Bloqueador de computadores da Universidade de Aveiro chega a escolas do país
Uma nova tecnologia de bloqueio de computadores desenvolvida na Universidade de Aveiro (UA) está a ser implementada em diversos agrupamentos escolares do país, informou hoje a instituição universitária.
Redação
“O CUCo ('Central Unit Control') tem como missão proteger os dispositivos contra roubos e violações contratuais, permitindo o bloqueio remoto em situações de inconformidade”, explica a UA em nota de imprensa. A solução, desenvolvida em parceria com a Softi9, “obteve recentemente uma extensão territorial da sua proteção industrial e está implementada em computadores e tablets dos diversos agrupamentos escolares em Portugal”.
O CUCo ('Central Unit Control'), desenvolvido por André Zúquete e Miguel Rocha, do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática e do Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA), está a “redefinir os padrões de segurança digital a nível global”. “O CUCo destaca-se pela sua capacidade de incapacitar funcionalmente computadores em caso de posse indevida ou incumprimento de contratos”, salienta a nota de imprensa.
Ao contrário de outras tecnologias, funciona independentemente do sistema operativo e não requer ligação à Internet para validar condições contratuais, “tornando-se imune a tentativas de desinstalação ou reinstalação”. De acordo com os inventores da UA, o CUCo “não só previne o uso indevido, como também atua como um forte elemento dissuasor contra roubos e incumprimentos contratuais, protegendo tanto os legítimos proprietários como as empresas que transacionam equipamentos”.
"Esta invenção sublinha a capacidade da UA de desenvolver tecnologias disruptivas com impacto global, consolidando a sua parceria com o setor empresarial e reforçando o compromisso com a segurança digital”, salienta a nota. A designação CUCo encontra-se protegida por marca nacional e a invenção protegida por patente a nível nacional e internacional (PCT),recentemente expandida para mercados da Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos e Europa.
Recomendações
Paulo Jorge Ferreira saúda eleição direta do reitor, mas defende um maior peso dos trabalhadores
Tal como noticiado pela Ria, ao longo dos últimos meses, Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, tem vindo a auscultar diferentes entidades como o CRUP, o Conselho Nacional de Educação ou as Federações Académicas e Associações de Estudantes para apresentar uma proposta final do RJIES ao Conselho de Ministros. Recorde-se que, em entrevista à Ria, o ministro da Educação avançou que gostaria de concluir este processo de revisão até ao mês de “fevereiro”. Concluída as primeiras reuniões, Fernando Alexandre vai reunir novamente com o CRUP, no dia 7 de fevereiro, no âmbito do aniversário da Universidade Católica, em Lisboa. O documento estruturante do Ensino Superior em Portugal propõe uma série de alterações, destacando-se, entre outros pontos, a alteração ao modelo de eleição ao reitor. Na proposta, o Governo retira a competência aos conselhos gerais na eleição do reitor e torna o processo mais inclusivo e abrangente, ao estabelecer que o reitor é eleito diretamente pelos professores, investigadores, estudantes, pessoal não docente e não investigador e pelos antigos estudantes. Em entrevista à Ria, Paulo Jorge Ferreira salientou que vê com “muitos bons olhos” a alteração, mas que a eleição geral “não é inteiramente consensual”. “(…) A eleição geral é motivadora porque cada estudante, cada trabalhador da UA, tem um voto e, por isso, acho que é um ato que tende a melhorar e a motivar mais os membros da academia a participarem na sua gestão. Eu vejo isso com muitos bons olhos”, afirmou. Recorde-se que segundo a proposta de lei que está a ser apresentada pelo Governo, para efeito de apuramento dos resultados finais da eleição do reitor têm que ser observados os seguintes requisitos: os votos dos professores e investigadores terão que ser ponderados em, pelo menos, 30%; os votos dos estudantes em, pelo menos, 25%; os votos do pessoal não docente e não investigador [trabalhadores] em, pelo menos, 10%; os votos dos antigos estudantes em, pelo menos 25%. Para este efeito, o documento considera apenas os antigos estudantes que tenham obtido, há mais de cinco anos, pelo menos um grau académico na sua Instituição de Ensino Superior (IES) e nela não estejam matriculados e inscritos. Sobre o peso dos antigos estudantes [um dos pontos que tem vindo a causar maior controvérsia], o reitor da UA realçou que a ideia “não é desajustada”, embora, veja a proposta com “receio” quando comparada, por exemplo, com o peso de eleição do “pessoal