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Marginal de São Jacinto encerrada ao trânsito nos fins de semana e feriados no verão

A Avenida Marginal de São Jacinto, em Aveiro, vai voltar a encerrar ao trânsito aos fins de semana e feriados, de 07 de junho a 21 de setembro, como acontece todos os anos.

Marginal de São Jacinto encerrada ao trânsito nos fins de semana e feriados no verão
Redação

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09 jun 2025, 10:02

A medida foi aprovada na reunião do executivo municipal realizada na passada quinta-feira, 5 de junho. 

Esta restrição é extensível, também, aos dias 22, 23 e 24 de agosto, por ocasião da realização do Festival das Dunas de São Jacinto 2025.

Recomendações

Autárquicas: CDU apresenta esta sexta-feira o candidato à Câmara e à Assembleia Municipal de Aveiro
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Autárquicas: CDU apresenta esta sexta-feira o candidato à Câmara e à Assembleia Municipal de Aveiro

A informação foi confirmada à Ria por Nuno Teixeira, atual membro da Comissão Concelhia do PCP em Aveiro. Questionado sobre quem será o cabeça de lista à Câmara, Nuno Teixeira preferiu manter a decisão em reserva, adiantando apenas que o nome será divulgado durante a apresentação de amanhã. Recorde-se que, no podcast Eleições Autárquicas 2025, promovido pela Ria, o próprio Nuno Teixeira não excluiu a possibilidade de ser o escolhido, sublinhando que, caso o PCP ou o coletivo optem pelo seu nome, assumirá essa responsabilidade como uma “tarefa” que está disponível para cumprir. Quanto à escolha de candidatos às juntas de freguesia, Nuno Teixeira garantiu que o processo está em curso e que os nomes serão anunciados em breve. Afirmou ainda que a CDU terá candidatos em todas as freguesias do concelho de Aveiro.

PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto
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PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto

