RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Comemorações dos 52 anos da UA começam hoje e terminam amanhã com concerto

A Universidade de Aveiro (UA) vai assinalar esta quarta-feira, 17 de dezembro, pelas 15h00, no auditório Renato Araújo, o seu 52º aniversário. António Sampaio da Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa (UL) e fundador do Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA), será o convidado especial desta cerimónia comemorativa.

Comemorações dos 52 anos da UA começam hoje e terminam amanhã com concerto
Redação

Redação

17 dez 2025, 10:05

Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, o evento contará com as habituais intervenções de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, e de Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). De seguida, intervirá também o convidado António Sampaio da Nóvoa.

De acordo com a nota, a escolha do fundador do GrETUA para convidado especial parte do seu reconhecimento no “papel da Universidade, da formação das pessoas e na centralidade das pessoas no conhecimento, tornando-se assim o convidado ideal para uma celebração que assinala o reconhecimento do caminho percorrido e reafirma o compromisso com o futuro: uma universidade ainda mais humana, inclusiva e colaborativa”.

O aniversário será ainda um evento sustentável nas “dimensões ambiental, social e económica, certificado pelo Sistema de Gestão de Eventos Sustentáveis da UA (ISO 20121 – Gestão Sustentável de Eventos)” e terá associada uma campanha solidária “Papel por Alimentos”, com o objetivo de converter papel para reciclagem em bens alimentares a entregar ao Banco Alimentar Contra a Fome.

A cerimónia encerra no dia seguinte, 18 de dezembro, pelas 21h30, no Teatro Aveirense, com um concerto que marcará o 28º aniversário da Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) que interpretará uma obra de Mendelssohn raramente escutada, em conjunto com o Coro do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da UA.

A interpretação da Sinfonia n.º 2, em Si bemol maior, op. 52, Lobgesang, a que se juntam duas sopranos e um tenor, será dirigida pelo maestro Jan Wierzba. O concerto é gratuito, mas requer levantamento de ingresso no Teatro Aveirense.

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Movimento Estudantil Nacional assume “preocupação” com declarações do ministro e pede esclarecimento
Universidade

Movimento Estudantil Nacional assume “preocupação” com declarações do ministro e pede esclarecimento

Os estudantes escrevem que é “fundamental clarificar o sentido da afirmação” de Fernando Alexandre, ministro da Educação, de forma a “evitar leituras que possam, ainda que involuntariamente, estigmatizar os estudantes de menor rendimento que recorrem à ação social”. Lembre-se que ontem, durante a cerimónia de apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior, o governante disse que “as residências académicas devem ser espaços de integração, de bem-estar e de promoção do sucesso escolar, e não, como são atualmente, e foram sempre em Portugal, espaços onde são colocados os alunos de rendimentos mais baixos”. Mais tarde, em entrevista à RTP Notícias, explicou que aquilo que quis dizer foi que “quando tenho um serviço público que é usado apenas por pessoas que não têm voz, que são de rendimentos mais baixos, por razões de gestão, o serviço se degrada”. Na reação, o Movimento Estudantil Nacional frisa que “a degradação das residências universitárias não resulta da condição socioeconómica dos seus residentes, nem do modo como utilizam estes espaços, mas sim de um problema estrutural há muito conhecido – o subfinanciamento crónico da ação social no ensino superior e a ausência […] de uma estratégia consistente de investimento, manutenção e valorização destas estruturas”. Os jovens receberam “com bons olhos” a proposta de um novo modelo de ação social “que promove a equidade de oportunidades”. Não obstante, reiteram que “não podem deixar de manifestar preocupação sempre que declarações públicas possam ser interpretadas como uma associação entre vulnerabilidade social e degradação dos serviços públicos”. O documento foi assinado pelas Associações Académicas da Universidade de Aveiro, da Universidade da Madeira, da Universidade do Algarve, da Universidade da Beira Interior, da Universidade de Évora, da Universidade do Minho, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Coimbra. Assinaram ainda a Federação Académica de Lisboa, a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico e a Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo. Recorde-se que, em declarações à Ria, Joana Regadas, presidente da AAUAv, já tinha reagido às palavras de Fernando Alexandre. No entender da dirigente, o momento foi “bastante infeliz” e pede uma nota de esclarecimento.

