RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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'Break the Box’: primeira edição das Jornadas Empreendedoras arranca dia 21

‘Start-ups & ecossistema de Incubação’ é a temática do primeiro dia da iniciativa ‘Break the Box - Jornadas Empreendedoras’. O evento vai decorrer no Auditório Joaquim José da Cunha, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA).

'Break the Box’: primeira edição das Jornadas Empreendedoras arranca dia 21
Redação

Redação

10 mar 2025, 16:32

A primeira edição da iniciativa ‘Break the Box’ decorrerá nos dias 21 e 28 de março e 4 de abril. Por enquanto, ainda só é conhecida a programação da próxima sexta-feira, dia 21. O arranque está marcado para as 14h, no Auditório Joaquim José da Cunha do ISCA-UA.

A sessão vai contar com intervenções de Francisco Picado, diretor do ISCA; Hugo Coelho, diretor do Iberia Business; Pedro Bandeira, cofundador YAngel; João Pedro Rodrigues, cofundador & CTO at The Loop Co. & LoopOS e Vera Silva, CEO na Lexicode. A sessão, que se vai debruçar sobre a temática ‘Start-ups & ecossistema de Incubação’, contará ainda com um debate a realizar-se pelas 15h30.

A iniciativa é de participação gratuita, mas carece de inscrição prévia. No dia 28 de março a iniciativa irá versar sobre a temática ‘Think green’ e no dia 4 de abril o objetivo é dar a conhecer histórias reais de empreendedorismo.

A iniciativa ‘Break the Box’ nasceu de um desafio proposto pela professora Irina Amaral aos alunosda unidade curricular de Empreendedorismo Internacional e Desenvolvimento de Negócios, do Mestrado Competitividade e Desenvolvimento de Negócio do ISCA-UA. “Quebra. Cria. Empreende.” é o mote do manifesto da iniciativa académica que tem como objetivo a promoção da partilha de conhecimento, experiências e estratégias na área do empreendedorismo.

“Somos estudantes, inquietos por natureza. Vivemos a perguntar, a questionar, a testar os limites. E descobrimos que não há limites. Não há barreiras, nem paredes. Apenas um espaço em branco no ato de empreender, à espera de ser preenchido”, lê-se no manifesto do Break the Box.

Recomendações

GrETUA reabre com o espetáculo “I’m Still Excited” de Mário Coelho na próxima terça-feira
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GrETUA reabre com o espetáculo “I’m Still Excited” de Mário Coelho na próxima terça-feira

O espetáculo assinala a reabertura do GrETUA, após a pausa do verão, e integra o mês de integração da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, “I’m Still Excited” explora o fim de uma relação entre duas pessoas, inseridas num cenário de festa, que funciona também como um ensaio de teatro. A peça conta com as interpretações de Mário Coelho, Anabela Ribeiro, Rita Rocha Silva e Pedro Baptista. Os bilhetes para o espetáculo estão disponíveis aqui e têm o custo de seis euros para estudante e de oito euros para não estudante.  Paralelamente, o GrETUA inaugura este trimestre a nova rubrica itinerante de leitura coletiva de textos de teatro: “Boca a Boca”. A iniciativa leva textos teatrais a diferentes espaços da cidade. A atividade conta com o apoio da Câmara de Aveiro. A primeira sessão realiza-se já esta segunda-feira, 15 de setembro, pelas 21h00, na Biblioteca da Universidade de Aveiro, e terá como convidado Mário Coelho, que apresentará o texto de sua autoria “Quando eu morrer vou fazer filmes no inferno”. A entrada é gratuita.

Curso de Medicina da UA só poderá aumentar vagas após acreditação definitiva
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Curso de Medicina da UA só poderá aumentar vagas após acreditação definitiva

