Miguel Monteiro: "Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto"
Miguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro e medalha de ouro do lançamento do peso F40 nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, em grande entrevista à Ria.
Isabel Cunha Marques
JornalistaMiguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro (UA) e medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, identifica-se com o verbo “ir” e reconhece que, nos dias de hoje, um dos seus maiores defeitos é não saber dizer que “não”. Acompanha desde que se lembra os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, através da televisão, principalmente, claro, a modalidade de atletismo, onde é atleta do lançamento do peso F40. Destaca Nélson Évora e Marco Fortes como duas das suas principais inspirações.
Aos 23 anos concluiu o mestrado em Engenharia e Gestão Industrial na UA, é campeão nacional universitário, vice-campeão mundial e, recentemente, atingiu o maior feito da sua carreira desportiva nos Jogos Paralímpicos Paris 2024: a medalha de ouro e o recorde paralímpico, com a marca de 11,21 metros. Foi também o primeiro português a garantir, este ano, uma medalha para Portugal nesta competição.
Apesar de ser natural de Mangualde, “um meio pequeno”, como o descreve, no distrito de Viseu, rapidamente tornou-se, nas últimas semanas, um dos temas em grande destaque no panorama nacional ao conquistar o ouro e ao levar o desporto adaptado e a UA até “aos quatro cantos do mundo”. Na UA é visto por muitos como um exemplo e um verdadeiro embaixador da universidade.
À conversa com a Ria, Miguel Monteiro fez uma retrospetiva do seu percurso, enquanto estudante-atleta e dirigente associativo, e partilhou a importância da UA para a conquista da medalhada de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. O jovem deixou ainda a garantia de que vai continuar a dar cartas, pelo mundo do desporto, e que já sonha com o título de campeão mundial do lançamento do peso F40, título que ainda lhe foge.
Miguel, o teu ano de 2024 é quase perfeito. Que mais poderias acrescentar a este palmarés incrível?
É uma pergunta difícil. Pessoalmente, tinha três objetivos para este ano e, principalmente, para este verão. Chegarmos da melhor forma aos mundiais, que decorreram no Japão, onde conseguimos o segundo lugar. Foi algo muito meritório tendo em conta a gestão que tive de fazer com a escrita da tese e o desporto. Estava tudo a culminar e foi extremamente difícil. O segundo objetivo passava por acabar o curso e consegui. Tirei o mestrado. O terceiro objetivo passava por chegar da melhor forma possível a estes jogos. No fundo, tínhamos o objetivo de ganhar. Eu e o meu treinador.
Ao longo destes dois meses, desde o término do curso, focámo-nos, por completo, no atletismo com treinos intensos, bi-diários, para chegarmos bem à prova e com a consciência tranquila de que tínhamos feito tudo o que era possível para estarmos bem fisicamente e psicologicamente. E as coisas acabaram por correr da melhor forma com a medalha de ouro. Foi o culminar de um verão bastante intenso, mas bastante enriquecedor.
Conseguiste de forma perfeita conciliar a tua carreira desportiva com os estudos. Como fizeste essa gestão?
Bastantes vezes foi complicado gerir isto tudo. No entanto, também tenho a sorte de ter pessoas à minha volta, nomeadamente, família, treinador e amigos, seja de Mangualde ou de Aveiro, que me ajudaram a conciliar isto tudo. Ao longo dos cinco anos de curso, a UA também me deu livre acesso a todas as instalações desportivas à hora que eu quisesse.
Durante o período em que estavas a estudar na UA, os teus treinos eram, precisamente, na pista de atletismo da universidade.
Sim. Eu seguia um plano de treino do treinador [senhor João] e treinava aqui na universidade, seja no ginásio ou na pista. No fim de semana, complementava esse treino em casa para que nada falhasse. O senhor João estava sempre disponível para treinarmos. Só assim funcionou da melhor forma, tanto o curso como a parte desportiva.
Porque é que escolheste a UA para estudar?
