Universidade de Aveiro tem 15 microcredenciais com candidaturas abertas
A Universidade de Aveiro (UA) tem abertas as candidaturas para um conjunto de microcredenciais, com o objetivo de oferecer "oportunidades únicas de aprendizagem ao longo da vida, em resposta aos desafios do mercado de trabalho e da sociedade atual", dá nota a instituição. As candidaturas, que decorrem na plataforma PACO candidaturas, decorrem até 30 de maio de 2025.
Redação
As microcredenciais são uma oferta formativa de curta duração, flexível e certificada e são dirigidas a todos os que pretendem atualizar ou aprofundar competências específicas. Cada microcredencial confere entre 2 a 6 ECTS, podendo ser realizada em regime presencial, híbrido ou totalmente online, dependendo da área e da tipologia da formação. Esta flexibilidade permite conciliar o percurso profissional com o desenvolvimento de novas competências.
Para formalizar a candidatura às microcredenciais, os interessados devem aceder à plataforma PACO candidaturas, clicar na microcredencial que pretendem e preencher todos os campos do formulário. O vídeo tutorial permite ajudar a formalizar as candidaturas. Com o objetivo de "tornar a educação acessível" a UA aponta ainda que é permitida a candidatura à Bolsa Impulso Adultos, que permitem o reembolso dos encargos do curso, mediante a conclusão e desempenho no curso.
Microcredenciais com candidaturas abertas:
Inteligência Artificial Generativa em Marketing Digital [candidaturas até 21 de abril];
Business Intelligence e Análise de Dados com PowerBI [candidaturas até 21 de abril];
Inovação e desenvolvimento de produtos alimentares [candidaturas até 21 de abril];
Comunicação para a Liderança [candidaturas até 21 de abril];
Observação, estudo e conservação das aves [candidaturas até 22 de abril];
Indústrias emergentes de música e gestão de carreira [candidaturas até 24 de abril];
Captação Investimento para Start-ups [candidaturas até 05 de maio];
Análise Avançada de Dados e Previsão [candidaturas até 06 de maio];
User Interfaces para Web com React [candidaturas até 07 de maio];
Pós-Produção Audiovisual e Efeitos Visuais [candidaturas até 07 de maio];
Análise de Dados em Folhas de Cálculo (+digital) [candidaturas até 08 de maio];
Inovação na mobilidade: ferramentas e métodos de análise [candidaturas até 13 de maio];
Negociação e Contratualização de Investimento em Startups [candidaturas até 15 de maio];
Interfaces de Realidade Virtual [candidaturas até 19 de maio];
Storytelling Digital [candidaturas até 30 de maio];
Recomendações
UA: Leonor Lopes é candidata à presidência da AAUAv
Em entrevista à Ria, Leonor explicou que a sua candidatura surge da convicção de que os estudantes enfrentam “entraves cada vez mais graves ao acesso e permanência ao Ensino Superior”. “A pressão no mercado de habitação está a intensificar-se, os preços continuam a subir e não existem residências suficientes para todos os estudantes. Há também outros entraves, a níveis mais específicos, regionalmente, como os transportes e também com o facto de a ação social ser insuficiente”, enumerou. Na sua visão, a associação liderada por Joana Regadas tem desenvolvido um trabalho relevante, mas a estudante acredita que é possível “ir mais longe”. “A minha candidatura propõe-se a ir mais longe na reivindicação dos direitos dos estudantes e a mobilizar muito mais estudantes do que têm sido mobilizados para esse tipo de causas recentemente”, referiu. Sobre como mobilizar mais estudantes para as reivindicações da AAUAv, a estudante apontou como exemplo a mobilização dos estudantes, em Lisboa, contra o aumento das propinas. “A Associação Académica posicionou-se contra o aumento da propina, (…) mas o que aconteceu em Aveiro é que não levámos tantos estudantes como eu acredito que (…) a Universidade de Aveiro tem potencial de levar para esta manifestação”, afirmou. No seguimento, Leonor Lopes apontou que é necessário um maior contacto da AAUAv com os estudantes. “Existem contactos pelas redes sociais da Associação Académica que chegam a muita gente, mas são necessárias iniciativas feitas presencialmente nos campus da Universidade, em que chamassem, por exemplo, estudantes a ouvir e a falar ao microfone”. Sem querer revelar pormenores sobre a sua lista, a estudante de 20 anos adiantou que Bernardo Santos será o mandatário da candidatura. “O Bernardo Santos é um colega que sempre partilhou destas opiniões de que o espaço académico também é um espaço reivindicativo”, descreveu. Leonor Lopes disse ainda que, além da direção, a sua candidatura vai concorrer também à Mesa da Assembleia Geral (MAG) e ao Conselho Fiscal e de Jurisdição (CFJ). Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, também Joana Regadas, atual presidente da direção da AAUAv já anunciou que será recandidata ao cargo. Lembre-se que, como noticiado, a entrega de listas para a AAUAv encerrou na passada quarta-feira, 3 de dezembro, pelas 23h59. O dia de ontem e de hoje, 5 de dezembro, são destinados à “correção e suprimento de deficiências e decisão sobre as candidaturas”, com as candidaturas aceites a ser publicadas a 9 de dezembro. A campanha eleitoral tem início a 10 de dezembro, quarta-feira, e prolonga-se até dia 16, terça-feira. Depois do dia de reflexão, as votações decorrem ao longo do dia 18, quinta-feira, com os resultados a serem publicados no dia seguinte.
RJIES passa o teste mais fácil e é aprovado na generalidade no Parlamento
O debate parlamentar realizado na véspera revelou, contudo, que o consenso está longe de estar alcançado. A discussão expôs clivagens profundas sobre a governação das universidades e politécnicos, sobre os limites da autonomia institucional, o papel dos membros externos nos órgãos máximos e até sobre a própria estrutura do sistema binário do Ensino Superior. Ainda que esta primeira votação valide apenas os princípios gerais do diploma, quase todas as bancadas anteciparam que a especialidade poderá alterar significativamente o texto final. A sessão começou com a intervenção de Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS, que recuperou o percurso político da proposta e criticou a interrupção sofrida na legislatura anterior. “Já na legislatura anterior o Governo tinha agendado na Assembleia da República a discussão para revisão do RJIES, mas o assunto acabou por não avançar porque as oposições se uniram para derrubar o primeiro Governo da Aliança Democrática”, recordou, insistindo que “graças à espiral destrutiva das oposições, esta reforma foi adiada.” Para o centrista, a proposta agora apresentada “vai no bom caminho porque reforça três pilares fundamentais do Ensino Superior: a flexibilidade, a autonomia e a responsabilidade.” Seguiu-se o PS, que procurou enquadrar o debate no contexto alargado das reformas iniciadas em 2022 e interrompidas por dissoluções parlamentares. Porfírio Silva lembrou que “o processo de revisão do RJIES começou em 2022, passou por duas dissoluções do parlamento, vamos ver se é desta”, reafirmando a disponibilidade socialista para “uma discussão em especialidade rica, plural, de aprofundamento das soluções.” Porém, sinalizou reservas face ao modelo apresentado pelo Governo, alertando que “é preocupante que a proposta do Governo pareça promover a homogeneização. No fim de contas, todas as Instituições de Ensino Superior concorrerão para serem universidades”. As preocupações socialistas foram ecoadas mais tarde por Aida Carvalho, deputada socialista que sublinhou o papel histórico do PS na valorização do politécnico - desde a introdução dos doutoramentos até à criação da categoria das universidades politécnicas - destacando o trabalho realizado pelo último Governo socialista, que em 2023 criou uma comissão independente para avaliar o RJIES. Por último, a deputada aproveitou para antecipar uma das matérias centrais que o PS pretende alterar na especialidade: a composição e ponderação eleitoral dos órgãos máximos das instituições. “Quer para a eleição do Conselho Geral, quer para a eleição do reitor, apresentamos os seguintes critérios de ponderação: 45% para os docentes e investigadores, 25% para os estudantes, 15% para o pessoal técnico e administrativo e 15% para membros externos.” Esta proposta contrasta com o modelo do Governo, que concede maior liberdade às instituições na definição desses pesos, criando tetos mínimos (10%) e máximos (50%). Do lado do PSD, o deputado Bruno Faria procurou valorizar o processo de auscultação conduzido pelo Executivo e insistiu que o RJIES vigente se encontra ultrapassado. Defendeu que a proposta foi “construída com diálogo, que