A confirmação foi dada na passada segunda-feira, dia 8, durante a sessão de boas-vindas aos novos estudantes. Na cerimónia, estiveram presentes o vice-reitor da UA, Firmino Machado, diretor do curso, mas também os presidentes do Conselho de Administração das Unidades Locais de Saúde (ULS) Região de Aveiro, Gaia/Espinho, Entre Douro e Vouga e Matosinhos, bem como a diretora clínica da área hospitalar da ULS Baixo Mondego e o diretor do Departamento de Ciências Médicas (DCM) da UA. Aos novos estudantes, os oradores deram conta de um curso onde todos os agentes funcionam como “colegas de equipa”. Segundo Francisco Amado, diretor do DCM, a proximidade é clara quando olhamos para o quadro de docentes, uma vez que são mais de 90 os professores que também são médicos nas ULS. Do lado dos estudantes, que tiveram a oportunidade de se apresentar, só aqueles que habitam na região de Aveiro é que colocaram a UA como primeira opção. É o caso de Tiago Silva, de Vale de Cambra, que, em conversa com a Ria, diz que não foi só a proximidade que pesou no momento de decidir que instituição escolher. Indeciso entre Aveiro e Porto, afirma que foi a componente prática e de investigação que o motivou a optar pela UA. Já Bruna Diogo, de Viseu, faz parte do lote de alunos que não ficou colocada na primeira opção. A estudante, que já tinha estudado na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), deu preferência ao curso portuense. Ainda assim, não esconde a satisfação por ter sido colocada em Aveiro, considerando a oportunidade igualmente positiva. Para além de ter interesse na vertente mais prática do curso, Bruna destaca que na UA há um tutor para cada aluno, ao contrário do que acontece noutras instituições em que cada docente fica responsável por vários estudantes. Depois da sessão, Firmino Machado explicou que a avaliação do curso deve terminar durante este ano letivo. Primeiro, em setembro, deve existir um momento de avaliação intercalar, que se prende especialmente com o sistema de gestão de qualidade do curso. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, o Mestrado Integrado em Medicina na UA só avançou em junho de 2024, depois de mais de dez anos e pelo menos três tentativas da universidade para viabilizar o curso.  A avaliação final deverá decorrer em março do próximo ano civil, altura em que será entregue toda a documentação solicitada pela agência de acreditação. Nesse processo, a universidade terá de demonstrar a implementação das recomendações já feitas, como a criação de um transporte dedicado entre a UA e os locais de residência clínica ou o lançamento de um programa doutoral em Medicina. A acreditação só será garantida após um momento de avaliação presencial com um painel que, acredita o vice-reitor, deve integrar responsáveis internacionais. A decisão será tomada com base na documentação apresentada e nas respostas fornecidas pelo curso, permitindo finalmente que o programa deixe de “caminhar com rodinhas”. Tendo por base aquilo que foram os resultados da “Avaliação 360” – recolhidos junto de estudantes, docentes e staff- Firmino Machado considera que a acreditação está bem encaminhada e que foram cumpridas todas as exigências da agência de acreditação. Conforme explica à Ria, foi adotada e treinada uma força docente suficiente e altamente qualificada, assegurado o envolvimento dos estudantes em metodologias ativas de ensino-aprendizagem e criado um painel internacional que acompanha o curso e emite recomendações contínuas. Quem também se mostra otimista é Artur Silva. Nas palavras do vice-reitor, “o grupo de docentes está motivado, os estudantes estão contentes e o advisory board está feliz”. Segundo explica, o relatório a ser apresentado à agência de acreditação vai refletir estes aspetos e, por isso, deve ter uma resposta positiva. Apesar disso, a impossibilidade de aumentar já o número de vagas acabou por “desiludir” o responsável. Por decisão da agência de acreditação, o curso só poderá passar das atuais 40 para 50 vagas após receber a acreditação final. Relembre-se que, após o lançamento do curso com 40 lugares, a reitoria tinha previsto aumentar dez vagas por ano até atingir 100 colocados. Artur Silva conta que “fez as suas reclamações no sítio certo” e lamenta que a UA não tenha conseguido corresponder ao compromisso assumido. O vice-reitor frisa que o aumento do número de vagas seria importante não só para Aveiro, mas para reforçar o Serviço Nacional de Saúde como um todo. Num momento em que, devido à campanha autárquica, a expansão do Hospital de Aveiro tem estado na ordem do dia, também os responsáveis do curso de medicina aguardam um desfecho com expectativa. Firmino Machado explica que é impossível ter um curso de medicina que se desenvolva apenas em contexto universitário e, pela natureza das competências clínicas, é necessário um contexto de saúde. O Centro Académico Clínico é também uma necessidade para a vertente de investigação. Indo além do curso de medicina, Firmino Machado adianta que vai ser possível desenvolver outras dimensões da Escola Médica que também acabam por beneficiar o curso, que, segundo diz, vive num “ecossistema de interface”. Apesar de já ter começado a ser utilizado no final do ano letivo passado, o Teatro Anatómico terá a sua cerimónia de apresentação no decorrer da próxima semana. O diretor do curso de medicina nota que a infraestrutura, desenhada de propósito para a medicina, também acaba por beneficiar outros cursos, como é o caso da engenharia biomédica ou das ciências biomédicas. Firmino Machado destaca ainda a existência do ‘Programa de Doação Cadavérica’. Conforme já foi reportado pela Ria, o programa permite que pessoas da sociedade civil, ainda em vida, solicitem mais tarde a doação do seu cadáver ao ensino. De acordo com o professor, é uma forma de aproximar o curso e a Universidade à comunidade.