Em primeiro lugar, pela proximidade que tem com Mangualde. Depois também explorei a universidade, através da internet, e percebi que era uma universidade que apoiava, desde logo, o desporto. Fosse o universitário, o desporto em geral ou o desporto de recreação. Tinha todas as instalações desportivas necessárias para a prática do atletismo. Depois pelo reconhecimento da UA em todo o país e no mundo. Os cursos são de excelência. Tudo isso ajudou que viesse para cá.
O tempo de deslocação, entre o teu departamento e a pista de atletismo, era muito reduzido. Estamos a falar de 200 ou 300 metros de distância.
Sim, era muito importante. O facto do campus universitário ser todo junto tornou ainda mais facilitada esta gestão de vidas, tanto a académica como a desportiva.
Relativamente ao teu percurso pelo desporto, como é que nasce o interesse pela modalidade do lançamento do peso?
O desporto surge muito cedo na minha vida. Os meus pais inscreveram-me na natação quando tinha um ano e meio. Na altura, por causa de todos os benefícios da modalidade. Mais tarde, tal como muitos, também joguei à bola. Fui para o futsal num clube em Mangualde. Só, em 2014, por influência do meu treinador de sempre, o senhor João, é que vim parar ao lançamento do peso. Ele já anda nesta vida há quase 40 anos.
O ‘senhor João’ é como um pai para ti?
É um segundo pai e um companheiro de vida. Trocamos muitas ideias e muitas conversas sobre tudo e mais alguma coisa. Ele já andava nesta vida do atletismo paralímpico e foi a um campeonato do mundo onde viu pessoas de baixa estatura a competir no lançamento do peso. Ele conhecia-me do pavilhão de Mangualde porque, na altura, era ele o encarregado da infraestrutura e eu tinha lá os treinos de futsal e as aulas de educação física. Ele conhecia-me bem, assim como os meus pais. Falou com o team leader da secção de atletismo e disse que tinha lá um rapaz que gostava muito de fazer desporto, que não se negava a nada nas aulas de educação física e que era capaz de dar cartas no atletismo.
Vidente.
Foi um olheiro. Ele foi falar com a minha mãe ao trabalho, explicou-lhe o que poderia acontecer e eu fui à experiência. Recordo-me que experimentamos várias modalidades, para as pessoas de baixa estatura, como o lançamento do dardo, do peso e do disco. Acabamos por focar-nos no lançamento do peso porque foi o que me senti melhor e desenvolvi mais rápido.
Quando te falaram da possibilidade de experimentares essas modalidades, que depois culminaram no lançamento do peso, qual foi a tua reação?
Eu sempre acompanhei os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, nomeadamente, na modalidade de atletismo. Gostava bastante de ver na RTP2. Nélson Évora e Marco Fortes eram alguns dos desportistas que seguia. Quando me falaram da modalidade do atletismo quis logo experimentar. Sou muito o verbo ir.
Começas a ter contacto com o lançamento do peso, em 2014, e, dois anos depois, és o atleta mais jovem de sempre, a representar Portugal nos jogos paralímpicos. Tinhas 15 anos, na altura. Como é que se explica que, em apenas dois anos, conseguisses alcançar esse nível?
Nos primeiros dois anos, desenvolvi o chamado treino técnico, de terreno. Na altura, ainda nem incorporávamos muito tempo no ginásio e estávamos a descobrir as coisas. Estar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foi um pouco surpresa porque não estava na primeira convocatória. Na altura, estava num lugar mais baixo do ranking mundial. Com a exclusão dos russos, por causa do escândalo dodoping, houve uma redistribuição de todas as quotas e só na segunda convocatória acabei por ir. Isto a três semanas dos jogos paralímpicos. Foi todo um mundo novo. Acabei por bater o meu recorde pessoal, na altura, 8,89 metros. Foi a minha primeira experiência fora do continente europeu.
Foi a tua primeira viagem. Como foi essa primeira experiência?