Joana Regadas considera “bastante infelizes” declarações do ministro da Educação
Universidade

Joana Regadas considera “bastante infelizes” declarações do ministro da Educação

Em representação da AAUAv, Joana Regadas esteve presente na cerimónia de apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior, onde falou Fernando Alexandre. Nas suas palavras, o momento foi “bastante infeliz para o ministro” e é necessário agora um “comunicado que esclareça o que é que estas palavras querem dizer”. Joana Regadas acredita que Fernando Alexandre possa estar “descontextualizado da realidade atual” por “dar a entender que as razões inerentes a alguma degradação possam estar afetas a alguma classe social”. O problema da degradação das residências universitárias é uma “grande preocupação” para a dirigente estudantil, que alerta que não vem do “passado recente, mas de um passado prolongado”. Segundo aponta, a prioridade dos governos não tem sido a manutenção do edificado e isso está patente no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), onde o número de camas é mais relevado do que o bem-estar. A mesma crítica também é feita por Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, que diz à Ria “não estar a ver como é que um responsável [do Governo] se pode queixar do estado do património” quando “não houve, da parte dos sucessivos governos, programas voltados para a reabilitação do edificado”. No mesmo sentido, o responsável da instituição de ensino superior aponta à Ria que “a dotação do Estado para as universidades públicas cobre uma pequena parte do seu orçamento e não chega sequer para as despesas com pessoal”. Conforme noticiado pela Ria, o reitor já tinha dito também à agência Lusa que achava “muito estranho que o senhor ministro tenha dito algo que vá nessa direção e não consigo encontrar um contexto interpretável para tal afirmação, do ponto de vista da gestão das residências universitárias”. Na mesma declaração, garantiu que “a forma como mantém as residências e os edifícios em geral é independente do tipo de ocupação e eu não altero o plano de manutenção das residências em função do estrato económico ou social dos ocupantes”. Recorde-se que na tarde de ontem, em Lisboa, aquando da apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior. O governante afirmou que as residências devem ser ocupadas por pessoas de vários estratos sociais, uma vez que se “degradam” mais rapidamente quando ocupadas exclusivamente por estudantes bolseiros. “As residências académicas devem ser espaços de integração, de bem-estar e de promoção do sucesso escolar, e não, como são atualmente, e foram sempre em Portugal, espaços onde são colocados os alunos de rendimentos mais baixos”, defendeu Fernando Alexandre. Entretanto, em declarações à RTP Notícias, o ministro da Educação disse ser “totalmente falso” que tenha defendido que os alunos mais carenciados sejam os responsáveis pela degradação das residências universitárias. “O que eu disse é que, quando tenho um serviço público que é usado apenas por pessoas que não têm voz, que são de rendimentos mais baixos, por razões de gestão, o serviço se degrada”, explicou. Do lado do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, líder do grupo parlamentar do PS, disse, em declarações ao Diário de Notícias, que Fernando Alexandre deve “assumir que cometeu um erro ou, no limite, demitir-se”. O PCP já anunciou que vai apresentar um requerimento, com carácter de urgência, para ouvir o governante. Na mesma sessão, o ministro Fernando Alexandre disse que, no último mês, apresentou uma proposta aos líderes das Instituições de Ensino Superior (IES) para atribuir o mesmo valor para alojamento a todos os estudantes deslocados numa mesma cidade. De acordo com a agência Lusa, a ideia era dar liberdade aos alunos para escolher se queriam ficar numa residência pública ou arrendar um quarto particular. O ministro acredita que a medida viria acabar com o "estigma" de que as residências públicas são apenas para bolseiros, mas nem os reitores, nem os presidentes dos institutos politécnicos gostaram da ideia e, por isso, recuou. À Ria, Paulo Jorge Ferreira garante que não “rejeitou” a ideia, mas alertou que “podia comportar riscos”. Conforme explica, “se se estima o custo em Aveiro de 400 euros por cama e se atribuo aos estudantes esse valor, eu estou a sinalizar ao mercado que, em Aveiro, 400 euros é um preço razoável. (…) O mercado vai-se adaptar aos 400 euros e vai haver uma tendência de os preços abaixo dos 400 euros irem para os 400 euros”. O mesmo se passa para as propinas, para que o reitor afirma também ter havido uma proposta. “Os custos seriam cobertos pelo Estado até ao montante de três mil euros nos segundos ciclos. Isto tem outra vez uma possibilidade de efeito de captura de subsídio. As instituições que cobram menos de três mil euros, sabendo que os seus estudantes vão receber até três mil euros, sobem as propinas para três mil euros”, referiu. Nesse sentido, o reitor considerou que se pode manter o “essencial da proposta e mitigar os efeitos bilaterais introduzindo outras medidas”. Por exemplo, no caso do alojamento, afirma que “poderia haver uma norma adicional em que era pago [o valor do alojamento] se tivesse havido estabilidade do valor dos preços durante algum tempo. Ou seja, os senhorios não podiam agora aumentar o preço e receber o preço novo”. Joana Regadas diz também ter tido acesso à proposta, mas manifestou a sua discordância porque acreditou que a medida provocaria a “inflação do mercado privado”. Ao estar a alocar mais financiamento para o mercado privado, a dirigente da AAUAv acredita que as apostas nas residências universitárias podem ficar enfraquecidas. Assim, a presidente sugere que não seja dada opção de escolha no apoio ao alojamento – a prioridade deve ser sempre dada às residências públicas e, a partir do momento em que a oferta não seja suficiente, passa a poder ser dado um complemento para que os estudantes possam procurar no mercado privado.