ouviu a sociedade, as instituições, os estudantes, os professores e investigadores e o pessoal técnico” e reforçou que “durante demasiado tempo este regime jurídico não acompanhou a evolução das instituições.” Para os sociais-democratas, a proposta clarifica e fortalece o sistema binário, permitindo que Portugal afirme “com clareza” universidades com vocação académica e científica e universidades politécnicas com forte orientação para o conhecimento aplicado - alinhando o país com o espaço europeu de Ensino Superior. No final do debate, a deputada social-democrata Ana Gabriela Cabilhas reiterou a expectativa de que a discussão na especialidade decorra com “lealdade institucional” e deixou uma crítica ao PS e ao Chega, lembrando que “se uniram recentemente para evitarem o descongelamento das propinas no Ensino Superior”, alertando para o risco de nova convergência que “desvirtue” a proposta do Governo para o novo RJIES. À esquerda, o PCP marcou a sua completa discordância com a arquitetura do sistema atual. Paula Santos defendeu que “a existência de dois subsistemas de ensino, apesar de atribuírem os mesmos graus académicos, só tem contribuído para a perpetuação de desigualdades”, argumentando que esta diferenciação tem levado “à desvalorização do ensino superior politécnico e à sua estigmatização.” Para o PCP, a solução passa por abandonar o sistema binário e adotar “um sistema único de Ensino Superior que elimine a separação artificial entre universidades e politécnicos.” A deputada rejeitou também o regime fundacional, afirmando que “a transformação das instituições em fundações insere-se na estratégia de privatização e mercantilização em curso (…)”. O partido propõe substituir o Conselho Geral por um Senado composto apenas por membros internos e criar uma Assembleia da Instituição para a eleição do reitor. O Bloco de Esquerda, pela voz de Mariana Mortágua, centrou a crítica na aproximação entre governação universitária e modelos empresariais. “O Governo insiste no mesmo modelo, que mercantiliza, que trata o ensino universitário como se fosse uma empresa e que subjuga os interesses da investigação e do ensino de qualidade aos interesses do mercado”, afirmou, mantendo a oposição bloquista ao regime fundacional e à participação de membros externos na governação das instituições. Em sentido inverso, o Chega colocou a ênfase na necessidade de reforçar a autonomia institucional e reduzir a intervenção do Estado. Rui Cardoso defendeu que “deve ser valorizada a autonomia, a sustentabilidade, a eficiência e a democraticidade nas instituições” e insistiu que “não deve ser o Estado a impor, devem ser as instituições. Deve ser quem está no terreno, quem melhor conhece, a decidir sobre o futuro das suas instituições.” Apelou ainda a uma lei “menos burocrática, estável no tempo, de longo alcance temporal” e criticou aquilo que considerou uma excessiva interferência política: “Durante anos de mais permitimos que a classe política capturasse aquilo que é a investigação científica e aquilo que é a Academia em Portugal.” Também a Iniciativa Liberal manifestou abertura ao trabalho em especialidade, destacando que pretende rever a duração do mandato do reitor e defendendo que o provedor do estudante deve ter um modelo colegial refletido também no seu funcionamento e não apenas na sua forma de eleição A deputada liberal sublinhou ainda que o pessoal não docente “não pode ser menorizado” e concordou com a manutenção de membros externos no Conselho Geral. Com posições tão diferentes, a votação da generalidade representa apenas um primeiro passo num processo que se prevê prolongado. A aprovação valida os princípios orientadores do diploma, mas não fixa a sua forma final. O texto seguirá agora para análise detalhada na Comissão de Educação e Ciência, onde será sujeito a audições com instituições, sindicatos, associações estudantis, etc, bem como a propostas de alteração dos partidos, antes de regressar ao plenário para votação final global. Só então poderá seguir para promulgação pelo Presidente da República. Desta forma, o processo que agora se inicia antecipa vários meses de intensa negociação política, num cenário onde praticamente todas as bancadas já anunciaram a intenção de alterar pontos centrais do diploma apresentado pelo Governo.