Toda a experiência foi um mundo novo. É um motivo de grande orgulho pelo trabalho que fizemos. Só nos deu mais força para continuarmos o processo que estávamos a ter, para incorporarmos o ginásio e para chegarmos mais longe.
Foi a partir desse momento que tiveste a sensação de que poderias alcançar as medalhas?
Sem dúvida. Ainda mais, porque nessa competição, no Rio de Janeiro, estava em sexto lugar. No último lançamento, consegui responder e superar o adversário que estava na quinta posição. A partir daí, sempre sonhamos com as medalhas e comecei a ter a sensação de que estava próximo, mas que era preciso continuar a trabalhar. Tanto é que depois do Rio de Janeiro deixei o futsal e acabei por me focar no atletismo.
É, nesse momento que decides dedicar-te, exclusivamente, à modalidade do lançamento do peso.
Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, acabaria por deixar o futsal até porque a diferença de estatura viria a acentuar-se. Jogava com outros rapazes de caraterísticas “normais”. Por outro lado, existem os contratos de alto rendimento e é sempre arriscado lesionarmo-nos fora desse contexto. Optei pelo atletismo porque era aquilo que me ia dar mais condições no futuro. E foi uma ótima opção.
Em 2020, acabas por estar presente, novamente, nos jogos paralímpicos, desta vez, em Tóquio. Nesse ano, conquistas a tua primeira medalha, um bronze, com uma marca de 10,76 metros. Como é que foi esse momento?
Eu aprendi bastante com o ciclo de Tóquio. Notava-se à saída que não estava satisfeito com a medalha de bronze. No entanto, foi a minha primeira medalha paralímpica e só tenho de estar orgulhoso por conseguir esse feito aos 20 anos. Tóquio ensinou-me também a lidar com a pressão social. Na altura, não lidei da melhor forma com a comunicação social, em geral. Neste ciclo paralímpico foi um bocado diferente. Resguardei-me da comunicação social, antes da prova acontecer, e só depois é que surgiu o Miguel Monteiro que foi medalha de ouro.
Estás a tocar num ponto importante e que, às vezes, passa ao lado de quem assiste à competição por meio da televisão. Não há só a preparação física, mas também a preparação mental. Foi em Tóquio que sentiste essa pressão?
Senti o impacto. Na altura, com poucos anos de experiência, era o recordista mundial. Julgo que não é por maldade, mas na comunicação social, em geral, quem é recordista mundial tem de ganhar medalhas de ouro. Não devia de ser obrigatoriamente assim. Todos estão lá para o mesmo: ganhar a prova. Só um é que vai sair com a medalha de ouro. Neste ciclo, aprendemos a estar tranquilos com o nosso trabalho e a esquecer tudo o que está à volta.
Chegas a Paris, no teu ciclo mais recente, e consegues a medalha de ouro. O que te veio à cabeça quando fizeste o lançamento de 11,21 metros? Achaste que era a marca que te ia levar ao ouro?
Não. Só senti que a medalha era minha depois do último adversário lançar. Eu abdiquei do último lançamento porque já não estava focado na prova e já tinha obtido o recorde paralímpico. A emoção já estava a entrar. Foi de facto um lançamento muito bom. A prova não começou da melhor forma, no entanto, soube manter a calma e depois, no segundo ensaio, lançar já os 11,02 metros. No terceiro lançamento, arrisquei e conquistei a marca dos 11,21 metros. Procurei manter-me bastante ativo, ao longo de toda a prova, porque sabia que qualquer um dos adversários, podia bater, a qualquer momento, a minha marca.
No meio deste percurso, há um título inevitável que te foge: o título de campeão mundial.
Sem dúvida! Agora que sou campeão paralímpico falta esse título no currículo. Já fomos campeões da Europa e vice-campeões mundiais. Vamos continuar a trabalhar para alcançar melhores marcas e, consequentemente, de ficarmos mais próximos desse objetivo.