Reitor da UA reage com “estranheza e incompreensão” às afirmações do ministro da Educação
Universidade

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“Acho muito estranho que o senhor ministro tenha dito algo que vá nessa direção e não consigo encontrar um contexto interpretável para tal afirmação, do ponto de vista da gestão das residências universitárias”, disse à Lusa Paulo Jorge Ferreira. Paulo Jorge Ferreira, que é também presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), afirmou ainda que não concebe que os próprios ocupantes sejam a causa da degradação das residências e dá o exemplo da sua universidade. “A forma como mantemos as residências e os edifícios em geral é independente do tipo de ocupação e eu não altero o plano de manutenção das residências em função do estrato económico ou social dos ocupantes”, acrescentou. Dá como exemplo a Universidade de Aveiro, em que as residências “são maioritariamente destinadas a bolseiros”, mas garante que isso “não influencia os padrões de manutenção”. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, defendeu que as residências públicas devem ter alunos de vários estratos sociais, relacionando a prioridade dada aos bolseiros com a possível degradação dos imóveis. Hoje, durante uma cerimónia de apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior, que decorreu no Teatro Thalia, em Lisboa, Fernando Alexandre considerou que é por se “colocar nas residências universitárias os estudantes dos meios mais desfavorecido que se degradam”, acrescentando que “o que vai acontecer às residências depende das universidades e politécnicos, mas também depende dos estudantes”.

Entrevista: Joana Regadas recandidata-se à AAUAv e destaca redução da dívida em “100 mil euros”
Universidade

Entrevista: Joana Regadas recandidata-se à AAUAv e destaca redução da dívida em “100 mil euros”