GrETUA recebe sessão de curtas-metragens seguida de concerto e DJ set no sábado
Segundo explica o grupo universitário, o mote para esta noite será dado pela sessão de curtas Porto Femme, que seguirá a linha do festival de cinema feminista promovido pela XX Element desde 2016, o Porto Femme Film Festival. Segue-se depois o concerto dos Youth Yard, banda vianense constituída por Gonçalo Azevedo, Katie Sousa, Diogo Costa, Hanna Rios e João Quinhentas, que desde 2022 assinaram já os álbuns “Yard Sale” (2023) e “Straight to the Point” (2024). A banda, que se estreia em Aveiro este fim-de-semana, “navega pelas sonoridades do post-punk e do garage rock” e “tem feito bastante estrada no circuito alternativo”, diz a nota. O evento termina com o DJ set de Mayan, artista sonora na área da música eletrónica, que levará o resto da noite ao som hipnótico do house, do psytrance e do deep techno. O evento não requer reserva, mas os bilhetes à porta terão um custo de 4 €.
Joana Regadas vê reforma da ação social como passo positivo, mas pede “maturação” do projeto
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação apresentou na passada quarta-feira, 3 de dezembro, uma proposta de reforma do sistema de ação social no ensino superior. A iniciativa pretende garantir, segundo um comunicado divulgado, “que todos os estudantes têm condições para frequentar e concluir um curso, independentemente da sua situação económica”. A proposta assenta “num novo método de cálculo da bolsa” e está dividido em três etapas: o custo real de vida passa a ser calculado para “cada concelho onde exista oferta de ensino superior, incluindo despesas com propina, alimentação, transporte e alojamento” e passa ainda a ser feita uma “diferenciação entre estudantes não deslocados e estudantes deslocados, garantindo que o apoio é proporcional aos encargos suportados”; aos agregados familiares “com rendimentos abaixo do limiar da pobreza” passa a ser “atribuída a bolsa máxima ao estudante” e o valor da bolsa a atribuir passa a ser calculado através do “custo real de estudar no concelho e o rendimento que a família pode disponibilizar ao estudante para frequentar o ensino superior”. “Se a diferença for positiva, o estudante recebe bolsa”, explicou a nota. Além do mais, a reforma inclui ainda a criação de um bolsa de incentivo, destinada aos “estudantes beneficiários do escalão 1 do abono de família”, que será atribuída automaticamente aquando da matrícula no primeiro ano do Ensino Superior, com um valor de “1045 euros anuais”. “Este apoio extra pretende, mitigar os custos iniciais de ingresso e reduzir a incerteza enfrentada pelos estudantes mais vulneráveis, promovendo uma transição mais estável e segura para o Ensino Superior”, justificou o MECI no comunicado. Em entrevista à Ria, Joana Regadas admitiu ver as propostas como mais um passo positivo. No entanto, frisou ser necessário “maturar um pouco mais o projeto”. “Obviamente, que as linhas orientadoras que foram tratadas são importantes (…), mas é necessário discutirmos e percebermos como será a aplicabilidade porque queremos garantir que é mais progressiva a atribuição da bolsa e que também é mais previsível para os agregados familiares”, afirmou. Para a presidente da AAUAv há também questões que “necessitam de ser respondidas”, nomeadamente, no que toca à atribuição das bolsas de incentivo. “Acho que é necessário percebermos um pouco melhor como é que será feita a sua atribuição, mas obviamente que considero que é mais um passo no caminho de valorização do ensino superior”, rematou. No comunicado, o MECI recorda que a proposta foi apresentada, na passada quarta-feira, ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), ao Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), à Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP) e às Associações e Federações Académicas” e que teve como ponto de partida “o diagnóstico realizado pela Nova SBE”. A nota refere que o estudo demonstrou “limitações estruturais” no regime atualmente em vigor e o impacto das bolsas na redução do abandono escolar. “O estudo evidencia que o sistema atual é pouco progressivo e não cobre de forma adequada as despesas dos estudantes”, lê-se. O Ministério da Educação, Ciência e Inovação dá ainda conta que no ano letivo de 2024/2025 foram atribuídas “84.215 bolsas de ação social”. Destes, “mais de 70%” receberam a bolsa mínima, “que é atribuída a todos os estudantes com rendimento per capita entre os 11 e os 23 IAS (5 748€ e os 12 018€) e que corresponde a um valor de 125% do valor da propina de licenciatura”. “A atribuição da bolsa mínima para um intervalo de rendimentos tão alargado é uma das fragilidades do atual sistema”, frisou. O Governo destaca ainda que, “o atual modelo de apoios ao alojamento, o principal custo de frequência do ensino superior, não responde adequadamente às necessidades dos estudantes deslocados, que suportam custos elevados”. De acordo com o comunicado, “apesar de existirem cerca de 35 mil estudantes bolseiros deslocados, apenas cerca de 15 mil recebem complemento de alojamento”. Segundo o Ministério, o diagnóstico sublinhou a “necessidade de um sistema de ação social ajustado ao rendimento de cada estudante e aos custos associados a estudar numa determinada à localização”.
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ÁTOA, Miguel Araújo e Némanus entre os artistas em destaque nas Festas em Honra de São Gonçalinho
Foi ao som do grupo ÁTOA que a Mordomia de São Gonçalinho apresentou esta sexta-feira o cartaz das tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho para 2026. Questionado pela Ria à margem da apresentação sobre a escolha do cartaz, Osvaldo Pacheco, juiz da mordomia, referiu que é um “fio condutor” em relação ao do ano anterior. “Objetivamente, procuramos que houvesse um fio condutor e que houvesse alguma continuidade. Achamos que faz algum sentido, tradicionalmente, as pessoas encontrarem algo que já estão habituadas porque isso fideliza”, explicou. Sobre o orçamento deste ano, Osvaldo Pacheco adiantou que o mesmo ainda não está fechado. “Há coisas que ainda estão em aberto. Como eu costumo dizer, em relação ao orçamento, prognósticos só no final do jogo”, brincou. Interpelado ainda sobre o tamanho da tenda instalada no Rossio, o juiz da mordomia frisou que será a “mesma do ano passado”. “Ligeiramente maior do que há dois anos e, portanto, penso que a tenda é suficientemente grande para o evento e há sempre a hipótese de abrir as laterais- se o tempo estiver bom. Na prática, podemos funcionar no Rossio como se não tivéssemos tenda, mas tudo dependerá do São Pedro e dos acordos que o São Gonçalinho tiver com o São Pedro”, frisou. Relativamente à venda de cavacas, Osvaldo Pacheco sublinhou que estão a correr “dentro do esperado”. “Aquelas pessoas em que a decisão está tomada já começaram a fazer as suas encomendas e, portanto, como nós temos stock limitado existe muita gente que vem à última da hora, mas aí já não temos hipótese”, disse. “Quem tem a vontade de comprar cavacas deve-o fazer o mais rápido possível”, desafiou. Além da programação anunciada, o juiz da mordomia avançou ainda que há outras novidades a caminho “que não cabem no cartaz”. “Vamos ter atividades para todas as idades, para todos os tipos de interesses, e vamos ter pela primeira vez a exibição de