Como é que funciona um plano de treino de um atleta paralímpico do lançamento do peso?
Foram cerca de três meses de muito sacrifício. Tive de abdicar da minha vida social para me focar completamente naquilo que era o nosso objetivo. Todos os meus dias eram uma rotina. Levantar-me, tomar o pequeno-almoço e ir treinar às 10h00. Esse treino, normalmente, de manhã, era no ginásio. Nós criamos um ginásio com o material que a federação [de atletismo] nos ia dando no Pavilhão Municipal de Mangualde. Treinávamos cerca de 1h30. No meio desse treino, tínhamos sempre a pausa para o café. Também isso virou rotina. Depois, ia para casa fazer o almoço e procurava descansar, ao longo da tarde. Às 17h00, tínhamos treino na pista, juntamente com outros colegas de equipa. Mais tarde, ia para casa jantar e descansar.
Durante o período de aulas, treinavas diariamente?
Sim, procurava treinar todos os dias. Nem sempre era possível, mas procurava isso. Não tinha horário fixo para treinar. Sabia que tinha sempre um intervalo de duas horas para o fazer. Na pista ou no ginásio. No final de cada treino, ligava sempre ao meu treinador [o senhor João] e sempre houve essa relação de confiança apesar dos 100 quilómetros de distância.
Vamos falar agora do Miguel. Sofres de nanismo, um transtorno que causa baixa estatura, mas sempre sentimos que és uma pessoa bem resolvida com essa condição.
Sempre lidei muito bem com isso. O meu pai tem a mesma condição que eu e a minha mãe e a minha irmã têm estaturas normais. O facto dos meus pais me tirarem as dúvidas sobre esta condição tornou-me muito mais resolvido comigo mesmo. Venho de Mangualde, um meio pequeno, no interior do país, onde toda a gente se conhece. O facto de ser uma pessoa sociável ajudou em muito a integração na universidade e na cidade de Aveiro.
O desporto também se tornou crucial na medida em que estamos bem fisicamente, e psicologicamente. Estamos completamente resolvidos uns com os outros. Um episódio bastante engraçado que me ficou na memória, por ter sido das primeiras experiências, foi em Londres, no ano de 2017. Estávamos vários atletas com diferentes tipos de deficiência a contar piadas uns aos outros sobre a nossa condição. Foi algo que me ficou. A convivência com os atletas de outros países torna muito mais saudável o facto de aceitarmos esta condição.
Sentes que ainda há um preconceito relativamente ao desporto adaptado?
O desporto é fantástico. Faz-nos bem. Não só fisicamente, mas também psicologicamente. Prepara-nos para todo o mundo exterior. Eu tive a sorte dos meus pais sempre me deixarem fazer tudo o que eu quisesse. Nunca me puseram entraves em nada. Agradeço-lhes imenso por isso. Tenho a certeza de que existem bastantes pessoas com e sem deficiência que querem conhecer este mundo novo e pode haver ali algum entrave que não esteja a facilitar esse acesso. A mensagem que eu deixo é para libertarem os filhos para o mundo do desporto. Há tantas modalidades que podem ser feitas e o desporto faz bem fisicamente, mas também psicologicamente. Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto.
Um facto interessante é que conseguiste alcançar uma espécie de 'triplete' na tua vida. És atleta de alta competição, concluíste os teus estudos e ainda foste dirigente associativo, nomeadamente, enquanto vice-presidente da Associação de Engenharia e Gestão Industrial na UA. Como é que foi essa passagem pelo mundo do associativismo?
O mundo associativo é outro mundo fantástico que existe na vida do ser humano. Aprendi muito com o associativismo, nomeadamente, a gerir melhor o meu tempo. No primeiro ano, fui convidado e aceitei, porque não sou pessoa de dizer que não. Foi uma experiência incrível. Foram quatro anos fantásticos onde aprendi muita coisa sobre o associativismo.
Neste momento, quem são as pessoas mais especiais na tua vida e que te ajudam a não desistir?