técnico, administrativo e de gestão” [25% vs 10%]. “Considero-o muito desequilibrado”, manifestou, adiantando que fará “o possível” para que o processo “seja melhorado”. O documento sugere ainda a limitação dos mandatos dos reitores para um mandato único, mas com a duração de seis anos (ao contrário dos atuais quatro anos renováveis), mas segundo o Jornal de Notícias (JN) avançou, esta quarta-feira, 29 de janeiro, a medida “não deverá avançar, mantendo-se os atuais dois mandatos por quatro anos”. Relativamente ao processo de auscultação que está neste momento a decorrer, o reitor da UA mostrou-se “satisfeito” e deu nota que a próxima reunião com o ministro da Educação, Ciência e Inovação decorrerá no próximo dia 7 de fevereiro, em Lisboa. “Será dia 7 a terceira oportunidade. Não sei quantas mais haverá e se a proposta convergirá rapidamente ou lentamente, mas parece-me que o ministro está com ideias de a ter pronta em fevereiro e de a fazer passar no Conselho de Ministros ainda esse mês”, salientou. No que toca às sugestões de alteração do RJIES, Paulo Jorge Ferreira realçou que o Conselho de Reitores produziu “18 páginas de sugestões e comentários”. “Eu acho que inexplicável seria não produzir nada porque é o RJIES… Manifestamo-nos fundamentadamente e a mim parece-me que da parte do Ministério houve muita abertura para considerar os pontos de vista que o Conselho de Reitores explicou e melhorar a proposta”, expôs. Entre as principais lacunas apontadas, o presidente do CRUP sublinhou a falta de uma Agência de Avaliação e Acreditação na investigação, tal como existe no ensino. “A avaliação na investigação é feita pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, de forma independente, recorrendo a painéis externos (…) Não há nada que avalie, na globalidade, a qualidade ou a intensidade da investigação numa determinada instituição (…)”, alertou. Entre os vários aspetos positivos da revisão do RJIES, Paulo Jorge Ferreira destacou a questão da “qualidade e da avaliação” ser um dos alicerces no RJIES para a atribuição e a classificação das instituições enquanto universidades ou universidades politécnicas. “Eu fico satisfeito em ser a qualidade e não apenas uma caraterística numérica como, por exemplo, o número mínimo de ciclos de estudo, porque do ponto de vista do estudante o que interessa não é se há dez ciclos de estudo acreditados (…), mas a qualidade”, realçou. “Uma instituição pequena, especializada, pode ter muita qualidade e menos ciclos de estudo. Não deve ficar prejudicada na maneira como é vista pelo público. Deixar repousar na qualidade as decisões sobre a natureza das instituições acho que serve melhor os potenciais estudantes e o público em geral”, partilhou. Relembre-se que, na proposta inicial de revisão do RJIES, apenas as instituições de ensino politécnico que conferem o grau de doutor podiam adotar a designação de universidade politécnica. Entretanto, ao que o JN apurou “o processo poderá passar por pareceres prévios, e não vinculativos da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), competindo a decisão de passagem ou não a universidade politécnica ao Governo”. O RJIES, que regula o funcionamento e organização das IES em Portugal, tanto públicas como privadas, não é revisto desde a sua implementação em 2007. A revisão do regime foi iniciada pela ex-ministra do anterior Governo do Partido Socialista, Elvira Fortunato, com a criação de uma comissão de avaliação. O processo conhece agora novos avanços sob a liderança de Fernando Alexandre, após a entrada do novo Governo liderado por Luís Montenegro.
Tiago Nogueira, Orquestra 12 de Abril e Orfeão de Águeda atuam no concerto solidário da ESTGA-UA
O espetáculo reunirá em palco uma centena de músicos e vozes para uma noite de música e solidariedade. A Orquestra 12 de Abril, o Orfeão de Águeda e Tiago Nogueira, vocalista do grupo “Os Quatro e Meia” serão os responsáveis por abrilhantar a noite. O concerto solidário pretende antecipar o Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março e prestar uma homenagem a todas as mulheres afetadas pelo cancro da mama de forma a sensibilizar a comunidade para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A receita da bilheteira reverterá, na íntegra, para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. A iniciativa insere-se na semana aberta da ESTGA-UA que decorre de 5 a 12 de março. A atividade pretende convidar futuros estudantes e a comunidade local a participar numa série de iniciativas de caráter cultural, formativo e de responsabilidade social. A semana aberta encerrará com um dia dedicado às escolas secundárias da região. O programa na íntegra pode ser consultado aqui.
