Termina dentro de poucas horas o Concurso de Previsão Eleitoral
Está a chegar ao fim o prazo para participares no Concurso de Previsão Eleitoral promovido pelo DCSPT-UA, pela Ria – Rádio Universitária de Aveiro e a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Os interessados têm até hoje, 15 de maio, às 23h59, para submeter a sua previsão dos resultados das eleições legislativas que se realizam no próximo domingo, dia 18.
Redação
Aberto a toda a comunidade UA — estudantes, alumnis, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão — o concurso convida à apresentação de previsões sobre a percentagem nacional de votos dos partidos com assento parlamentar, incluindo também uma previsão para o círculo de Aveiro e uma breve descrição da metodologia utilizada.
A avaliação será feita através do índice LSq (Least Squares Index), adaptado do conhecido Índice de Gallagher, e os três melhores participantes serão distinguidos com vales FNAC de 100€, 50€ e 20€, respetivamente. A melhor previsão para o círculo de Aveiro receberá uma menção honrosa.
A participação é individual e requer apenas um email com domínio @ua.pt. O formulário de participação e o regulamento completo do concurso estão disponíveis online:
A iniciativa pretende incentivar o pensamento crítico, o envolvimento cívico e a análise de dados, destacando o papel da Universidade de Aveiro no debate sobre as questões políticas e sociais da atualidade.
Recomendações
UA: Semana aberta do DCSPT começa já na próxima segunda-feira
A semana aberta arranca já na segunda-feira, 19 de maio, com uma oferta de “18 workshops, cursos e ações de formação dirigidos a estudantes de diferentes ciclos, investigadores e profissionais”. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria este será “um dia para experimentar novas ferramentas, desenvolver competências transversais e explorar temas emergentes nas áreas sociais, políticas e territoriais”. As inscrições são limitadas e podem ser efetuadas aqui. O primeiro dia terminará com uma análise aos resultados das eleições legislativas de 2025, num painel moderado pela Rádio Ria e com a leitura dos resultados eleitorais por Carlos Jalali e Eduardo Anselmo Castro, professores associados do DCSPT. A sessão será aberta a toda a comunidade. No dia seguinte, data em que se assinala também o aniversário do DCSPT, dar-se-á início à conferência internacional sobre políticas públicas e ciência de dados, centrada no tema “Territórios Inteligentes”. O evento procurará debater o “papel da ciência dos dados na criação e avaliação de políticas públicas mais eficientes, sustentáveis e inclusivas”. Assim, das 10h30 às 11h30 haverá uma primeira mesa-redonda “Do Desenho à Decisão: Estratégias para Territórios Inteligentes”, seguindo-se das 11h30 às 13h00 uma sessão plenária “Do Global ao Local: Estratégias Inteligentes para Territórios Inclusivos” e das 16h30 às 18h00 uma segunda mesa-redonda “Da Estratégia à Implementação: Perspetivas e Práticas no Terreno”. Na quarta-feira, 21 de maio, a conferência prossegue “com um foco reforçado na produção científica e partilha de investigação no contexto das políticas públicas baseadas em evidências”. Ao longo do dia irão ocorrer sessões paralelas “com apresentações de mais de 130 trabalhos”, “duas plenárias” e “cinco mesas-redondas”. Entre as sessões plenárias estará em discussão a temática do “Direito ao Futuro: Democracia Expandida na Era da Inteligência Artificial” e uma mesa-redonda com a temática “Governação Inteligente: Coesão Territorial, Participação Democrática e Inteligência Artificial”. No dia 22 de maio, a iniciativa arranca com as Jornadas de Administração Pública, um espaço de diálogo entre estudantes, docentes e profissionais sobre os desafios da administração pública no século XXI. “Serão debatidas as competências críticas para uma administração mais digital, colaborativa e centrada no cidadão, bem como os caminhos para integrar essas exigências nos programas formativos e nas estratégias de desenvolvimento profissional”, avança a nota. À tarde será colocado à prova o corpo e a mente com o “All in DCSPT”, um evento que inclui jogos de tabuleiro estratégicos e atividades lúdicas no terreno. No último dia, 23 de maio, a manhã será dedicada às comissões de curso, que dinamizam atividades pensadas para os seus estudantes e todos os interessados na oferta formativa do departamento. A programação inclui momentos de reflexão sobre os percursos formativos até sessões com alumni, oficinas temáticas e conversas inspiradoras. Nessa manhã, a Escola Secundária Dr. Mário Sacramento recebe o DCSPT, numa iniciativa do mestrado em Ciência Política que propõe um jogo para refletir sobre as democracias. À tarde, realiza-se o “OUT in DCSPT”, um espaço aberto para pensar e debater grandes questões sociais, como as desigualdades, a cidadania e a justiça social e territorial. A programação na íntegra pode ser consultada aqui.