Movimento Estudantil Nacional condena “desumana” ofensiva em Gaza e pede sanções para Israel
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Movimento Estudantil Nacional condena “desumana” ofensiva em Gaza e pede sanções para Israel

Na declaração, os estudantes começam por assumir as Instituições de Ensino Superior como “lugares de diálogo, de convivência e de intercâmbio cultural” e, por isso, espaços onde se promove a compreensão mútua, o respeito pela diferença e a cooperação entre os povos. É nesse sentido que o movimento estudantil nacional assume uma “profunda preocupação com a escalada de violência em Gaza e noutras regiões”. Embora reconheça o direito dos Estados à sua defesa e soberania, é defendido que “a dimensão e natureza da ofensiva em Gaza ultrapassam há muito qualquer justificação possível”. Nas palavras dos estudantes, “não se responde a horror com mais horror”. Na declaração assinala-se que, desde outubro de 2023, já foram assassinadas ou ficaram gravemente feridas mais de 50 mil crianças na Faixa de Gaza e que a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino foi destruída. “O que se vive é a negação absoluta de dignidade humana e do direito à vida. É vil, é terrível, é desumano – e não temos, sob pretexto algum, o direito de permanecer em silêncio”. Como tal, as Federações e Associações Académicas e de Estudantes formalizaram uma série de exigências ao Governo e à União Europeia. Em primeiro lugar, apelam a que “condenem firmemente de qualquer forma de violência e abuso contra crianças e jovens em zonas de conflito, exigindo o cumprimento integral da Lei Humanitária Internacional, relativa à proteção das pessoas civis em tempos de guerra”. Depois, os estudantes pedem “sanções diplomáticas, económicas e políticas” a Israel enquanto persistirem violações do direito internacional e do direito internacional humanitário. O objetivo é garantir que a comunidade internacional não continua cúmplice por inação. Do ponto de vista da ajuda humanitária, o movimento pede a implementação de programas de apoio ao bem-estar com a garantia de alimentação e cuidados transversais de saúde. Da mesma forma, exigem programas educativos e de apoio psicológico destinados a crianças e jovens afetados, que garantam a sua reintegração segura e saudável em sociedade. Assegurando a aplicação do Decreto-Lei n.º 62/2018, de 6 de agosto, os estudantes querem que seja concedida proteção temporária a estudantes deslocados de zonas afetadas através da atribuição do estatuto de estudante em situação de emergência, por razões humanitárias.  Por último, o movimento estudantil nacional defende a criação de programas específicos de acolhimento e integração de estudantes, investigadores e docentes com reforço da cooperação académica com a Autoridade Nacional Palestiniana. Essa cooperação deve acontecer de forma a ser internacionalmente reconhecida através da atribuição de vistos, bolsas de estudo e de investigação. A ideia será “contribuir para a formação avançada e para a reconstrução e consolidação de uma futura estrutura institucional mais sólida na Palestina”. O documento aprovado em ENDA foi proposto pelas Associações Académicas da Universidade de Aveiro, de Coimbra, da Universidade da Madeira, da Universidade do Algarve, da Universidade da Beira Interior, da Universidade de Évora, da Universidade do Minho e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Juntam-se também como proponentes as Federações Académicas de Lisboa e Porto, a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico e a Federação Nacional do Ensino Superior Privado e Cooperativo. Os destinatários elencados pelo Movimento Estudantil Nacional são o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, o Conselho Nacional da Educação, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e a Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado.