filmes realizados no DeCA, na Universidade de Aveiro, sobre a festa e a discussão sobre esses trabalhos”, atentou. Sobre os desejos para estas festividades, Osvaldo Pacheco foi direto: “Que esteja bom tempo”, gracejou. Os festejos em Honra de São Gonçalinho começam no dia 8 de janeiro, quinta-feira, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, seguindo-se a arruada pelas 9h30. Pelas 18h00, terá ainda lugar a eucaristia. A noite prossegue, no Palco Glicínias (no Rossio), com a atuação da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), pelas 21h00 e com a atuação da Tuna Universitária de Aveiro, pelas 22h00. O primeiro dia finaliza com Alma de Boquerón, pelas 23h30 e com DJ Kold pelas 1h00. O Grupo Coral Vera Cruz atuará ainda na capela pelas 00h00. O dia seguinte, 9 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e a arruada pelas 9h30. A tarde prossegue, no Palco Glicínias, com a animação sénior, pelas 14h00, seguindo-se a atuação do grupo ÁTOA, pelas 22h00 e o espetáculo pirotécnico pelas 00h00. A noite finalizará, pelas 00h30, com o grupo “Johnwaynes”. Já no sábado, a programação da manhã mantém-se [“Salva 21 tiros” e arruada], sendo que na parte de tarde haverá ainda eucaristia pelas 17h30. A noite prossegue no Palco Glicínias com a atuação de Miguel Araújo, pelas 22h30, com o espetáculo pirotécnico, pelas 00h00, e com o DJ Zé Gabriel & DJ André Neto, pelas 00h30. O domingo, 11 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia (com o Grupo Coral Vera-Cruz), pelas 11h00. A partir das 16h00, no Palco Glicínias, seguir-se-á pelas 16h00 a atuação da Faina, pelas 22h30 o “Tributus Pink Floyd Reverence Show” e com o “Afrobrothers”, pelas 00h30. As tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho terminam na segunda-feira, 12 de janeiro, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia, pelas 9h30. No Palco Glicínias estará ainda a acontecer pelas 10h30, o papa cavacas e pelas 18h00, a grande arruada. Este dia o destaque vai ainda para a atuação de Némanus, pelas 22h30, e para o espetáculo piromusical, pelas 00h00. As festas de São Gonçalinho realizam-se anualmente no fim de semana mais próximo do dia 10 de janeiro, dia de São Gonçalinho. As festividades são marcadas pelo pagamento de promessas ao santo em agradecimento ao seu poder de cura de doenças ósseas e à sua capacidade de resolver problemas amorosos. Em troca, os aveirenses e forasteiros atiram quilos de cavacas [doce conventual] da cúpula da capela de São Gonçalinho para o público.
Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro condiciona trânsito este sábado
A Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro, que integra uma caminhada de 5 km e uma corrida de 10 km, realiza-se este sábado. Como tal, estão previstos condicionamentos de trânsito em vários dos arruamentos centrais da Cidade, entre as 16h30 e as 21h30. No Cais da Fonte Nova, onde será feita a partida e a chegada da prova, o corte do trânsito será por um período mais alargado, ou seja, das 07h00 até às 21h30. Nas ruas de acesso ao percurso da prova poderão ainda surgir novos constrangimentos. No Cais da Fonte Nova será feita a reserva de todos os lugares de estacionamento. De acordo com a nota, o percurso da Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro seguirá pelas seguintes vias, com corte total de trânsito: Cais da Fonte Nova, Av. Congressos da Oposição Democrática, Rua doEng. Oudinot, Av. Dr. Lourenço Peixinho, Rua do Clube dos Galitos, Rua da Liberdade, Rua da Arrochela, Rua do Clube dos Galitos, Rua do Batalhão de Caçadores 10, Av. 25 de Abril, Av. de Francisco Sá Carneiro e Rua Manuel J. Braga Alves (paralela).