Centro de Empreendedorismo da UA quer continuar a explorar a “matéria-prima” da universidade
Marta Marques, coordenadora da UA Coopera, destacou a importância desta celebração como marco de continuidade de um percurso que a UA tem vindo a traçar já há vários anos. "A UA foi uma das primeiras universidades que começou a apostar no empreendedorismo como desígnio, e, portanto, o aparecimento do centro acaba por ser resultado desse trabalho que já vem de alguns anos”, explicou. Recordando a história do espaço, Marta destacou que “estamos no edifício onde foi criada a incubadora da UA, que operou cá durante muitos anos”. Com a criação do Parque de Ciência e Inovação (PCI), a estrutura de apoio ao empreendedorismo interno transitou para novas instalações, reforçando a ligação com a região e com empresas da área da inovação. Ainda assim, a necessidade de manter um espaço dentro do campus persistiu. “Queremos garantir um local onde quem deseja desenvolver competências empreendedoras ou criar o seu próprio negócio possa ter apoio e trabalhar as suas ideias”, afirmou. Durante este primeiro ano, o Centro de Empreendedorismo realizou “84 atendimentos” a ideias de negócio, colaborou com professores em contexto de sala de aula e esteve presente em diversas iniciativas de promoção de competências empreendedoras. Ainda assim, Marta Marques admite, entre risos: "Se estamos contentes com o número de alunos que conseguimos atrair? Não estamos. Acho que também nunca vamos estar." Atualmente, o objetivo do centro passa por “plantar a semente” do empreendedorismo, essencialmente, nos estudantes. “A gente planta a semente, podemos ajudar ao crescimento dessa semente nas fases iniciais e, quando a empresa se cria, a gente entrega nas mãos capazes da incubadora da UA”, simplifica a coordenadora da UA Coopera. Entre os exemplos [de projetos] apontou a criação de uma mala para enfermeiros no Departamento de Ciências Médicas ou na Escola Superior de Saúde. “A ideia é haver um espaço que depois te possa apoiar no caminho que vem a seguir. Podemos chegar à conclusão que ainda não é aquela ideia que vai ser vencedora, mas esse caminho é um caminho do desenvolvimento das ideias das competências empreendedoras que são extraordinariamente úteis”, reforçou. Apesar do assinalar do primeiro aniversário, Marta lembrou que o trabalho está longe de estar concluído já que “o verdadeiro empreendedor nunca está contente com aquilo que tem”. “Nós costumamos dizer que os nossos alunos, a nossa comunidade, têm uma matéria-prima que ainda não está explorada. Há muito potencial que, com o devido contexto, poderá dar origem quer a profissionais mais capazes, quer a novas ideias no negócio. Portanto, o nosso trabalho nunca está fechado”, considerou. O Centro de Empreendedorismo da UA acompanha atualmente diversos projetos, a maioria ainda em “fase embrionária”, mas já existem casos de sucesso que servem de inspiração, como a Graphenest e a Sword Health, esta última considerada um “unicórnio”. “É só garantir que temos o contexto ideal", reforçou Marta Marques. Relativamente aos desafios futuros, Marta não esconde a ambição de tornar o centro ainda mais visível e central no campus. "Quanto mais centrais nós formos, mais pessoas conseguiremos chegar. (...) Era importante ter um espaço para que o empreendedor possa usar, quer para ter as suas próprias reuniões de trabalho (...), mas também com investidores, com potenciais clientes e afins", expôs. O evento culminou num momento simbólico de celebração, reunindo membros da academia, investidores e parceiros. "Ver toda a gente ali com o copo de champanhe a celebrar connosco faz-me acreditar que o trabalho dá frutos e que é possível continuar a sonhar, fazermos mais coisas e melhores", exprimiu a coordenadora da UA Coopera. Numa fase final da conversa, Marta Marques antecipou já o segundo aniversário, que espera que venha a acontecer num “espaço mais nobre, na nova zona das catacumbas". “Quanto mais centrais nós formos, mais pessoas conseguiremos chegar”, desejou.
