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Autárquicas: Rui Cruz é o candidato do PSD à Câmara de Vagos

O PSD escolheu o antigo presidente da Câmara de Vagos Rui Cruz para disputar a liderança do município nas próximas autárquicas, 12 anos depois de ter 'passado o testemunho' a Silvério Regalado, atualmente secretário de Estado da Administração Local.

Autárquicas: Rui Cruz é o candidato do PSD à Câmara de Vagos
Redação

Redação

07 mar 2025, 09:40

Em declarações à agência Lusa, Rui Cruz - que foi presidente da Câmara Municipal de Vagos de 2001 a 2013 – confirmou que volta a concorrer à liderança do município para servir as pessoas da sua terra, ajudando a resolver os seus problemas e desenvolvendo o território.

“Gostaria de acabar a minha carreira política onde comecei, ou seja, na presidência da Câmara Municipal de Vagos. Depois dos cargos políticos por onde passei, cheguei à conclusão de que o sítio onde fui mais feliz e que me deu mais prazer foi servir as pessoas na Câmara de Vagos, na minha terra, não é em outra terra qualquer”, afirmou.

O advogado, que também foi deputado na Assembleia da República em várias legislaturas, caso volte a ser eleito, pretende levar ao concelho de Vagos mais qualidade de vida, maior qualidade nos equipamentos, para além de mais desenvolvimento e oportunidades.

“A minha prioridade são as famílias, as empresas e as associações, pois é nestas três entidades que está a força que transforma um concelho. Não é a autarquia ou o dinheiro público que constrói um país, quem transforma um território são as pessoas, é a sociedade civil e as suas organizações”, justificou.

Para o antigo autarca, é preciso criar medidas para resolver os problemas de um conjunto de famílias da classe média, que têm sérios problemas na habitação e para custear os seus filhos, alunos na universidade.

Também em relação às famílias mais pobres, “é necessário criar uma nova geração de políticas”, quer na habitação, educação, como na saúde.

“Temos de olhar para as famílias que têm jovens que estudam ou que querem emancipar-se e não conseguem sair de casa porque não têm uma habitação, nem oportunidades de emprego de qualidade, e emigram para terem empregos qualificados e bons ordenados”, acrescentou, aludindo ainda à necessidade de se assegurar o dever de assistência aos idosos.

O candidato do PSD apontou também outras ‘bandeiras’, entre as quais a reorganização dos serviços municipais, a recuperação e refuncionalização de edifícios do Estado que estão abandonados, conseguir mais competências para o Tribunal de Vagos e a defesa da costa, por causa das alterações climáticas.

“Vagos tem vindo a perder território: quando fui eleito Presidente da Câmara em 2001, Vagos tinha 173 quilómetros quadrados de costa e hoje deve ter para aí uns 165 por força da subida das águas do mar e da erosão costeira. De uma vez por todas, tem de se encontrar uma solução de investimento na defesa de costa, para que estabilize o avanço das águas do mar para os próximos 50 anos”, referiu.

O social-democrata Silvério Regalado foi eleito presidente da Câmara Municipal de Vagos em 2021 com 60,7% dos votos, enquanto o CDS/PP arrecadou 19,44% dos votos, o PS 8,75%, o Chega 5,41% e a CDU 1,24%.

Em janeiro, a liderança da Câmara de Vagos passou para o até então vice-presidente Paulo Sousa, depois de Silvério Regalado ter sido eleito deputado.

O executivo da Câmara de Vagos é formado por seis eleitos do PSD e um do CDS/PP.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.

