RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Cidade

São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”

Com críticas diretas à anterior gestão socialista da Junta de São Jacinto, marcada por “má” governação e gestão da freguesia, a coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) apresentou, este domingo, 27 de julho, Cristina Gonçalves como candidata à presidência da junta. Cristina Gonçalves, Arlindo Tavares, atual presidente da junta, e Luís Souto de Miranda, cabeça de lista à Câmara, responsabilizaram o Partido Socialista (PS) por salários em atraso, penhoras, dívidas superiores a 700 mil euros e pelo que definiram como um verdadeiro “pesadelo” herdado em 2022.

São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”
Redação

Redação

28 jul 2025, 16:57

Cristina Gonçalves é a atual tesoureira da Junta de Freguesia e sucede a Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais. A candidata foi a primeira a ser anunciada pela coligação, durante a sessão inaugural da iniciativa “Pensar Aveiro”, realizada precisamente em São Jacinto.

Durante a cerimónia, que decorreu no Salão Paroquial da freguesia, Luís Souto de Miranda começou por destacar o papel da diáspora como um dos pilares da estratégia da candidatura. “[Queremos] pôr essas pessoas em rede, a trabalhar connosco, com a Câmara Municipal, aproveitando os talentos e as ligações que mantêm, nomeadamente com a Universidade de Aveiro (UA)”, afirmou, referindo-se à forte presença de emigrantes da região, sobretudo nos Estados Unidos.

Sobre Cristina Gonçalves, o candidato da ‘Aliança’ sublinhou a sua “seriedade”, “rigor” e “disponibilidade”. “Tenho constatado uma permanente vontade de ouvir, ajudar a encontrar soluções e a lutar pelo melhor para a sua terra”, declarou. A presença de Arlindo Tavares também mereceu destaque por parte do candidato à Câmara. Luís Souto de Miranda descreveu-o como “um grande autarca” e valorizou a sua comparência na sessão como sinal de apoio à candidatura de Cristina Gonçalves. “Está connosco, está com a Cristina e está neste projeto”, afirmou.

Ao comentar a decisão de Arlindo Tavares de não se recandidatar por motivos profissionais, o candidato à ‘Aliança’ elogiou o gesto, considerando-o exemplo de “desprendimento”, uma qualidade que, segundo disse, “é muito rara na política”. E acrescentou: “Pessoas que não ficam agarradas a um lugar merecem todo o respeito”. Sobre o facto de Cristina pertencer à atual equipa desta junta disse ainda que esta integrou um grupo de trabalho que teve “a mais difícil das tarefas de todos os nossos autarcas”. “Foi a tarefa de salvar a Junta de Freguesia e salvar a autonomia de São Jacinto”, atirou.

Como tem sido habitual nas suas intervenções, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ dirigiu críticas ao PS, acusando-o de ter conduzido a Junta de São Jacinto à falência e a situações de penhora. “Nunca é demais recordar que o PS, tal como fez na Câmara quando lá esteve, atirou com a Junta de São Jacinto para a falência, para as penhoras, para a angústia de querer fazer muito e não poder”, acusou.

Recorde-se que já na sessão de apresentação da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, Luís Souto de Miranda fez questão de lançar críticas à anterior liderança socialista nesta junta, onde, segundo afirmou, “nem a conta da luz nem a internet eram pagas”.

Relembre-se também que nas eleições autárquicas de 2021, o socialista António Aguiar venceu a Junta de São Jacinto por apenas 29 votos de diferença, elegendo três elementos, o mesmo número que a coligação PSD/CDS/PPM. No entanto, Aguiar renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, poucos dias depois de a Câmara Municipal de Aveiro (liderada pela coligação) retirar à Junta a gestão do parque de campismo local, alegando “graves e reiterados incumprimentos”. Nas eleições intercalares de 2022, a coligação ‘Aliança Com Aveiro’ venceu com 48,68% dos votos, conquistando quatro mandatos e assumindo a presidência da junta.