ISCA-UA debate os desafios e oportunidades da profissão de contabilista esta quinta-feira
A iniciativa contará com uma conferência que procurará discutir “O Contabilista na Sociedade: Desafios e Oportunidades no Futuro da Profissão”. A abertura estará a cargo de Francisco Picado, diretor do ISCA-UA, pelas 14h00, seguindo-se um painel sobre o “Relato da Sustentabilidade e a Profissão”, pelas 14h15, com Margarida Louro, associate partner da CFA e Carla Santos, diretora financeira da Ciclo Fapril. Às 15h15 seguir-se-á um debate sobre a “IA e o Futuro da Profissão de Contabilista” que contará com a presença de Leonardo Silva, controller da Grestel; Vítor Martins, gestão com IA na Audivouga e Pedro Nuno, vogal do conselho diretivo da OCC. O encerramento, pelas 16h30, estará a cargo de Maria Conceição Tavares, diretora da licenciatura em Contabilidade. De seguida, haverá ainda um momento musical proporcionado pela MarnoTuna e um coffee break com networking. A pré-inscrição da iniciativa está disponível aqui. A organização do evento está a cargo da comissão de curso da licenciatura em Contabilidade.
Termina amanhã o prazo para participação no Concurso de Previsão Eleitoral
Aberto a toda a comunidade UA — estudantes, alumnis, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão — o concurso convida à apresentação de previsões sobre a percentagem nacional de votos dos partidos com assento parlamentar, incluindo também uma previsão para o círculo de Aveiro e uma breve descrição da metodologia utilizada. A avaliação será feita através do índice LSq (Least Squares Index), adaptado do conhecido Índice de Gallagher, e os três melhores participantes serão distinguidos com vales FNAC de 100€, 50€ e 20€, respetivamente. A melhor previsão para o círculo de Aveiro receberá uma menção honrosa. A participação é individual e requer apenas um email com domínio @ua.pt. O formulário de participação e o regulamento completo do concurso estão disponíveis online: Formulário de participação Regulamento completo A iniciativa pretende incentivar o pensamento crítico, o envolvimento cívico e a análise de dados, destacando o papel da Universidade de Aveiro no debate sobre as questões políticas e sociais da atualidade.