Recomendações

Câmara de Ílhavo assume limpeza florestal da antiga Colónia Agrícola da Gafanha
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Câmara de Ílhavo assume limpeza florestal da antiga Colónia Agrícola da Gafanha

Segundo fonte municipal, o acordo estende-se até 2028 e “visa a implementação e manutenção de faixas de gestão de combustível na antiga Colónia Agrícola da Gafanha”, agora denominada de lugar de Nossa Senhora dos Campos, para proteção contra incêndios. O contrato interadministrativo de delegação de competências celebrado com a ESTAMO, Participações Imobiliárias, S.A., enquanto entidade representante do Estado, entrega ao município de Ílhavo a responsabilidade pela “implementação e manutenção das faixas de gestão de combustível na antiga Colónia Agrícola da Gafanha”.  São também abrangidas “áreas estratégicas de mosaicos de gestão de combustível (MPGC), até agora sem intervenção”, informa a autarquia em nota de imprensa. A intervenção naquela área vai decorrer até 2028 e tem como objetivo “reduzir os efeitos e a dimensão dos incêndios rurais, através da gestão de combustível em locais estratégicos”.  Espera-se condicionar, por essa via, “o comportamento e a propagação do fogo, mitigando os seus impactos no território”. A operação em curso permitirá ainda o controlo da vegetação invasora, “uma das principais ameaças à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas, com consequências ambientais e económicas negativas”, salienta a nota.  A limpeza florestal deverá ainda contribuir para a prevenção e o controlo de pragas florestais. “As ações previstas reforçam a valorização da segurança e do usufruto do espaço florestal da Nossa Senhora dos Campos, enquanto área de recreio e lazer, com relevância paisagística e ambiental”, salienta o texto.

Gripe das aves confirmada em Aveiro
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Gripe das aves confirmada em Aveiro

No caso de Aveiro, foi confirmado um foco numa ave selvagem, uma garça-branca-pequena. Em Benavente, distrito de Santarém, registou-se o foco em aves em cativeiro, nomeadamente, galos, pavões, grous, patos-reais e patos pompom, segundo uma nota da DGAV. Já o foco detetado em Cascais, Lisboa, teve origem numa gaivota-de-asa-escura, uma ave selvagem. Desde o início do ano, Portugal reportou 27 focos de infeção pela gripe das aves. A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave. A DGAV tem vindo a pedir a todos os detentores de ave que cumpram as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens. Qualquer suspeita de infeção pela gripe das aves deve ser reportada à DGAV. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.

Paulo Portas entra na campanha do CDS em Vale de Cambra para apelar a voto em bons gestores
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Paulo Portas entra na campanha do CDS em Vale de Cambra para apelar a voto em bons gestores

Numa ação de campanha no centro da cidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, o ex-governante deu como exemplo dessa capacidade de gestão José Pinheiro, que agora cessa o seu terceiro mandato pelo CDS na presidência da autarquia, e afirmou depositar idêntica confiança no candidato a seu sucessor, André Martins Silva, que atualmente é vereador no mesmo executivo. “Gosto de ajudar quem me ajudou, pelo que fiz um intervalo na minha vida profissional, que é muito cheia, e quis dar um sinal [de apoio] a esta equipa de Vale de Cambra”, começou por referir Paulo Portas. Defendendo que “o que está em causa nestas eleições autárquicas é conseguir bons gestores da coisa comum”, o ex-governante recordou depois que, quando foi presidente do CDS, sempre procurou inspirar os autarcas do partido a concretizarem “três ou quatro coisas, independentemente da especificidade do seu concelho”, e que, dessa lista, a primeira era a redução de impostos. Vale de Cambra, na sua perspetiva, cumpriu esse pedido porque“a gestão do CDS levou a uma redução do IRS, do IMI e da derrama”. A segunda instrução de Paulo Portas era que o pagamento a fornecedores se efetuasse o mais rapidamente possível, “porque isso é que faz funcionar a economia”, e também nesse caso o município respeitou a vontade do líder, já que “paga a 14 dias, o que é muito menos do que a média geral” nas autarquias portuguesas e “significa uma competente gestão”. O terceiro pedido era de diminuição da dívida municipal, o que a Câmara do CDS igualmente cumpriu: “Quando esta equipa chegou, a dívida estava em 29 milhões de euros e agora está em 6,7, o que significa que há muitos menos encargos para as gerações futuras”. Quanto à prestação geral do partido que liderou nas eleições do próximo domingo, Paulo Portas admitiu: “Tenho ouvido dizer que o CDS tem boas oportunidades de manter as seis camaras que governa, ser o quarto partido autárquico e continuar a ter muita influência no território. Isso só se faz com bons gestores, com gente qualificada, por isso tenho essa esperança. Mas veremos”. Já quando questionado sobre o efeito que o crescimento da representação autárquica do Chega poderá ter a partir de domingo, o ex-ministro evitou conjeturas. “Prefiro elogiar aquilo que sei que é bom do que gastar o meu tempo a criticar aquilo que não conheço”, concluiu. Além de André Martins Silva pelo CDS-PP, na corrida eleitoral a Vale de Cambra também participam Miguel Aguiar Soares pelo PSD, Nelson Martins pelo PS, Manuel Campos pelo Chega e Serafim Tavares pela CDU. Na autarquia com 147,3 quilómetros quadrados e cerca de 25.900 habitantes, o executivo camarário integra atualmente, além de cinco eleitos do CDS, também um vereador do PS e outro do PSD.

