'Break the Box’: primeira edição das Jornadas Empreendedoras arranca dia 21
‘Start-ups & ecossistema de Incubação’ é a temática do primeiro dia da iniciativa ‘Break the Box - Jornadas Empreendedoras’. O evento vai decorrer no Auditório Joaquim José da Cunha, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA).
Redação
A primeira edição da iniciativa ‘Break the Box’ decorrerá nos dias 21 e 28 de março e 4 de abril. Por enquanto, ainda só é conhecida a programação da próxima sexta-feira, dia 21. O arranque está marcado para as 14h, no Auditório Joaquim José da Cunha do ISCA-UA.
A sessão vai contar com intervenções de Francisco Picado, diretor do ISCA; Hugo Coelho, diretor do Iberia Business; Pedro Bandeira, cofundador YAngel; João Pedro Rodrigues, cofundador & CTO at The Loop Co. & LoopOS e Vera Silva, CEO na Lexicode. A sessão, que se vai debruçar sobre a temática ‘Start-ups & ecossistema de Incubação’, contará ainda com um debate a realizar-se pelas 15h30.
A iniciativa é de participação gratuita, mas carece de inscrição prévia. No dia 28 de março a iniciativa irá versar sobre a temática ‘Think green’ e no dia 4 de abril o objetivo é dar a conhecer histórias reais de empreendedorismo.
A iniciativa ‘Break the Box’ nasceu de um desafio proposto pela professora Irina Amaral aos alunosda unidade curricular de Empreendedorismo Internacional e Desenvolvimento de Negócios, do Mestrado Competitividade e Desenvolvimento de Negócio do ISCA-UA. “Quebra. Cria. Empreende.” é o mote do manifesto da iniciativa académica que tem como objetivo a promoção da partilha de conhecimento, experiências e estratégias na área do empreendedorismo.
“Somos estudantes, inquietos por natureza. Vivemos a perguntar, a questionar, a testar os limites. E descobrimos que não há limites. Não há barreiras, nem paredes. Apenas um espaço em branco no ato de empreender, à espera de ser preenchido”, lê-se no manifesto do Break the Box.
Recomendações
UA assinala novo ano letivo com alertas à valorização da ciência e inclusão no Ensino Superior
No seu discurso, Paulo Jorge Ferreira começou por referir a diminuição do número de candidatos no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, que em 2025, comparativamente a 2019 e anos anteriores, “decresceu dramaticamente”. “Isso deve preocupar-nos. Portugal precisa de pessoas qualificadas, capazes de transformar conhecimento em progresso, ciência em inovação, e ideias em futuro”, atentou. “Num país em declínio demográfico e em plena aceleração tecnológica, não podemos perder talento. É fundamental assegurar uma maior fluidez entre o ensino secundário e o ensino superior, para que nenhum jovem com capacidade e vontade de aprender fique pelo caminho”, continuou o reitor. Embora reconhecendo que esta realidade é transversal à UA, o reitor sublinhou que, na instituição, as notas “continuam a melhorar de forma expressiva”. “Comparando com 2019, o número de estudantes colocados na primeira fase, em primeira opção, com nota superior a 18 valores, triplicou”, afirmou, excluindo os cursos de Medicina e Engenharia Aeroespacial, que em 2019 ainda não existiam. “Se os incluirmos, o crescimento mais que quadruplicou. É um sinal de confiança dos melhores estudantes na qualidade do ensino e da investigação que aqui fazemos”, referiu. Na cerimónia, que distinguiu também os melhores estudantes que ingressaram este ano na UA, bem como aqueles que entraram em anos anteriores e mantiveram ou superaram a sua média, Paulo Jorge Ferreira assegurou que foi graças a este trabalho que, esta quarta-feira, foi possível entregar “178 bolsas e prémios”. Foi ainda atribuído o Prémio Literário Aldónio Gomes, que tem como objetivo estimular a criação literária e apoiar novos autores, a Renata Zanete, na categoria de narrativa juvenil, com o texto “Férias de verão