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Legislativas-Aveiro: Cabeças de lista debateram futuro dos jovens e problemas regionais
Os oito partidos que se apresentam às próximas eleições legislativas, que se realizam já este domingo, dia 18 de maio, estiveram presentes na passada quarta-feira no debate organizado pela Ria e pela AAUAv na Universidade de Aveiro (UA). As quase três horas de debate ficaram marcadas pelas intervenções de Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), Hugo Oliveira (PS), Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN). A primeira ronda de perguntas, dedicada às políticas de juventude, abordou temas como a habitação, emprego, educação e transportes e a sua relação com a emigração, em especial nas camadas mais jovens da população. Em 2024, aponta o Observatório da Emigração, cerca de 1,8 milhões de portugueses residiam no estrangeiro, 70% com idades entre os 15 e os 39 anos. Também o abandono estudantil, face às despesas com habitação e a propina, foi outro dos temas abordados. Os representantes foram consensuais no reconhecimento das problemáticas, mas as medidas vistas como prioritárias para inverter a situação foram diferentes. Os partidos mais à esquerda (Livre, BE e CDU) sublinharam a necessidade de aumentar salários e de investir em políticas públicas, nomeadamente na habitação, enquanto à direita (IL e Chega) centraram-se mais nas medidas de incentivo às empresas, de forma a atrair investimento e a criar emprego. Emidio Sousa (AD), deu nota de que é necessário “deixar de exportar jovens”, considerando que “as nossas políticas de emprego e de educação estavam a provocar um êxodo de portugueses para o estrangeiro e a sua substituição completamente desregrada por uma imigração descontrolada”. A afirmação foi repetida na ronda que abordou as perguntas do público e mereceu críticas por parte dos partidos à esquerda, nomeadamente PS, BE, CDU e Livre por se aproximar do discurso anti-imigração do Chega. Como solução para a saída de jovens de Portugal, Emídio apontou o “desenvolvimento económico e o investimento” e a necessidade de “inverter este êxodo dos portugueses”, reparando que o governo tem vindo a tomar medidas, embora reconheça que “é impossível fazer coisas em 11 meses”. Os candidatos mais à direita, nomeadamente Iniciativa Liberal e Chega, apontaram também a necessidade de voltar a captar os jovens que têm saído do país. O Chega propõe para tal “isentar os jovens de IRS até aos 100 mil euros”, bem como isentar de IRC as empresas “que tenham nos seus corpos gerentes empreendedores até aos 35 anos”. No mesmo sentido a IL acredita que é necessário “criar oportunidades (…) para que os jovens fiquem cá” e “criar riqueza”. “A carga fiscal é muito importante (…), mas para além disso temos de criar aqui uma condição positiva no país para que as empresas queiram crescer cá, para que pessoas como vocês [estudantes] queiram criar as vossas próprias empresas e postos de trabalho e para que consigamos atrair empresas para Portugal para criar postos de trabalho altamente qualificados”. A oposição (PS) destacou, por sua vez, que os jovens emigram “para onde os salários são mais altos”, considerando que a forma de manter os jovens no país passa por “qualificar e diversificar a economia” e “aumentar os salários”. Também o BE apontou que há problemas estruturais relacionados com a “regulação do mercado de trabalho, baixos salários e precariedade laboral”, salientando ainda “problemas de habitação e de acesso à habitação, que exigem a regulação do mercado de arrendamento”. “Há um défice de política económica, de capacidade de intervir sob os vários mercados com políticas integradas que possam realmente respeitar à solidariedade e à justiça”, terminou Luís Fazenda. A CDU contrapôs esta perspetiva, sublinhando que é “a ausência de políticas que respondam às necessidades dos jovens do nosso país” a principal causa da emigração jovem. Defendeu, ainda, que a valorização dos salários é essencial para permitir que os jovens consigam suportar o custo de vida e construir o seu futuro em Portugal. “A inversão das políticas que têm sido praticadas é uma necessidade, não é com a redução do IRS que se vai resolver o problema dos jovens, é sim com respostas objetivas do ponto de vista do emprego estável e justos, que permitam aos jovens viver dignamente”, sublinhou Isabel Tavares. A ideia foi também reforçada pelo Livre, que utilizou o salário espanhol como referência de atratividade em comparação ao salário português. “O Livre defende a