Ílhavo: Época balnear com 35 salvamentos, mas sem vítimas mortais
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Ílhavo: Época balnear com 35 salvamentos, mas sem vítimas mortais

Segundo a mesma fonte, o número representa uma redução de “12,5%” face ao ano anterior, resultado da “vigilância coordenada e da intervenção atempada dos nadadores-salvadores”. Durante a temporada, “três pessoas” foram transportadas para o hospital, mas apenas por precaução. O relatório do Gabinete de Proteção Civil e Gestão Florestal destaca a melhoria da eficácia da vigilância, com ausência de incidentes em áreas não concessionadas. Entre os fatores que contribuíram para este resultado está, de acordo com a nota, “o dispositivo especial de salvamento fora do calendário oficial da época balnear, nos meses de maio, setembro e outubro”, que permitiu salvar “uma vida em maio”. O reforço de meios motorizados, com “três motas de salvamento” a percorrer 1.344 quilómetros entre junho e 14 de setembro, ampliou a vigilância a zonas tradicionalmente não vigiadas. A segurança das praias contou com “22 nadadores-salvadores” da Associação ResgatÍlhavo e incluiu também a realização de ações diárias de sensibilização e o reforço da sinalética. Na nota, a autarquia esclarece ainda que o Dispositivo Especial de Vigilância Balnear mantém-se ativo até ao dia “31 de outubro” na Praia da Barra e na Costa Nova do Prado.

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“Aveiro entre o passado e o futuro”, opinião de Diogo Gomes
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“Aveiro entre o passado e o futuro”, opinião de Diogo Gomes

As eleições autárquicas de 2025 em Aveiro são mais do que uma disputa local — são um espelho de duas formas de encarar o tempo: entre quem insiste em reviver o passado e quem ousa pensar o futuro. Este fim de semana, Aveiro vai a votos numas eleições autárquicas dominadas pelo passado. A candidatura da coligação “Aliança Mais Aveiro” parte para o sufrágio, assombrada pelo legado de 12 anos de Ribau Esteves, a quem a cidade deve estabilidade financeira, após o descalabro herdado de anos de má gestão do PS e do próprio PSD. Mas esses três mandatos também ficaram marcados por polémicas, decisões contestadas e por uma notória incapacidade de ouvir a sociedade civil. Essa tensão entre o agradecimento e o desgaste está bem espelhada no slogan da coligação liderada pelo PSD: “continuidade & inovação”. O projeto de Luís Souto é, pois, indissociável do passado — sem o seu protagonista principal é uma mão cheia de nada. Na candidatura socialista reencontramos o seu irmão. Alberto Souto encarna como poucos a ideia de círculo fechado que tem marcado a política aveirense. Autarca entre 1997 e 2005, regressa agora, vinte anos depois, movido por um impulso quase revanchista — uma tentativa de reabilitar a imagem de despesismo e de ruína financeira que se lhe seguiu. O slogan “Um futuro com todos” promete futuro, mas a campanha vive do passado: do que fez, do que diz ter feito e da vontade de reescrever a memória de um tempo em que Aveiro mergulhou na estagnação orçamental. Há ainda outro nome que remete para o passado: Diogo Machado, candidato do CHEGA, autointitulado herdeiro de Girão Pereira, histórico autarca aveirense do CDS. Mais um representante de velhas famílias e dinastias políticas, preso a uma retórica de nostalgia que idealiza a Aveiro dos anos 80 e 90 — uma cidade que já não existe, nem deve existir. Em contraste com este panorama, surge a Iniciativa Liberal (IL), que se apresenta como a verdadeira candidatura do futuro. Sob o lema “Somos a diferença que Aveiro precisa”, a IL apresenta uma equipa com perfis jovens e profissionais: Miguel Gomes para a Câmara e Cláudia Rocha para a Assembleia Municipal. Esta mudança geracional é, por si só, um sinal de esperança: menos carreirismo político, mais mérito, mais trabalho e mais ideias. A IL distingue-se pelo compromisso com a modernização institucional, pela defesa de uma gestão municipal mais leve, transparente e orientada para resultados, e pela aposta na liberdade individual, na competitividade e na inovação como motores de progresso. Em vez de repetir as fórmulas do passado, propõe uma nova relação entre a autarquia, os cidadãos e as empresas. O PSD, o PS e o CHEGA representam, cada um à sua maneira, a nostalgia de um tempo que já passou — uns pela herança familiar, outros pela inércia, outros ainda pela crítica sem proposta. A Iniciativa Liberal é a única força política que fala a linguagem do futuro: habitação, mobilidade inteligente, cultura, empreendedorismo e participação cívica real. Aveiro precisa disso, de ideias novas, de políticas modernas, de energia transformadora. Porque o futuro da cidade constrói-se com a coragem de redesenhar.