PS, PSD e CDS juntos na eleição para a Assembleia da CIRA; Comissão de Proteção Civil gera discórdia
A Assembleia Municipal da quarta-feira passada começou com um consenso entre os maiores partidos representados. PSD e CDS, que se candidataram juntos como ‘Aliança com Aveiro’, chegaram a um entendimento com o PS para apresentar uma lista conjunta para representar a AMA na Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). A lista única que se candidatou era constituída por: Joaquim Marques (PSD), Sónia Gomes (PSD), Armando Peres (PSD), Gonçalo Caetano Alves (CDS), Fernando Nogueira (PS) e Rosa Venâncio (PS). Como suplentes ficaram Manuel Cartaxo (PSD), Ana Oliveira (PSD), João Ribeiro (PS) e Rosa Aparício (PS). Após uma votação, em que os presidentes das Juntas de Freguesia não participaram, totalizaram-se 20 votos favoráveis e cinco votos brancos. Onde a discussão não foi tão pacífica foi na eleição de um presidente de Junta para a Comissão Municipal de Proteção Civil. Embora os socialistas achassem que Bruno Ferreira – o único presidente de Junta eleito pelo PS – devia ocupar o cargo, uma vez que liderava a maior e a mais urbana freguesia do concelho, o resto da Assembleia teve um entendimento diferente. Durante o período de discussão, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, saiu em defesa do colega Nelson Santos, presidente da Junta de Cacia, e advogou que a mudança não fazia sentido. A votação acabou por ser expressiva em benefício do social-democrata, que reuniu 21 votos contra os dez de Bruno Ferreira. Contaram-se ainda quatro abstenções. No seguimento das eleições, Catarina Barreto foi ainda a escolhida para representar a AMA no XXVII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), tendo como substituto Óscar Ratola Branco, da Junta de Santa Joana. Já Miguel Silva, da Junta de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, e Sara Rocha, presidente da Junta de Eixo e Eirol, foram eleitos para a Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais. Carolina Santos, presidente de Junta de Oliveirinha, foi a escolhida para integrar o Conselho Municipal de Educação de Aveiro. Ângelo Ferreira foi o cidadão eleitor apontado para a Comissão Alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro. O ponto sete da discussão, “Delegação de Competência Genérica no Presidente da Câmara Municipal para autorização previa de compromissos plurianuais”, foi introduzido por Luís Souto, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), como o mais importante da discussão. Segundo explica o autarca, a proposta do executivo era para que “não tivesse que vir tudo à Assembleia até determinado limite, neste caso os 500 mil euros, para essas autorizações dos compromissos plurianuais”. Do lado da oposição, PS e Chega entenderam votar a favor da proposta. Para João Ribeiro, deputado socialista, a aprovação da proposta prende-se com a ideia de que “a dinâmica de gestão pública exige celeridade”. Já Armando Grave, do Chega, considerou que o voto do partido consubstanciava um voto de confiança e uma “imputação de responsabilidade” ao próprio Luís Souto. O único outro opositor presente, a Iniciativa Liberal – o Livre não esteve na AMA – foi quem levantou mais dúvidas. A deputada liberal Cláudia Rocha assinalou que o valor limite aumentou dez vezes em relação ao mandato passado e questionou que “necessidades concretas” ou “compromissos assumidos” tinha o executivo. A eleita perguntou ainda a Luís Souto se ia ser feita uma “avaliação prévia de risco financeiro para cada compromisso plurianual assumido” e quis saber o porquê de a votação desta delegação de competências não acompanhar a votação do Orçamento Municipal e das Grandes Opções do Plano (GOP). Luís Souto respondeu que a autarquia tem de aproveitar “os mecanismos para aliviar a máquina do Estado”: “[A IL] pergunta: «Mas porquê um valor tão alto?» Foi o legislador que assim o considerou, porque teve a noção de que este país não anda para a frente”. Na mesma senda, o presidente atacou a Iniciativa Liberal, que disse querer “assumir o papel de grande controlo” quando se afirma “tão amiga da facilitação, da liberalização e de soltar amarras da nossa sociedade”. Quanto à possibilidade de este