subida do salário mínimo nacional para 1250 euros até ao final da legislatura”, apontou Filipe Honório, que defendeu ainda a necessidade de “crescer salários médios” e de “garantir serviços públicos”. “É com políticas sociais (…) que nós conseguimos reter pessoas”, frisou. O PAN entende “o bem-estar e a garantia autónoma da juventude” como “essencial para construir uma sociedade justa, (…) inclusiva e sustentável”. Para tal, defende “a criação de um programa de combate ao emprego precário” e o “incentivo de contratação estável para jovens qualificados na economia verde e na transição energética”. Ana Gonçalves reconheceu também a dificuldade no acesso à habitação como um obstáculo à fixação dos jovens no país defendendo por essa razão “um programa nacional de arrendamento acessível exclusivo para jovens até aos 35 anos”. Quanto ao abandono escolar, os partidos tenderam a concordar com a solução apontada pelo PAN, que prevê “a conversão dos edifícios públicos [devolutos] (…) para dar resposta à habitação estudantil”. A medida teve a concordância da generalidade dos partidos. Já a redução – ou mesmo a eliminação da propina, no caso da CDU - foi colocada em cima da mesa, mas não reuniu consenso. A medida não tem o apoio da Iniciativa Liberal que apontou a discordância por considerar que “a propina é uma pequena fração” dos custos associados ao ensino superior. “Quando olhamos para a universidade em Portugal, a universidade é frequentada por classe média alta. Devia de ser [mais] democrática do que o que é. As propinas são subsídios aos ricos e é curioso estar a ver a esquerda a querer subsidiar quem mais tem para colocar na universidade”, frisou Miguel Lopes. Emidio Sousa, da AD, partilhou a perspetiva. Note-se, ainda, que o governo de Luís Montenegro voltou esta legislatura a falar na possibilidade de descongelar as propinas, algo que esteve presente nas manifestações realizadas no Dia Nacional do Estudante. O Chega também não defendeu a extinção nem a redução da propina, apontando como solução a adoção de “algo parecido com o modelo inglês” onde “existe um valor de propina (…) que não é cobrado enquanto o aluno está na universidade, [mas] começa a ser cobrado quando o aluno entra no mercado de trabalho”. A mobilidade foi também uma das preocupações, não só por representar um custo para os estudantes, como também pela oferta pública ser considerada insuficiente, especialmente em Aveiro. A CDU criticou, inclusive, as filas que se formam em frente à estação de Aveiro, apontando que a adjudicação da empresa de autocarros aos privados “piora” a oferta. No debate foram ainda abordadas temáticas regionais, nomeadamente a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro, a abolição da totalidade das portagens da A25 e a ferrovia – com especial foco na renovação da Linha do Vouga e na passagem da Linha de Alta Velocidade em Aveiro, com a ligação Aveiro-Salamanca. A ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro foi uma questão onde existiu alguma unanimidade, com todos os representantes a assumir a necessidade do avanço da empreitada. Emídio Sousa apontou as várias etapas do processo, assumindo que “quatro anos é perfeitamente confortável” para que o Hospital de Aveiro possa avançar. Por sua vez, Hugo Oliveira lembrou que o primeiro-ministro foi desmentido por José Ribau Esteves relativamente ao Hospital de Aveiro, considerando “revelador” que Luís Montenegro desconheça “o estado em que se encontra” o processo do hospital. Note-se, no entanto, que o programa eleitoral do PS também não faz referência à referida unidade de saúde. Também Luís Fazenda considerou que a intervenção de Emídio “desmentiu” o primeiro-ministro. “Lamento, mas na verdade, neste momento, as palavras do primeiro-ministro são vazias, não tem ainda qualquer tipo de concretização”, apontou. O Chega criticou as posições do PS e do PSD, garantindo que os três deputados do Chega por Aveiro têm defendido a necessidade da empreitada. A IL apontou a importância do Hospital de Aveiro “para assegurar um hospital universitário para a UA para manter aquela que foi a grande conquista da universidade: a criação do curso de medicina”. À esquerda (BE, CDU e Livre) defendem a aposta e o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro como uma necessidade e mais-valia para a região. Quanto às portagens, o Partido Socialista apontou que as mesmas “têm sido reduzidas” tendo lembrado que o partido “se comprometeu a eliminar as portagens” e apontando que é um objetivo para o futuro. Também neste ponto houve