A Ria sabe que, desde que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) de Aveiro aprovou, em reunião interna realizada no passado dia 26 de maio, os nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do município para as eleições autárquicas de 2025, a escolha de João Matos Silva como candidato à Junta de Freguesia de Cacia tem sido contestada por alguns dos militantes socialistas desta freguesia. Fontes próximas do processo adiantam que está a ser equacionada uma candidatura independente em resposta a esta decisão, sendo Rui Soares Carneiro, atual vereador da oposição, um dos nomes mais falados como possível cabeça de lista. Interpelado pela Ria sobre esta possibilidade, Rui Carneiro descartou essa opção, afirmando que “de momento, não está nas minhas cogitações”. “Se me perguntam muitas vezes se eu devia ser candidato [em Cacia]? Essas perguntas já me fazem há largos meses… Nem é bem uma pergunta, é mais uma afirmação ou uma vontade das pessoas. Agora não mais do que isso”, afirmou. Rui Carneiro confirmou ainda estar a par do descontentamento em torno da escolha do candidato do PS para Cacia, mas fez questão de sublinhar que isso não implica qualquer decisão da sua parte. “Automaticamente não se assume que a partir daí eu diga que sim ao que quer que seja, nem que esteja a planear o que quer que seja”, sintetizou. O vereador admitiu ter sido “sondado” pelo PS para assumir a candidatura à Junta de Cacia. “Sei que houve muitas pessoas sondadas durantes os últimos meses para esse processo e eu terei sido mais uma delas”, admitiu, não querendo adiantar mais detalhes do processo. “Sinceramente não quero estar a falar de processos internos (…) e não quero estar neste momento a ter uma discussão pública sobre isso. Para mim, tranquilo da vida, fui sondado - tal como outras pessoas foram – e, no fim, o partido considerou que devia fazer a opção que fez - e tudo muito bem. Agora não quero mesmo estar a contribuir para estar a desviar atenções para um debate que acho que não se justifica”, justificou. Recorde-se que Rui Carneiro foi o candidato socialista à Junta de Freguesia de Cacia nas eleições autárquicas de 2017, tendo então perdido com 35,66% dos votos, face à coligação PSD/CDS-PP/PPM, que obteve 46,31%. Apesar de, neste momento, afastar uma eventual candidatura independente, Rui Carneiro não fechou a porta a essa possibilidade no futuro. “Muito menos na política dizemos que nem não, nem nunca, porque de um momento para o outro há coisas que podem surgir e que podem mudar. (…) Não quer dizer que essa possibilidade ou outras possibilidades (…) não possam voltar atrás e possam acontecer. Isto na política é tudo muito mutável de um momento para o outro. Portanto, nunca direi nunca que não. Agora não estou a trabalhar nesse sentido. Continuo simplesmente a trabalhar como vereador, até ao momento em que eu deixarei de ser e é neste momento a única atividade que tenho, política, além da minha profissional”, recordou. Tal como noticiado pela Ria, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, já anunciou que apresentará “novos nomes para a vereação”, o que implica que Rui Carneiro, assim como Rosa Venâncio e Fernando Nogueira, não integrarão a nova equipa. A Ria sabe que Rui Carneiro mantinha a expectativa de ser convidado para manter as suas funções de vereador, depois de se mostrar muito ativo, ao longo dos últimos anos, na oposição ao Executivo. Questionado sobre se apoiará Alberto Souto de Miranda, Rui Carneiro preferiu não assumir ainda uma posição, alegando que está “neste momento” a aguardar pelas “listas à Câmara e à Assembleia Municipal, bem como os programas eleitorais” para tomar a sua decisão. “Portanto continuo com a mente aberta para ver qual a melhor opção. Acho que é assim que os aveirenses também devem partir para esta campanha eleitoral, com a mente aberta para conseguirem perceber qual o melhor candidato no fim deste ciclo de 12 anos que termina”, opinou. Embora reconheça que Alberto Souto está “mais adiantado nessa discussão” do que Luís Souto, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Rui Carneiro sublinhou que, apesar das ideias já divulgadas pelo socialista — em livro e nas redes sociais —, não sabe se estas integrarão o programa eleitoral. “Já fui publicamente contra uma ou outra ideia que vi lá esplanada, e concordei com muitas outras. Portanto, se no fim o programa final merecer a minha confiança, tudo muito bem”, declarou. Sobre se a sua escolha de voto poderá recair sobre um outro candidato, Rui Carneiro respondeu que “muito dificilmente”, ainda que não tenha completamente excluído a hipótese. “Sempre fui muito contra a ideia de que nós por termos o cartão de militante, temos que votar de forma cega no partido, independentemente de quem lá esteja e das propostas que apresentemos”, vincou.

Ribau Esteves reafirma apoio a Luís Souto e admite conversas sobre o seu futuro com o PSD
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Ribau Esteves reafirma apoio a Luís Souto e admite conversas sobre o seu futuro com o PSD

