pessoas, pelas pessoas, com humildade, com verdade, com trabalho. Não para falar por cima, mas para ouvir de perto, porque a política só faz sentido quando é um exercício de proximidade. E é esse o Partido Socialista que quero representar: o que está no terreno, ao lado das famílias, dos trabalhadores, dos jovens, dos idosos”, vincou. A iniciativa contou também com as intervenções de Luís Leitão, candidato à presidência da Assembleia Municipal, Susana Correia, deputada e presidente da Mesa da Comissão Política da Federação de Aveiro do PS, Hugo Oliveira, presidente da Federação de Aveiro do PS, e Sónia Fernandes, candidata à presidência da Câmara Municipal. Militante do Partido Socialista desde 2005, Sónia Fernandes exerce, atualmente, funções na Assembleia Municipal de Ílhavo e é presidente da Comissão Política Concelhia do PS Ílhavo.

Feira abre ensino secundário na EB 23 de Paços de Brandão e lança obras de 8,5 ME
Região

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Segundo essa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a mudança já foi confirmada pelo Ministério da Educação e o novo ciclo de escolaridade ficará disponível logo em setembro, no arranque do ano letivo 2025/2026. O referido estabelecimento do Agrupamento de Escolas de Paços de Brandão passará assim a contar com duas turmas do 10.º ano, uma para o Curso de Ciências e Tecnologias, e outra para o de Línguas e Humanidades, o que abrirá “novas oportunidades para os jovens do território”. A perspetiva é de Amadeu Albergaria, presidente da Câmara Municipal da Feira, que afirma que a medida do Ministério da Educação vem dar resposta à crescente procura por ensino secundário nesse concelho de 213,4 quilómetros quadrados e cerca de 137.000 habitantes, e reflete “um reforço estratégico” da rede de ensino pública. “A abertura do Ensino Secundário em Paços de Brandão é uma conquista há muito desejada pela comunidade e uma das prioridades que identifiquei quando assumi a presidência da Câmara”, declara o autarca social-democrata. “Em 15 meses, fizemos o caminho certo, com trabalho, persistência e um diálogo direto e exigente com o Governo”, acrescenta, defendendo que o alargamento “reforça a coesão do território, valoriza a escola pública” e dá aos jovens do concelho “a oportunidade de permanecerem e crescerem na sua comunidade”. Quanto às obras de adaptação anunciadas para os anos seguintes, visam “uma requalificação profunda da escola”, o que implicará modernizar os espaços do recinto, renovar o seu pavilhão gimnodesportivo e construir de raiz um novo edifício. No ano letivo 2025/2026, enquanto o estabelecimento só ministrar o 10.º grau de escolaridade, Câmara propõe-se avançar com o projeto de arquitetura e com o concurso público para adjudicação da empreitada. Em 2027, quando a escola já acolher turmas de 10.º e 11.º anos, deverão então iniciar-se os trabalhos concretos no terreno, com as aulas a decorrerem em paralelo à intervenção. Dos 8,5 milhões de euros que a autarquia contagastar na empreitada que se prevê de12 meses, “cerca de seis milhões serão financiados por fundos comunitários e 2,5 milhões pelo próprio orçamento municipal”.

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"Porquê orgulho? Porque ainda não é seguro viver sem medo", opinião de Hugo Filipe Nunes
Opinião

"Porquê orgulho? Porque ainda não é seguro viver sem medo", opinião de Hugo Filipe Nunes

Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+. É um mês de visibilidade, de luta, de memória e de celebração. Mas, ano após ano, há quem insista em perguntar: “E o orgulho hetero, quando é?” Como se fosse comparável. Como se a história fosse igual para todas as pessoas. Como se o orgulho de quem foi silenciado, perseguido, ridicularizado ou agredido fosse um capricho — e não um ato de resistência. É importante dizer o óbvio: ninguém precisa de um “orgulho hetero” porque ninguém foi jamais espancado por ser heterossexual. Ninguém perdeu o emprego, foi expulso de casa ou ameaçado na rua por andar de mão dada com alguém do sexo oposto. Ninguém se viu forçado a esconder quem é — para sobreviver. O orgulho LGBTQIA+ não nasce da arrogância. Nasce da dor e da recusa da vergonha. É o contrário da superioridade; é uma resposta à humilhação imposta. Estamos em 2025. Portugal é, em muitos aspetos, um país progressista. Temos casamento igualitário, possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo, reconhecimento legal da identidade de género, e algumas proteções anti-discriminação. Mas quem acha que “está tudo resolvido” vive numa bolha. As agressões homofóbicas continuam a acontecer. O bullying nas escolas é uma realidade. O acesso a cuidados de saúde competentes e respeitadores da identidade de género continua desigual. E há cada vez mais discursos públicos que ridicularizam ou atacam os direitos conquistados. Este ano, o mês do Orgulho acontece num contexto político particularmente preocupante. Com a extrema-direita a almejar cada vez mais poder, os direitos das pessoas LGBTQIA+ voltaram a ser alvo. Com linguagem disfarçada de “liberdade de expressão” ou “defesa da família”, o que se vê é o retorno de preconceitos já combatidos: a ideia de que somos uma ameaça à infância, de que devemo-nos “manter discretos”, de que exigir respeito é impor uma “agenda”. É neste contexto que surgem também os ataques ao chamado “wokismo”. A palavra “woke”, que começou por significar consciência social e atenção às injustiças, foi capturada e transformada num insulto. Sempre que alguém se indigna com o racismo, com a homofobia, com o sexismo ou com a desigualdade, é imediatamente apelidado de “woke”. Como se lutar por direitos fosse uma moda. Como se combater a exclusão fosse uma fraqueza. É uma estratégia velha: gozar com a linguagem para deslegitimar a causa. Mas as causas permanecem. E são justas. Não é coincidência que, em todos os países onde a extrema-direita governa ou tem alta influencia, os direitos LGBTQIA+ estejam entre os primeiros a serem atacados. A lógica é simples: criar inimigos internos, dividir a sociedade, impor uma moral única. Em nome da tradição, retiram-se direitos. Em nome da ordem, persegue-se a diferença. Mas a resposta a este avanço não pode ser o silêncio. Não podemos baixar os braços, nem tratar a igualdade como garantida. O Orgulho existe precisamente porque o perigo ainda existe. Porque, mesmo com avanços legislativos, o preconceito não desapareceu. Porque cada gesto público de afeto entre duas pessoas do mesmo sexo ainda é, muitas vezes, um ato corajoso. Porque os adolescentes LGBTQIA+ continuam a crescer com medo, sem referências, sem apoio. Enquanto existir medo, vergonha, discriminação ou violência, o orgulho é necessário. Não é provocação; é defesa. Não é espetáculo; é sobrevivência. É dizer “estamos aqui” num mundo que tantas vezes nos quis apagar. E sim, este combate é político. Porque a liberdade e a igualdade não se defendem apenas com boas intenções. Exigem leis, políticas públicas, financiamento a organizações de apoio, campanhas de sensibilização. Exigem coragem de quem governa e de quem representa, mesmo em assembleias de freguesia. Neste junho, que ninguém se cale. Que se pinte, que se dance, que se ocupe o espaço público, que se abracem causas e pessoas. Porque o orgulho não é só de quem é LGBTQIA+. É de todas e todos os que acreditam que ninguém deve ser tratado como cidadão de segunda. Se ser woke é defender quem sempre foi silenciado, então que nunca me falte orgulho de o ser.

Novo alerta para mensagens fraudulentas enviadas em nome da Autoridade Tributária
País

Novo alerta para mensagens fraudulentas enviadas em nome da Autoridade Tributária

“Prezado(a) contribuinte: informamos que o sistema informático identificou um reembolso de imposto pendente associado ao seu NIF (Número de Identificação Fiscal). Para evitar atrasos no processamento, confirme os seus dados bancários através do portal seguro. O procedimento é rápido e obrigatório para a validação do reembolso”, refere o corpo de uma dos ‘emails’ falsos que a AT partilhou hoje no seu portal, e que, de seguida, fornece um 'link' malicioso. Este novo alerta de fraude – o sétimo que a AT efetua desde o início do ano – mostra vários exemplos de ‘emails’, sendo que quase todos usam o logótipo da AT e a maioria acena com o pagamento de reembolsos, fornecendo ‘links’ maliciosos que, se abertos, poderão dar acesso a dados relevantes do visado, nomeadamente bancários. Num outro exemplo de ‘email’ fraudulento partilhado pela AT neste novo alerta, a mensagem inclui mesmo ‘campos’ para as pessoas colocarem os dados do seu cartão bancário (número, data de validade e CVV). Perante estas situações a AT reitera que as mensagens em causa devem ser ignoradas e apagadas, pois o seu objetivo “é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos ‘links’ sugeridos ou a efetuar pagamentos indevidos”.