Estudantes da UA nomeados para os prémios Sophia Estudante
‘PAIXÃO VIRAL: Até que a Imunidade nos Separe’ é o projeto de Pedro Loyola, Pedro Henriques, Júlia Köche e Isis Coutinho, nomeado para a categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação dos Prémios Sophia Estudante. O trabalho foi realizado para a unidade curricular ‘Projeto Multimédia’ da Licenciatura em Multimédia e Tecnologias da Comunicação do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro (DeCA) e conta a história da proliferação de um vírus respiratório. O trabalho, já vencedor do prémio Art Film Awards em 2024 na categoria de ‘Melhor Filme Animado’, é uma espécie de continuação “de um outro projeto, o PlayMutation” adiantou Pedro Loyola. “A professora responsável pelo projeto sugeriu esse tema e fazer algo na área da multimédia, no caso uma animação, e a ideia surgiu assim”, contou Pedro Loyola à Ria. Sobre a nomeação para os prémios Sophia Estudante, Pedro garantiu que o grupo está “muito feliz”. “Este é o nosso segundo festival, primeiro em Portugal, e vai ser uma emoção enorme porque vamos poder ir presencialmente”, referiu o estudante. O trabalho ‘PAIXÃO VIRAL: Até que a Imunidade nos Separe’ vai ser avaliado, juntamente com oito outros projetos, por Alice Guimarães (realizadora), Carla Andrino (atriz), Cátia Biscaia (produtora), João Gonzalez (realizador) e José Fidalgo (ator) Também Pedro Gomes, estudante do Mestrado em Engenharia e Design do Produto no DeCA, viu o cartaz de um trabalho que desenvolveu nomeado para a categoria ‘Melhor Cartaz’ dos prémios Sophia Estudante. 'Memórias em Tons de Esquecimento' é uma curta-metragem que Pedro desenvolveu de forma extracurricular e que pretende ser um retrato fiel da realidade e uma homenagem aos avós. “A minha maneira de me exprimir é esta”, referiu o estudante. ‘Memórias em Tons de Esquecimento’ brinca com a noção do tempo e conta a história de uma avó que, por doença, tem de ser ensinada pelo neto. “Vi o desenvolvimento da Alzheimer da minha avó nos últimos tempos a agravar-se cada vez mais e esse foi um dos argumentos para eu retratar tanto o meu crescimento como o desenvolvimento da interação que tenho com a minha avó desde quando era miúdo até agora”, contou Pedro. “Acho que todos nós chegamos a uma fase da vida em que sentimos que devemos fazer alguma coisa por quem ainda cá está, neste caso os meus avós são uns dos meus maiores apoios de crescimento”, referiu Pedro Gomes. Quanto à nomeação, o estudante confessa que não estava à espera, mas ficou orgulhoso por conseguir ter um trabalho da sua autoria e realizado na sua terra [Arcos de Valdevez] representado a nível nacional. "No que toca a prémios de estudantes acho que é muito bom”, reparou. De notar que ‘Memórias em Tons de Esquecimento’ foi premiado na edição de 2024 no evento Made In Deca (MID). O cartaz do projeto foi contributo de Maria Luís Chaves, uma colega de trabalho de Pedro Gomes. O júri que vai avaliar a categoria de ‘Melhor Cartaz’ dos prémios Sophia Estudante é composto por Antunes João (distribuidor), Bárbara Brandão (caracterizadora), José Vieira Mendes (crítico de Cinema), Julita Santos (produtora) e Paolo Marinou Blanco (realizador). Os prémios Sophia Estudante são prémios atribuídos anualmente pela Academia Portuguesa de Cinema. A iniciativa tem como principais objetivos “incentivar e premiar futuros cineastas” bem como “proporcionar aos estabelecimentos de ensino com cursos de cinema e audiovisual a oportunidade de mostrarem os trabalhos desenvolvidos em contexto escolar”, lê-se no regulamento. O ano de 2025 é ainda marcado pela comemoração do 10º aniversário da iniciativa, que soma este ano a realização de 11 edições.
Reitor da UA diz que a qualidade é a “única garantia de sobrevivência de uma instituição”
No quarto encontro, em entrevista à Ria, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA garantiu que é “importante continuar” com este tipo de eventos e que a qualidade é a “única garantia de sobrevivência de uma instituição”. “Competimos hoje com todos no mercado internacional e a única coisa que nos pode fazer sobressair não será nunca a localização geográfica ou o tamanho, mas será sempre a qualidade. Por isso, é sempre nessa vertente que a UA deve desenvolver-se e estes encontros e reflexões são essenciais para o irmos fazendo em contínuo”, relembrou. No programa que contou, entre outros contributos, com a perspetiva dos estudantes através da presença da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), Paulo Jorge Ferreira salientou que os estudantes “são um fator essencial” e que, no fundo, “os sistemas de acreditação, de monitoria ou de gestão de qualidade destinam-se em última análise a garantir que os estudantes que são preparados por dada instituição saem bem preparados e que a instituição cumpriu o seu papel”. “(…) Incorporá-los à partida no processo de qualidade acho que é incontornável”, afirmou. A edição deste ano ficou ainda marcada pela intervenção da juíza conselheira do Tribunal de Contas, Helena Abreu Lopes que falou acerca do contributo do Tribunal de Contas na área da qualidade, em especial nos domínios da transparência e ética, cultura e organização. Recorde-se o “Encontro Qualidade_UA” é um evento interno da UA que se realizou, pela primeira vez, no dia 7 de outubro de 2021. O objetivo da iniciativa é continuar a contribuir para a promoção da cultura da qualidade da instituição, necessária à constante garantia e melhoria da qualidade dos processos desenvolvidos na UA, principalmente no âmbito das suas funções nucleares: ensino, investigação e cooperação.