e águas de bacalhau”. Paulo Jorge Ferreira dirigiu-se ainda aos estudantes internacionais. Segundo o reitor, este ano, a UA acolheu “4478 estudantes de 109 países, em todas as modalidades de ensino, de grau ou em mobilidade”. “Somos uma comunidade multicultural, onde se cruzaram, ao longo dos últimos anos, mais de 150 nacionalidades”, afirmou. “Num tempo em que milhões de pessoas são forçadas a deixar as suas casas por causa da guerra, da pobreza ou das alterações climáticas, a Universidade deve continuar a ser um porto de abrigo para o diálogo, a compreensão e a esperança. (…) Cada um dos nossos estudantes é uma semente de conhecimento e paz. Possam essas sementes germinar, mesmo se tudo à nossa volta parecer desfazer-se. O mundo bem precisa”, continuou Paulo Jorge Ferreira. Refletindo também sobre a realidade nacional, Paulo Jorge Ferreira sublinhou que, atualmente, “há áreas do saber cuja situação merece reflexão”, apontando como exemplos “a Física, a Geologia e a Química”, onde o “número de candidatos se reduziu de forma drástica”. “Apenas seis em cada 1000 jovens candidatos escolheram Química. Só 36, em todo o país, a colocaram como primeira opção. Apenas um a inscreveu como única escolha. Em Geologia, a situação é semelhante; em física, pouco melhor”, frisou. No seguimento, alertou que o “problema do desinteresse pelas ciências começa a montante da universidade e 12 anos de escolaridade antes da entrada na universidade”. “Precisamos de cultivar, desde cedo, o gosto pelo saber e pela descoberta. (…) A ciência não precisa de espectadores, precisa de protagonistas”, atentou Paulo Jorge Ferreira. Na reta final do seu discurso interrogou: “Quem sabe se não será aqui, na Universidade de Aveiro, que um dos nossos novos estudantes venha um dia a descobrir uma nova terapia, ou um material revolucionário capaz de mudar o mundo? Que maior aventura poderiam desejar?”. “Estamos preparados para acolher mais estudantes”, garantiu ainda o reitor da UA. No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) avançou que a Universidade de Aveiro está, neste momento, a investir “26 milhões de euros” em novas residências que juntas constituirão “cerca de 425 novas camas e a reabilitar 556 camas existentes”. “Estamos atentos às necessidades dos nossos estudantes. Lamento que ainda não seja, este ano, que estejam disponíveis, mas conseguiremos torná-las disponíveis a tempo do próximo ano, em junho”, avançou. Agradeceu ainda, de forma particular, à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, parceira no projeto desenvolvido naquele município, e, no caso de Aveiro, aos Armazéns da Quimigal e ao campus do Crasto, “que correm inteiramente por nossa conta”. Joana Regadas aproveitou a ocasião para relembrar o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado esta terça-feira, 14 de outubro, no qual se conclui, entre outros aspetos, que os alunos carenciados continuam a enfrentar mais obstáculos para prosseguir os estudos após o ensino secundário. “O Ensino Superior não está a cumprir o seu principal propósito, não é para todos”, alertou a presidente da AAUAv. “Quando entram, é mais provável que escolham instituições não tão reconhecidas, e menos provável que sejam colocados em programas de excelência e que consigam bolsas de mérito. É mais provável que se vejam obrigados a cingirem-se às oportunidades dentro da sua região”, continuou. A presidente da AAUAv centrou ainda o seu discurso na “definição de resiliência”. “Outra palavra que se encontra no campo lexical do sucesso no Ensino Superior. Uma característica que todo o estudante universitário tem de ter na bagagem, é já quase como um pré-requisito na admissão ao curso, mas que nem por isso são garantidas as ferramentas para que todos possam adquiri-la”, justificou Joana Regadas. Numa crítica direta