AveiroExpo: Presidente não esclarece dúvidas sobre atuação de Diogo Machado para evitar “campanha”
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AveiroExpo: Presidente não esclarece dúvidas sobre atuação de Diogo Machado para evitar “campanha”

Na sua intervenção, que Nuno Teixeira, deputado municipal do PCP, apelidou de “grande obra” do mandato, Ribau Esteves começou por dizer que a liquidação formal da AveiroExpo tinha sido traçada como “linha vermelha” a atingir até ao término das suas funções. Congratulando-se por ter conseguido atingir o objetivo a quatro dias das eleições autárquicas, Ribau Esteves não deixou de falar sobre a queixa-crime apresentada pelo candidato do Chega contra si. Recorde-se que, depois de, na última reunião de Câmara ter sido mencionada pelo vereador Rui Soares Carneiro uma dívida de 20 mil euros que Diogo Soares Machado terá à AveiroExpo, o candidato do Chega reagiu em conferência de imprensa ao apresentar uma queixa-crime contra o vereador e contra o presidente. Durante a Assembleia, Ribau Esteves disse que em momento nenhum tinha mencionado o nome do antigo dirigente porque já sabia que se ia gerar um “bruá absurdo”. No entanto, Rui Soares Carneiro, vereador eleito pelo PS que, entretanto, perdeu a confiança política do partido – com que Ribau Esteves, em tom de brincadeira, disse “já ter afinidades” - , acabou por levantar o nome de Diogo Soares Carneiro numa interpelação que, diz o autarca à Ria, foi “legítima”. O autarca assinala mesmo ter tentado fugir a mencionar o nome do candidato do Chega por já o conhecer “há muitos anos”. “Tenho uma coleção de emails [de Diogo Soares Machado] a tratar-me do pior que já fui tratado na minha vida, a ameaçar-me da pior violência […] O que é que eu faço ao e-mail? Imprimo para uma pilha que lá tenho e faço delete”, acrescentou. Para explicar o processo, Ribau Esteves começou por explicar o que são as “imparidades”. Segundo afirma, quando tem uma despesa em nome da Câmara, usa o cartão de crédito da CMA, pede fatura com o número de contribuinte da autarquia e, mais tarde, quando chega ao seu gabinete, preenche uma folha onde justifica a despesa. No entanto, aponta, Diogo Soares Machado não fazia as coisas da mesma forma: “Levantava dinheiro das máquinas e depois apresentava os comprovativos da despesa. É uma coisa muito original, mas era assim”. Nesse sentido, diz Ribau Esteves, as imparidades não resultam necessariamente de dinheiro que saiu da empresa e que não voltou a entrar, mas que podem ser apenas despesas não justificadas. Em entrevista à Ria, quando questionado sobre o porquê de a CMA não ter tentado pedir os documentos ao longo dos últimos anos, o presidente respondeu que “a pergunta que tem de fazer é outra. É à pessoa em causa dizer: «Dê-me uma cópia dos documentos que comprovam que você usou os 20 mil euros». Não é a mim estar aqui com conversas que me vão envolver numa disputa eleitoral”. Ribau Esteves afirma que Diogo Soares Machado pode alegar que “por algum motivo não os [documentos] quis entregar, ou não pôde, ou sei lá, perdeu, ou perdemo-los nós. Podia haver uma tese: «Olha, está aqui a cópia, e a empresa perdeu