RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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PAN diz que Governo não está a cumprir recomendação da AR sobre pinhal de Ovar

A deputada e porta-voz do PAN defendeu hoje em Ovar que o Governo não está a cumprir a recomendação da Assembleia da República (AR) destinada a evitar cortes rasos no perímetro florestal desse concelho do distrito de Aveiro.

PAN diz que Governo não está a cumprir recomendação da AR sobre pinhal de Ovar
Redação

Redação

11 abr 2025, 17:15

Inês Sousa Real falava após a visita que realizou a talhões desbastados nessa zona arbórea ao longo da costa vareira, acompanhada de elementos da recém-criada associação +Pinhal, cuja petição pública exigindo “a suspensão imediata das operações de gestão florestal em curso no Pinhal Dunar de Ovar” já reuniu mais de 3.500 assinaturas desde o final de fevereiro. “É lamentável que nem o município, nem o ICNF [Instituto Nacional de Conservação e da Floresta], nem o próprio Governo, estejam a respeitar a recomendação que saiu da Assembleia da República para garantir que havia aqui uma revisão do plano de gestão florestal, pelo que acompanhamos a indignação da população e da associação +Pinhal”, disse.

Notando que “as entidades que deviam fiscalizar o caso são, ao mesmo tempo, as entidades licenciadoras que permitem quer os cortes rasos quer a desafetação” de terreno florestal para outros efeitos, a porta-voz do PAN defende: “Isto só vem mostrar que o rumo legislativo que temos tido nos últimos anos não está alinhado com o compromisso de combater as alterações climáticas e de travar o declínio da biodiversidade. Desde a Lei dos Solos ao Simplex Ambiental e aos planos de revisão e ordenamento do território, [os governantes] têm sido completamente contrários não só à preservação dos valores naturais, mas também, em último recurso, à proteção das populações”.

Inês Sousa Real argumenta que essa falha é agravada pelo facto de a gestão florestal em Ovar estar “muitas vezes associada a interesses económicos”, considerando que há porções de terreno regularmente desafetadas da reserva florestal para dessa forma se permitir a construção de pavilhões industriais. “Cortes rasos, em talhões delineados a regra e esquadro, só denotam, por um lado, que há aqui interesses económicos e, por outro, que não estamos a saber gerir este património natural”, realça.

Apontando como exemplo que “uma das áreas desafetadas em Ovar ocupa uma área de cerca de 60 hectares”, a deputada alega que na alteração do regime de proteção desses solos “deve haver algum interesse económico para construção” e diz que, seja ele de caráter industrial ou habitacional, certamente “não será para criar habitação acessível”.  Afirma por isso que a tutela está “mais uma vez em contraciclo com o interesse da população, única e exclusivamente por falta de vontade política e de instrumentos mais robustos que permitam uma fiscalização eficaz”.

Para a deputada, “quem está no Governo e na Câmara Municipal de Ovar continua de costas voltadas para a vontade da população, que já deixou bem claro que quer a preservação do pinhal, até porque há aí um aterro que, se for atingido pelo avanço do mar, pode ter impacto ao nível da segurança e saúde da comunidade”, com efeitos ainda “não totalmente conhecidos, mas que podem ser bastante danosos”. Com base nos cortes que ainda há para realizar na mesma zona florestal, a deputada acrescenta: “Não faz sentido que o pinhal perca mais de 360 hectares, o equivalente a mais de 300 campos de futebol. E se estes cortes ocorressem de forma pontual e dispersa por toda a área do pinhal, para garantir que temos [sempre em cada talhão] árvores com diferentes tamanhos de copa, aí sim, podíamos ter uma gestão mais adequada ao equilíbrio deste ecossistema”.

Para Inês Sousa Real, esse cuidado é particularmente relevante considerando o efeito dos incêndios de 2017 na Mata Nacional de Leiria, que então perdeu 86% da sua mancha florestal. “Depois do que vimos aí, era muito importante preservar o pinhal de Ovar porque é um dos últimos que temos saudáveis”, explica. “Precisamos garantir que, ao nível das competências públicas, sejam municipais ou nacionais, as entidades estão comprometidas com a proteção ambiental e que não temos os fatores económicos a sopesarem desta forma na decisão relativa à mitigação dos cortes”, conclui.

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No período entre as 00:00 do dia 11 de abril e as 23:59 do dia 17 de abril de 2025, a GNR registou 1.547 acidentes e fiscalizou 49.366 condutores, dos quais 263 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l. “Foram ainda detidas 160 pessoas por conduzirem sem habilitação legal”, no âmbito da Operação Páscoa 2025, adianta a Guarda Nacional Republicana (GNR) em comunicado. Nas ações de patrulhamento rodoviário, os militares detetaram 9.224 contraordenações, a maioria (2.452) por excesso de velocidade e 1.261 por falta de inspeção periódica obrigatória. Das infrações detetadas, 392 foram por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório, 311 por uso indevido do telemóvel a conduzir e 254 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou cadeirinha para crianças. Relativamente aos acidentes com as duas vítimas mortais, um diz respeito a um despiste com um motociclo na madrugada de sábado, na localidade de São João de Lourosa, no distrito de Viseu, do qual resultou a morte de uma jovem de 20 anos. O outro ocorreu no domingo, também um despiste com motociclo, em Paul, na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, que vitimou um homem de 46 anos. A GNR salienta que irá continuar a priorizar a fiscalização a situações de condução sob a influência do álcool e de substâncias psicotrópicas, bem como o excesso de velocidade, utilização indevida do telemóvel, utilização correta do cinto de segurança e de cadeirinha, falta de inspeção periódica e de seguro de responsabilidade civil obrigatórios. Estará também atenta à “incorreta execução de manobras de ultrapassagem, de mudança de direção e de cedência de passagem”. No comunicado, a GNR reafirma “o seu compromisso de trabalhar para a segurança da população, sobretudo num período em que o convívio familiar e as tradições ganham ainda maior significado”. “Contamos com o contributo e a responsabilidade de todos para que estas festividades da Páscoa sejam celebradas em segurança e sem tragédias a lamentar”, salienta.

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