RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Legislativas: Isabel Cristina Tavares (CDU) espera “inverter” resultados das últimas eleições

Isabel Cristina Tavares, operária têxtil, é a cabeça de lista da CDU (PCP-PEV) pelo círculo do distrito de Aveiro nas eleições legislativas que se realizam no dia 18 de maio.

Legislativas: Isabel Cristina Tavares (CDU) espera “inverter” resultados das últimas eleições
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
11 abr 2025, 18:22

Em entrevista à Ria, Isabel Tavares confessou que “não esperava o convite” para ser cabeça de lista do partido. “Nas últimas legislativas, há um ano, eu fui a segunda da lista pelo círculo de Aveiro. Portanto, não esperava o convite, mas não foi surpreendente. Digamos que estou normalmente disponível para tarefas desta natureza, seja nas legislativas, seja nas autárquicas”, afirmou. “Tenho feito parte de diversas listas no distrito de Aveiro, inclusive nas últimas para o Parlamento Europeu também. Não foi uma surpresa, mas também não era algo que eu estivesse assim à espera”, confidenciou.

Isabel Cristina Tavares tem 54 anos, é operária têxtil e, atualmente, desempenha funções de Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil, Vestuário, Calçado e Curtumes – Aveiro, Viseu e Guarda e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Calçado e Peles de Portugal. É também membro da Comissão Executiva da Direção da União de Sindicatos de Aveiro e da Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN e do Comité Central do PCP.

Confrontada pela Ria com os resultados alcançados pelo partido nas últimas eleições legislativas, que ocorreram no ano passado, em que a coligação alcançou apenas “1.38% dos votos”, Isabel reforçou que o “distrito precisa mesmo de ter alguém que leve os problemas à Assembleia da República (AR) com rigor”. “Nós temos deputados eleitos do distrito na AR, mas o que constatamos é que os problemas da população e aquilo que são as necessidades do distrito ficam para segundo, terceiro, quarto plano e estão direcionados para outras áreas da economia, e enfim, não dão o devido valor àquilo que são de facto as necessidades do distrito e das populações na medida do tempo”, criticou.

Sobre os baixos resultados alcançados pelo partido, a cabeça de lista opinou que Aveiro é um “distrito muito complicado” por “assentar muito à direita”. “O PCP/CDU faz um trabalho de proximidade às populações, aos trabalhadores (…), mas é um trabalho difícil, porque nós não temos na comunicação social, salvo honrosas exceções como é a vossa, o tempo de antena que os outros têm”, lamentou. “Temos, neste momento, um problema muito sério, que as opiniões e as decisões fazem-se e tomam-se com aquilo que a comunicação social passa, e nem sempre a comunicação social tem passado a mensagem correta acerca do PCP”, continuou. Isabel Tavares realçou ainda que tem esperança de que nestas eleições “as coisas se invertam” para que “haja uma voz presente dos aveirenses naquele quadro de discussão que é de facto muito importante”.

Entre as principais preocupações apontadas no distrito de Aveiro, a cabeça de lista começou por referir a questão da habitação. “Nós temos aí muitos problemas do ponto de vista da habitação e uma ausência de resposta àquilo que são as necessidades. Se vamos para o centro da cidade, aquilo que vimos construir é um tipo de construção que não é para o comum trabalhador que ganha o salário mínimo nacional. São construções elitistas e que só chegam a quem tem dinheiro”, apontou. “Depois não há uma resposta social. Não há uma preocupação de construção de habitação a custos controlados ou arrendamento acessível (…) Não há nenhum trabalhador com os salários que ganha no distrito que consiga comprar um apartamento de 500 mil euros. Para conseguir um empréstimo na ordem dos 150 a 200 mil euros já tem de ter um salário razoável”, continuou.

Para Isabel Tavares também as “acessibilidades e os transportes” têm de ser tidos em conta no distrito. “Eu moro em Aveiro e trabalho habitualmente em São João da Madeira. Se quiser vir de Aveiro para São João da Madeira, de transporte público, tenho de sair de casa às 6h30 para chegar às 10h15 a São João da Madeira. E tenho de sair de São João da Madeira às 16h00 para chegar a minha casa às 19h15. Portanto, isto não é resposta”, frisou. A cabeça de lista sugere assim a necessidade de haver uma “interligação entre as várias cidades do distrito”. “Os trabalhadores movimentam-se e precisam de respostas em termos públicos. Mesmo dentro dos próprios concelhos há dificuldades dessa natureza. Não há aqui uma resposta efetiva a essas necessidades. Na ferrovia tivemos agora a remodelação da Linha do Vouga, mas há muito mais para fazer. Há que ajustar os apeadeiros e as estações às necessidades das populações”, reconheceu.