à realidade atual, a presidente da AAUAv acrescentou que “é um caminho solitário, apoiado na grande maioria das vezes por colegas, em chamadas com os serviços que teimam em não ser atendidas, em apoios que não têm datas, nem montantes previstos para serem recebidos, em listas de espera de cinco meses para consultas, que prometem auxiliar nesta caminhada”. Tal como Paulo Jorge Ferreira, lembrou também os estudantes internacionais que chegam “à universidade meio ano depois do início do ano letivo, sendo expectável o mesmo aproveitamento escolar do que um colega que entrou no dia um”. “Podemos adicionar não conseguir compreender a língua em que os conteúdos são lecionados, esperar meses para conseguir um agendamento na Agência para a Integração, Migrações e Asilo [AIMA], um simples número de segurança social para poder seguir com todos os processos burocráticos, com o simples e necessário passo de encontrar casa. Podemos ainda adicionar a probabilidade de ficarem retidos nos aeroportos, porque o visa de estudante que lhes disseram ser suficiente não foi”, relembrou Joana Regadas. “A resiliência consiste na capacidade de se saber adaptar face aos desafios e recursos disponíveis”, rematou. Acrescentou ainda ao seu discurso as palavras de “adaptabilidade e recursos”. “Recursos financeiros que teimam em impor limitações nas condições de cada estudante, ou porque não conseguem encontrar uma casa a um preço suportável, ou porque não conseguem adquirir o material necessário para frequentarem o seu curso”, atirou. “Porque ficaram no limiar de obter uma bolsa de estudo e deixaram de ter oportunidade de permanecer no ensino superior, porque os fundos europeus que financiavam diferentes projetos de ensino terminaram e ficaram sem saber o passo seguinte”, continuou. Sobres os recursos criticou ainda a falta de transportes públicos “nos horários e nas zonas necessárias” e a falta de condições nos “edifícios onde têm aulas”. “Porque querem praticar desporto, mas deparam-se com uma pista de atletismo sem condições. Porque querem almoçar na cantina, mas encontram-na sistematicamente fechada, vendo-se obrigados a optarem por uma refeição incompleta ou a deslocar-se até à cantina mais próxima e a atrasarem-se para a aula seguinte”, lembrou, recordando também os “trabalhadores-estudantes”. “Passam por muitas horas de preocupações sobre o mês seguinte e até quando serão capazes de permanecer matriculados. Passam por enfrentar as recentes notícias de descongelamento das propinas, passam pelo receio de que o Ensino Superior permaneça apenas para algumas classes sociais”, prosseguiu Joana Regadas. Por fim, terminou com a palavra “liberdade”. “Liberdade para ser valorizado, porque não podemos pedir apenas que as Instituições de Ensino Superior falem para fora da sua comunidade, temos de pedir que saibam também dar espaço e valor à sua comunidade, aos seus estudantes para falar”, apelou. Na sua intervenção, Fernando Alexandre começou por reconhecer que os “estudantes têm que estar cada vez mais no centro” em todos os ciclos de ensino. Citando também o estudo da OCDE, que foi apresentado na passada terça-feira, o ministro da Educação, Ciência e Inovação concentrou-se essencialmente a falar sobre o “sistema complexo” da ação social. De acordo com Fernando Alexandre, atualmente, a nível nacional, há “cerca de 84 mil estudantes a receber apoio [na ação social]- bolsa e complemento para alojamento”. Reconheceu ainda ser necessário existir “equidade no Ensino Superior”, recordando que o regulamento de ação social está agora a ser revisto e que “em breve” entrará em discussão pública. Sem esquecer o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) anunciou ainda que o mesmo entrará em discussão na Assembleia da República (AR), na próxima semana, no dia “23 de outubro”.