Apesar de se recandidatar com o mesmo lema do ano anterior, Joana Regadas rejeita a ideia de que o novo projeto represente uma mera repetição do mandato em curso. “A decisão foi muito ponderada. (…) Para mim não faria sentido encabeçar uma lista, um projeto, para que ele estagnasse de alguma forma”, afirmou. A candidata sublinhou ainda que houve um longo período de reflexão sobre a forma de evoluir e crescer, mantendo os pilares considerados essenciais no ano passado, mas “sem cair no erro do conforto”. Nesse sentido, destacou a renovação “considerável” da equipa, que conta agora com “59%” de novos elementos, bem como a necessidade de dar resposta às atuais preocupações dos estudantes. “Não é por acaso que continuamos com o mesmo lema do Unidos pela Voz, porque de facto é a voz de cada um dos estudantes que faz com que este projeto se mova”, alertou. Numa outra fase da entrevista, a candidata foi questionada sobre a situação financeira da Associação Académica. A atual presidente classificou o processo de reajuste como “desafiante” para toda a equipa. “Foi termos uma idealização do projeto que expusemos à comunidade (…) e depois quando nos deparamos com esse relatório de atividades e contas teve de haver um reajuste e tivemos de agir de uma forma mais fria”, recordou. Recorde-se que, tal como noticiado pela Ria, só no ano de 2024, a AAUAv terminou com um saldo negativo superior a 250 mil euros.Perante este cenário, Joana Regadas admitiu a existência de alguns “problemas associados à grande estrutura de recursos humanos”. Segundo a dirigente, foi realizada uma “reformulação no início do mandato”. “Por isso, é que mantemos ainda uma presidência maior neste ano para conseguirmos ter um acompanhamento mais próximo, porque não temos nenhum gestor de recursos humanos e, neste momento, temos uma estrutura profissional de 19 funcionários”, atentou. Ainda assim, a presidente adiantou que a AAUAv conseguiu reduzir a dívida total em cerca de “100 mil euros” ao longo do primeiro semestre do ano civil. “Esta redução deve-se muito aos acordos que foram feitos, ao longo do ano, quer seja para perdões de dívida, quer seja por métodos de pagamento da dívida a longo prazo”, explicou. Joana Regadas frisou ainda que esta diminuição resultou de uma gestão “muito cuidada” por parte da tesouraria, do gabinete financeiro e de toda a estrutura associativa, destacando também a aposta na formação interna como um eixo a reforçar ao longo do próximo mandato. Questionada sobre o Integra-te e o Enterro, iniciativas que, de acordo com o manifesto da Lista A, se manterão no próximo ano, a candidata esclareceu que, à semelhança da edição deste ano, o Integra-te continuará a não contar com a tradicional semana de concertos. “Confesso que não foi uma decisão de todo fácil. Foi uma decisão muito ponderada”, exprimiu. Segundo a dirigente, esta opção resultou de um dos principais reajustes impostos pela análise ao relatório de atividades e contas do ano anterior. “Foi o principal reajuste e o grande responsável para aquilo que será o relatório de atividades e contas que iremos apresentar em breve”, garantiu. “Por isso, de uma forma muito resumida, a decisão será para manter”, continuou. Relativamente ao Enterro, Joana Regadas reconheceu que se trata do evento que mais impacto tem “a nível financeiro”. Apesar do receio associado ao atual contexto de maior dificuldade económica, a dirigente assegurou que a edição deste ano registou um “resultado positivo”. Num comentário breve às críticas surgidas nas redes sociais relativamente à decisão da AAUAv de não permitir que os espaços dos estudantes apresentassem temáticas que “apelassem à violência”, “contivessem cariz sexual explícito” ou “entrassem em conflito com parceiros da associação”, Joana Regadas adiantou que, “em princípio”, esta será uma medida a manter. “Sei que foi controversa, há muitas coisas a melhorar e o tema será novamente levado ao Conselho de Núcleos, para limar algumas áreas cinzentas que é importante colocar a preto e branco. Ainda assim, consideramos que, no final de contas, toda a gente teve oportunidade de experienciar a melhor semana do ano, nas melhores condições”, refletiu. No seguimento da conversa, Joana Regadas alertou ainda para a necessidade de se melhorarem as instalações da Universidade, face à “sobrelotação” das mesmas. No caso da Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) atentou para o facto da mesma ainda não ter uma cantina - apesar de já existir um projeto de construção - o que tem impossibilitado os estudantes de acederem a uma “refeição social” e a uma “refeição completa”. “É necessário dar foco a este problema e, de uma vez por todas, deixarmo-nos de pequenos remendos e pequenas soluções e tentar encontrar uma solução definitiva para aquilo que é um problema que se arrasta há anos e anos”, vincou. Alargando a análise aos campus de Santiago e do Crasto, a candidata apontou também fragilidades na resposta das cantinas universitárias. No caso do Crasto, a candidata atentou para o fecho frequente da mesma. “A resposta tem sido a 'cantina fecha, porque é necessário albergar alguns eventos'. (…) Tem umas instalações ótimas, mas é necessário repensar se isto é uma prioridade (…) e, depois, estamos a colocar em segundo plano o acesso à refeição social”, reforçou. Apesar de os Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro (SASUA) terem optado por praticar o preço da refeição social também no 3D, sempre que a cantina se encontra encerrada, a dirigente alertou que essa alternativa “não corresponde a uma refeição completa”. “O estudante tem de ter a oportunidade de ter uma refeição com sopa, com a peça de fruta, com o prato principal e com tudo aquilo que é necessário nutricionalmente”, continuou. Tal como avançado pela Ria, a partir de fevereiro, a Cantina do Crasto vai passar ainda a disponibilizar um prato simples com o preço de 2,20 euros. Face ao aumento, no início deste ano, da refeição social para 2,80 euros, Joana Regadas justificou que esta foi a “solução” que se encontrou para garantir que os estudantes numa situação “mais complicada” tivessem acesso a uma refeição com um preço mais baixo. Durante a conversa, a dirigente adiantou ainda que está ainda a ser equacionada pela AAUAv a possibilidade de os “estudantes bolseiros terem outro tipo de preço na refeição social”. Prestes a concluir a conversa, Joana Regadas falou ainda sobre a proposta do Governo para a revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), sobre a Taça UA e sobre a dinamização de um “Museu AAUAv”. A entrevista, na íntegra, pode ser ouvida no Spotify. As eleições para os órgãos sociais da AAUAv acontecem já esta quinta-feira, 18 de dezembro.