Muita gente. Desde logo, o meu treinador. Sem ele não estaria no atletismo nem a representar o país da melhor forma. Depois, a minha família. Tem um papel crucial na minha vida. Muitas vezes, abdicam de férias e de eventos familiares para que eu esteja bem. Depois, ao longo de toda a vida, criei amizades que sei que estão guardadas no meu coração e no coração dessas pessoas. Sei que vou poder contar com eles onde for e quando for.
No meio de tantas qualidades, o Miguel tem defeitos?
[Risos] O Miguel também tem alguns pontos menos bons... Não tenho muita paciência para ficar à espera e não sei, muitas vezes, dizer que não. Isso, por vezes, torna-se um problema porque preenche demasiado a minha vida e não tenho tempo para mim.
Quantos mais anos é que ainda te vês a apostar no desporto e a continuares a tua carreira nesta modalidade?
Dado que só tenho 23 anos e que o meu treinador costuma dizer que a validade dele vai até aos 120 anos, espero continuar no mundo do desporto durante muito tempo a fazer melhores marcas. Acredito que, no futuro, conseguimos lá chegar outra vez. Acho que deve ser esta a mentalidade de um atleta e de uma pessoa, seja no mundo do trabalho ou na vida pessoal. Devemos sempre dar o melhor de nós. O Miguel ainda vai durar bastantes anos.
Em contexto de treino acabam por medir muitas vezes as vossas marcas. Já aconteceu alguma vez superares a marca de 11,60 metros que alcançaste durante os nacionais de atletismo em pista coberta e que resultou no recorde mundial?
Nunca superei essa marca. No penúltimo treino, antes da competição, atingimos a marca de 11,45 metros. Curiosamente, a marca que tínhamos atingido antes de obter o recorde do mundo. Nós continuamos a achar que é possível. Muitas vezes, é o momento que conta. Não saiu agora nos jogos de Paris [novo recorde mundial], mas vamos continuar a trabalhar para que, no futuro, seja possível atingir essa marca.
Acreditas que é irrealista chegar aos 12 metros?
Acredito que é possível melhorar essa marca [11,60 metros]. Agora, é cada vez mais difícil chegarmos mais longe. Os 12 metros ainda estão longe apesar de serem “só” 40 centímetros. O objetivo passa por melhorar aos poucos essa marca. O anterior recorde estava em 11,15 metros e do nada eu lanço 11,60 metros. Tudo é possível no mundo do desporto.
O teu percurso académico está concluído. Vais continuar a acompanhar a vida da UA?
Sim. Quero continuar ligado à universidade e a saber o que se passa por cá. A universidade teve um papel crucial. Espero continuar a ver muitas pessoas aqui na universidade. Vou levá-la para a vida.
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Filipe Honório é o candidato do Livre na estreia autárquica em Santa Maria da Feira
Em declarações à Agência Lusa, o candidato afirma que a estreia local é um sinal de que “as ideias têm feito sentido” para as pessoas. Recorde-se que Filipe Honório já tinha sido o número um do partido na candidatura ao círculo eleitoral de Aveiro nas últimas eleições legislativas. O candidato do Livre estabelece como objetivo “continuar a apresentar soluções para os problemas das pessoas”. Para o funcionário municipal, Santa Maria da Feira pode ter “grande qualidade de vida, com habitação acessível, espaços verdes e um centro cultural a nível nacional”, mas precisa de “virar a página para o futuro e progresso”. Filipe Honório nasceu Leiria, é licenciado em Gestão de Empresas e mestre em Relações Internacionais com especialização em Estudos Europeus. O candidato trabalha há quase dois anos como técnico superior na Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Atualmente, reside em São João da Madeira. O candidato do Livre junta-se agora ao presidente da autarquia, Amadeu Albergaria, que se candidata pelo PSD, a Márcio Correia, candidato pelo PS, e a Eduardo Couto, candidato pelo BE, na corrida à autarquia.