O emprego foi outra das preocupações apontadas. “O nosso distrito tem indústria e a malta olha para aquilo que são as condições de trabalho e os salários dos trabalhadores dos vários setores de atividade e há aqui uma preocupação crescente do ponto de vista daquilo que é o esmagamento dos salários (…). “É preciso ir mais longe e é preciso garantir trabalho estável e com rendimentos justos. Existe muita precariedade no distrito, continuamos a ter empresas que trabalham com base nos contratos com vínculo precário, ou seja, hoje o trabalhador tem garantia de que tem trabalho e salário e amanhã deixa de ter. Isto é uma instabilidade tremenda”, exemplificou.

Ainda no âmbito das propostas para Aveiro, Isabel Tavares propôs ainda a isenção total das portagens da A25. “Se falamos que há défice de resposta a nível público nos transportes, obviamente, que o recurso que as pessoas têm depois é a utilização do transporte próprio. Este acrescido de portagens coloca aqui dificuldades”, reconheceu. Já no campo da saúde, a cabeça de lista da CDU falou ainda sobre o aumento de resposta do “Hospital de Aveiro e de Santa Maria da Feira”. “Uma das nossas prioridades é exatamente poder haver aqui um aumento de resposta, não só nos hospitais como nos centros de saúde, de proximidade, a todos os aveirenses e a toda a população do distrito”, disse.

Como vem sendo habitual em ano de eleições legislativas, a CDU (PCP-PEV) promove este sábado, 12 de abril, uma apresentação dos candidatos às eleições legislativas, pelas 15h00, no Edifício Atlas Aveiro. O objetivo passa por dar a conhecer à população “as pessoas que compõem a lista da CDU e as caraterísticas de cada um dos elementos que compõem a lista para tomarem a decisão em consciência”. “A nossa lista é composta por pessoas sérias e honestas que trabalham em prol daquilo que é uma sociedade melhor, mais justa e mais solidária”, atentou a cabeça de lista.

Conheça aqui a lista da CDU (PCP-PEV) às eleições legislativas:

1. Isabel Cristina Tavares;

2. Justino Pereira;

3. Maria Miguel Sá;

4. João José Ferreira;

5. Dulce Carvalho;

6. Nuno Silva;

7. Leonor Xarrama;

8. João Canas;

9. Libânia Pires;

10. Julião Silva;

11. Ana Isaura;

12. Bernardo Santos;

13. Hélio Guilherme;

14. Ana Ferreira;

15. José Alves;

16. Maria Miguel

Suplentes:

1. Nuno Teixeira;

2. Vítor Januário;

3. Pilar Gomes;

4. Cláudia Barata;

5. Albino Silva

Mandatário:

Joana Dias

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Entre sábado e domingo, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Covilhã, Elvas, Faro, Lisboa, Portimão, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu vão promover uma jornada de luta pela habitação e apresentar um Caderno Reivindicativo de Emergência para o problema, com doze pontos. Antes de mais, propõem o controlo das rendas “como uma medida urgente e necessária neste momento” e, em paralelo, o aumento da duração dos contratos de arrendamento para dez anos, destacou, em declarações à Lusa, André Escoval, um dos porta-vozes da plataforma Casa para Viver e membro do movimento Porta a Porta. A plataforma identifica ainda “as necessidades” de limitar o alojamento local, proibindo novas licenças e acabando com os benefícios fiscais. Travar “todas as formas de despejo sem alternativa de habitação digna” é outra das exigências. “Não podemos agravar um problema que já é, só por si, grave”, realça André Escoval. Por outro lado, “é preciso colocar todas as casas vazias no mercado de arrendamento, desde logo o património público” e excluindo as casas de segunda habitação e as casas de emigrantes. “Tudo o resto tem que ser de imediato mobilizado para dar resposta a este problema”, defendeu André Escoval. A construção de mais habitação pública também consta do caderno, como “uma medida estrutural e necessária”, mas que não tem um efeito rápido. “O problema que nós vivemos hoje é uma emergência nacional e precisa de respostas imediatas. A utilização das casas vazias para o mercado de arrendamento é uma medida de extrema urgência e de extrema necessidade que precisa de ser tomada como opção política para resolver o problema agora. Nós não queremos soluções para amanhã”, reivindicou André Escoval. Por outro lado, defendem o aumento da fiscalização sobre os arrendamentos ilícitos. “Estamos numa altura em que o arrendamento ilícito tem uma presença muito significativa no nosso país e não há nenhuma entidade de controlo. Hoje em dia é muito mais fácil ter um despejo do que ter uma entidade que fiscalize a existência de contratos ilícitos ou que faça valer os contratos que foram estabelecidos”, comparou. André Escoval assinalou que todas as medidas propostas no caderno reivindicativo “são políticas e não custam propriamente dinheiro ao erário público”, salvaguardando o investimento no parque público de habitação. “Não podemos continuar com 2% de parque público de habitação. É necessário, de facto, uma opção estrutural na habitação. Se há dinheiro para a guerra, também tem que haver dinheiro e, antes de mais, tem que haver dinheiro para um parque público efetivo”, sustentou. Recordando que a crise na habitação “agrava-se há muito tempo e de forma acelerada”, a plataforma Casa para Viver vê o Governo ir “em sentido contrário”, mantendo o estatuto dos residentes não habituais e os vistos ‘gold’, fazendo “discriminação entre imigrantes a partir da sua capacidade de investimento”. Por isso, não espera que “[a mudança] aconteça por vontade do governo” e daí ter convocado um fim de semana “de luta” em defesa do direito à habitação. “Isto tem que nos levar à rua, a alargar, a sermos mais, a impor a este Governo aquilo que ele não quer cumprir”, apela.

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Apesar da alteração de local para o momento de convívio, o programa artístico da segunda edição do RIA mantém-se conforme o inicialmente anunciado. Tal como noticiado pela Ria, a partir das 14h00, na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, o público poderá embarcar num percurso cultural por “dez estabelecimentos locais”: Alma de Alecrim, Brenzo, Maldita Brewpub, Trigamilha Mãe, Yeah! Aveiro, Though Love Taproom, Choice Boutique, PokeBox, The Iron Duke e Raiz - O Vegetariano do Bairro — onde estarão patentes diversas expressões artísticas, desde música a ilustração, pintura, bordados, crochê e tufting. Os artistas envolvidos nesta mostra urbana são: Ana Sofia Mendes, Gabriela Lário, Renato Nakazone, Yana Protasova, Joana Braga, Hélder Brandão Antunes, Sigra, Alice Boavista, Isabel Sixel, Rita Ricardo, Elsa Mendes, Camilo Esteban e SQE Rugs. O evento culminará, então, no Jardim do Alboi, a partir das 18h30, com um momento de celebração "ao estilo bairrista", onde não faltarão “música, petiscos e diversão”.