Em relação ao futuro, Luís Souto defendeu uma abordagem assente numa “renovada energia, com determinação e uma vontade de fazer mais — mais por São Jacinto”. Justificou ainda o facto de Cristina Gonçalves ser a primeira candidata anunciada pela coligação com a importância estratégica da freguesia: “São Jacinto é uma prioridade estratégica para o Município. (…) E será assim no futuro”. Para Luís Souto de Miranda, esta freguesia representa uma “trave-mestra da política” que pretende implementar, apontando a coesão territorial como um dos principais objetivos do projeto político da coligação.

Comentando críticas de moradores que consideram São Jacinto uma freguesia esquecida, Luís Souto de Miranda garantiu que “isso não pode acontecer”. Sublinhou ainda o papel ativo da candidata: “A Cristina, desde o momento em que foi apresentada e passou a estar mais próxima da população, não perdeu tempo em mostrar-nos não só o potencial de São Jacinto, mas também as preocupações de quem aqui vive”.

Recorrendo à expressão “olhos nos olhos”, o cabeça de lista comprometeu-se a enfrentar os desafios específicos da freguesia, frisando a necessidade de “assumir os custos acrescidos de quem vive em São Jacinto”. Como prioridades, apontou a melhoria das acessibilidades entre a freguesia e o centro de Aveiro, bem como a resolução das dificuldades no acesso aos cuidados de saúde.

No seguimento, anunciou a construção de um “Plano Municipal de Saúde” e desconstruiu: “Nós vamos olhar para a rede dos cuidados de saúde primários e incluindo a unidade hospitalar em todo o município de forma a que todas as freguesias tenham uma boa satisfação das suas necessidades no acesso à saúde que é no fundo a maior preocupação que todos temos”. Apontou ainda como prioridade melhorar os serviços de socorro, o policiamento e a necessidade de trabalhar com os municípios e a autarquias vizinhas.

Como problema “número um”, em São Jacinto, apontou a oferta de transportes. Carência essa que disse ser necessário encará-la com “diálogo” e “determinação”. Entre as propostas para melhorar a mobilidade, destacou a intenção de avançar com uma via ciclável e resolver a situação do parque de campismo. Sobre este último, foi claro: “Sem preconceitos, sem complexos, apenas visando encontrar o mais rápido possível uma boa solução”. Falou ainda sobre a necessidade de “dinamizar” o CARSurf São Jacinto, alertando que a ‘Aliança Mais Aveiro’ quer transformar a freguesia “na capital juvenil do Município”.

No que toca às infraestruturas desportivas, Luís Souto de Miranda sublinhou que a piscina local está “em vias de conclusão”. Contudo, reconheceu que é fundamental “trabalhar em conjunto com as coletividades locais e com a Junta de Freguesia para melhorar as condições da prática desportiva”.

Relativamente à antiga base aérea, o candidato afirmou que a coligação pretende defender, junto do Governo, a tradição histórica da aviação em São Jacinto. “Nós queremos e vamo-nos empenhar por recuperar o aeródromo e apostar no enorme potencial que ele tem para São Jacinto e para todo o município, eu diria, para o país”, destacou. Neste seguimento, criticou o facto de Aveiro ser o “único município” que “não tem um aeródromo à sua disposição”. “Isso é inaceitável. Nós temos condições excelentes aqui em São Jacinto. A pista, dizem-nos, é ótima. Há que aproveitá-la e não destruir”, sugeriu.

Ainda sobre a antiga base aérea, Luís Souto de Miranda destacou o seu “grande potencial”, não só para a “recreação aérea”, mas também para a investigação, especialmente em áreas relacionadas com as ciências aeronáuticas, mencionando a UA como exemplo.

Entre as ambições da candidatura, Luís Souto de Miranda sublinhou também a importância da valorização da “frente de Ria”, revelando a intenção de reforçar, junto do Governo, a proposta de gestão municipal daquela zona. “Como já se percebeu, tudo isto depende de uma boa concertação com o Governo”, afirmou, voltando a insistir na ideia-chave que tem vindo a marcar as suas intervenções: “[É fundamental] termos uma freguesia, uma Câmara e um Governo todos bem articulados”. “Só assim é que estes assuntos poderão ser desbloqueados”, vincou.