Filmes portugueses conseguiram este ano 1% dos 4,5 milhões de espectadores das salas de cinema
País

Filmes portugueses conseguiram este ano 1% dos 4,5 milhões de espectadores das salas de cinema

As estatísticas mensais de exibição comercial de cinema, divulgadas hoje pelo ICA, dão conta de que este ano, até maio, os cinemas portugueses acolheram 4.525.468 espectadores, ou seja, mais 13% do que igual período de 2024. Em termos de receita de bilheteira, somaram-se 28,5 milhões de euros, num aumento de 16,5% (cerca de quatro milhões de euros) face ao mesmo período de 2024. Os filmes portugueses ou com coprodução nacional, estreados este ano, foram vistos por 48.449 espectadores, o que significa que representaram 1,1% da quota total do mercado. Em receitas de bilheteira, a quota é de 0,8%, com um total de 228 mil euros. Dos 172 filmes estreados nos cinemas entre janeiro e maio, apenas 44 (25,6%) foram de produção ou coprodução norte-americana, mas são os que têm mais sucesso, ultrapassando a quota dos 67% do total da exibição, tanto em receita de bilheteira como em audiência. Comparando apenas a prestação do mês de maio, este ano houve um aumento de 27,4% no número de espectadores face a 2024, para um total de 852.584 entradas, e uma subida de 37% em receitas de bilheteira, somando 5,3 milhões de euros. Esta subida pode justificar-se pela realização da iniciativa “Cinema em Festa”, organizada durante três dias de maio pela Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, com a venda de bilhetes a 3,5 euros em mais de 420 salas. Este ano, e com dados contabilizados até maio, o filme mais visto nos cinemas foi “Um Filme Minecraft”, de Jared Hess, com 498.120 espectadores e três milhões de euros de receita. O segundo filme mais visto continua a ser “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, com 383.829 entradas e 2,4 milhões de euros de bilheteira. “On Falling”, de Laura Carreira, é o filme português mais visto este ano, com 12.531 espectadores e cerca de 75 mil euros de receita.

Diretor da PJ alerta para aumento da violência contra as mulheres mais jovens
País

Diretor da PJ alerta para aumento da violência contra as mulheres mais jovens

À margem do seminário sobre violência doméstica, que decorre hoje no edifício da PJ, Luís Neves defendeu que é necessário combater este tipo de violência contra as mulheres, crime que considerou “absolutamente intolerável”, e deu como exemplo jogos ‘online’ em que o alvo são precisamente as mulheres e em que o objetivo é violar, abater e perseguir mulheres. “Isto é absolutamente inqualificável, sobretudo quando estamos a falar de gente jovem”, referiu o diretor nacional da PJ, dando como exemplo três detenções feitas por esta polícia e relacionadas com o crime de violação em apenas dez dias. “Estamos a falar de violações de gente muito jovem em relações de proximidade. É intolerável termos mulheres como alvo a abater”, acrescentou. Luís Neves falou ainda sobre a investigação relacionada com o jovem de Santa Maria da Feira, de 17 anos, que foi recentemente acusado pelo Ministério Público de vários crimes, incluindo o de instigar um massacre no Brasil, em 2023. Este jovem, descreveu o diretor nacional da PJ, recrutou e incentivou, sempre ‘online’, jovens no Brasil para que fosse feito um ataque em massa numa escola, sendo que neste momento a Polícia Judiciária está a trabalhar com a Polícia Federal do Brasil para que sejam identificados todos os autores do massacre que resultou na morte de uma jovem. Além deste massacre, o jovem de Santa Maria da Feira, que vivia com os pais e se encontra detido desde o ano passado, estaria a planear matar pessoas em situação de sem-abrigo em direto para vender as imagens em ‘streaming’. “Foram também cometidas agressões sexuais a jovens mulheres, adolescentes, que foram violadas em grupo, incentivadas a partir da ‘internet’. Essas mesmas vítimas, que foram duplamente vitimizadas, acabaram depois por ser pressionadas para se automutilarem sob pena de as imagens das violações serem difundidas”, explicou ainda Luís Neves a propósito deste jovem de Santa Maria da Feira. Para o diretor nacional da Polícia Judiciária, estes crimes “são sinais de que há um foco muito especial na mulher, nas mulheres jovens, em que são tratadas como coisas, são abusadas, são agredidas e violentadas”.