os papéis»”. Na discussão, o autarca encontrou a concordância de praticamente todos os partidos. Nuno Teixeira, do PCP, afirma que a empresa “foi quase ‘jobs for the boys’” e que “um deles mordeu a mão do dono”. Já João Moniz, do Bloco de Esquerda, disse que ia ter cuidado nas palavras para “não ser processado” e perguntou a Ribau Esteves se a dívida existe, a quanto corresponde e como caracteriza a gestão de Diogo Soares Machado. Jorge Girão, do CDS-PP, frisou que o ex-diretor da AveiroExpo já não tem qualquer ligação ao seu partido e considerou que não havia vantagens em dar tempo de antena a Diogo Soares Machado na discussão. Mário Costa, do PS, pediu apenas para que o presidente esclarecesse se era verdade que, rondando as imparidades os 20 mil euros, se Diogo Soares Machado foi indemnizado em cinco mil euros, como tem alegado. Manuel Prior, do PSD, usou da palavra apenas para celebrar a liquidação da empresa, tal como constava no programa eleitoral da coligação ‘Aliança com Aveiro’ em 2021. Fugindo a responder à maioria das perguntas para, segundo diz, não se envolver na disputa eleitoral – o presidente disse mesmo que gostava que o processo tivesse chegado à Assembleia mais cedo, de forma a poder discutir com maior clareza -, Ribau Esteves explicou apenas que o processo conduzido por Diogo Soares Machado contra a empresa não tem relação direta com este caso. O processo “era sobre questões laborais, da relação laboral deu com a empresa, antes da minha chegada […] E aquilo que se dá como sanado, com a decisão que a juíza do processo tomou, tem a ver com essa relação”, disse o autarca à Ria. Ribau Esteves acrescentou ainda que, mesmo depois de sair da Aveiro Expo, Diogo Soares Machado ainda fez uso do cartão de crédito da empresa “em cerca de 700 euros”. “Aí não havia dúvidas, obviamente repôs […] Foi a única coisa que conseguimos que fosse devolvida”, concluiu. O candidato do Chega reagiu na tarde de ontem, dia 9, através de uma publicação do Facebook. Nas suas palavras o presidente da Câmara Municipal de Aveiro “não percebeu ainda que o seu tempo acabou” e que “é tempo de reparar os danos graves que 12 anos da sua governação inflingiram a Aveiro”. A primeira medida do Chega caso ganhe as eleições no Município é, segundo o candidato, “solicitar com carácter de urgência uma auditoria exaustiva” aos últimos três mandatos da autarquia. Conforme aponta, “nessa altura se verá quem abusou sistematicamente do dinheiro dos impostos dos aveirenses”. Diogo Soares Machado acusa ainda Ribau Esteves de ter tentado “impor como sucessor o seu número dois [Rogério Carlos]” para “manter as gavetas mais sujas fechadas e os dossiers mais sensíveis no segredo dos cúmplices”. Como não o conseguiu, afirma o candidato, “tenta arrastar pessoas de bem para o lamaçal onde sempre se moveu”. De acordo com o candidato do Chega, as declarações do autarca em sede de Assembleia Municipal vão ser “anexadas à queixa-crime por difamação agravada”. Nesse sentido, diz ter a consciência “absolutamente tranquila” e reafirma ter em sua posse uma sentença do tribunal que diz “preto no branco que não devo e nunca devi um cêntimo à Aveiro Expo”.