GrETUA retoma programação com lotação esgotada em percursos sonoros para novos estudantes
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GrETUA retoma programação com lotação esgotada em percursos sonoros para novos estudantes

Em conversa com a Ria, João Garcia Neto, diretor artístico do grupo, explica que a ideia passa por “não só colocar um flyer no kit [do novo estudante], mas trazê-los cá [ao GrETUA]”. A ideia surgiu durante o verão, segundo o diretor do GrETUA, que afirma que o processo de construção das caminhadas coincidiu com as obras nos espaços do GrETUA: “Tínhamos que ir espairecer e então o percurso é uma coisa mais contemplativa e amplia os sons da natureza”. O exercício convida à descoberta dos espaços em redor da Universidade de Aveiro (UA) e, diz o responsável, mostrou coisas novas até aos membros do GrETUA. “Há pessoas que não são da cidade e de repente descobrem aqui lugares nesta fronteira do Campus. Para eles [novos estudantes] já é uma coisa muito espantosa, ficam «Ah, não sabia que a Universidade tinha estes lugares»”, remata o diretor. Para já, a aposta tem sido ganha, considera João Garcia Neto. Foram vários os estudantes que, depois da caminhada de ontem, quiseram deixar o contacto ou procuraram inscrever-se no Curso de Formação de Teatro. O responsável entende que a procura tem uma explicação: “Os caloiros que escolhem vir fazer a audiowalk se calhar já têm ali o bichinho”. Os percursos sonoros são abertos à comunidade no fim-de-semana de 20 e 21 de setembro. A ideia é que, mais tarde, as caminhadas se inscrevam num ciclo e acabem por se espalhar para o centro da cidade de Aveiro. Dia 15 de setembro decorre a primeira edição da nova rubrica “Boca a Boca”, onde os participantes são convidados a uma leitura coletiva de textos de teatro. Conforme explica João Garcia Neto, os presentes podem escolher encarnar uma personagem ou ficar apenas a ouvir. O dramaturgo Mário Coelho, que traz o texto da sua peça “Quando eu morrer vou fazer filmes no inferno”, é o convidado da sessão inaugural. Nos dias 16 e 17 de setembro, o GrETUA recebe o o espectáculo “I’M STILL EXCITED”, de Mário Coelho, com interpretações de Anabela Ribeiro, Mário Coelho, Rita Rocha Silva e Pedro Baptista. O grupo traz iniciativas novas também no âmbito da literatura. É o caso da rubrica “Fora do Armário”, onde, a partir da livraria que o GrETUA mantém em parceria com a Livraria Snob, se procuram desenvolver conversas. A primeira edição, que acontece a 24 de setembro, é dedicada à “figura do flaneur, e às ideias de percurso, caminhada e deambulação que foram pontuando a história da literatura e das artes”. A conversa vai contar com a presença do investigador Diogo Marques, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Os ciclos temáticos de cinema também retomam no mês de setembro com o mote “Anatomia da Errância”. À Ria, João Neto Garcia explica que o que diferencia as sessões é a relação com a música. O ciclo começa no dia 29 com a transmissão de quatro curtas-metragens ao ar livre, junto ao Complexo Pedagógico. Depois das sessões, a atividade prossegue com um DJ set de Maria Nolasco, antiga estudante da UA. As sessões que se seguem já podem ser categorizadas de cine-concertos, de acordo com o diretor. Está programada a projeção do filme “O homem da câmara de filmar”, de Dziga Vertov, que vai ser musicada pelo DJ Stereossauro. Mais tarde, depois de terminar o filme, a música continua. A última sessão relaciona-se com as migrações e com a questão do sentido de pertença. De acordo com João Garcia Neto, a musicar o filme vai estar um baterista africano invisual. Nesse sentido, a sessão vai ser “especial”, uma vez que o GrETUA planeia ter também áudio-descrição da projeção. Dia 2 de outubro volta o habitual “Regresso às Jaulas”. A iniciativa que tem sido recorrente celebra a retoma da atividade letiva com uma noite em que sobem a palco os concertos de Parte Fraca, Piurso e Rezmorah. O GrETUA promove ainda o espetáculo circense “RIMA”, na Fotossíntese (na Alameda da UA), dia 7 de outubro. As atividades de retoma da programação culminam na aula de apresentação do Curso de Formação Teatral do GrETUA, a 8 de outubro, e é aberta a todos os interessados. João Garcia Neto afirma que o coletivo está “entusiasmado” com a formação que se segue à aula. Entre os destaque estão vários novos formadores com que o GrETUA conta, como é exemplo a atriz Beatriz Maia, que dá o módulo de improvisação, ou o palhaço Rui Paixão, que dá o módulo “clown”. O diretor mencionou ainda o módulo “Laboratório de Criação”, que o próprio dará em formato de residência artística no AGITlab, em Águeda. As inscrições para todas as atividades – excluindo aquelas que são de entrada livre – podem ser feitas no site do GrETUA.