“Uma coisa é nós discordarmos de opções políticas e obviamente é público... Enfim, fiz uma entrevista na SIC Notícias, com clareza, onde disse que não concordei com esta solução, tinha uma outra. Entre o candidato do Partido Socialista, que já está apresentado também, e o candidato da Aliança Democrática em Aveiro, não há dúvida nenhuma, o melhor dos dois é o candidato da AD”, afirmou Ribau Esteves, justificando dessa forma o seu apoio, depois de ter referido anteriormente que Luís Souto não tinha "nenhuma experiência de gestão", nem "perfil" para ser presidente da autarquia aveirense.  Perante a insistência do jornalista sobre se iria votar em Luís Souto, o edil aveirense lembrou que não é eleitor no Município de Aveiro, mas sim no Município de Ílhavo. Ainda assim, foi taxativo: “Eu, em Aveiro, recomendo, eu não voto, recomendo o voto na Aliança Democrática, com toda a clareza”, sublinhando que essa recomendação se dirige “para a Câmara Municipal”. Recorde-se que, tal como a Ria noticiou, nos bastidores do PSD-Aveiro circula a informação que Ribau Esteves não terá ficado agradado com a escolha de Glória Leite, por parte de Luís Souto, como candidata a presidente da Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz. Na reta final do seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara e impossibilitado de se recandidatar devido à limitação legal de mandatos, Ribau Esteves revelou que está em conversações sobre o seu futuro político com dirigentes do Partido Social Democrata, admitindo a possibilidade de continuar a sua carreira noutros cargos políticos. “Há neste momento várias possibilidades em aberto, várias conversas, nomeadamente com os responsáveis ao mais alto nível do Partido Social Democrata sobre possibilidades. São questões que estão em aberto, são objetivos diferenciados. Da parte de quem me convidou, na minha reflexão e na minha disponibilidade - porque obviamente tenho disponibilidade - gostava muito de continuar na política. Tenho disponibilidade para certas funções e partilhei isso com quem de direito”, esclareceu o autarca. Apesar do desejo de permanecer na política, Ribau adiantou que também recebeu propostas para regressar ao setor privado, onde iniciou a sua carreira e que irá ponderar todas as possibilidades antes de tomar uma decisão. “Eu venho de uma multinacional americana e também tenho convites para voltar ao mundo privado. E, portanto, com toda a calma e com todo o gosto pela vida, haverá decisões – e quando elas existirem, porque não existem, não é segredo – eu terei todo o gosto em partilhar”, deu nota.

Município de Aveiro investe 20 mil euros para renovar campanha “Animais de Companhia”
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Município de Aveiro investe 20 mil euros para renovar campanha “Animais de Companhia”

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o protocolo, entre maio de 2024 e 2025, permitiu a emissão de “290 cheques veterinários, que resultaram em 258 esterilizações: 19 cadelas, 29 cães, 138 gatas e 72 gatos, num investimento de 19.176,34 euros”. A autarquia realça ainda que com o protocolo foi possível “assegurar serviços de identificação, vacinação, desparasitação e tratamento de animais pertencentes a famílias carenciadas, no valor total de 1.811,71 euros”. A campanha “Animais de Companhia” surgiu em 2018 e tem como objetivo promover a sensibilização e responsabilidade cívica na proteção animal. Além deste protocolo, o programa municipal inclui ainda uma linha de atendimento dedicada e uma viatura própria de apoio técnico.

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UA distingue trabalhadores e estudantes em dois dias de celebrações e reencontros
Universidade

UA distingue trabalhadores e estudantes em dois dias de celebrações e reencontros

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a cerimónia pretende homenagear os “trabalhadores - docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão - que, ao longo dos anos de serviço, tem ajudado a construir o percurso da instituição”. A sessão contará com as intervenções de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA e de Mário Pelaio, administrador da UA. No dia seguinte, 14 de junho, pelas 10h00, decorrerá a cerimónia de entrega de prémios escolares aos melhores estudantes finalistas e entrega de diplomas aos graduados. A sessão contará com as palavras de Paulo Jorge Ferreira e de Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da UA (AAUAv). A tarde é reservada aos alumni e famílias, bem como entrega de medalhas aos graduados de há 25 e 35 anos, em mais um "Alumni & Família". O momento terá início pelas 17h00. A cerimónia de sábado pode ser acompanhada online através do canal de youtube da UA. Na nota, a UA dá ainda nota que ambas as cerimónias vão contar, pela primeira vez, com audiodescrição, bem como com o apoio a outras necessidades específicas. “Haverá, para o efeito, no local, um balcão inclusivo”, esclarece. Também a responsabilidade social marcará presença com o "Projeto Au-Au", uma campanha para recolha de alimentos para animais que resulta da parceria entre a UA e a Agora Aveiro. Este ano, a associação beneficiária principal será a “Patinhas sem Lar”. Ambas as cerimónias são eventos certificados pela Norma ISO 20121, referente à sustentabilidade, organizadas de acordo com a Política de Gestão Sustentável de Eventos da Universidade.