Sobre a Reserva Natural de São Jacinto vincou que a mesma tem de ser vista como uma “oportunidade” e não como um “empecilho” para a freguesia. “Temos que lhe dar mais dinâmica, reforçar a educação ambiental, mas também o turismo ambiental responsável”, apontou.

Mostrando ainda convicção de que será eleito [presidente da Câmara], o candidato da ‘Aliança’ deixou ainda a nota de que já começou a fazer contactos “informais” para avançar com o "bom progresso de São Jacinto”. Recorde-se que em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), este domingo, Luís Souto considerou que é o “pior adversário” que Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, poderia ter e que não admitia a hipótese de “perder” nestas eleições autárquicas.

Sobre os resultados autárquicos daquela Junta de Freguesia, Luís Souto de Miranda avançou que Cristina “tem todas as condições pessoais e políticas para ganhar (…) com uma expressiva vitória”. Mais uma vez, criticando diretamente o PS sugeriu que: “Em Aveiro e em São Jacinto não podemos regressar ao pesadelo da má gestão e da má reputação financeira e institucional das autarquias”, sublinhando a importância das “boas contas”.

“O país não tinha solução para o descalabro das contas da nossa junta”

Na mesma linha, Arlindo Tavares — atual presidente da Junta de Freguesia — usou a sua intervenção para partilhar a experiência vivida desde que tomou posse em 2022, destacando o “orgulho” e a “honra” que sentiu ao assumir o cargo. No entanto, relatou ter encontrado uma situação financeira “muito grave”. “Tão grave que, quando tomamos posse, encontramos salários em atraso, uns míseros sete euros nas contas e uma dívida de 720 mil euros por pagar. Para ajudar ainda, em janeiro de 2023, somos alvo de um arresto de bens, tudo fruto da má gestão, da má governação do PS na nossa junta de freguesia. Isto não se passou há 20 anos, mas sim há pouco mais de dois anos”, contou.

Apesar das dificuldades, o autarca assegurou que o “grave problema” foi resolvido, deixando uma nota de reconhecimento a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, por ter contribuído para a recuperação financeira da junta. “O país não tinha solução para o descalabro das contas da nossa junta”, exprimiu. “Pagamos a dívida, honramos os compromissos com mais de 42 fornecedores, recuperamos a nossa credibilidade e o nosso bom nome”, continuou Arlindo Tavares.

Face às críticas de que “nos últimos anos nada foi feito em São Jacinto”, o autarca ironizou: “Como se a maior obra que fizemos — a recuperação financeira — não fosse nada”. Apontou ainda várias intervenções concretas realizadas pela Junta, como a requalificação do edifício sede e a ampliação do cemitério. E não poupou a críticas à anterior gestão socialista: “Com a gestão do PS, eram obras feitas e não pagas, como sucedeu com o Parque Infantil Geriátrico e a intervenção no Polo Desportivo Lomba da Mata, que tivemos de ser nós a pagar a fatura final”, assegurou.

Rejeitando as acusações de dependência da Câmara Municipal, Arlindo Tavares foi direto: “Acusam agora as nossas Juntas de Freguesia de subveniência à Câmara Municipal de Aveiro. Negativo”, respondeu. “Onde outros vêm subserviência, nós vemos trabalho de equipa, colaboração e de cooperação”, atirou. O atual presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto sublinhou ainda a necessidade de “virar a página”, sem, no entanto, esquecer os “erros cometidos no passado recente” e os responsáveis por esses mesmos erros.

Num apelo direto ao cabeça de lista da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Arlindo Tavares pediu especial atenção à mobilidade, em particular às carreiras de autocarros que servem a freguesia. “Por isso, peço que possas dar prioridade a este tema de um forte impacto na nossa população”, apelou.

Dirigindo-se diretamente à candidata Cristina Gonçalves garantiu-lhe total “ajuda e apoio” para a candidatura. “Este apoio não se compara a nada àquilo que fizeste em 2021 e em 2022. Que contra tudo e contra todos apoiaste o nosso projeto, as nossas ideias e fizeste parte dele. Sei tudo o que passaste e por isso devo-te uma enorme gratidão e o meu sentido obrigado, Cristina”, exprimiu, partilhando ainda alguns episódios particulares com esta.