unanimidade, com a Iniciativa Liberar a ser o único partido a defender o princípio do utilizador-pagador. “Não nos parece minimamente justo (…) financiar algo que não é utilizado por todos”, apontou Mário Amorim Lopes. Ainda assim, o deputado referiu que “por uma questão de igualdade” se devem eliminar “todos” os pórticos da A25. A ferrovia foi outro dos temas que gerou divisão. A vontade é que a Linha do Vouga, com trabalhos a decorrer neste momento, seja não só requalificada como também prolongada para outas zonas da região. Em simultâneo, a ligação ferroviária de alta velocidade entre Aveiro e Salamanca é também uma reivindicação da região, de forma a reforçar a posição de Aveiro não só a ligação internacional como também no Corredor Atlântico. Nesta matéria, a AD apontou que a prioridade relativamente à alta velocidade é a ligação Porto-Lisboa, tendo considerado que “tudo o resto neste momento é prematuro”. Quanto à Linha do Vouga, o representante do candidato da AD nota que “a aposta na requalificação da Linha do Vouga é uma certeza” e que “o que se pretende fazer no futuro é a eletrificação da linha [do Vouga] com comboios em bitola ibérica e a sua ligação em Espinho diretamente ao Porto”. Avisa, no entanto, que a reivindicação da região “vai levar o seu tempo”. Visão bem diferente é a dada por Hugo Oliveira. O representante socialista indicou que “a Linha do Vouga pode funcionar para esta região como metro de superfície”, assumindo que o “objetivo mesmo é trazer a linha do Vouga à Universidade e a Ílhavo e fazer a sua reparação na totalidade”. Hugo Oliveira expôs ainda que levar a Linha do Vouga até Espinho “como uma plataforma intermodal” é o que pode tornar a oferta mais competitiva. “Acham que o importante é nós entrarmos no comboio e sairmos diretos no Porto, não percebendo que a competitividade de um transporte público tem a ver com o custo, mas principalmente com o seu tempo”, apontou. O Chega considerou ser necessário “executar estas grandes obras para poder dar às populações alternativas de mobilidade”. A IL propôs que haja “uma junção em todas as capitais de distrito” relativamente à ferrovia, por considerar que a mesma “é um instrumento importante”. Sobre a Linha do Vouga o representante da IL considerou “fundamental trabalhar e melhorar o Vouginha porque de facto há uma grande assimetria aqui no distrito: no Norte do distrito os concelhos têm o apoio e estão próximos da Linha do Norte (…) mas de facto quem está mais para dentro (…) está dependente da Linha de Baixo Vouga e, portanto, é necessário reforçá-la”, afirmou. À esquerda, o BE perspetiva “o investimento na modernização e eletrificação da Linha do Vouga” como “um investimento absolutamente estruturante da região”. O bloquista repara ainda como necessário verificar “a interoperabilidade do passe ferroviário com os passes rodoviários das várias articulações existentes ao nível intermunicipal”. Na mesma linha, também a CDU aponta como necessária a requalificação da Linha do Vouga que deverá dar resposta a quem encontra habitação na periferia. “Durante anos fomos os únicos que defendemos que houvesse a requalificação da Linha [do Vouga] e que houvesse resposta às populações por onde ela passa que estão desprovidas de meios de transporte público”, atirou Isabel Tavares que olha ainda para a aposta na ferrovia como uma solução a nível ambiental e como uma forma de resposta à população. Também o Livre assegurou que quer “um futuro onde as pessoas (…) possam voltar a utilizar um meio de transporte que já aqui foi bastante defendido” para melhorar a “qualidade de vida das pessoas”. “Não é só a questão do meio de transporte, o Vouguinha foi essencial para o desenvolvimento não só industrial, como social e cultural daqueles territórios”, reparou. Filipe Honório defendeu ainda que a população está “agarrada” ao automóvel e que o investimento na mobilidade significa também “tempo e lazer” para muitas famílias. “É isso que nós quemos recuperar”, assegurou. Ana Gonçalves concordou com a perspetiva da esquerda (LIVRE, BE e CDU), trazendo para cima da mesa as preocupações da população e das empresas dos locais por onde vai passar a Linha de Alta Velocidade. “Não nos podemos esquecer do impacto que [a Linha de Alta Velocidade] vai ter nas populações que têm as suas casas e as suas empresas, que já estão muito preocupadas por onde é que vai passar a linha (…) tem de ser tudo muito bem pensado, muito bem refletido”, atentou a representante do PAN. Das perguntas enviadas pelo público, foi dado destaque à temática da