Últimas
Embarcação de pesca afunda no cais da Docapesca em Aveiro sem causar vítimas
Segundo um comunicado da AMN, o alerta para uma embarcação de pesca que se encontrava a afundar, devido a uma entrada de água no seu interior, foi recebido cerca das 03:00 através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa). Foram de imediato ativados para o local elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Aveiro e da Patronia da Capitania do Porto de Aveiro, tendo ainda sido empenhados elementos dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo e do Porto de Aveiro. “À chegada ao local, constatou-se que os sete tripulantes se encontravam bem fisicamente, sem necessidade de assistência médica, e que a embarcação se encontrava parcialmente afundada", refere a mesma nota. Segundo a AMN, foi colocada uma barreira flutuante para garantir a contenção de material poluente, tendo sido notificado o proprietário da embarcação para efetuar a remoção da embarcação do local. O Comando-local da Polícia Marítima de Aveiro tomou conta da ocorrência.
Última hora: Ribau Esteves demite-se da concelhia do PSD-Aveiro
“Mais informo que pelos mesmos motivos invocados pelo Companheiro Simão Santana, e por todos os muitos motivos que bem conhecem o SG Hugo Soares, o Coordenador Autárquico Pedro Alves, o Presidente da Distrital do PSD Aveiro Emídio Sousa e o Presidente do PSD Luís Montenegro, apresentei hoje a minha demissão de Presidente da Mesa do Plenário de Militantes do PSD de Aveiro, com efeitos imediatos”, afirma o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Recorde-se que o atual edil aveirense não foi envolvido na escolha do seu sucessor por Luís Montenegro, líder do PSD. [Em atualização]
Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou. O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.
CDU critica opções de política de habitação do PSD/CDS
Em comunicado de imprensa, a Comissão Coordenadora de Aveiro da Coligação Democrática Unitária (CDU) denuncia “o falhanço da política de habitação do executivo municipal PSD-CDS”. A comunicação chega na sequência da última sessão da Assembleia Municipal e da proposta de alienação de património municipal no valor de 15,1 milhões de euros, vista pelos comunistas como uma contribuição “para a escalada especulativa sobre a Habitação no Concelho”. António Salavessa, deputado municipal pelo PCP, tinha já alertado na última assembleia municipal para a existência de uma única operação a preços controlados [na freguesia de São Bernardo] “no meio de um conjunto de operações que vão contribuir para o aumento da bolha imobiliária em Aveiro”, sublinhou. A Coligação Democrática acusa ainda, no comunicado, a Câmara de Aveiro de abdicar “de candidaturas próprias a apoios públicos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” usando como justificação “possuir outra «estratégia», de suposta aposta na habitação, através do investimento privado a «custos controlados», renegando, (…) ao contrário da esmagadora maioria dos municípios, a elaboração da Estratégia Local de Habitação”. “A política de habitação da maioria PSD-CDS não serve os interesses do povo de Aveiro”, alerta a CDU. A coligação aponta, junto da falta de política para “nova habitação pública”, a falta de condicionalismo à proliferação de Alojamento Local e ainda o apoio da Lei dos Solos como algo “que serve apenas os interesses especulativos”. A CDU refere ainda que “ao arrepio de toda a evidência e estatística oficial existente” o executivo municipal “insistiu em depositar a solução para o aquecimento do mercado em mais construção privada, alicerçando-a frequentemente em projetos de reabilitação urbana que pouco respondem às necessidades das populações, antes aos interesses privados”. Consideram ainda as opções do PSD/CDS como “incompreensíveis” e prejudiciais à possibilidade de “desenvolvimento de habitação pública no Município”. “É do conhecimento público (…) que o Município atravessa uma grave crise habitacional, com preços, quer para compra quer para arrendamento, completamente desfasados dos rendimentos da maioria da população, o que resulta na impossibilidade para muitos aveirenses, famílias e jovens, de aquisição ou arrendamento de casa em Aveiro”, lê-se na nota.“A CDU, apelando ao envolvimento de todos os aveirenses na defesa do Direito à habitação, denuncia e condena as responsabilidades do atual e os últimos governos do País, e acusa a maioria PSD-CDS na Câmara Municipal de Aveiro de prosseguir uma política que não resolve os problemas existentes na Habitação e que de facto os agrava”, concluem.