“No dia 13 de novembro de 2022, dia das eleições intercalares em que vencemos com maioria absoluta, numa conversa a dois disse-te: ‘Tenho capacidade para resolver o problema financeiro da nossa Junta, mas tenho medo de falhar’. E tu respondeste-me: ‘A população de São Jacinto depositou em nós a sua confiança para resolver este problema. Se falharmos, tentamos”, contou. Na sequência, garantiu ainda que a candidata está “mais do que preparada” para ser presidente de Junta de São Jacinto.

São Jacinto “é uma terra linda, mas que carece de maior atenção”

Na sua intervenção, Cristina Gonçalves falou com emoção sobre aquela que é a sua “casa”: “Aqui nasci, cresci, vivo e trabalho”, partilhou. Reconhecendo o potencial da freguesia, alertou, no entanto, que São Jacinto “é uma terra linda, mas que carece de maior atenção”. “Quem aqui vive conhece bem as dores e as dificuldades. Sabemos o que custa depender de transportes, de horários que não servem as nossas necessidades. Sabemos o que é querer trabalhar, estudar, ter acesso à saúde e serviços e sentirmos que estamos longe de tudo”, reforçou, insistindo que falta “planeamento, investimento, visão e ação” na freguesia.

Dirigindo também críticas à anterior gestão socialista da Junta de Freguesia, Cristina recordou: “Ninguém sabe o que é chegar à junta com vontade imensa de trabalhar e sofrermos de imediato um arresto de bens que nos deixou sem equipamentos: secretárias, computadores, cadeiras, documentos, peças históricas. A isso somaram-se cortes de água, eletricidade, telecomunicações, contas a zero e salários dos funcionários em atraso por pagar. E isto, meus caros, não foram dias… foram meses”, lembrou.

Sobre aquele que será o seu trabalho assegurou que tem como objetivo valorizar o “trabalho feito até aqui e abrir caminho para novas soluções, novas ideias e uma gestão moderna e eficaz, que busque o desenvolvimento que a freguesia merece e necessita”.

Apontando como prioridade uma liderança próxima da população, Cristina Gonçalves comprometeu-se com uma Junta que “se levanta com as pessoas e trabalha para elas”, que ouve, defende e valoriza as ideias da comunidade. No seu discurso, destacou ainda pilares como o serviço à comunidade, o desenvolvimento sustentável, a cultura, a juventude e o envelhecimento ativo, sublinhando que a sua candidatura nasce de “um compromisso contínuo com a comunidade”.

Entre os desafios mais urgentes que identificou estão os transportes, o turismo e a habitação. Cristina defendeu uma aposta clara na melhoria das ligações rodoviárias e na reorganização dos horários e frequências de autocarros, realçando que a atual limitação de acessos “condiciona o dia-a-dia das pessoas e isola a freguesia”. Sobre o turismo, defendeu um modelo sustentável, com investimento planeado, apoio ao comércio local e a reabertura do parque de campismo como elemento estratégico para a economia local. “Caro futuro presidente, a intervenção na nossa frente de Ria é primordial para o desenvolvimento de São Jacinto. A construção de uma marina não é uma miragem, é uma necessidade”, insistiu. Já em matéria de habitação, alertou para a escassez de oferta e apelou a políticas que permitam aos jovens “permanecer na terra onde nasceram”.

A candidata defendeu ainda que a freguesia deve ser beneficiada financeiramente pela utilização de equipamentos como as piscinas, o complexo desportivo e o parque de campismo, cuja gestão é atualmente articulada com a Câmara Municipal. “Outra coisa não faria sentido, afinal é o nosso património”, afirmou.

Cristina Gonçalves terminou a sua intervenção com um compromisso claro: “Colocar a experiência que adquiri ao serviço da população, com uma equipa preparada, renovada e motivada”.