imigração, nomeadamente no que diz respeito às medidas de combate à imigração ilegal e a medidas de integração das comunidades. De forma geral, PS, BE, CDU, Livre e PAN apontaram o seu rumo de ação para as medidas de integração das comunidades, enquanto a direita, PSD, IL e Chega, focaram-se nas medidas de combate à imigração ilegal. Do lado do PAN, LIVRE, CDU e BE o argumento utilizado é que é necessário acolher os imigrantes da mesma forma que os portugueses têm sido acolhidos em outros países. Além do mais, relembraram a atual contribuição dada pelos imigrantes na economia portuguesa. À direita, o PSD, como anteriormente referido, voltou a aludir à teoria da substituição considerando ainda que “precisamos de imigrantes, (…) mas [que estes] devem vir de uma forma ordenada e devidamente enquadrada no país”. A IL, por sua vez, reconhece que a imigração é “muito importante para Portugal”, mas considera que “não há sistema que aguente tanta gente ao mesmo tempo” e que “isto deu origem a situações que são indignas e desumanas”. Já o Chega aponta que o assunto “está na génese do nascimento do Chega” e que a solução do partido se prende com o “acabar com a imigração ilegal e criar um sistema de quotas em Portugal”. O último tema abordado – o da reforma eleitoral – mostrou que todos os partidos concordam com a ideia de ser uma ação necessária, mas o PS e o PSD assumem que não é um tema para “a próxima legislatura”. Da direita à esquerda, ainda que de formas diferentes, os partidos com menor representação parlamentar acusam os partidos do centrão de falta de vontade política em levar a reforma para a frente. Em Portugal, a eleição de mandatos faz-se através do método de Hondt, um método matemático que distribui os mandatos proporcionalmente ao número de votos, mas criticado por “tendencialmente favorecer os partidos maiores”, lê-se no site oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE).As críticas que têm vindo a ser feitas ao sistema eleitoral prendem-se com os “votos perdidos”, tendencialmente em partidos mais pequenos, que poderiam aumentar a representação parlamentar dos partidos e até fazer com que existissem mais partidos com representação parlamentar. Nas eleições legislativas de 2024, avança o Expresso, “mais de 10% dos votos válidos não foram convertidos em mandatos”, algo que se traduz no “desperdício” de “um em cada nove votos”. O artigo avança ainda que Portalegre é o distrito onde mais votos são desperdiçados e que o BE é o partido mais afetado. No debate, de forma unanime, foi reconhecida a necessidade de se proceder a uma reforma eleitoral, com o representante da AD a frisar que para tal, é “obrigatório” que haja “um amplo consenso político partidário”, algo que acredita existir. Também o representante socialista concordou, reparando que “o país fala muito pouco daquilo que é a regionalização”. “É difícil de o podermos fazer, mas é algo que está previsto na constituição”, reparou ainda o socialista. A IL discordou da perspetiva do PSD, por não acreditar “que os dois maiores partidos (…) do parlamento queiram verdadeiramente reformar o sistema eleitoral e sobretudo incluir um círculo de compensação que permita ir buscar estes 1.2 milhões de votos”. Também BE, Livre e PAN concordam com a perspetiva apontada pelos liberais, defendendo a tese de criar um círculo de compensação nacional. A CDU, por sua vez, reparou que “pode haver algum afastamento e desinteresse” da política por parte do eleitorado, mas considera que o mesmo é “fruto das políticas praticadas e não tanto do sistema eleitoral”. Já o Chega apontou a reforma eleitoral como uma “questão central” do seu programa, defendendo não só a criação do círculo de compensação nacional como também “a criação de círculos uninominais”. Defendem, no entanto, “uma diminuição do número de deputados na Assembleia da Republica”. O debate pode ser visto na íntegra através da página de Facebook da Ria. As eleições legislativas decorrem já este domingo, dia 18.
Ílhavo: Travessia da Ria a Nado com inscrições abertas até 13 de junho
A prova realiza-se no dia 6 de julho e prevê a participação de 160 atletas, num percurso de 750 metros, ligando as margens da Gafanha da Encarnação à Costa Nova do Prado. A concentração dos participantes está marcada entre as 11h20 e as 12h35, no Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação e a partida está prevista para as 13h06. As inscrições estão abertas até dia 13 de junho, ou até ser atingido o limite de vagas disponíveis, e devem ser efetuadas através da plataforma Lap2Go.