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Alberto Souto acusa Ribau Esteves de mentir e considera Paulo Fernandes “muito melhor” para a CCDR-C
Cidade

Alberto Souto acusa Ribau Esteves de mentir e considera Paulo Fernandes “muito melhor” para a CCDR-C

No texto publicado nas redes sociais, Alberto Souto começa por dizer que, “por ele”, Ribau Esteves “pode ir para Coimbra ou para a Cochinchina, embora prefira que vá para Coimbra, para poder mais facilmente ser notificado da queixa-crime que lhe instaurei e doutros processos-crime que contra si correm”. A resposta surge no seguimento da notícia publicada ontem, dia 16, pelo Diário de Notícias, de que Ribau Esteves vai avançar como candidato à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C). No entanto, Alberto Souto nega que o ex-autarca tenha o apoio dos líderes de PS e PSD – José Luís Carneiro e Luís Montenegro, respetivamente -, conforme foi garantido por Ribau Esteves. “Como seria de esperar de alguém da sua índole, pouco sério politicamente, o próprio, abusivamente, converteu um acordo sobre a metodologia num fantasioso apoio político à sua inefável pessoa. […] O PS nunca poderia apoiar - e não apoiou - alguém que não tem qualidades para esse lugar”, escreve o socialista. O ex-candidato do PS à Câmara de Aveiro recorda ainda a mudança de posição do antigo presidente relativamente à escolha do candidato da ‘Aliança com Aveiro’ para governar a autarquia. Nas suas palavras, Ribau Esteves “deu o dito por não dito a troco de um prato de lentilhas do Mondego”. “O presidente da CCDRC não devia poder ser um vira-casacas vendido por uma sinecura”, acrescenta. Recorde-se que, antes de ter manifestado o apoio a Luís Souto Miranda, agora presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves chegou a dizer, em entrevista à SIC Notícias, que Luís Souto não tinha "nenhuma experiência de gestão", nem "perfil" para ser presidente. Assim, Alberto Souto garante que “se ainda houver um pingo de vergonha nos processos públicos, o colégio eleitoral para a CCDRC talvez possa preferir um outro candidato: mais sério, mais leal, mais competente e consensual”. O nome que aponta é o mesmo que, recorde-se, a Ria já adiantou ser falado para o cargo: Paulo Fernandes, ex-presidente da Câmara Municipal do Fundão. Para o ex-candidato do PS, o antigo autarca “seria muito melhor”.