Recomendações

Chega apresenta candidatura autárquica na sede distrital em Aveiro após mudança de local
Cidade

Chega apresenta candidatura autárquica na sede distrital em Aveiro após mudança de local

Segundo a nota de imprensa enviada às redações, a hora do evento mantém-se inalterada decorrendo esta quinta-feira, 31 de julho, pelas 19h00, tal como noticiado pela Ria esta terça-feira. Recorde-se que no comunicado enviado às redações, o Chega anunciou que, ao longo da apresentação, serão divulgadas as principais linhas programáticas da candidatura à autarquia, bem como algumas propostas. Em 2021, Cândido Tavares de Oliveira foi o candidato pelo Chega à Câmara Municipal de Aveiro. O partido conquistou 4,04% dos votos no concelho e não conseguiu eleger nenhum vereador.

Assembleia Geral do Beira-Mar volta hoje a reunir após recuo na constituição da sociedade desportiva
Cidade

Assembleia Geral do Beira-Mar volta hoje a reunir após recuo na constituição da sociedade desportiva

O negócio já tinha recebido o aval positivo dos sócios em maio, mas, conforme inicialmente noticiado pela Ria e depois anunciado pelo clube, a constituição da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) não se chegou a efetivar. Na altura, Nuno Quintaneiro não adiantou grandes explicações e disse apenas que não estavam reunidas as condições de “confiança e segurança”. Esses esclarecimentos serão prestados hoje aos sócios em Assembleia Geral, conforme revelou Nuno Quintaneiro em declarações à Ria. O presidente do Beira-Mar, que milita no Campeonato de Portugal, apela à continuidade da postura que os sócios têm demonstrado até aqui: “madura, de muita ponderação, elevados, com sentido crítico e exigência”. Garante ainda que também ele vai manter a sua palavra, sendo “transparente” e “sem fazer as coisas nas costas dos sócios”. Para além de falar sobre aquilo que correu mal, Nuno Quintaneiro pretende fazer uso da assembleia para apresentar “perspetivas” de futuro. No entender do dirigente, só é possível “travar o défice estrutural” do clube ao “inverter o paradigma” e, afirma, isso só é possível através da entrada de capital com a constituição de uma SAD. A Assembleia Geral de hoje terá como ponto central da ordem de trabalhos a “Apresentação, discussão e votação do Plano de Atividades e Orçamento para a época desportiva 2025-2026”. Contudo, o ponto 3 [“Informação aos sócios sobre o processo de constituição da sociedade desportiva para o futebol”] é o que mais expectativas gera para a reunião de logo que decorrerá no piso -1, no Estádio Municipal de Aveiro- Mário Duarte, pelas 20h30. Sem sociedade desportiva e, portanto, ainda limitado do ponto vista financeiro, o presidente explica que o orçamento a ser apresentado para esta temporada é semelhante ao orçamento da época passada. Embora os valores não permitam sonhar muito alto no Campeonato de Portugal e o objetivo assumido seja a manutenção na competição, Nuno Quintaneiro diz que “quer mais”: “A equipa tem de personificar o Beira-Mar. Queremos ganhar, mas queremos também que os adeptos se identifiquem com a equipa”. Se assume que, do ponto de vista financeiro, a equipa “é candidata a descer de divisão”, o presidente “confia na capacidade de superação” do grupo e assume que a vontade é de “entrar em todos os jogos para ganhar”. 

Cláudia Rocha substitui Frederico Teixeira como líder da IL à Assembleia Municipal de Aveiro
Cidade

Cláudia Rocha substitui Frederico Teixeira como líder da IL à Assembleia Municipal de Aveiro

Em nota enviada à Ria, o Núcleo Territorial da IL-Aveiro explica que a decisão de Frederico Teixeira está relacionada com a possibilidade de a sua disponibilidade futura poder ficar comprometida, sublinhando que “o empenho e dedicação demonstrados ao longo deste processo” são reconhecidos e valorizados pelo partido. Em entrevista à Ria, Frederico Teixeira confirmou também, esta quarta-feira, a renúncia ao cargo na Assembleia Municipal, realçando que foi uma “decisão pessoal e profissional” e que não teve nada a ver com “questões partidárias”. A nova cabeça de lista, Cláudia Rocha, tem 44 anos, é licenciada em Química, doutorada pela Universidade de Aveiro e desenvolveu a sua carreira na área da investigação e desenvolvimento de materiais. Natural de Alijó, em Trás-os-Montes, vive em Aveiro desde 2008, cidade onde se envolveu ativamente na comunidade, colaborando como voluntária em várias IPSS. Segundo a nota da IL, Cláudia Rocha representa “uma nova geração de cidadania ativa e exigente”, destacando-se pela sua experiência profissional, ligação à cidade e compromisso com valores como a "liberdade, a inovação e a transparência". Recorde-se que tal como noticiado pela Ria, Miguel Gomes, atual coordenador da IL-Aveiro, será o candidato da IL à Câmara Municipal de Aveiro nas próximas eleições autárquicas. Relembre-se ainda que, a 13 de março, o partido já havia anunciado que não integraria qualquer coligação com o PSD-Aveiro, optando por uma candidatura autónoma às eleições.