Autárquicas: CDU apresenta esta sexta-feira o candidato à Câmara e à Assembleia Municipal de Aveiro
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Autárquicas: CDU apresenta esta sexta-feira o candidato à Câmara e à Assembleia Municipal de Aveiro

A informação foi confirmada à Ria por Nuno Teixeira, atual membro da Comissão Concelhia do PCP em Aveiro. Questionado sobre quem será o cabeça de lista à Câmara, Nuno Teixeira preferiu manter a decisão em reserva, adiantando apenas que o nome será divulgado durante a apresentação de amanhã. Recorde-se que, no podcast Eleições Autárquicas 2025, promovido pela Ria, o próprio Nuno Teixeira não excluiu a possibilidade de ser o escolhido, sublinhando que, caso o PCP ou o coletivo optem pelo seu nome, assumirá essa responsabilidade como uma “tarefa” que está disponível para cumprir. Quanto à escolha de candidatos às juntas de freguesia, Nuno Teixeira garantiu que o processo está em curso e que os nomes serão anunciados em breve. Afirmou ainda que a CDU terá candidatos em todas as freguesias do concelho de Aveiro.

Mulheres com cancros diagnosticados em 2018 sobreviveram mais do que homens
País

Mulheres com cancros diagnosticados em 2018 sobreviveram mais do que homens

“Para a maior parte dos tumores malignos, as mulheres apresentaram sobrevivências superiores em relação aos homens”, lê-se nas conclusões do relatório “Sobrevivência Global – Doentes diagnosticados em 2018”, a primeira publicação do género feita em Portugal. Salvaguardando que a partir das conclusões retiradas agora não é possível obter justificações precisas, pois os dados carecem de uma “análise mais fina”, a coordenadora do RON, Maria José Bento, apontou que além de “eventualmente” poderem existir fatores biológicos associados “é um facto que as mulheres procuram ajuda mais rapidamente, logo são mais rapidamente referenciadas”. “E todos sabemos que a deteção precoce influencia positivamente a sobrevivência”, disse a epidemiologista, em declarações à agência Lusa. Especificando por tipos de cancro, a especialista, que trabalha no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, exemplificou com o tumor da mama, que é o tumor mais frequente nas mulheres e que, detetado precocemente, “tem muito bom prognóstico”. “A sobrevivência aos cinco anos [após detetado] é superior a 90% (…). No cancro do pulmão, que é um cancro de mau prognóstico e de baixa sobrevivência, e tem maior incidência nos homens do que nas mulheres, 21% dos homens vivem cinco ou mais anos. Enquanto nas mulheres, ao fim de cinco anos, 36% das mulheres está viva. Este é um dos exemplos típicos em que as mulheres têm melhor sobrevivência que os homens”, acrescentou. Em análise neste relatório estão dados sobre a sobrevivência global dos doentes oncológicos, diagnosticados em 2018, com 15 ou mais anos, residentes em Portugal à data do diagnóstico. O relatório analisa apenas os cancros primários. Foram excluídos os cancros da pele não-melanoma, bem como metástases ou recidivas. A sobrevivência ao cancro é sempre contabilizada a cinco anos porque a maior parte dos eventos ocorre nos primeiros cinco anos. A análise abrangeu 51.704 doentes e 52.953 tumores malignos invasivos, sendo a sobrevivência global a um e cinco anos de 81% e 65%, respetivamente. Cerca de 77% dos homens sobreviveu à doença pelo menos um ano, um número que baixa para 60% na sobrevivência aos cinco anos. A sobrevivência das mulheres foi superior, com 85% a sobreviver por um ano. Mais de 71% sobreviveram pelo menos cinco anos.   