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Bombeiros Novos de Aveiro passam a contar com máquina de corte
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De acordo com a nota, a máquina, com “100 amperes”, permite o corte de metais com uma espessura máxima de 40 mm (corte de separação em aço ao carbono) e pode ser utilizada em diversos metais condutores de eletricidade, como aço macio, aço inoxidável, latão, cobre e alumínio. “A sua versatilidade e capacidade de desempenho representam uma mais-valia significativa em contextos de emergência que exigem rapidez, precisão e segurança”, explica. A iniciativa da “Electrex” contou também com o apoio da “empresa Spraytech” que ofereceu o “compressor necessário ao funcionamento da máquina de corte”. “Este contributo conjunto traduz-se num reforço relevante da capacidade de resposta dos Bombeiros Novos de Aveiro, demonstrando a importância da colaboração entre entidades e empresas no apoio às forças de proteção e socorro”, remata a nota de imprensa.

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A mesma crítica também é feita por Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, que diz à Ria “não estar a ver como é que um responsável [do Governo] se pode queixar do estado do património” quando “não houve, da parte dos sucessivos governos, programas voltados para a reabilitação do edificado”. No mesmo sentido, o responsável da instituição de ensino superior aponta à Ria que “a dotação do Estado para as universidades públicas cobre uma pequena parte do seu orçamento e não chega sequer para as despesas com pessoal”. Conforme noticiado pela Ria, o reitor já tinha dito também à agência Lusa que achava “muito estranho que o senhor ministro tenha dito algo que vá nessa direção e não consigo encontrar um contexto interpretável para tal afirmação, do ponto de vista da gestão das residências universitárias”. Na mesma declaração, garantiu que “a forma como mantém as residências e os edifícios em geral é independente do tipo de ocupação e eu não altero o plano de manutenção das residências em função do estrato económico ou social dos ocupantes”. Recorde-se que na tarde de ontem, em Lisboa, aquando da apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior. O governante afirmou que as residências devem ser ocupadas por pessoas de vários estratos sociais, uma vez que se “degradam” mais rapidamente quando ocupadas exclusivamente por estudantes bolseiros. “As residências académicas devem ser espaços de integração, de bem-estar e de promoção do sucesso escolar, e não, como são atualmente, e foram sempre em Portugal, espaços onde são colocados os alunos de rendimentos mais baixos”, defendeu Fernando Alexandre. Entretanto, em declarações à RTP Notícias, o ministro da Educação disse ser “totalmente falso” que tenha defendido que os alunos mais carenciados sejam os responsáveis pela degradação das residências universitárias. “O que eu disse é que, quando tenho um serviço público que é usado apenas por pessoas que não têm voz, que são de rendimentos mais baixos, por razões de gestão, o serviço se degrada”, explicou. Do lado do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, líder do grupo parlamentar do PS, disse, em declarações ao Diário de Notícias, que Fernando Alexandre deve “assumir que cometeu um erro ou, no limite, demitir-se”. O PCP já anunciou que vai apresentar um requerimento, com carácter de urgência, para ouvir o governante. Na mesma sessão, o ministro Fernando Alexandre disse que, no último mês, apresentou uma proposta aos líderes das Instituições de Ensino Superior (IES) para atribuir o mesmo valor para alojamento a todos os estudantes deslocados numa mesma cidade. De acordo com a agência Lusa, a ideia era dar liberdade aos alunos para escolher se queriam ficar numa residência pública ou arrendar um quarto particular. O ministro acredita que a medida viria acabar com o "estigma" de que as residências públicas são apenas para bolseiros, mas nem os reitores, nem os presidentes dos institutos politécnicos gostaram da ideia e, por isso, recuou. À Ria, Paulo Jorge Ferreira garante que não “rejeitou” a ideia, mas alertou que “podia comportar riscos”. Conforme explica, “se se estima o custo em Aveiro de 400 euros por cama e se atribuo aos estudantes esse valor, eu estou a sinalizar ao mercado que, em Aveiro, 400 euros é um preço razoável. (…) O mercado vai-se adaptar aos 400 euros e vai haver uma tendência de os preços abaixo dos 400 euros irem para os 400 euros”. O mesmo se passa para as propinas, para que o reitor afirma também ter havido uma proposta. “Os custos seriam cobertos pelo Estado até ao montante de três mil euros nos segundos ciclos. 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Assim, a presidente sugere que não seja dada opção de escolha no apoio ao alojamento – a prioridade deve ser sempre dada às residências públicas e, a partir do momento em que a oferta não seja suficiente, passa a poder ser dado um complemento para que os estudantes possam procurar no mercado privado.