Câmara de Aveiro retifica datas da discussão pública do Regulamento Urbanístico
Cidade

Câmara de Aveiro retifica datas da discussão pública do Regulamento Urbanístico

A retificação foi feita através de nota de imprensa enviada esta quarta-feira, 30 de julho, às redações, na qual a autarquia admite o erro nas datas anteriormente anunciadas [de 25 de julho a 23 de agosto] e esclarece que a nova calendarização está em vigor. Durante o período de Discussão Pública, qualquer interessado pode apresentar sugestões, observações ou reclamações sobre o documento. As participações devem ser feitas por escrito, identificadas e dirigidas ao presidente da Câmara Municipal, podendo ser entregues por e-mail ([email protected]), por correio registado (Edifício Centro de Congressos, Cais da Fonte Nova, 3800-200 Aveiro) ou presencialmente, utilizando o modelo próprio disponível nos locais de consulta pública e no site oficial do município. O projeto de regulamento está disponível para consulta no site do município e, presencialmente, no Gabinete de Atendimento Integrado da Câmara Municipal de Aveiro (Edifício do Centro de Congressos, no Cais da Fonte Nova), todos os dias úteis, das 8h30 às 16h30, e no Museu Cidade de Aveiro (Rua João Mendonça, n.º 9/11), de terça-feira a domingo, incluindo feriados, das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 18h00. Criado em 2015, o RUMA é considerado o principal instrumento de regulamentação das operações urbanísticas no concelho de Aveiro, estabelecendo normas complementares à legislação nacional no que respeita ao edificado, à urbanização e aos procedimentos administrativos. O documento foi alvo de revisões em 2017 e 2022, estando agora novamente em fase de consulta pública. Além deste regulamento, está ainda em período de discussão pública [entre 1 e 20 de agosto] o Plano Pormenor do Cais do Paraíso, documento que prevê a construção de um edifício de 12 andares.

Últimas

Incubadora de empresas de Ílhavo recebe nova empresa
Região

Incubadora de empresas de Ílhavo recebe nova empresa

De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, a instalação da empresa ficou formalizada no passado dia 28 com a assinatura de um contrato entre o município de Ílhavo e a empresa, representada por Francisco Avelelas. A Incubadora de Empresas do Município de Ílhavo tem como principal objetivo, segundo a autarquia, “apoiar o empreendedorismo e a concretização de ideias de negócio […] com enfoque temático na Economia do Mar”. A Riashells, focada na consultoria estratégica e no fornecimento de materiais para o setor da aquacultura, dá especial atenção à produção de bivalves. Inserida na Rede de Incubadoras de Empresas da Região de Aveiro (IERA), a Incubadora de Empresas do Município de Ílhavo conta já com quatro empresas. Para além da Riashells, estão também instaladas na incubadora a BISTEC Portugal – Consultoria em Tecnologia da Informação, a Dynamikfloat e a Dynmind.