Cerimónia de Abertura do Ano Letivo da UA recebe ministro Fernando Alexandre na próxima quarta-feira
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Cerimónia de Abertura do Ano Letivo da UA recebe ministro Fernando Alexandre na próxima quarta-feira

Para além de assinalar o arranque do novo ano letivo, a cerimónia também serve para distinguir os melhores estudantes que ingressaram nos cursos do primeiro ciclo de estudos da Universidade de Aveiro, bem como daqueles que, já frequentando a UA, “mantêm um excelente desempenho académico”. No total, vão ser entregues 114 bolsas a novos estudantes e 52 bolsas de manutenção. Para além destas bolsas, somam-se ainda aquelas que são entregues por empresas e entidades parceiras da instituição: no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia Física, vão ser entregues quatro bolsas patrocinadas pelas empresas Aspöck Portugal, Porcelanas da Costa Verde, S.A., Prirev, e MTBrandão; no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia de Materiais, serão atribuídas nove bolsas patrocinadas pelas empresas Saint-Gobain Portugal, SA, Durit-Metalurgia Portuguesa do Tungsténio, Lda, Polivouga - Indústria de Plásticos, SA, J. Prior, Fábrica de Plásticos, Lda, Grestel - Produtos Cerâmicos, SA, Palbit, SA, Isolago Europe Lda; Componit e Prifer e Technical Molds S.A. Durante a cerimónia vai ser ainda atribuído o Prémio Ambiente & Desenvolvimento, patrocinado pela Fundação Eng. António Pascoal e pelo Instituto do Ambiente e Desenvolvimento. Da mesma forma, ainda vai ser entregue o Prémio Literário Aldónio Gomes a Renata Flaiban Zanete, que venceu o XIV Prémio Literário Aldónio Gomes de 2025 na categoria de narrativa juvenil com o texto "Férias de verão e águas de bacalhau".

Rui Cordeiro rejeita acusações de panfletos anónimos em Esgueira
Cidade

Rui Cordeiro rejeita acusações de panfletos anónimos em Esgueira

Questionado sobre as alegações, Rui Cordeiro afirmou à Ria que não comenta o tema por envolver terceiros e entidades externas ao processo político. “Fiz parte da direção do Clube durante 15 anos e estou desligado há um ano e meio. Portanto, não quero sequer comentar o que está escrito porque acho que essas questões devem colocar ao clube e não a mim. (…) Só posso dizer que essa informação é completamente falsa e uma difamação muito grave”, assegurou. O candidato criticou ainda a forma como os panfletos foram distribuídos, envolvendo a sua família e locais estratégicos, incluindo escolas e carros particulares. “Esta noite, apareceram centenas de panfletos junto ao carro da minha filha. Na junta de freguesia havia também”, contou. “Não consigo sequer classificar [a situação]. Isto não é a minha maneira, não é a nossa maneira de estar na vida”, continuou o candidato à Junta de Freguesia de Esgueira, insistindo que não existe qualquer prova. “Eu estou nisto porque gosto de Esgueira, gosto das pessoas, quero trabalhar com as pessoas, mas pelos visto a nossa oposição não pensa assim. A oposição vive de difamar, ainda por cima, de uma forma anónima e sem qualquer tipo de justificação e fundamento. Não têm qualquer prova, não têm absolutamente nada”, vincou. Apesar da situação, Rui Cordeiro mostrou confiança em relação ao resultado autárquico de domingo. “Eu tenho a certeza de que os eleitores de Esgueira vão perceber que não é assim que se faz política e que não é essa a nossa postura. No domingo vamos ver o impacto que a situação tem no resultado das eleições”, disse. Recorde-se que, esta sexta-feira, a ‘Aliança’ denunciou, através de uma nota de imprensa enviada às redações, a distribuição anónima de panfletos considerados “injuriosos” e “mentirosos” contra dois dos seus candidatos às juntas de freguesia de Esgueira e Aradas.