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Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro
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Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro

Dos nove candidatos, só a candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não compareceu no debate alegando motivos profissionais. Luís Souto, atual presidente da Assembleia Municipal da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que se candidata agora à presidência da Câmara, propôs a criação de "uma estrutura dedicada para enfrentar este grave problema", bem como a criação de uma bolsa de terrenos prontos a construir, com o licenciamento pré-aprovado. O irmão Alberto Souto, do PS, considerou que a construção de habitação é uma emergência, mas lembrou que essas casas "vão demorar dois a três anos a construir", afirmando que é preciso haver “mecanismos mais ágeis”. Nesse sentido, propõe várias medidas como a criação de um programa de estímulos para que as pessoas que investiram no alojamento local, e que agora não estão a ter retorno que esperavam, regressem ao arrendamento progressivamente e a permuta de terrenos com construtores, recebendo em troca apartamentos. João Moniz, do Bloco de Esquerda, defendeu que a construção de mais habitação deve ser a prioridade nos próximos 10 anos, afirmando que é preciso "resgatar o espírito de Girão Pereira", o primeiro presidente da Câmara de Aveiro eleito democraticamente que deixou um importante legado na área da habitação social. O candidato bloquista diz que apesar de insuficiente, existe uma resposta em termos de habitação social, adiantando que o que não existe é habitação pública a custos controlados com rendas acessíveis para a classe média, e propõem a construção, nos próximos 10 anos, de 800 a 900 fogos a custos controlados com investimento publico. Diogo Machado, do Chega, apresentou algumas medidas na área da construção privada para estarem implementadas até final do primeiro semestre de 2026, como “o lançamento de loteamentos nas freguesias periurbanas para famílias jovens e com mais dificuldades a preços mais acessíveis” e a isenção de IMI para proprietários que reabilitem prédios devolutos no centro da cidade e que os coloquem no mercado de arrendamento. Já Isabel Tavares, da CDU, propõe o agravamento do IMI para prédios devolutos criando condições para que esses prédios possam ser utilizados para habitação e lembrou que é preciso apoiar as cooperativas de habitação e “criar novas dinâmicas para criar novas cooperativas de habitação para que as pessoas possam ter acesso à habitação”. Do lado da Iniciativa Liberal, Miguel Gomes diz que a resposta para a falta de habitação está do lado da iniciativa privada, defendendo uma melhoria da mobilidade no concelho para que os preços das casas no centro de Aveiro possam baixar. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, diz que é preciso mais habitação a custos controlados com boa qualidade e o mais próximo da cidade e Bruno Fonseca, do Livre, defendeu a construção de habitação pública municipal com recurso a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.

Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística
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Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística

A medida foi lançada durante a pré-campanha, pelo candidato do Bloco de Esquerda, João Moniz, que diz que “é preciso fazer justiça fiscal para que o peso que é exercido pelo turismo nas infraestruturas do município seja repartido não só por quem já paga IMI mas também pelo setor do turismo”. O candidato bloquista propôs uma taxa de dois euros por dormida, mas Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, avançou com um valor diferente: “Como queremos promover as dormidas em Aveiro, propomos uma taxa de três euros para a primeira noite e quem ficar mais de uma noite não paga nenhuma taxa”. “Está adjudicada. Boa ideia”, disse Alberto Souto, do PS, que começou por concordar com a taxa de dois euros. Diogo Machado, do Chega disse ser favorável à implementação da taxa turística assim como Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, embora este último tenha ressalvado que o valor e a forma de implementar deve ser discutido com todos os ‘players’. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, entende que o município deve seguir a tendência do território nacional, apesar de falar numa "taxa mínima", alegando que Aveiro “não está ainda consolidado em termos de turismo”. Isabel Tavares, da CDU, admitiu uma taxa turística com regimes de exceção para quem se desloca para a cidade em trabalho e precisa de alojamento e os jovens que vêm praticar desporto ou participar em competições. Também Bruno Tavares, do Livre, disse concordar com a taxa turística, mas assinalou que é preciso saber onde o dinheiro vai ser aplicado. O debate na RTP3 começou com a polémica em torno do Plano de Pormenor (PP) do Cais do Paraíso, aprovado recentemente e que prevê a construção de um hotel de 12 andares numa das principais entradas da cidade. O socialista Alberto Souto disse que se trata de uma “aberração urbanística” e acusou o seu irmão e adversário, Luís Souto, de ser “conivente com a prevalência do interesse privado sobre o interesse público”, alegando que o PP em causa “foi elaborado à medida dos interesses do investidor privado”, uma ideia partilhada por Diogo Machado, do Chega, que fala num “crime de lesa Aveiro”. Pelo Bloco, João Moniz, diz que este PP “é uma peça do que tem sido a governação autárquica do PSD e CDS que é feita à medida dos interesses da especulação imobiliária”. Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, referiu que o prédio previsto para aquele local tem “uma volumetria exagerada” e “vai manchar o contacto por completo entre Aveiro e a ria”, enquanto que Isabel Tavares, da CDU, disse que “é um desastre total do ponto de vista paisagístico e urbanístico”. Opinião diferente foi transmitida por Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, que disse não ter nada contra o prédio de 12 andares, mas alertou que um hotel de 600 camas no centro da cidade vai “dar cabo” dos alojamentos locais e hotéis de pequena dimensão que existem na zona. Ao contrário de todos os outros candidatos, Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, foi o único a defender o projeto, sustentando que é preciso garantir competitividade para Aveiro. "Se o hotel não vier para Aveiro vai para outra cidade”, frisou. A candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não participou no debate devido a motivos profissionais.

Autárquicas: PS quer “restaurar a democracia” em Aradas e questiona gestão da ‘Aliança’
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Autárquicas: PS quer “restaurar a democracia” em Aradas e questiona gestão da ‘Aliança’

Na intervenção, a candidata começou por destacar as suas raízes à freguesia e por evocar a anterior gestão socialista liderada por Álvaro Patrício do Bem. “Houve conquistas, houve progresso, houve trabalho feito, mas também sabemos que esse caminho foi interrompido e que parte desse património coletivo se perdeu e que a confiança da comunidade foi em alguns momentos abalada”, frisou. No seguimento, Sónia Aires garantiu que o PS pretende “retomar esse fio” e “recuperar o que foi destruído”. “Durante a liderança socialista, a freguesia conheceu um tempo de investimento sério e responsável”, destacou. Falando sobre os princípios da sua candidatura, a candidata do PS referiu querer descentralizar o atendimento, dar respostas rápidas aos problemas e criar canais diretos de comunicação. Acrescentou ainda o apoio às coletividades e associações locais, bem como a valorização e a proteção do património. Sugeriu também, entre outras medidas, a criação de um espaço de convívio para a juventude, de um conselho jovem da freguesia e de um laboratório cívico, o mapeamento do território material, a eliminação das “barreiras arquitetónicas” e a melhoria da mobilidade e segurança da freguesia. Num tom mais crítico, Sónia Aires apontou falhas à atual gestão da Junta de Freguesia, que descreveu como “desastrosa, feita de autoritarismo, falta de transparência e mais preocupada com o mediatismo do que com as pessoas”. Recorde-se que, atualmente, a Junta de Freguesia de Aradas é liderada por Catarina Barreto, eleita pela coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM). No seguimento, questionou: “Que legitimidade tem em falar em legados?”. “Não tem nenhuma”, respondeu prontamente. Entre o legado que considera ter sido “destruído”, apontou como exemplo as piscinas do Carocho. “Aradas não precisa de espetáculo, precisa de proximidade. Aradas não precisa de autoritarismo, precisa de comunidade. Não queremos cargos para aparecer, queremos funções para assumir e servir”, atirou ainda a candidata socialista. Numa crítica direta à atual presidente de Junta, Sónia Aires evocou as notícias que dão conta de “inspeções, processos, denúncias de assédio laboral e processos disciplinares”. Enquanto membro da Assembleia de Freguesia pelo PS, denunciou ainda que os elementos desse órgão já foram “humilhados e destratados”. “Este é o retrato dos últimos anos”, rematou. Na mesma sessão, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, comentou o debate transmitido na RTP3, que juntou os candidatos à autarquia, e reagiu também ao programa eleitoral da coligação ‘Aliança com Aveiro’, igualmente apresentado na sexta-feira. Dirigindo-se diretamente a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança’, apontou que o mesmo teve uma “ideia nova e uma ideia original só que a ideia original não é boa e a nova não é original”. Sobre a “ideia nova”, recordou já a ter defendido meses antes: transformar o quartel de Sá em habitação. “É uma excelente ideia, mas precisamos de negociar muito bem com o Estado e é preciso desalojar todos os serviços de ordem nacional que lá estão para outras latitudes para que aquele quarteirão possa ser utilizado como habitação”, explicou. Sobre a outra ideia “original” apontou: a criação de uma agência de captação de investimento. “A agência de captação do investimento, se não tiver subjacente um trabalho muito mais profundo, é só mais uma burocracia. Nós não precisamos de mais uma agência para nomear os amigos, para ter orçamentos, para ter burocracia.Não vale nada ter uma agência de captação de investimento e depois quando os investidores chegarem a Aveiro não haver zonas industriais em terrenos infraestruturados onde se instalarem, não haver condições para fixar o talento que eles precisam ou não existirem bons acessos a esses terrenos”, comentou o candidato socialista. “Pronto apareceram duas ideias ao fim destes meses todos não é mal”, rematou em tom irónico. Regressando a Aradas, Alberto Souto de Miranda sublinhou que o maior compromisso do PS na freguesia é “restaurar e dignificar a democracia local”. “Porque Aveiro se é terra de liberdade deve-o muito a Aradas, ao papel do conselheiro Joaquim José de Queirós que foi um dos conspiradores da liberdade e o primeiro movimento que se associou a Aveiro em termos de liberdade”, recordou.

Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso
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Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso

No mesmo texto, a ‘Aliança com Aveiro’ pede que Bruno Ferreira esclareça publicamente a sua posição sobre o Plano de Pormenor “Cais do Paraíso”. A coligação recorda que, na Assembleia Municipal de 2 de setembro, “onde o Plano de Pormenor foi discutido”, o executivo da Junta da Glória e Vera Cruz se fez representar pela segunda vogal, “que votou favoravelmente à aprovação do Plano de Pormenor”. Face a isso, a candidatura pergunta se Bruno Ferreira “acompanha a votação favorável do seu Executivo da Junta" e a posição "do candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro”. A Ria apurou que Fernando Marques, presidente da Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz - que já esclareceu não apoiar a escolha de Glória Leite como candidata àquela junta - optou por não participar na votação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e indicou a vogal da sua equipa para representar a Junta de Freguesia. Segundo fontes próximas, a decisão terá sido motivada pela sua proximidade pessoal à família Bóia e por reservas em relação ao projeto previsto para aquela zona da cidade. A estrutura de campanha acrescenta ainda que, caso Bruno Ferreira não siga o voto favorável do seu Executivo em relação ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, “por uma questão de seriedade e ética política, não lhe resta outra alternativa senão a de se demitir”. No comunicado, a coligação caracteriza Bruno Ferreira como alguém que “já foi candidato pelo PS, depois pela ‘Aliança’ e agora novamente pelo PS”, sublinhando que essa trajetória, aliada ao alegado uso do cargo, “visa a obtenção de ganhos políticos”. A direção de campanha da 'Aliança com Aveiro' estende as críticas a Alberto Souto, candidato do PS à Câmara, acusando-o de “incoerência política”. Recorda que o socialista “veio exigir publicamente a demissão do candidato Luís Souto de Miranda da presidência da Assembleia Municipal, para não usar o cargo para aproveitamento político”, mas que, “em relação ao seu candidato Bruno Ferreira, o silêncio é absoluto e total”. O comunicado termina reiterando o apelo a que Bruno Ferreira esclareça a sua posição relativamente ao Plano de Pormenor “Cais do Paraíso” e cesse “de imediato” o alegado aproveitamento do cargo de tesoureiro para efeitos de campanha. O texto é assinado pela direção de campanha da ‘Aliança com Aveiro’ e foi enviado à comunicação social precisamente na hora de início da apresentação da candidatura de Bruno Ferreira.