Incêndios: Portugal pediu imagens de satélite mas não ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil
Região

Incêndios: Portugal pediu imagens de satélite mas não ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil

Segundo a Comissão Europeia, "ainda não foi feito um pedido para ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil", mas a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) pediu imagens de satélite para os incêndios que afetam os municípios de Arouca, no distrito de Aveiro, e Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo. Cerca de três mil operacionais das forças de segurança e socorro estavam mobilizados hoje, ao início da tarde, para o combate às chamas em diferentes distritos, sendo o fogo rural de Arouca (que deflagrou na segunda-feira e passou para o concelho de Castelo de Paiva) o que mobiliza mais meios, com mais de 770 operacionais. Em Ponte da Barca, o fogo que lavra desde sábado em área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e hoje mobiliza perto de 400 operacionais, passou de manhã para o município de Terras de Bouro, no distrito de Braga. O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, afirmou hoje que o Governo está a fazer o necessário para garantir a disponibilidade de 76 meios aéreos, insistindo que o contributo destes meios para apagar incêndios depende das características dos fogos. Grande parte do interior norte e do centro do país estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A previsão abrange sobretudo os concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra e Santarém. De acordo com o IPMA, a situação de perigo máximo de incêndio rural irá manter-se nos próximos dias nas mesmas regiões, agravando-se em alguns concelhos do Algarve.

Chega apresenta candidatura autárquica na sede distrital em Aveiro após mudança de local
Cidade

Chega apresenta candidatura autárquica na sede distrital em Aveiro após mudança de local

Segundo a nota de imprensa enviada às redações, a hora do evento mantém-se inalterada decorrendo esta quinta-feira, 31 de julho, pelas 19h00, tal como noticiado pela Ria esta terça-feira. Recorde-se que no comunicado enviado às redações, o Chega anunciou que, ao longo da apresentação, serão divulgadas as principais linhas programáticas da candidatura à autarquia, bem como algumas propostas. Em 2021, Cândido Tavares de Oliveira foi o candidato pelo Chega à Câmara Municipal de Aveiro. O partido conquistou 4,04% dos votos no concelho e não conseguiu eleger nenhum vereador.

Assembleia Geral do Beira-Mar volta hoje a reunir após recuo na constituição da sociedade desportiva
Cidade

Assembleia Geral do Beira-Mar volta hoje a reunir após recuo na constituição da sociedade desportiva

O negócio já tinha recebido o aval positivo dos sócios em maio, mas, conforme inicialmente noticiado pela Ria e depois anunciado pelo clube, a constituição da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) não se chegou a efetivar. Na altura, Nuno Quintaneiro não adiantou grandes explicações e disse apenas que não estavam reunidas as condições de “confiança e segurança”. Esses esclarecimentos serão prestados hoje aos sócios em Assembleia Geral, conforme revelou Nuno Quintaneiro em declarações à Ria. O presidente do Beira-Mar, que milita no Campeonato de Portugal, apela à continuidade da postura que os sócios têm demonstrado até aqui: “madura, de muita ponderação, elevados, com sentido crítico e exigência”. Garante ainda que também ele vai manter a sua palavra, sendo “transparente” e “sem fazer as coisas nas costas dos sócios”. Para além de falar sobre aquilo que correu mal, Nuno Quintaneiro pretende fazer uso da assembleia para apresentar “perspetivas” de futuro. No entender do dirigente, só é possível “travar o défice estrutural” do clube ao “inverter o paradigma” e, afirma, isso só é possível através da entrada de capital com a constituição de uma SAD. A Assembleia Geral de hoje terá como ponto central da ordem de trabalhos a “Apresentação, discussão e votação do Plano de Atividades e Orçamento para a época desportiva 2025-2026”. Contudo, o ponto 3 [“Informação aos sócios sobre o processo de constituição da sociedade desportiva para o futebol”] é o que mais expectativas gera para a reunião de logo que decorrerá no piso -1, no Estádio Municipal de Aveiro- Mário Duarte, pelas 20h30. Sem sociedade desportiva e, portanto, ainda limitado do ponto vista financeiro, o presidente explica que o orçamento a ser apresentado para esta temporada é semelhante ao orçamento da época passada. Embora os valores não permitam sonhar muito alto no Campeonato de Portugal e o objetivo assumido seja a manutenção na competição, Nuno Quintaneiro diz que “quer mais”: “A equipa tem de personificar o Beira-Mar. Queremos ganhar, mas queremos também que os adeptos se identifiquem com a equipa”. Se assume que, do ponto de vista financeiro, a equipa “é candidata a descer de divisão”, o presidente “confia na capacidade de superação” do grupo e assume que a vontade é de “entrar em todos os jogos para ganhar”.