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Na nota enviada às redações, o BE aponta o dedo ao executivo PSD/CDS, afirmando que a “realidade (…) dá razão ao Bloco de Esquerda”. “Na última reunião camarária, Ribau Esteves admitiu a possibilidade de a autarquia "começar a fazer creches", assumindo a própria câmara a construção de respostas para a população infantil. O presidente da Câmara assumiu que não existe atualmente capacidade de responder à procura de vagas”, lê-se na abertura do comunicado. Os bloquistas recordam que na Assembleia Municipal de setembro de 2024 tinham apresentado uma proposta, onde alertavam para a necessidade de “aumentar (…) essa capacidade de resposta que é necessária”, relativamente a infraestrutura de educação pré-escolar. Na sua intervenção em setembro, João Moniz, deputado do BE na Assembleia Municipal, destacou que a oferta pública de creches “é uma necessidade do país”, com especial relevância no concelho de Aveiro. Esta situação resulta não só da implementação do programa Creche Feliz — considerado pelo Bloco como “um programa importante, mas que, pela sua natureza, contribuiu para um aumento natural da procura” — como também do crescimento da população local, o que exerce uma “pressão acrescida sobre a procura”. Na mesma Assembleia, José Ribau Esteves reconheceu que “não há dúvida nenhuma que a rede [de creches] tem de crescer quantitativamente”, apontando que o município estaria a trabalhar para entender “qual será o melhor caminho que devemos seguir sabendo que (…) estamos muito bem com o caminho que temos tido com essa oferta exclusivamente entregue às nossas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)”. João Moniz acabou por notar, na sua intervenção final relativa à discussão da proposta, o “amplo consenso” relativamente à falta de respostas, lembrando que a proposta não propunha “acabar com a resposta das IPSS’s”, mas sim “aumentar a resposta, mas garantindo que ela é pública”. A proposta acabou por ser rejeitada, com voto contra do PSD/CDS e a abstenção do PS e PCP. No comunicado agora divulgado, os bloquistas dão nota de que a questão foi levantada ontem na reunião camarária pelo vereador socialista Fernando Nogueira, mas recordam também a posição do PS em setembro, frisando que o partido “apenas constata as falhas do modelo que partilha com o PSD/CDS”. E reforça: “ao longo de todo o mandato, o PS não apresentou nenhuma proposta alternativa e não votou favoravelmente a proposta do Bloco de Esquerda”. Note-se que na reunião camarária desta terça-feira, dia 24, Fernando Nogueira alertou que “há um pouco mais de 3300 pessoas à espera de resposta social: 2200 em creches e mil cento e pouco em estruturas residenciais para idosos. E os investimentos em curso não ultrapassam a centena e meia de lugares novos”. “No caso das creches há um horizonte (…) de aumentar a resposta social e a capacidade em 60 lugares na Glória e Vera Cruz”, sublinhou ainda o vereador socialista. Face à situação exposta, Ribau Esteves alertou para a necessidade de se ter “cuidado com os números”, explicando que as “3300 pessoas à espera” incluem casos em que uma mesma pessoa pode estar inscrita em várias listas em simultâneo. Ainda assim, reconheceu: “Não temos resposta para todos”. O autarca defende que é necessário discutir e tomar decisões sobre a integração — ou não — das creches no sistema público. “O não é o que existe hoje", afirmou, acrescentando que é fundamental “assumir, de forma definitiva, que a câmara municipal vai começar a criar creches e que esta oferta será tratada como todas as outras, nomeadamente a mais parecida com ela que é a pré-escolar”, refletiu. O comunicado termina com os bloquistas a reforçarem que “construir creches públicas em Aveiro é uma das principais prioridades da candidatura autárquica”. Para João Moniz, candidato do Bloco à presidência da Câmara Municipal, a construção dessas infraestruturas “deve ser uma das prioridades do investimento público em Aveiro, para garantir mais rendimentos disponíveis para as famílias e uma melhor educação para as crianças". “No concelho de Aveiro existem 25 creches privadas sem fins lucrativos e quatro privadas com fins lucrativos, respetivamente, com capacidade para 1.391 e 118 crianças. Apesar do financiamento público, não existem creches públicas em Aveiro”, atentou ainda a nota enviada pelo Bloco de Esquerda.

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A iniciativa, em colaboração com o Teatro Aveirense e a Plano Obrigatório, oferece a oportunidade de revisitar a obra daquele que é considerado “um dos mais relevantes cineastas da atualidade na Sérvia”. “A filmografia de Goran Radovanovic distingue-se por uma intervenção política constante e um olhar profundamente crítico sobre os conflitos que marcaram o desmembramento da antiga Jugoslávia, a última grande guerra na Europa do século XX”, refere uma nota de imprensa daquele festival. A programação tem início com a exibição da mais recente longa-metragem de Radovanovic, “O Rei dos Elfos” (2024), que “volta a mergulhar nas feridas abertas pela guerra dos Balcãs, reafirmando a força autoral e o compromisso ético do realizador”, filme premiado na última edição do festival de Avanca Goran Radovanovic estará presente em Aveiro para participar na retrospetiva e apresentar pessoalmente um dos seus filmes, proporcionando um encontro direto com o público, em momento de diálogo sobre cinema, política e memória. O cineasta é já presença habitual do festival, onde foi anteriormente premiado com as obras “Chicken Elections” (2005), “A Ambulância” (2009) e “O Enclave” (2015). “Esta retrospetiva, que inclui sessões especiais e conversas com especialistas em cinema e história contemporânea, afirma-se como um dos pontos altos da programação cultural de verão em Aveiro, e uma oportunidade ímpar para refletir, através da sétima arte, sobre os ecos de um passado recente que ainda hoje marca a Europa”, destaca a nota de imprensa. O Avanca tem este ano a sua 29.ª edição, que decorrerá de 18 a 27 de julho, sendo organizado pelo Cine-Clube de Avanca e pelo Município de Estarreja, com o apoio do Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.

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