A equipa do RON concluiu que “a diferença de sobrevivência verificada entre os sexos, para todos os tipos de cancro combinados, ocorre em parte porque a sobrevivência para a maioria dos tipos de cancro é ligeiramente maior para as mulheres do que para os homens”. “E também porque os tipos de cancros mais comuns em mulheres apresentam maior sobrevivência do que os cancros mais comuns nos homens”, lê-se no resumo do relatório. Em relação à idade, as piores sobrevivências encontram-se nas idades mais avançadas, ou seja no grupo etário dos 75 anos ou mais, com pouco mais de metade dos doentes (54,1%) a sobreviverem cinco anos ou mais. A sobrevivência aos cinco anos entre os residentes nas sete regiões de Portugal (segundo a NUTS II – 2013) revelou a existência de desigualdades nos resultados obtidos. Os residentes nas regiões Centro, Norte e Área Metropolitana de Lisboa obtiveram as melhores sobrevivências aos cinco anos (66%), enquanto a Madeira apresentou globalmente pior resultado (60%). Considerando as taxas de sobrevivência tendo em conta a diferente distribuição etária das regiões, é na região Centro que se encontra a sobrevivência aos cinco anos mais elevada (67%), e nos Açores a mais baixa (57%). Sobre este aspeto, Maria José Bento salvaguardou que os números devem ser lidos tendo em conta a dimensão das regiões: “Estes dados são reais, mas têm que ser lidos com cuidado, nomeadamente quando há poucos casos por patologia, que é o que acontece nas regiões autónomas. Quando eu digo que a pior sobrevivência foi nos Açores, é referente àquele pequeno conjunto de dados de doentes. Em 2018 ocorreu assim, eventualmente, nos outros anos isto pode não se verificar”, disse. A especialista alertou ainda, em jeito de recomendação aos decisores políticos e responsáveis de organizações e associações ligadas ao tratamento oncológico, que “mesmo em cancros que têm já rastreio quase com cobertura nacional, como mama, colo do útero e colo retal, verificou-se que há diferenças por região que devem ser alvo de análise”. Nos homens, as melhores sobrevivências foram as do cancro da próstata, lábio e testículo. Já com uma sobrevivência aos cinco anos inferior a 15%, surgem os cancros do esófago, pâncreas, mesotelioma e os cancros de origem desconhecida. Nas mulheres, os tumores com melhor prognóstico foram os da glândula tiroideia, lábio, os associados às doenças mieloproliferativas crónicas e os da mama. Por outro lado, os menos favoráveis foram o mesotelioma e os tumores do fígado, do pâncreas e de origem primária desconhecida. Esta foi a primeira vez que o RON fez uma análise sobre sobrevivência. À Lusa, Maria José Bento explicou que a equipa vê como importante que daqui em diante se faça o seguimento dos doentes oncológicos para que se tirem conclusões, nomeadamente ao nível da acessibilidade a tratamentos, idades, referenciação, entre outros aspetos. “Não devemos apenas contar os doentes, devemos também ver qual é o seguimento desta população (…). Seria uma pena se este relatório agora ficasse na gaveta. Esta é a base que temos. Agora é olhar com atenção e perceber o que é que está bem, o que é que está menos bem”, sublinhou.

PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto
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PS-Aveiro enfrenta divisões em Cacia: Rui Carneiro não assume apoio a Alberto Souto