ASAE desmantelou casino ilegal em São João da Madeira
Em comunicado, a ASAE esclareceu que realizou uma operação de prevenção criminal, no âmbito do combate ao jogo ilícito num estabelecimento de restauração e bebidas, onde se procedia de forma ilícita e camuflada à prática reiterada de jogos de fortuna ou azar, no concelho de São João da Madeira. Durante a ação, segundo a ASAE, foi possível verificar que nessas instalações existia uma secção oculta, de acesso restrito e condicionado, onde, durante o período noturno, se praticava de forma reiterada o jogo de póquer, bem como diversos jogos do tipo ‘slot machines’, envolvendo elevadas quantias monetárias. “Como resultado da operação, foi desmantelado este casino clandestino e aberto um processo-crime pela prática dos crimes de exploração de jogos de fortuna ou azar fora dos locais legalmente autorizados”, refere a mesma nota. De acordo com a ASAE, foram também apreendidas quatro máquinas de jogo de fortuna ou azar, concebidas para se assemelharem esteticamente às utilizadas em casinos legalmente constituídos, 305 euros em dinheiro, bem como diversa documentação indiciária e probatória da prática organizada dos ilícitos em investigação. Segundo a nota de imprensa, o valor total da apreensão ascendeu a 17.000 euros. A ASAE refere ainda que foram constituídos arguidos dois indivíduos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR).
Partidos políticos condenam vandalismo no Monumento Evocativo da Muralha
O deputado municipal Pedro Pires da Rosa, eleito pelo Partido Socialista (PS), reagiu de imediato nas redes sociais. Apesar de recordar que "sempre" foi contra a construção deste monumento, deixou um "abraço de solidariedade democrática" e apelou à autarquia para que “apague o quanto antes os escritos” e divulgue os custos da intervenção. “Tenho esperança de que os meliantes se envergonhem do valor em que prejudicaram a comunidade e que naturalmente possam ser julgados pela prática deste crime público”, escreveu o socialista na sua página de Facebook. Também a Iniciativa Liberal (IL) condenou veementemente o vandalismo “como forma de protesto”. Em publicação nas redes sociais, o partido sublinhou que a “liberdade de expressão é um valor essencial em democracia”, mas que “a destruição ou o insulto não se justificam”. “O vandalismo apenas descredibiliza quem protesta e desvia o foco do verdadeiro problema”, lê-se. Sobre o próprio monumento, a IL considera que se trata de um “desperdício de recursos públicos” e defende que o espaço merecia “mais cuidado, mais integração urbana e menos vaidade”. “O resultado é um elemento dissonante, mal-enquadrado e sem valor acrescentado para os aveirenses. Aveiro precisa de investimento com propósito, não de obras simbólicas sem sentido”, remata o comunicado. João Moniz, dirigente da concelhia do Bloco de Esquerda (BE), também se pronunciou, condenando “este tipo de ações”. Para o bloquista, “a crítica em democracia não só é legítima como necessária e bem-vinda”, mas deve ser feita com “argumentos, debate e participação democrática”. “Em tempos de crescente demagogia e polarização, muitas vezes artificial, Aveiro merece mais”, concluiu. Por sua vez, Luís Souto de Miranda, presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e candidato pela Aliança Mais Aveiro à CMA às eleições autárquicas afirmou que “está na moda vandalizar monumentos”, criticando o que classificou como uma tendência de “atitudes verdadeiramente insolentes para com políticos, atirando tintas ou gritando insultos”. Para o autarca, este tipo de ações revela “uma crise de valores e uma ausência da mais elementar educação”. Recorde-se que o monumento em questão integra o projeto de requalificação do Adro da Sé de Aveiro, num investimento global superior a 740 mil euros, e foi concebido para evocar simbolicamente a antiga muralha da cidade. A Ria contactou a CMA, mas até ao momento não obteve qualquer comentário sobre o incidente.