UA e INESC-MN desenvolvem método “inovador” para deteção de biomarcador para cancro da mama
Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, a equipa de investigação do Instituto de Materiais de Aveiro e do Departamento de Química (CICECO) criou “um processo inovador para o pré-tratamento do soro humano, que leva a melhorias na deteção do biomarcador recetor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2)”. A equipa de investigação é composta por: Mara Guadalupe Freire Martins, Maria Silvina Marques Mendes e Ana Francisca Silva, da UA, em colaboração com João Pedro Conde, Inês Agostinho e Virginia Chu, do INESC-MN. A abordagem é “crucial” para a monitorização do cancro da mama, “uma vez que a análise do HER2 no soro humano é de extrema importância na gestão da doença”. Os dispositivos empregues potenciam um “diagnóstico mais ágil e um acompanhamento mais eficaz da doença”. De acordo com as investigadoras, a invenção aborda “vários desafios críticos na deteção e monitorização do cancro da mama”. “Em primeiro lugar, procura superar as limitações dos métodos convencionais de análise, que são frequentemente afetados pela presença de proteínas abundantes no soro humano. Estas proteínas interferem significativamente na deteção precisa e exata de biomarcadores em baixas concentrações, como o HER2”, explicam. O desenvolvimento desta inovação surgiu no âmbito do projeto PTDC/EMD TLM/3253/2020: “Integração do pré-tratamento de fluidos humanos e deteção de biomarcadores tumorais utilizando sistemas aquosos bifásicos formados por líquidos iónicos em dispositivos microfluídicos”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O projeto começou em 1 de março de 2021 e terminou em 28 de fevereiro de 2025. Dado o potencial inovador da tecnologia, a UA, através da sua unidade de transferência de tecnologia, UACOOPERA, submeteu “um pedido provisório de patente, seguido de um pedido europeu”. “Atualmente, decorrem os primeiros 12 meses sobre o depósito, pelo que ainda se pode avançar com a proteção noutros territórios em que haja interesse”, avança ainda a nota.
Cerimónia de Abertura do Ano Letivo da UA recebe ministro Fernando Alexandre na próxima quarta-feira
Para além de assinalar o arranque do novo ano letivo, a cerimónia também serve para distinguir os melhores estudantes que ingressaram nos cursos do primeiro ciclo de estudos da Universidade de Aveiro, bem como daqueles que, já frequentando a UA, “mantêm um excelente desempenho académico”. No total, vão ser entregues 114 bolsas a novos estudantes e 52 bolsas de manutenção. Para além destas bolsas, somam-se ainda aquelas que são entregues por empresas e entidades parceiras da instituição: no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia Física, vão ser entregues quatro bolsas patrocinadas pelas empresas Aspöck Portugal, Porcelanas da Costa Verde, S.A., Prirev, e MTBrandão; no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia de Materiais, serão atribuídas nove bolsas patrocinadas pelas empresas Saint-Gobain Portugal, SA, Durit-Metalurgia Portuguesa do Tungsténio, Lda, Polivouga - Indústria de Plásticos, SA, J. Prior, Fábrica de Plásticos, Lda, Grestel - Produtos Cerâmicos, SA, Palbit, SA, Isolago Europe Lda; Componit e Prifer e Technical Molds S.A. Durante a cerimónia vai ser ainda atribuído o Prémio Ambiente & Desenvolvimento, patrocinado pela Fundação Eng. António Pascoal e pelo Instituto do Ambiente e Desenvolvimento. Da mesma forma, ainda vai ser entregue o Prémio Literário Aldónio Gomes a Renata Flaiban Zanete, que venceu o XIV Prémio Literário Aldónio Gomes de 2025 na categoria de narrativa juvenil com o texto "Férias de verão e águas de bacalhau".
MP acusa professor da Universidade de Aveiro por comentários homofóbicos
O professor universitário de 63 anos, residente no Porto, está acusado de um crime de discriminação e de incitamento ao ódio e violência, segundo o despacho de acusação datado de 23 de setembro, a que a Lusa teve hoje acesso. O caso resultou de uma queixa apresentada junto do Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro pela Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), que se constituiu como assistente no processo. O MP refere que o docente publicou na sua página, na rede social Facebook, diversos comentários cujos conteúdos "revestem uma conotação de teor depreciativo e discriminatório relativamente a pessoas pertencentes à comunidade LGBT, por causa do seu sexo ou orientação sexual, identidade e expressão de género". Em causa está uma publicação que o professor fez em junho de 2022 a criticar a comunidade LGBTQ+, a propósito de uma campanha publicitária que dava a conhecer vários termos relacionados com esta comunidade, como “gay”, “lésbica”, “queer” ou “não-binária”. “Acho