A Ria sabe que, desde que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) de Aveiro aprovou, em reunião interna realizada no passado dia 26 de maio, os nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do município para as eleições autárquicas de 2025, a escolha de João Matos Silva como candidato à Junta de Freguesia de Cacia tem sido contestada por alguns dos militantes socialistas desta freguesia. Fontes próximas do processo adiantam que está a ser equacionada uma candidatura independente em resposta a esta decisão, sendo Rui Soares Carneiro, atual vereador da oposição, um dos nomes mais falados como possível cabeça de lista. Interpelado pela Ria sobre esta possibilidade, Rui Carneiro descartou essa opção, afirmando que “de momento, não está nas minhas cogitações”. “Se me perguntam muitas vezes se eu devia ser candidato [em Cacia]? Essas perguntas já me fazem há largos meses… Nem é bem uma pergunta, é mais uma afirmação ou uma vontade das pessoas. Agora não mais do que isso”, afirmou. Rui Carneiro confirmou ainda estar a par do descontentamento em torno da escolha do candidato do PS para Cacia, mas fez questão de sublinhar que isso não implica qualquer decisão da sua parte. “Automaticamente não se assume que a partir daí eu diga que sim ao que quer que seja, nem que esteja a planear o que quer que seja”, sintetizou. O vereador admitiu ter sido “sondado” pelo PS para assumir a candidatura à Junta de Cacia. “Sei que houve muitas pessoas sondadas durantes os últimos meses para esse processo e eu terei sido mais uma delas”, admitiu, não querendo adiantar mais detalhes do processo. “Sinceramente não quero estar a falar de processos internos (…) e não quero estar neste momento a ter uma discussão pública sobre isso. Para mim, tranquilo da vida, fui sondado - tal como outras pessoas foram – e, no fim, o partido considerou que devia fazer a opção que fez - e tudo muito bem. Agora não quero mesmo estar a contribuir para estar a desviar atenções para um debate que acho que não se justifica”, justificou. Recorde-se que Rui Carneiro foi o candidato socialista à Junta de Freguesia de Cacia nas eleições autárquicas de 2017, tendo então perdido com 35,66% dos votos, face à coligação PSD/CDS-PP/PPM, que obteve 46,31%. Apesar de, neste momento, afastar uma eventual candidatura independente, Rui Carneiro não fechou a porta a essa possibilidade no futuro. “Muito menos na política dizemos que nem não, nem nunca, porque de um momento para o outro há coisas que podem surgir e que podem mudar. (…) Não quer dizer que essa possibilidade ou outras possibilidades (…) não possam voltar atrás e possam acontecer. Isto na política é tudo muito mutável de um momento para o outro. Portanto, nunca direi nunca que não. Agora não estou a trabalhar nesse sentido. Continuo simplesmente a trabalhar como vereador, até ao momento em que eu deixarei de ser e é neste momento a única atividade que tenho, política, além da minha profissional”, recordou. Tal como noticiado pela Ria, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, já anunciou que apresentará “novos nomes para a vereação”, o que implica que Rui Carneiro, assim como Rosa Venâncio e Fernando Nogueira, não integrarão a nova equipa. A Ria sabe que Rui Carneiro mantinha a expectativa de ser convidado para manter as suas funções de vereador, depois de se mostrar muito ativo, ao longo dos últimos anos, na oposição ao Executivo. Questionado sobre se apoiará Alberto Souto de Miranda, Rui Carneiro preferiu não assumir ainda uma posição, alegando que está “neste momento” a aguardar pelas “listas à Câmara e à Assembleia Municipal, bem como os programas eleitorais” para tomar a sua decisão. “Portanto continuo com a mente aberta para ver qual a melhor opção. Acho que é assim que os aveirenses também devem partir para esta campanha eleitoral, com a mente aberta para conseguirem perceber qual o melhor candidato no fim deste ciclo de 12 anos que termina”, opinou. Embora reconheça que Alberto Souto está “mais adiantado nessa discussão” do que Luís Souto, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Rui Carneiro sublinhou que, apesar das ideias já divulgadas pelo socialista — em livro e nas redes sociais —, não sabe se estas integrarão o programa eleitoral. “Já fui publicamente contra uma ou outra ideia que vi lá esplanada, e concordei com muitas outras. Portanto, se no fim o programa final merecer a minha confiança, tudo muito bem”, declarou. Sobre se a sua escolha de voto poderá recair sobre um outro candidato, Rui Carneiro respondeu que “muito dificilmente”, ainda que não tenha completamente excluído a hipótese. “Sempre fui muito contra a ideia de que nós por termos o cartão de militante, temos que votar de forma cega no partido, independentemente de quem lá esteja e das propostas que apresentemos”, vincou.