ponto vir a ser votado numa outra Assembleia, Luís Souto apontou que “há necessidade que esteja acautelada (…) para podermos dar andamento a uma diversidade de procedimentos”. Na votação, todos os partidos se pronunciaram a favor, à exceção dos dois deputados liberais, que se abstiveram. O segundo ponto da ordem de trabalhos que mais discussão gerou foi o ponto oito – “Aquisição de serviços de diagnóstico e avaliação do potencial risco de rutura de árvores, pelo período de 24 meses - autorização para a assunção de compromissos plurianuais”. Fernando Nogueira, deputado eleito pelo Partido Socialista, fez notar que a empresa que ia prestar o serviço à autarquia era a “Floresta bem cuidada”. Ora, segundo aponta, esta é a mesma entidade responsável pelos “serviços de poda e abate de árvores” no Município. Dirigindo-se ao presidente, o socialista questionou se “parece racional e adequado que a empresa contratada para o abate de árvores também seja aquela que faz a sua avaliação sanitária e do seu possível abate”. “Não lhe parece que os perfis de prestação de serviços conflituam entre si?”, acrescentou. Luís Souto recusou as incompatibilidades sugeridas pelo deputado e ironizou: “Se calhar o senhor deputado acha que tem de se criar uma empresa «Só fazemos podas» e outra «Só analisamos se estão podres»”. No mesmo registo, o autarca disse também que, “daqui a mais, uma empresa só pode martelar pregos e outra só pode apertar porcas porque pode haver [incompatibilidade]”. Segundo afirma também o presidente, não devem existir muitas empresas com as competências da “Floresta bem cuidada”, pelo que descarta a problemática levantada por Fernando Nogueira. Da parte da Iniciativa Liberal, o deputado Diogo Gomes colocou uma série de questões sobre o trabalho que a empresa fez nos últimos 24 meses na autarquia. O liberal apontou ainda que a perceção de que o Município tem a “motosserra como primeiro recurso” acaba por corroer a confiança dos cidadãos e pediu a valorização do património arbóreo. Na votação, PS absteve-se e os restantes partidos votaram todos a favor da proposta.
Luís Souto reage à abolição das portagens na A25: “Quem gosta de pagar? É uma boa notícia”
“Quem é que gosta de pagar? Ninguém gosta de pagar, portanto é uma boa notícia”, responde Luís Souto quando confrontado com a posição da Câmara Municipal em relação à eliminação de todas as portagens na A25. Recorde-se que, no passado dia 26, por proposta do Partido Socialista durante a discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2026, foi aprovado o fim as portagens restantes na A25. PS, Chega, IL, Livre, PCP, BE e JPP votaram a favor, o PAN absteve-se e PSD e CDS foram contra. O presidente da autarquia não ataca a posição dos partidos que o apoiaram na corrida à Câmara, PSD e CDS, e aponta que o Governo “tem um quadro geral para ponderar nesta situação das portagens”. No entanto, Luís Souto sublinha que “obviamente sempre defendeu a abolição desses pórticos” e que “a posição da CMA é a mesma de sempre”. A posição do atual presidente é coincidente com aquilo que também já tinha sido exposto pelo seu antecessor José Ribau Esteves. À Ria, o ex-presidente disse que se tratava de “uma vitória para Aveiro infelizmente muito demorada”. “O Governo e os partidos que o suportam foram contra por questões de princípio e porque queriam uma solução global para o país, com uma estratégia de redução gradual das portagens”, explicou também. O mesmo não se pode dizer de Firmino Ferreira, deputado à Assembleia da República pelo PSD e presidente da concelhia de Aveiro do partido. Em resposta escrita à Ria, o líder concelhio acusou os socialistas de quererem acabar com as portagens “à pressa” e defendeu que o Governo queria “desbloquear a situação de forma sustentada”. Lembre-se que o fim das portagens nas ex-SCUT foi aprovado em 2024 por intermédio de uma proposta do PS. Na altura, os socialistas esqueceram que na A25 existiam duas concessões - a Concessão “Costa de Prata” e a Concessão “Beiras Litoral e Alta” – e, portanto, só numa delas é que a medida surtiu efeito. Assim, depois de 1 de janeiro de 2025, continuaram a pagar-se portagens em três pórticos: Esgueira-Aveiro Nascente, Estádio-Angeja e Angeja-Albergaria.