que estamos a precisar urgentemente duma ‘inquisição’ que limpe este lixo humano (?) todo!”, escreveu na altura o docente, adiantando que o ato publicitário era uma agressão e que “merecia umas valentes pedradas nas vitrinas”. Os investigadores referem ainda que o arguido proferiu diversos comentários discriminatórios no telejornal de um canal de televisão, em que admitiu ser homofóbico, fazendo a apologia à violência. O MP diz que o arguido sabia que as expressões usadas eram de caráter injurioso, discriminatório e incentivavam ao ódio e violência contra pessoas ou grupo de pessoas por causa do seu sexo ou orientação sexual, identidade e expressão de género. A acusação realça ainda a elevada gravidade da conduta do arguido, afirmando que esta era suscetível de se projetar e se revelar, de forma negativa, não só na sua idoneidade cívica, mas também enquanto docente no Departamento de Física da UA. O advogado Pedro Teixeira, que representa a AAUAv no processo, refere que a conduta do arguido é especialmente censurável não apenas pela sua função social, atendendo à sua profissão, como pelo meio usado de especial propagação e divulgação. “Lamento também que não veja nos presentes autos um qualquer sinal de arrependimento, ou seja, o desvalor é total”, disse à Lusa o causídico, defendendo que estas atitudes e comportamentos “têm de ser exemplarmente punidos”, para que não se tornem uma prática recorrente na sociedade. Entre as testemunhas arroladas pelo MP está o então presidente da AAUAv Wilson Carmo e antigos alunos do docente. Fonte da UA disse à Lusa que o docente foi suspenso temporariamente, enquanto decorreu o processo disciplinar instaurado pela instituição, mas já recomeçou a dar aulas. “Em resultado da instauração do processo disciplinar em apreço, foi proferida decisão condenatória, cuja bondade e acerto se encontra presentemente a ser discutida em sede judicial, por via de ação própria instaurada pelo Sr. Professor”, referiu a UA. O arguido tem agora um prazo de 20 dias, contados a partir da notificação da acusação, para requerer a abertura de instrução e evitar que o processo chegue a julgamento.
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Museu Marítimo de Ílhavo lança nova loja online
O grande destaque dado pelo Museu Marítimo de Ílhavo vai para as publicações dedicadas ao mar e à cultura marítima – uma aposta que, dizem os responsáveis, tem “títulos dirigidos a públicos de todas as idades, incluindo livros infantojuvenis”. Na loja é também apresentada uma linha de produtos de merchandising ligados à história e memória da pesca do bacalhau, “símbolo identitário do território e da comunidade ilhavense”. A nova loja é uma forma do Museu reforçar a sua presença digital e “democratizar o acesso aso produtos […] promovendo e divulgando a cultura marítima nacional à escala global”. O espaço online pode ser consultado em lojamuseumaritimo.cm-ilhavo.pt.
UA: Surma, Martín Sued ou Daniel Bernardes atuam nos Festivais de Outono
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, os Festivais de Outono procuram afirmar-se como um “espaço de reflexão e experimentação artística”, bem como de “diálogo”. Citado na nota, Pedro Rodrigues, professor da UA e diretor artístico dos Festivais, especificou os temas no texto de apresentação desta edição: “O papel da música no seio das novas gerações, bem como as tipologias de intervenção da tecnologia em contextos artísticos enquanto possibilitadora de novas formas de expansão criativa e participação, inclusiva e enriquecedora de toda a comunidade”. Para esta edição, refere o diretor artístico, “construímos uma rede de colaboração com instituições de ensino artístico da região (Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro, Banda Amizade, Conservatório de Música e Artes do Dão, e a própria Universidade de Aveiro) para, assim, oferecer um espaço único de divulgação e valorização de jovens intérpretes”. Em evidência no programa vão estar os "Concertos para Famílias" que, nas edições anteriores, “tanto sucesso fizeram junto do público mais jovem”, salienta Pedro Rodrigues. Do programa, Pedro Rodrigues salienta a “pluralidade estética” que tanto inclui Surma, como Martín Sued e a Orquestra Assintomática (nomeados para os Latin Grammys de 2025) ou Daniel Bernardes (Prémio SPA Autores 2025). Mas também inclui, como primeiro momento musical, a Orquestra Filarmonia das Beiras e a solista Laura Peres (1º Prémio - Prémio Jovens Músicos 2024), sob a direção do Maestro Jan Wierzba, ou o concerto de encerramento que alia Henrique Portovedo à Orquestra Filarmonia das Beiras e à Orquestra Sinfónica do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade sob a direção do Maestro Luís Carvalho. O programa na íntegra pode ser consultado aqui.
Emagrecimento, cancro e saúde mental dominam desinformação em saúde
“Há temas muito comuns sobre os quais há muita desinformação, um deles é a área da nutrição e do emagrecimento, porque no mundo ocidental há um grande problema com a obesidade e excesso de peso”, começa por explicar a diretora do projeto de desinformação em saúde Viral Check. Na área do cancro, a jornalista explica que “há imensa desinformação sobre isso, desde mezinhas e questões mais espirituais relacionadas com a cura da doença”. “No tratamento do cancro a desinformação pode afastar as pessoas do tratamento correto e diminuir a probabilidade de sobrevivência”, alerta Sara Beatriz Monteiro. A jornalista refere também que a saúde mental tornou-se recentemente uma área alvo de desinformação, com a proliferação de narrativas que envolvem “ervas para a depressão, suplementos para a depressão ou gomas que acabam com a ansiedade”. Assim, “a nutrição, o emagrecimento, o cancro e a saúde mental são muito atacadas” pela desinformação, afirma a jornalista. Em agosto, o Polígrafo e o Viral Check anunciaram o lançamento do projeto "Vital - O Portal do Cancro", dedicado a informar sobre boas práticas clínicas e combater mitos nocivos sobre o cancro e "promover informação rigorosa, verificar factos e desmistificar mitos sobre a oncologia". Desta forma, a jornalista explica que a desinformação em saúde “pode ter um impacto direto nas decisões que as pessoas tomam", o que levanta vários riscos, como a ineficácia de tratamentos. “Muita desinformação em saúde tem a ver com produtos naturais que muitas pessoas acham que se não fizer bem, mal também não vão fazer”, explica a diretora do Viral. “Há alimentos e produtos naturais que podem interagir com a medicação, potenciando os seus efeitos secundários ou anulando a sua eficácia. Uma das plantas que é muito promovida como sendo supostamente eficaz no tratamento da depressão é a erva de São João, que tem interações com vários medicamentos, portanto também há esse risco”, explica. Além destes, o risco do abandono do tratamento convencional pode não só levar a um diagnóstico mais tardio, como influenciar as opções de tratamento. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para que a desinformação sobre esta área está a crescer à medida que mais pessoas obtêm informações de saúde em media digitais, como mecanismos de pesquisa ou redes sociais. "Embora o aumento do acesso à informação sobre questões de saúde possa ser visto como geralmente positivo, a disseminação de informações médicas imprecisas é problemático. Pode levar a um estilo de vida prejudicial ou a escolhas alimentares inadequadas, a automedicação, ao abandono do tratamento médico e a diagnósticos incorretos", lê-se no estudo. Nesta perspetiva, e em comparação com a desinformação política, Sara Beatriz Monteiro remata que a desinformação na área da saúde tem riscos mais diretos e imediatos. Sara Beatriz Monteiro é diretora do Viral Check, um jornal de 'fact-checking' totalmente vocacionado para a clarificação da desinformação em saúde, nomeadamente a que é partilhada através das redes sociais, pretendendo ser um agente ativo na promoção da literacia em saúde.
Barco com bandeira espanhola e cinco tripulantes rebocado após avaria em Aveiro
Em comunicado, a AMN refere que o alerta foi dado às 12:37 para uma embarcação que ficou sem propulsão devido a avaria no motor. Após a receção do alerta pelo Serviço de Tráfego Marítimo do porto de Aveiro foram de imediato ativados tripulantes da Estação Salva-vidas de Aveiro, bem como elementos do Comando Local da Polícia Marítima de Aveiro. Os tripulantes da Estação Salva-vidas constataram que “as cinco pessoas se encontravam bem fisicamente, sem necessidade de assistência médica, tendo procedido ao reboque da mesma para o cais do Porto de Pesca Costeira de Ílhavo, por constituir perigo para a navegação e para as pessoas”, lê-se ainda. O proprietário foi notificado de que só “poderá navegar novamente após a embarcação ser alvo de vistoria, a fim de assegurar as normais condições de navegabilidade”, acrescenta. O Comando Local da Polícia Marítima de Aveiro tomou conta da ocorrência.